Dona Flor e seus dois maridos

Dona Flor e seus dois maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


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Consumidora de Histórias 24/02/2023

Maravilhoso!
Dona Flor e Seus Dois Maridos é um dos clássicos mais famosos da literatura brasileira escrito pelo Jorge Amado que foi publicado em 1966. Novamente eu li na edição bem velhinha de 1981 pela editora Record que pertence minha avó. Atualmente as obras de Jorge Amado estão nas mãos do Grupo Companhias das Letras.

A história começa com o falecimento de Waldomiro Guimarães, conhecido popularmente de Vadinho em pleno domingo de carnaval pela manhã, vestido de baiana enquanto sambava com os amigos num bloco de carnaval. Ao saber da morte do marido, Florípedes Guimarães ou carinhosamente chamada de Flor, precisa enfrentar com sua vida de luto, sem a presença de Vadinho em sua vida. Para dona Rozilda, mãe de Flor que detestava Vadinho e algumas vizinhas que conviviam com Flor no dia a dia, considerava a morte de Vadinho um grande alivio para Flor, pois o marido era um verdadeiro malandro viciado em jogo, boêmio cheio de lábia, não tinha emprego e para piorar a situação, era infiel e mulherengo.

Dona Flor era oposto de Vadinho. Trabalhava como professora talentosíssima na sua própria Escola de Culinária Sabor e Arte onde ensinava suas alunas pratos culinários de dar água na boca e sustentava todas a casa e o vício de Vadinho. Era uma mulher honesta, inteligente e apesar dos sete anos amargos que viveu ao lado de Vadinho, Flor sentia muita falta do marido. Foram longos meses de profunda tristeza e severo luto à Vadinho, sendo uma viúva jovem com uma vida inteira pela frente, as vizinhas e amigas de Flor tentaram lhe arrumar um pretendente e foi dessa maneira que Doutor Teodoro Madureira, um respeitoso farmacêutico conheceu Flor.

Em contradição a vida de Vadinho, Doutor Teodoro era um homem de boas condições financeiras, honesto, trabalhador e acima de tudo, não tinha vícios. Especialmente em jogos. Teodoro era um homem perfeito para trazer tranquilidade para a vida de Flor e quando eles se casaram, não foi apenas sossego e tranquilidade que Teodoro trouxe para a vida de Flor, mas também um relacionamento fiel, organizado e totalmente equilibrado emocionalmente. A diferença entre Vadinho e Teodoro era tão grande que Flor começou a sentir saudades de alguns momentos íntimos que tinha com o marido morto.

Apesar dos enormes defeitos de Vadinho, Flor se sentir especial nos braços dele e por mais que Teodoro demonstrava ser um marido espetacular para Flor, na intimidade do casal, ele era pouco habilidoso e tinha hora e dias exatos para fazer amor com Flor. Contudo, após a festa de aniversário de um ano de casamento com um dia inteiro de comemoração na casa do casal, Doutor Teodoro resolveu levar os últimos convidados até o bonde e Dona Flor ficou em casa esperando o marido. Mas ao entrar no quarto, Flor acaba enxergando Vadinho em sua cama, que retorna do além invisível para todos, menos para ela. Flor é a única pessoa que consegue ver Vadinho, mas a partir daí, Dona Flor sente-se dividida entre o marido morto e seu atual marido.

A leitura de Dona Flor e Seus Dois Maridos é bem fluida e contém um ritmo constante como imaginei. Dividido em cinco partes, o livro mostra o desenvolvimento de cada personagem com detalhes, principalmente da Dona Flor. Contém vários flashbacks mostrando o primeiro casamento de Flor, como ela conheceu Vadinho numa festa chique onde Vadinho entrou de penetra. Também apresentou como Flor enfrentou dona Rozilda para ficar com Vadinho quando a mãe de Flor descobriu quem era o genro. Realmente não foi um relacionamento nada fácil para Flor e tudo é detalhado quando o passado do casal é apresentando para o leitor.

