Sombras do Medo

Sombras do Medo Camila Pelegrini




Resenhas - Sombras do Medo


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Paraíso das Ideias 11/03/2015

Sombras do Medo
Em Sombras do Medo o leitor será levado a conhecer um mundo caótico e destruído pela ignorância do ser humano, onde a esperança esta tão escarça quanto a água, e sobreviver é uma batalha diária.
O mundo que conhecemos já não existe mais, o meio ambiente foi destruído, os animais pereceram e poucos seres humanos restaram, e essa pequena quantidade foi dividade entre Singulares e Ordinários. Duas raças da mesma espécie, sendo os Singulares aqueles beneficiados que comandam o mundo, e os singulares os trabalhadores escravos.
O mundo foi dividido em cinco grandes regiões, cada uma protegida por uma enorme muralha que separa os singulares dos ordinários, cada região possui seu governante, e uma delas é chamada capital onde mora Arthur, o suposto presidente, sem escrúpulos, que age como se os ordinários fossem apenas animais, uma raça excluída
Todo o pouco que sobrou do nosso planeta, como animais, lagos e plantas, esta guardado dentro das regiões que foram planejadas e construídas em volta dessas raras relíquias do ambiente, onde apenas os singulares possuem acesso.
Os ordinários trabalham para as capitais em troca de um pouco de água e condimentos, e é o no meio deles que nossa aventura acontecerá.

Acompanharemos a trajetória de Anabele, mais conhecida como Ane, ela tem apenas 20 anos e vive escrava de um futuro aparentemente próximo, levando-se em consideração as atitudes humanas. Orfã de pai, ela e sua mãe trabalham na colheita para a Capital.
Ela perdeu seu pai, assim como muitos perderam os homens e as pessoas mais fortes de suas famílias para A Muralha, aquela que foi construída com a função de separar as raças mais e menos privilegiadas.

"Os instrumentos usados para subjugar alguém são encarados de forma distinta por aqueles que dominam e por quem é dominado. As muralhas são só a confirmação, a concretude de algo muito maior: o desprezo que o homem sente por sua própria espécie, por outras e pelo planeta em si."

Apesar de suas condições de vida e da dificuldade com que sobrevive nossa protagonista é uma jovem doce e cheia de esperanças, sempre disposta a ajudar o próximo, mesmo que isso lhe custe um pouco do suprimentos e alimentos, e pra que isso ela tenha que reduzir sua alimentação.

Anna vive com sua mãe Amanda, em uma casa simples, mas acolhedora, sua mãe teve o prazer de conhecer o mundo enquanto ainda havia chuva e árvores para se admirar, uma mulher simples e bela, que com suas atitudes, deixa bem claro de quem Ane puxou sua bondade. Sempre compreensiva Amanda é o tipo de mãe que todos querem, sempre com doces palavras e sábios conselhos, ela nos cativa logo de inicio.

Rodeada de pessoas, mas ao mesmo tempo sozinha, no mundo só existem duas pessoas de suma importância para Anne, sua mãe e Vicent, seu melhor amigo desde de sua infância, um moreno simpático, forte e superprotetor, que perdeu toda a sua família na construção e que ainda por cima é completamente apaixonado por Ane, mas ela não percebe, pois seu carinho por Vi é tão grande que ela o vê como um irmão.

"Sei que não tenho o direito de me intrometer na sua vida dessa forma, mas você é o que há de mais precioso nesse mundo. Não quero que você se machuque, e não digo só fisicamente."

Em meio a tantos singulares, apenas um se destaca, Henry, ele chegou a pouco tanto no território de Anne, mas já conseguiu arrancar vários suspiros, inclusive da nossa mocinha, que se vê encabulada toda vez que ele se aproxima, coisa que faz com que Henry gaste uma atenção maior com ela.
Ele é simpático e super convencido, um personagem que aos poucos vai te cativando e te conquistando.

Mas coisas estranhas começam a acontecer, tanto dentro das muralhas quanto fora delas, todos começaram a ter pesadelos horríveis, e o medo e o mistério rondam na calada da noite. Assustados, os moradores começam a dividir seus pesadelos uns com outros, e é nesse momento que Ane percebe que a coisa é mais do que ela imaginava.

"Sim, relutamos tanto em acreditarem certas coisas que não nos agradam, que quando nos damos conta, a realidade cai sobre nós como um peso maior do que parecemos ser capazes de suportar."

Sem saber como agir, todos dão continuidade nas suas vidas, até que ordinários começam a desaparecer seguidos de gritos horrendos e assustadores que levam todos ao desmaio. Desconfiados de que isso seja alguma ameaça vinda da capital, todos ficam em alerta, até que em uma bela noite Ane e Henry descobrem de onde realmente vem o perigo.

As regiões estão sendo perseguidas por sombras malignas, e para vencerem esse mau que os persegue, eles terão que se unir, e essa, será a parte mais difícil, provar que todos são iguais. Pois a batalha só será vencida se Singulares e Ordinários se ajudarem.

A estória me lembrou muito Jogos Vorazes e sinceramente? Isso acrescenta Sombras do Medo na minha lista de favoritos com certeza!!! Claro que Ane não é uma perita no arco e flecha, não confunda viu! As estórias são apenas parecidas no quesito ambiente.

Gostei da forma como a autora elaborou o ambiente,já que junto com a aventura, o leitor pode também colocar um pouco a mão na consciência, pois na minha opinião, esse mundo distópico não esta longe de se tornar nossa realidade.

Ane é doce e meiga, Vicent é um amor, mas é só um amigo, e Henry... Bom, Henry é o galã que nos conquista aos poucos, já que no inicio você acredita que ele é apenas mais um esnobe, convencido e arrogante. Mas no final ele vai se mostrar um príncipe do mundo das sombras, o que literalmente ele é kkkkk.

"O meu mundo é ela, pai, ainda que exista um outro mundo entre nós."

Apesar de Vicente ser apaixonado por Ane, não temos nessa obra um triângulo amoroso, já que Ane é decidida, e seu coração pertence a Henry doa a quem doer, e o Vi sentirá a dor.Todos os momentos encenados pelos dois são extremamente engraçados, já que Henry não dá uma folga a Vi, a quem ele chama de "O Guarda Costas."