Flor é uma personagem maravilhosa e tentei compreender os motivos dela entrar em conflito quase no final da história antes de encontrar sua total felicidade. Vadinho era um marido ausente, malicioso, gastador, safado, impulsivo e repleto de vícios enquanto Teodoro, por sua vez, era completamente oposto de Vadinho. O doutor é controlado, correto, fiel, respeitoso, discreto e marido presente na vida de Flor. Um verdadeiro santo que trouxe paz para Flor, que levava muito a sério seu trabalho e seus encontros com o grupo musical da Orquestra de Amadores Filhos de Orfeu, seu único lazer. Resumindo melhor, Vadinho tinha uma qualidade que Teodoro não conseguia ter e Flor sentia falta dessa qualidade para ter sua felicidade completa.

A obra de Jorge Amado ganhou a primeira adaptação em 1976, com direção de Bruno Barreto, tendo Sônia Braga no papel de Dona Flor, José Wilker como Vadinho e Mauro Mendonça como Doutor Teodoro. Em 1998 Dona Flor e Seus Dois Maridos tornou-se minissérie adaptada por Dias Gomes. Desta vez, Giulia Gam sendo Dona Flor, enquanto Edson Celulari na pele de Vadinho e Marco Nanini dão vida a Teodoro. Dirigida por Pedro Vasconcelos em 2007, a história de Dona Flor e Seus Dois Maridos ganhou os palcos e transformou-se em peça de teatro tendo Fernanda Vasconcellos interpretando Dona Flor, também assisti no teatro aqui em Minas Gerais, com a Carol Castro sendo Dona Flor, Marcelo Faria como o devasso Vadinho e Duda Ribeiro como o respeitoso Teodoro.

A última versão da história foi em 2017, trazendo novamente Pedro Vasconcelos na direção, Juliana Paes como Dona Flor, Marcelo Faria sendo Vadinho e Leandro Hassum interpretando, o farmacêutico Teodoro. Eu assisti todas as versões e foram ótimas, no entanto eu prefiro a primeira adaptação de 1976. Primeiro porque conheci a história através dela e sempre que passa no canal Telecine Cult e eu assisto e me divirto muito o filme. Mas afirmo em dizer, por mais que a adaptação seja maravilhosa, ler o livro sempre é uma experiência única e conhecer a versão literária de Dona Flor e Seus Dois Maridos não foi diferente. Eu amei!

Enfim estou amando ter experiência com a escrita de Jorge Amado neste pequeno projeto que estou fazendo. Confesso que fiquei com muita vontade de fazer as receitas de Dona Flor que contém no livro. Recomendo a leitura Dona Flor e Seus Dois Maridos para quem ainda não leu e deseja lê-lo, para os leitores que gostam de clássicos, especialmente da literatura brasileira ou deseja reler e recordar os trechos dessa história cheia de sabores.

site: https://consumidoradehistorias.blogspot.com/2023/02/dona-flor-e-seus-dois-maridos-jorge.html
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Rafaela Beank 04/02/2023

Divertidissimo
Jorge Amado tem uma escrita que é tão brasileira que não tem como não se encantar. A história é divertidíssima, a ideia do enredo, dona flor e dois maridos, mas em que contexto dois maridos? simplesmente incrível, especialmente pela época que o livro foi escrito, e a personagem principal PERFEITA.
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william94 01/02/2023

Mais um livro fantástico de Jorge Amado
Esse é meu segundo título lido de Jorge Amado. Mais uma vez uma leitura deliciosa, com enredo nas ruas e cidades da minha Bahia. Florípedes Paiva, ou Dona Flor, uma mulher íntegra e honrada de acordo com as imposições sociais da época onde se sucedem os fatos da narrativa da história de amor e luto. Sofrimento e alegria. Vividas entre Flor e seus dois maridos, antagonistas, Vadinho e Teodoro. Diferentes na forma de ser e amar Flor, iguais na sorte que vos foi dada por ter o amor de Dona flor.
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vitoria418 30/01/2023

ler dona flor e seus dois maridos foi uma surpresa boa. confesso que não pensei que iria gostar tanto da história como gostei.
a escrita de jorge amado é muito cativante e envolvente, tinha horas que eu sentia o cheiro dos temperos de dona flor ou estava andando juntinha com ela pela bahia.
jorge amado nesse livro contrói um cenário rico de detalhes com muita cultura brasileira.
esse foi meu primeiro livro de muitos do universo jorge amado.
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Spinelocchio 20/01/2023