"Olha, não é o melhor momento ou lugar para termos essa conversa, mas por algum motivo que foge a minha capacidade de compreensão ela o ama - o olhar de Vicent endureceu. - Não, Não se empolgue. Ela ama a nós dois de maneiras diferentes e acho que você sabe."

Coisas estranhas vão começar a acontecer e a estória ficará cheia de mistério com uma pitada de terror, mas tudo na medida certa pra te cativar, os personagens foram muito bem elaborados e o texto é cativante, a escritora escreve muito bem e consegue te prender na primeira página.

O livro é todo contado em primeira pessoa, fazendo com que você se sinta a própria Ane, cheia de momentos tocantes com frases belíssimas e um contexto mais do que educativo, esse livro é uma ótima pedida pra quem gosta de distopias.
Se não fosse uma parceria que eu mesma fechei, não saberia dizer se é nacional, pois o tabalho da autora é muito bom, minha única queixa é queria que tivesse sido maior.

A estória é tão boa, que quando você terminar de ler, vai sentir como se pudesse ler muito mais, um desejo desesperador de que a estória tenha mais páginas ou até continuação, eu sinceramente queria mais, fiquei com a triste impressão de que acabou muito rápido rs.

Com relação a editora, recebe meus parabéns já que o trabalho esta lindo, a capa é maravilhosa e a diagramação perfeita. Com folhas amarelas e letras grandes, a leitura não se torna cansativa.

Uma estória sensacional que eu super indico a vocês, comprem e se deliciem nesse mundo macabro, mas que pode se tornar nossa realidade se não começarmos a mudar nossas atitudes.

Espero que tenham gostado, super beijokas e até a próxima!

site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/2015/02/resenha-sombras-do-medo-camila-pelegrini.html
camila.pelegrin 26/03/2015minha estante
Nunca canso de ler essa resenha




Bruna 26/03/2015

O que você oferece ao mundo? O que traz dentro de você?
A preocupação com o que nos aguardo no futuro é constante. Diariamente vemos nos noticiários falando sobre os danos que o ser humano vem causando a natureza. Alguma vez você já parou para pensar, nem que seja por alguns minutos, sobre o que o futuro nos reserva se continuar assim? Bom, essa obra pode dar uma ideia de como seria.

Quando guerras humanas e desastres naturais destroem a maior parte do mundo que conhecemos hoje, algumas divisões e lutas surgem. Aqueles com privilégios não precisarão se preocupar tanto com isso enquanto exploram os menos favorecidos que tentam diariamente sobreviver. Com a maior parte dos bens essenciais destruídos surge um governo nada justo, onde antes existiam países agora existem capitais e o tipo de destino que irá ter irá depender em qual lado está inserido: singular ou ordinário. Acredito que você irá entender quem é que tem a pior qualidade de vida, se pudermos chamar assim.

“Não se lembrava ao certo quando o mundo havia sido dividido daquela maneira: ordinários e singulares. Cinco capitais estabelecidas nos pontos vitais do planeta, onde se encontravam as maiores fontes de riqueza natural, por onde passavam os principais cursos fluviais e onde restava a maior quantidade de vegetação e solo fértil. Nessas capitais viviam as pessoas mais poderosas do mundo, uma minoria influente que não sofria os efeitos drásticos da redução da água e da natureza, já que tudo o que havia sobrado, localizava-se no quintal de sua casa.”

É nesse cenário que conhecemos Anabele, uma ordinária comum e ao mesmo tempo diferente dos outros. Nunca aceitou o fato da desigualdade que existe, afinal como poderia se todos são pessoas de forma igual e nada os diferencia. Sua família se resume a sua mãe, uma vez que seu pai morreu sendo explorado pelos singulares, que possuí uma atrativa beleza mesmo com os danos causados pelo trabalho excessivo. Nenhum ordinário tem direito a uma folga do serviço e preciso trabalhar para ter o que comer e o que beber, quem não produz, não recebe e consequentemente pode morrer.
Ane, como os mais próximos a chamam possuí uma alma incrível, sempre disposta a ajudar quem precisa e é o tipo de amiga leal para Vincent, seu melhor amigo desde sempre que para quem olha de fora consegue perceber que sente algo a mais por ela. No entanto, um outro rapaz, forasteiro, que chegou a cidade há apenas alguns meses e que tem a capacidade de fazê-la sentir coisas que não consegue entender.

“Balançou a cabeça e tentou afastá-lo de sua mente, mas os pensamentos insistiam em sua direção. Não suportava muito tempo perto dele, mas quando se afastava, logo se notava procurando, ansiosa por vê-lo de novo.”

Não existe mais natureza do lado de fora da cidade, todo tipo de comida viva já foi extinta uma vez que criar qualquer animal dava muita despesa em questão de comida que eles não tinham. Com o que davam para fazer os animais crescerem para serem usados é a mesma quantidade que precisavam para sua própria subsistência. Então logo não se via mais animais por ali, ou melhor, do lado de fora da muralha construída a base de sangue pelos ordinários, não existia basicamente nada.

“Assim, haviam comido tudo o que restara de vida comestível. Henry pensou na expressão por um segundo. Vida comestível. Por mais estranho que soasse, era algo real. A palavra vida assumira um significado absolutamente diferente de antes, concluiu. A menos que se tratasse da vida de um singular, é claro.”

Como se apenas isso já não fosse motivo suficiente para considerar suas vidas ruins, ultimamente uns sumiços de pessoas das províncias tem causado medo na população. Ane tem constantes pesadelos, e a preocupação é algo presente. Ninguém sabe o que acontece com quem é pego, mas o que todos sabem é que os gritos que escutam são terríveis a ponto de fazer com que todos desmaiem. Ordinários acusam os singulares dos ataques, singulares dizem que isso tudo não passa de um plano dos ordinários, mas afinal será que algum deles está certo? Ou a resposta é outra?

“ –Os instrumentos usados para subjugar alguém são encaradas de forma distinta por aqueles que dominam e por quem é dominado. As muralhas são só a confirmação, a concretude de algo muito maior: o desprezo que o homem sente por sua própria espécie, por outras e pelo planeta em si.”

Entre tantas coisas ruins, ainda é possível observar coisas boas. Sentimentos irão surgir e não haverá escapatória, mas será que é tudo verdade? A verdade tem a capacidade tanto de libertar quanto de destruir. Em meio ao caos eles conseguirão encontrar o caminho certo? Conseguirão valorizar o que é realmente importante? O medo uni as pessoas, mas será que juntos serão capazes de encontrar uma solução? O destino do que restou do mundo está sobre ameaça, a grande questão é: quem saíra vencedor?

“Eu sei que você sonha em mudar esse mundo, mas se serve de alguma coisa, saiba que você mudou o meu.”

Muito bem escrita, com uma trama construída de forma excelente e com uma capa linda que chama a atenção, Sombras do Medo é o típico livro que irá fazer você se apaixonar, sofrer junto com os personagens, aprender lições valiosas para a vida e não conseguir largar até chegar a última página. Não é atoa que se tornou uma de minhas favoritas, a autora está de parabéns e com toda certeza quero estar conferindo futuras obras dela. Quem adquirir o seu e embarcar nessa trama emocionante e repleta de reviravoltas não irá se arrepender, ela possui os elementos necessários, dosando na medida certa ação e romance, para ser uma obra que conquista a milhares de pessoas.

site: brookebells.com
camila.pelegrin 26/03/2015minha estante
Resenha liiiiiinda demais!




Tony 04/04/2015

Resenha: Sombras do Medo - Camila Pelegrini
"Sombras do Medo" foi o meu primeiro contato com uma distopia escrita por um autor brasileiro, até então só havia lido distopias assinadas por autores estrangeiros. Comecei a ler o livro sem saber o que esperar dele, afinal a sinopse nos dá poucas informações a respeito da história. Sabemos que a obra se passará em um futuro pós destruição onde o mundo é dividido em 5 grandes regiões e as pessoas que vivem nele são chamadas de ordinários e singulares. Mas quem são os personagens da obra? E o que eles enfrentarão no decorrer do livro? Essas e outras perguntas serão respondidas já nas primeiras páginas do livro.

No primeiro capítulo de "Sombras do Medo" somos apresentados à Anabele Godhet, uma garota ordinária (como dito anteriormente, as pessoas desse mundo distópico são divididas entre ordinários [pobres] e singulares [ricos]. Anabele infelizmente está no primeiro grupo.) de 20 anos que mora na terceira província. Somos apresentados também a mãe de Anabele, a Amanda e ficamos a par da situação em que as personagens vivem, que é bem miserável. Os ordinários - que são separados dos singulares por uma enorme muralha - vivem precariamente, com poucos alimentos e pouca água, recebem raramente alguma roupa dos singulares e trabalham na maioria do tempo para... acertou quem disse Singulares!

Os Singulares dominam o mundo e são também meio que os vilões do livro. Dividiram o mundo com uma muralha para terem paz, mas acabaram se tornando pessoas egoístas e arrogantes que só se importam consigo mesmos. Paralelo a essa situação há um novo acontecimento que está apavorando os personagens: ordinários começaram a desaparecer! É, isso mesmo: DE-SA-PA-RE-CER! É partindo desse acontecimento que a história irá se desenvolver.

Devo dizer que fiquei surpreso com a abordagem que a Camila utilizou ao tratar esses desaparecimentos. A autora faz uso de elementos de fantasia, dando um toque meio sobrenatural ao livro. Foi arriscado? Foi. Mas inovador! Até então não me lembro de ter lido uma distopia que mesclasse fantasia. Além de ter sido bem bacana o uso de fantasia na história, a autora ainda consegue se superar ao aproveitar de elementos fantásticos para fazer uma crítica a nossa sociedade atual. Não vou explicar muito bem como é feita essa crítica, porque acabaria soltando spoilers para vocês, mas vos digo: É tudo muito sensacional! Vocês vão ver...

A narração de "Sombras do Medo" é em terceira pessoa e segue sendo intercalada por personagens a cada capítulo. Apesar disso ser ótimo para o leitor ter uma noção de tudo o que está acontecendo no livro, devo dizer que fiquei um pouco incomodado com essa narração nos primeiros capítulos. Me entendam: Eu estava curioso para saber os desdobramentos de determinado capítulo, então passava a página com a maior empolgação, só que o eu encontrava no capítulo seguinte era a apresentação de outro personagem, em outro cenário e etc. Mas passado alguns capítulos acabei me acostumando com essa narração.

"O medo, como bem sabia ela, era capaz de fazer uma pessoa reagir, lutar. Mas em uma diferente intensidade era também capaz de tornar alguém tão inerte quanto um poste.
No medo encontra-se a esperança e também a morte dela." - página 136

Os personagens do livro são bem construídos e conseguem cativar o leitor. Adorei a Anabele, O Henry (personagem bem importante na história) e a Amanda. Mas nem tudo são flores: Acabei odiando o Vincent (melhor amigo da protagonista). Ok, ódio é um pouco exagerado, mas que eu achei o personagem insuportável e uma mala... Ah, isso é a mais pura verdade!

Em suma, "Sombras do Medo" é uma ótima distopia que não perde em nada para as distopias estrangeiras já consagradas. Com muitos mistérios e acontecimentos frenéticos (além de possuir uma ótima crítica para a nossa sociedade atual), a estreia de Camila Pelegrini tem tudo para conquistar e prender o leitor do início ao fim.
camila.pelegrin 23/04/2015minha estante
já falei o quanto eu gostei da sua resenha né?
Que honra saber que vc gostou do SdoM!
Obrigadaaa




Ani 13/04/2015

Depois de nosso planeta ser destruído por guerras humanas e desastres naturais, ele foi reorganizado e dividido em cinco grandes regiões. Em cada parte há uma divisão da população, os singulares que vivem na parte privilegiada – Capital – tem tudo do bom e do melhor e exploram os ordinários, que trabalham dia e noite para poder viver com o mínimo possível.
Quando eu digo mínimo, é mínimo mesmo gente, uma coisa absurda. O que separa os dois povos é uma grande muralha construída pelos lideres de cada região.
É assim que Sombras do Medo se inicia. Narrado em terceira pessoa conhecemos mais profundamente Anabele, uma jovem que sempre foi contra essa forma de governo, ela perdeu seu pai muito jovem trabalhando para construir a muralha e não achava justo ter que trabalhar duramente para conseguir beber água. Para vocês terem uma noção de quão surreal é essa divisão, se você não trabalha independentemente do motivo, você não come. Por isso Ane sempre ajuda todos os que estão doentes e não podem trabalhar. Ela vive com sua mãe Amanda e seu melhor amigo Vicent, que está sempre disposto a ajudar e – claro – tem uma quedinha pela nossa protagonista. Conhecemos também Henri, um “forasteiro” que aparece na cidade depois de perder seus pais e consegue conquistar todos os ordinários, inclusive Ane, o que deixa Vi louco de ciúmes.