Dois maridos: um tóxico o outro soca fofo
Minha primeira experiência com o autor e já adianto que não poderia ter feito escolha melhor. A escrita do Jorge Amado é algo espetacular, singular, crítica e muito engraçada. Me senti na Bahia sem nunca ter pisado nesta terra abençoada. Outro ponto que me chamou atenção foi a presença dos ritos de candomblé na história. Eu, como leigo no assunto, fiquei encantado pela abordagem dos terreiros, preces e importância desta religião no dia a dia das pessoas. Sobre o enredo: impossível não torcer pela felicidade da Flor. No primeiro casamento sofremos com as constantes traições e agressões do Vadinho e depois com o pamonha do Teodoro que não valoriza sexualmente a mulher que tem ao seu lado. Com os olhos de hoje vemos o quão problemático era o primeiro casamento da protagonista, mas com a escrita magnífica do autor é impossível não se afeiçoar ao fantasma camarada do Vadinho quando ele retorna. As cenas dele aprontando nas aulas de culinária são impagáveis. Sobre o final: não podia ser melhor. Flor estava feliz, com o melhor de cada marido, e a gente também depois de uma leitura tão gostosa como este livro é.
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Dandara Virgínia | @dandaravmachado 19/01/2023

Pra variar, como tudo que Jorge amado escreve, maravilhoso!
Eu só queria que a parte que vadinho volta fosse antes kkk
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Let_almeida 16/01/2023

Paixão sofredora ou conforto carinhoso?
Este é um livro diurno, se há algo do tipo, suas linhas cantam tons quentes e emanam Bahia. Eu pessoalmente sou uma pessoa de interesses noturnos, então n é minha zona de conforto. Dito isso, assim q chegaram os 2 maridos, me puxou como qualquer um dos meus livros favoritos.

É uma obra extremamente bem escrita e história super dinâmica/criativa. Confesso q qnd chega na parte do 2o marido, a narrativa fica mais arrastada (tlvz pq ele mesmo n seja tão exciting qnt o 1o), mas isso n importa muito, pq logo logo fica extremamente cativante e rápido de novo.

Recomendo a leitura para qualquer um q esteja em busca de uma literatura brasileira mais carefree, foco no puro entretenimento.
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Lore 08/01/2023

Muito gostoso ler Jorge amado, ele consegue te colocar dentro da história como se você fosse vizinha da dona flor. A história é uma delícia e a escrita incrível
Mateuzinhz 08/01/2023minha estante
Oi pode curtir minha última postagem pfvr




CAMBARÃ 07/01/2023

Sacanagem trolll
Sempre q leio um livro dele tendo a pensar que haverá muita putaria porém não tem tanto assim.
Além do mais não tenho nada a acrescentar sobre o Jorge Amado que é um escritor notável
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Anderson 27/12/2022

Jorge é Amado!
Sem dúvida, uma leitura preguiçosa, contudo rica de brasilidade, de Bahia, de quitutes, de Candomblé! Jorge Amado nos embala com o cotidiano brasileiro com pitadas deliciosas do irreal, quimérico, fantástico! Ele nos desliga da realidade e nos leva a faceira década de 1940, na Bahia de Todos os Santos, na Bahia dos Orixás, de Mãe Menininha e Mãe Senhora! Vadinho, Flor e Teodoro, o trio que embala e encanta ?
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Daniela742 26/12/2022

Cada dia mais apaixonada por Jorge Amado
Como minha segunda leitura de Jorge Amado, já percebo como o autor não se contenta em dar profundidade apenas aos personagens principais, mas de mostrar detalhadamente o entorno, as relações, a cultura e o cotidiano. Cada personagem é um universo e isso deixa a história muito rica!