"Prefiro morrer segurando a mão fria de minha mãe do que viver com uma pedra de gelo no lugar do coração."


Morar com essas divisões nunca foi algo fácil, porém, com o aparecimento de estranhas criaturas que “sugam a vida” dos ordinários tudo piora. Denominados como Venons, esses monstros usam seu poder de deixar as pessoas com medo para conseguir matar o maior numero de pessoa.

" - Você está cego - Arthur balançava a cabeça energicamente.- Eu era. Deixei de ser quando quis começar a enxergar."


Não imaginava que “Sombras do Medo” englobava todos esses temas. Confesso que comecei a leitura bem animada, pois tinha me apaixonado por essa capa, com o decorrer da leitura acabei me confundindo um pouco.
No inicio todas as informações foram mostradas para nós leitores e isso acabou me confundindo com algumas coisas, daí eu voltava e lia novamente, o que atrasou a leitura. O enredo é muito rico e todos os temas abordados pela autora foram feitos de maneira delicada e objetiva. A escrita da Camila é extremamente gostosa, conseguimos ler rapidamente.

"Querida, faça o que tiver que fazer. E lembre-se... ainda que amem, todos erram. Você tem dois exemplos claros disso. Só tente reconhecer aqueles que erram tentando acertar e ressentem-se por têl-lo feito. Esse é o tipo de erro com que você pode conviver."


Sobre a diagramação, a capa é linda e as folhas são amareladas. Vi alguns erros gramaticais, frases soltas que não chegaram a atrapalhar, mas me incomodaram um pouco. No inicio de cada capitulo a letra inicial é diferenciada, é bonita, mas acaba atrapalhando em algumas (o T parecia um D).
Em suma, Sombras do Medo é uma distopia nacional muito interessante que nos faz refletir sobre nossos egoísmos diários e até onde nosso amor pode nos levar. Aconselho a leitura.

site: http://www.entrechocolatesemusicas.com/2015/04/sombras-do-medo-camila-pelegrini.html
camila.pelegrin 23/04/2015minha estante
Fiquei muitoo feliz por ter gostado e sinto mt se te deixei confusa em algumas partes ahahah prometo tentar melhorar




daniel 19/04/2015

Uma mistura que não deu muito certo
Esta foi a primeira distopia nacional que eu li, e como fissurado por distopias, iniciei a leitura com expectativas altas. Desde o início estava receoso com a mistura de distopia e fantasia proposta pela sinopse do livro, uma vez que nunca li um livro que fizesse esta mistura. Apesar da distopia em si ser muito boa, a parte fantástica não me convenceu, o que foi uma pena, levando em conta o potencial do livro.

É às margens da terceira capital que vive nossa protagonista, Anabele, uma jovem ordinária que assim como os outros trabalha arduamente para conseguir o seu sustento. Ela se mostra uma garota generosa e que não entende o que os tais Singulares tem de especial para merecerem monopolizar os recursos restantes e obrigar os ordinários a levar uma vida indigna. Ela mantém uma relação muito próxima com a mãe e seu amigo Vincent, que demonstra grande apreço pela garota.
Coisas estranhas começam a acontecer na terceira província, lugar onde Anabele reside. Uma intensa onda de frio chega à região, sombras negras transitam pelo lugar acompanhadas de chamas que irradiam frio ao invés de calor. Junto à esses fenômenos, ordinários começam a desaparecer misteriosamente, e muito afirmam que é o início do fim dos tempos.

A história é narrada em terceira pessoa, alternando o foco entre nossa protagonista e o rei das 5 capitais, o que nos permite saber como funciona a vida em ambas os lados da muralha. Há um teor de romance na história, o qual é caracterizado por um “quase triângulo amoroso” feito por Anabele, Vincent e Henry, um forasteiro que chegou à região.
A construção do mundo futurista pós-destruição em si foi muito boa, mas senti falta de um maior aprofundamento nas situações que levaram o planeta ao estado em que se encontra. A divisão do mundo lembra muito Jogos Vorazes no que diz respeito à submissão de uma grande parcela da população em relação às capitais, que ditam as ordens e os obrigam à sustenta-las. Porém a diferença fundamental está no atual estado e na disponibilidade de recursos no planeta. Certamente alguns ignorantes podem dizer que é apenas outra cópia de Jogos Vorazes, uma vez que toda distopia atualmente é comparada à obra de Collins, mas entre inspiração é cópia há uma distância muito grande. As semelhanças acabam a partir do momento em que a história toma rumo na fantasia, o que infelizmente não deu certo pra mim.

Como eu temia, a mistura de distopia e fantasia não me agradou. Por mais que tenha sido criativa a justificativa da autora para os elementos fantásticos atribuídos à obra, achei-os muito forçados e superficiais. A parte distópica em si foi muito boa, apesar de faltar aprofundamento em alguns aspectos. As críticas sociais feitas pela autora neste modelo de sociedade são muito bacanas, levando o leitor à reflexão sobre as atitudes tomados pela humanidade hoje e a consequência que elas podem vim a ter no futuro.

Quanto à diagramação, o livro está ótimo. Contando com uma capa belíssima, uma das mais bonitas da minha estante diga-se de passagem, e uma fonte muito tranquila de ler. A escrita da autora é bastante fluída e o livro é de uma facilidade de leitura muito grande. Apesar de alguns aspectos não terem me agradado, foi um livro que eu gostei, principalmente por ser de autoria nacional, então por isso eu recomendo. É muito bom ver que os autores nacionais estão entrando neste gênero que tanto aprecio. Então, se você gosta de distopias, fica a dica.
Nesta obra é retratado um futuro no qual o planeta terra está totalmente destruído, exceto por 5 regiões onde ainda restam parte dos recursos. Esta destruição havia sido causada principalmente pelas atitudes humanas, como as guerras e a má utilização dos recursos naturais. Com a pouca disponibilidade dos recursos não seria possível suprir as necessidades de todas as pessoas, devido à isso a sociedade foi dividida em Ordinários e Singulares, sendo os ordinários os que trabalhavam para suprir as 5 capitais em troca de água e comida; e os Singulares os que mandavam e aproveitavam dos recursos restantes. Todas as capitais eram isoladas por muralhas, deste modo sendo impossível a entrada das “pessoas comuns”.

site: http://oficinaleitor.blogspot.com.br/
camila.pelegrin 23/04/2015minha estante
Já agradeci e agradeço de novo pela disponibilidade de ler o SdoM e ter resenhado tão bem! Pena que a fantasia não transmitiu para você tudo o que era p ter transmitido haha mas obrigada mesmo




Gisa 21/04/2015

Amei
Expectativas quase sempre é um problema não é? Eu já devia ter aprendido. É por isso que fujo um pouco dos livros muito famosos. Todo mundo gosta??? Eu vou gostar, eu vou gostar, eu vou gostar. É... não gostei.
Então eu estava um pouquinho receosa com Sombras do Medo. Todas as resenhas que eu vi eram positivas. E eu não entendia bem o porquê disso. Afinal, quantas distopias nós temos por aí?

Bem, eu não entendia até ler o livro. Agora eu entendo. E agora eu digo: Criar expectativas nem sempre é ruim. Alguns livros tem o poder de nos surpreender ainda mais.

Sombras do Medo é narrado em terceira pessoa e conta a história de Anabele e da sociedade em que vive. O mundo foi dividido em 5 grandes territórios. E cada território foi dividido em duas classes. Os ordinários (povo) que vivem uma vida terrível e trabalham apenas para a sobrevivência e os singulares (ricos) que vivem protegidos por uma muralha, onde tem água e comida em abundância.
Tudo era perfeito (?) nesse mundo, até que alguns ordinários começaram a desaparecer. Pouco tempo depois, o caos se instala. Além dos desaparecimentos, fogo que congela começa a aparecer e estranhas criaturas surgem nos céus.
É aí que uma guerra começa. Afinal, como lutar contra aquela sociedade e contra as criaturas das trevas?

Como vocês devem ter percebido, Sombras do Medo é uma distopia com fantasia. Arriscado? É, é arriscado. Mas essa é a grande vantagem de ser autor não é? Ousar. E a Camila ousou maravilhosamente bem.
Eu gosto de fantasia + eu gosto de distopia = Eu AMEI o livro da Camila.
O livro é bem curtinho, então eu li assim, em uma tacada só. Quando vi: já li.

A escrita da autora é gostosa e leve, mesmo que os temas abordados em distopias não o sejam. A Camila conseguiu colocar até mesmo um pouco de humor na história.

"Anabele sentiu vontade de esbofeteá-lo. Como era ousado! Mas suas pernas, involuntariamente a levaram para perto dele. Sentiu então, vontade de esbofetear suas próprias pernas."

Sim, eu ri lendo esse livro. E chorei também.

Também temos um romance e ele é muito bonitinho.

"Sacrificaria um futuro juntos, para assegurar que ela ao menos tivesse um. "

Apesar de que algumas pessoas possam dizer: "achei que o romance se desenvolveu muito rápido." Óh puxa. Você nunca deve ter conhecido alguém em uma balada e beijado na mesma noite né? Isso sempre funciona? Não, nem sempre. Mas aqui funcionou.

Os personagens principais são muito bacanas. A Anabele tinha tudo para eu não gostar dela. Boba, ingênua e boazinha. Mas eu gostei muito dela. Ela é corajosa e ajuda os outros, sem esperar nada em troca.
Seu par romântico é engraçado, divertido e tudo de bom.
E seu melhor amigo, o "guarda-costas" é sensacional também e muito real.
E antes que alguém pergunte, não, não temos um triângulo. A Anabele é muito decidida nas questões do coração. Hehehhe
A mensagem que o livro traz é linda e deveria entrar na cabeça de todos nós. Algo tão simples, mas que a maioria de nós esquece no corre corre diário.

Como ponto negativo, só posso reclamar da revisão. Mas isso já é quase clichê nos livros né? heheheh. E a letra é meio quadradona e isso incomodou um pouquinho no começo :P Mas nada que me faça não indicar essa obra a todos vocês.
Então como vocês devem ter percebido, eu super adorei essa obra e indico para você: amante de fantasia, de romance, de distopia. Espero que tenha a oportunidade de ler e se encantar tanto quanto eu.

site: http://profissao-escritor.blogspot.com.br/2015/04/sombras-do-medo-camila-pelegrini.html
camila.pelegrin 23/04/2015minha estante
Imensamente feliz por ter superado suas expectativas. Que responsabilidade! hahaha Obrigada pela resenha e por disponibilizar um pouquinho do seu tempo para ler o SdoM