Adoro os regionalismos e como a cultura baiana é parte importante da história. Muito provavelmente, seja minha parte preferida: enxergar a região em que vivo tão cheia de vida e com personagens tão marcantes vivendo dessa realidade.

Dona Flor é uma super personagem, super heroína. Ela faz o destino dela! Em alguns momentos lembrei de Anna Karenina e não pude deixa de fazer algumas comparações meio sem pé nem cabeça (mas com algum sentido na minha cabeça). Cheguei a conclusão de que dona Flor tem o tempero baiano e no final ela não se prende regras, preconceitos e normas. No final, ela faz o que bem quer, pensando no melhor para ela mesma.

Destaco esse trecho do posfácio do livro que diz muito sobre a história: "(...) Dona Flor é mais que um romance meramente baiano (...) Ele é também - e sobretudo! - uma densa especulação sobre o escolher não escolhendo. É uma parábola de viés enganadoramente populista, na qual uma consciência feminina, educada para ser obediente, ativamente transforma a relação mediadora, que é sempre lida como consequência, num sujeito, colocando-a como central, e não como resultado das oposições."

Escrevo isso logo que acabei de ler então ainda estou na êxtase do final, com certeza minhas opiniões são suspeitas, mas fazer o que, já estou fixada por Jorge Amado ?????
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Zuca 23/12/2022

Ao longo da leitura de Dona Flor e seus dois maridos a imagem de Jorge Amado armando sua arapuca em forma de livro vai se materializando na mente do leitor – a descrição pormenorizada de seu conterrâneo Mirandão (melhor amigo de Vadinho, primeiro marido de Dona Flor) antevendo a oportunidade do golpe é mais que sugestiva: “endireitou-se na cadeira, puxou do bolso o lenço perfumado, enxugou umas gotas de suor na testa larga, cada vez mais sorridente e feliz: nada havia de que ele tanto gostasse como de armar uma patranha, uma história bem divertida”. Claro, patranheiros existem os que o são por esporte e os que, além disso, são gênios literários; este tomo é produto dos do segundo tipo.

A capacidade inata para o engabelamento se faz explícita na maestria com que a narrativa é conduzida globalmente. O autor cozinha o romance em fogo brando, construindo seus sabores até o limite tolerável do filler (e inclusive se arriscando a ficar malfalado no processo de encheção da linguiça) até que, invariavelmente, chacoalha as expectativas relacionadas à forma, condicionadas via inércia, de maneira a sacudir o leitor pelos ombros e botá-lo de volta na linha, agora com interesse e empatia redobrados – e demonstrando uma facilidade assombrosa ao fazê-lo em capítulos curtos de duas, três folhas, obras-primas quase casuais da literatura brasileira.

Guardadas as proporções – especialmente em relação ao potencial de alcance da obra – Jorge Amado serve aqui um épico quixotesco de lavra própria, que ao fim e ao cabo entristece não pela maneira com que a “esotérica e comovente história” (conforme dito na abertura dos trabalhos) é arrematada, mas pelo simples fato de que acaba e deixa saudade.

site: https://sucintandoresenhas.blogspot.com/2022/12/dona-flor-e-seus-dois-maridos.html
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Ludmila 16/12/2022

Como é prazeroso ler Jorge Amado! Parece que a gente está dentro da narrativa, convivendo com os personagens. A história é excelente. Se não existe o que ela quer em um, por qur não ter dois? Rs...
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ladystark3000 07/12/2022

Primeiro livro de Jorge Amado que eu leio e que livro! A história fala sobre uma viúva que acaba se casando novamente mas que não consegue abandonar a memória do antigo marido. Achei maravilhosa essa história, tem tudo na medida certa, muito engraçado também.
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Ana Lu 17/11/2022

Estou adorando
Muito gostoso de se ler, narrativa muito boa de maneira que a leitura flui.
Não sou de gostar de livros com palavrões , mas no contexto desse livro em particular eu gostei.
Alem de tudo tem um ótimo humor, que me fez ficar entretida.
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