tainan.barbozageneroso 09/05/2015

Uma distopia incrível
O livro "Sombras do medo" é uma distopia da autora Camila Pelegrini, publicado pela editora Garcia Edizioni no ano de 2014 e contém 194 páginas.
O enredo se inicia com a raça humana em crise e se dividida em ordinários, os quais são pobres e visam apenas a sobrevivência e os singulares, detentores da água e privilegiados, eles vivem na capital que é protegida por uma muralha, os ordinários costumam ir lá apenas para trabalhar.
Ordinários queriam sobrevivência. Singulares queriam o mundo para si. Tinham propósitos muito diferentes.
Como protagonista temos Anabele, uma ordinária, que se mostra madura em frente às situações vividas. Isso é muito positivo, pois prefiro personagens que encaram de frente os problemas e não ficam apenas se lamentando.
Na obra ainda temos um triângulo amoroso envolvendo Anabele, seu melhor amigo Vincent, o qual sempre foi apaixonado por ela e nunca teve coragem para se declarar, e Henry, um garoto misterioso novo no lugar. Porém, não é aquele triângulo amoroso típico que vimos a mocinha indecisa, Anabele sempre soube o que queria. O foco da obra não é o romance e sim o mundo devastado e a guerra que está por vir.
Recusava-se a aceitar que os singulares não abrissem os portões. Não era ingenua ao ponto de pensar que eram bondosos o suficiente para para deixá-los entrar, mas se tinha certeza de algo, era na maldade dos singulares e no prazer que sentiam matando-os pouco a pouco.
A leitura começa lenta, mas em um determinado ponto do livro, você se prende de uma maneira que não quer largar, pois precisa saber o rumo da história.
Outro ponto positivo na trama é que os personagens são realistas, ou seja, não existem personagens perfeitos.
É uma linguagem simples, que flui bem, descritiva na medida certa: ao ponto de imaginar a cena e não interferir no andamento. A letra é de tamanho normal, dá para ler tranquilamente e o espaçamento entre linhas é simples.
Outro ponto positivo na trama é que os personagens são realistas, ou seja, não existem personagens perfeitos.
Além disso, a obra também mistura fantasia, mas isso foi feito com naturalidade pela autora, os elementos foram se misturando aos pouquinhos com o enredo.
A leitura começa lenta, mas em um determinado ponto do livro, você se prende de uma maneira que não quer largar, pois precisa saber o rumo da história.
Com respeito à comparação com Jogos Vorazes, ambos são distopias, com protagonistas fortes, mas com enredos diferentes. Mas Sombras do Medo não fica devendo em nada para as distopias estrangeiras, é de qualidade.


site: http://www.eucurtoliteratura.com/
camila.pelegrin 23/05/2015minha estante
liiinda, mil vezes obrigada pela resenha incrível!




Calma Sem Pressa 01/06/2015

Sombras do Medo é uma distopia, e como uma boa distopia, a sociedade está um caos.
Sombras do Medo é uma distopia, e como uma boa distopia, a sociedade está um caos.

Todos os pontos negativos da nossa sociedade atual encontram-se ampliado na trama. Por exemplo, a diferença de classes que existe entre as pessoas, aqui nós temos os singulares, que são pessoas que vivem dentro de uma muralha. Essas pessoas monopolizam as últimas reservas de água, tem acesso as últimas espécies de fauna e flora, em contra partida, do lado de fora da muralha os ordinários trabalham incessantemente para que o bem estar das pessoas de dentro da muralha continue, os ordinários recebem provisões minimas para sobreviverem e continuarem trabalhando até a morte.

O plot da história é basicamente esse. Arthur é o presidente da província em que Anabele vive, tirano não poupa esforços para que os singulares continuem tendo conforto. Anabele a protagonista é um ordinária, bondosa, ajuda seus vizinhos mais necessitados. Ela tem uma quedinha por Henry um forasteiro recém chegado na província.

A lógica desse mundo começa a ruir quando, após um som aterrorizante as pessoas desmaiam e ao acordarem algum conhecido sumiu. Um grande mistério se inicia e o cotidiano de singulares e ordinários se vê abalado.

Gostei muito da escrita da autora, Camila consegue terminar vários capítulos com um super cliffhanger, de te deixar morrendo de curiosidade. O enredo é bem construído e desenvolvido e ao longo da páginas viradas eu ficava ainda mais curiosa para desvendar os mistérios da trama.


Anabele é um menina doce e corajosa, que deseja acima de tudo justiça, igualdade entre as pessoas. Me identifiquei muito com a personagem pois diariamente me sinto indignada com várias características da nossa sociedade, principalmente a desigualdade entre as pessoas, se você tem poder, dinheiro, fama, você tem acesso a benefícios, e as pessoas que não tem nada disso se sujeitam a condições muitas vezes inumanas. Em Sombras do Medo a vida dos ordinários é exatamente assim, só que com as coisas ruins mais ampliadas.

''Anabele havia crescido nesse mundo em que os recursos naturais eram controlados e distribuídos pelas cinco capitais, onde viviam os singulares. Mas ela, Amanda, havia vivido ainda na época em que o planeta era divido em países e embora já houvesse injustiças, costumavam conhecer algo chamado liberdade.''

Um dos motivos para a distopia ser meu gênero literário preferido é isso, um vislumbre do futuro que essas obras proporcionam, mensagem que elas passam, de que é necessário mudar, se não realmente caminharemos para esse caos.

Camila foi inovadora ao criar a ameaça da trama, os vilões são as próprias pessoas e somente uma cura "universal" é capaz de salvá-los, adorei! Sensacionalmente conduzido e finalizado!

Se você gosta do gênero esse livro é super recomendado. Com um toque de romance, uma protagonista forte e gentil, ação e uma mensagem muito bacana, Sombras do Medo vai te conquistar logo na primeira linha. É impossível parar de ler antes do fim!

A capa é lindíssima, ainda mais pessoalmente, a diagramação da Editora está ótima, deixa a leitura ainda mais cativante.

XoXo!

site: http://www.deixaela.com/2015/06/resenha-sombras-do-medo.html
camila.pelegrin 13/06/2015minha estante
resenha muito top!!!!




Willian 01/06/2015

Livre, leve e solta a escrita de Camila
Não falarei a sinopse aqui, pois a mesma pode ser lida em qualquer uma das outras resenhas ou clicando ali do lado na sinopse. A escrita da autora é muito boa, é um livro extremamente gostoso e fácil de se ler. Mesmo que você acabe não gostando, por não ser muito chegado à distopias, certamente não terá problema com iniciar a leitura e terminá-la, deixando realmente o lado negativo do livro para algo mais pessoal, porque a escrita é realmente bem fluída.

A quantidade de personagens é relativamente grande, para uma autora estreante e ela soube lidar bem com o espaço de cada um deles. A narrativa dela permite uma visão mais abrangente da situação como um todo, não adentrando especificamente na mente de apenas um personagem, como acontece em livros em primeira pessoa. Talvez realmente, para a proposta desse livro, esse tipo de narrativa tenha sido perfeito, não haveria outro jeito melhor.

Por fim, há toda uma base crítica que a autora aproveitou com a estória e explorou de forma bem interessante durante todo o livro. O mais legal é que a mensagem fica muito clara no final do livro, vale citar que não encontrei pontas soltas, não vai ser aquele livro que vai terminar de ler e se perguntar "Qual é a moral da estória? Qual a mensagem que o ele/ela quis passar?"

Reconheço que gostaria de saber mais sobre o passado, mas entendo também que essa nossa ânsia de querer entender mais sobre um determinado ponto no livro demonstra justamente o quanto nos apegamos a ele, de alguma forma. E com um pouco de bom senso entendemos que é complicado lançar um livro exageradamente grande, sendo um autor estreante, no Brasil ainda por cima.

Tenho uma resenha mais completa e detalhada no meu blogue, só seguir o link destacado abaixo, quem estiver interessado em debater, sintam-se em minha casa rs



site: http://arte-comvida.blogspot.com.br/2015/01/resenha-de-sombras-do-medo-camila.html
camila.pelegrin 13/06/2015minha estante
obrigada sempre




Jooy 06/06/2015

Confesso que não sei bem por onde começar com essa resenha haha, quando recebi o livro tive a impressão de ser "só mais uma distopia como todas outras", pelo fato de geralmente muitas terem grandes semelhanças. No início da leitura eu me permiti fazer uma pequena comparação com Jogos Vorazes (quem já leu poderá me entender), vou explicar o motivo:

Em Sombras do Medo somos apresentados aos considerados "Ordinários" que são aqueles que vivem de forma inferior aos "Singulares", e a minha comparação foi que os Ordinários nos faz lembrar um pouco dos "Distritos", e os Singulares nos fazem lembrar da Capital, não pela maneira extravagante de se vestir, mas sim por eles serem considerados superiores aos Ordinários, e terem tudo do bom e do melhor. Mas, acabei sendo pega de surpresa, pois, um dos assuntos relatados era a ESCASSEZ de água, ou seja os ordinários trabalhavam para terem em troca água, naquele tempo raramente chovia, e os recursos naturais já eram quase extintos.


"Ordinários queriam a sobrevivência. Singulares queriam o mundo para si. Tinham propósitos muito diferentes."

Como protagonista temos Anabele, uma jovem ordinária cheia de determinação sem contar com o enorme coração, ela sempre estava disposta a ajudar o próximo, mas tinha um grande rancor com os singulares, ela vivia com sua mãe Amanda em uma casa simples, seu melhor amigo era Vicent, ele sempre fora apaixonado pela amiga, mas ela nunca percebeu.

Um jovem e belo forasteiro que era conhecido como Henry, começou a viver entre os ordinários, e em pouco tempo conquistou a confiança de todos, ele era dono de um charme e senso de humor sem igual, isso acabava irritando muito Anabele, mas com o decorrer ela vai sedendo ao charme do rapaz.


"Entorpecida com as palavras, Anabele só percebeu que não estava sonhando quando sentiu os lábios dele tocarem os seus....Sentia o frio percorrer sua espinha, ao mesmo tempo em que sentia seu coração ser aquecido. Não pensava. Apenas sentia."

Mas o que ela nem imagina é que Henry não é quem ela imagina ser, e descobre da maneira mais complicada e dolorosa que alguém poderia descobrir, em meio a guerra e destruição.
"Era a decepção, o engano, o arrependimento, a vergonha de ter acreditado, de ter se deixado levar por palavras que ofereciam o conforto que não conseguia encontrar de outra maneira."

Como o nome do livro é 'Sombras do Medo', já da para ter uma ideia, em um mundo onde pessoas eram divididas, onde haviam uma mistura de sentimentos ruins, onde o medo falava alto, todas as ações uns contra os outros teria um resultado, e jamais poderíamos imaginar que o nosso maior inimigo, somos nós mesmos.


"E naquele exato momento, em que se tratava a maior guerra de todos os tempos, aquela que poderia decidir se a raça humana seria finalmente extinta, eles, humanos, ainda não conseguiam enxergar que dependia deles, e somente deles, como a batalha terminaria. Bastava escolher um lado, alimentar somente uma igreja."

O medo, o ódio, a indiferença só alimentava criaturas, que a muito tempo viveram fracas e escondidas, mas cada vez mais que sentimentos ruins crescessem entre as pessoas, mais fortes elas ficavam. E bastava atitudes simples, que acabaria com todo o mal. A explosão de uma enorme muralha não significaria apenas o fim das tão terríveis criaturas, mas significaria um novo começo.


"Na verdade não sabia como não haviam percebido antes. Se a maldade era o que alimentava os Venoms, o que os deixava mais fortes, somente a bondade poderia destruí-los. E o primeiro sinal significativo dela após tanto tempo de divisão egoísta e autoritária fora com a abertura dos portões reunindo finalmente ordinários e singulares, por um motivo: a sobrevivência mútua."

Para finalizar ao ler Sombras do Medo, podemos ver que muitas coisas retratadas no livro estamos vivendo, como o egoísmo, ódio, indiferença, dentre outros. Também não preservamos o mundo em que vivemos, pois o poluímos, estamos acabando com as árvores, não valorizamos a água que é um dos bens mais valiosos que temos, 'matamos, roubamos uns aos outros'. É realmente uma história surpreendente, que te envolve do início ao fim. Você vai ri, se apaixonar, vai ficar aflito(a), vai sentir um pouco do que os "Ordinários" sentem, vai sentir a emoção crescer a cada página lida, provavelmente prenderá o fôlego em alguns momentos. E no final ficará com a famosa ressaca literária, eu já estou pensando até em reler haha.

Estou fechando o mês de março com chave de ouro, uma das leituras brasileiras que mais me surpreendi, não somente pela qualidade, mas em como a fantasia misturada com uma dose de realidade pode nos fazer repensar em muitas de nossas atitudes. Não vejo a hora de poder me deleitar com mais obras da escritora Camila Pelegrini.


Então esta mais do que recomendado Sombras do Medo, e claro ele já virou um dos meus favoritos.


site: http://intoxicadosporlivros.blogspot.com.br/2015/03/resenha-sombras-do-medo.html
camila.pelegrin 06/06/2015minha estante
mas que rápida!!! haha nunca vou me cansar de agradecer por suas palavras mais lindas e doces!!!
Ameiii




Khrys Anjos 06/06/2015

Uma imensa lição de vida
A humanidade levou a raça humana quase a extinção. Dos poucos sobreviventes foram criadas 5 regiões onde os ordinários eram subjugados pelos singulares.

E no meio dos massacrados ordinários conhecemos a doce Anabele. Ela é uma jovem batalhadora que está sempre ajudando os mais necessitados.

Ela mora com a mãe Amanda e tem no seu melhor amigo Vincent o irmão que não teve (mas será que é assim que ele a vê?). Trabalham de sol a sol para ter direito a um pouco de alimento e água.

Até que um “forasteiro” aparece e a faz conhecer um outro lado da vida. Henry com seu jeito sarcástico e charmoso acaba por conquistar o amor da Anabele e a raiva do Vincent.

Mas logo todos se veem vivendo um horrendo pesadelo. Ordinários começam a sumir, a população passa a ter sonhos macabros e finalmente descobrem o motivo dos sumiços.

Assim começa uma verdadeira guerra pela sobrevivência. Eles precisam se defender de monstros voadores e dos soldados dos singulares que fazem de tudo para aniquilar os rebeldes.

Para vencerem as sombras acabam se unindo e criam a oportunidade perfeita para destruí-las.

Mas o casal tem que passar por uma prova de fogo antes de finalmente poderem se unir. A confiança e a fé no amor são testadas até o limite.

E o futuro dos humanos fica aparentemente garantido após a queda da grande muralha.

A Anabele e o Henry formam um casal de opostos que se atraem literalmente. São criados para serem uma coisa mas lutam contra esta ditadura que determina o que podem ou não fazer.

Quando se conhecem criam uma ligação tão forte que nem mesmo as sombras foram capazes de romper.

Henry quer ter a chance de ser feliz e se tornar uma pessoa melhor. A Anabele transmite este desejo ao ser do jeito que é. Um completa o outro como pessoa.
Quando suas vidas passam a correr um grande perigo esta ligação os mostra o caminho certo a seguir.

Os monstros são vencidos pela união de todos ao libertarem seus corações de todos os sentimentos negativos carregados durantes tantos anos.

A narrativa da Camila é simplesmente eletrizante. Você não consegue largar o livro enquanto não chega ao final da história. Com os capítulos sendo curtos fica ainda mais difícil.

A mensagem transmitida pela história é uma grande lição da verdade para o ser humano.

Nós alimentamos um monstro quando nos deixamos envenenar pelo ódio, pela inveja, pelo egoísmo e por todos os sentimentos ruins. Quanto mais lhe damos poder mais ele cresce até que chega um momento que nosso corpo se torna pequeno para a sua expansão.

Assim ele sai e mostra toda a sua “beleza” para o mundo. E a maneira como os outros lidam com este ser acaba por lhe fazer crescer ainda mais.

O medo deve ser um sentimento que nos crie juízo e nos impeça de cometer atos que coloquem nossa vida em risco. Porém jamais devemos deixar que ele nos paralise e nos faça ficarmos aterrorizados com o que nos acontece.

Quanto mais lhe damos o poder de manipular a nossa vida menores nos tornamos até sermos dizimados por ele restando apenas uma casquinha do que costumávamos ser.

Além de lutar contra as sombras Anabele também precisou lutar contra o rancor que sentia pelo pai do Henry. Acredito que esta foi sua verdadeira batalha. Os monstros ela logo aprendeu a destruir mas teve que rever seus conceitos como pessoa para decidir se queria ser feliz vivendo o amor ao lado do Henry.

Eu fiquei completamente extasiada com esta leitura e virei fã da Camila. A maneira dela dar vida a estes personagens e narrar esta história é avassaladora. Poucos têm este dom.

Teve 2 momentos que me deixou muito triste que envolveram o Jhou e o Vincent. Queria um final diferente para eles.

As Sombras só irão escurecer a Luz se permitimos que o medo nos domine. Para haver Sombra é necessário que exista a Luz. Uma não vive sem a outra. Mas o tamanho desta existência é que faz a diferença. Um pontinho mínimo de Luz é capaz de fazer com que a Sombra fique reduzida ao tamanho que deve ter: minúsculo.

Esta é uma história para os amantes de ação, aventura, romance, drama mas principalmente superação.

site: http://minhamontanharussadeemocoes.blogspot.com.br/2015/04/resenha-sombras-do-medo-camila-pelegrini.html
camila.pelegrin 13/06/2015minha estante
eu amei tanto sua resenha




Camilla 01/09/2015

Resenha do blog Segredos e sussurros entre livros
Sombras do Medo, escrito pela autora Camila Pelegrini, publicado pela Garcia Edizioni (com editora nova - nossa parceira Arwen - para uma 2ª edição), é um romance distópico nacional que aborda a precariedade de recursos naturais, egoísmo humano e um suspense bem interessante beirando o sobrenatural.

Anabele e sua mãe são ordinárias e, por isso, vivem ao redor de uma capital limitada por barreiras intransponíveis, trabalhando pelo precário próprio sustento e o dos singulares, que vivem na tranquila e esbanjadora capital. Habitantes da Terceira Região, a vida delas e dos outros ordinários não poderia ser mais dura. Todos eles são obrigados a trabalhar com os pouquíssimos recursos que restam, enviando a melhor parte para o sustento da capital, e recebendo em troca uma miséria como pagamento. Enquanto ordinários racionam água e comida, os singulares da capital fazem banquetes e vivem no luxo. A triste realidade ocorre desde o grande colapso do planeta, que no livro não é realmente explicado, apenas mencionado.

“Você disse que dependemos das árvores para viver. E não vejo mais muitas delas. Quer dizer que haverá cada dia menos de nós também?”

Apesar das dificuldades, o círculo de Anabele é formado de pessoas solidárias e capazes de lutarem umas pelas outras. Além dos amigos de toda a vida, Henry, um forasteiro um tanto irritante, acaba marcando presença na vida Anabele. Há um certo mistério em torno dele, mas por alguma razão afastá-lo não é bem uma opção. O problema é que singulares e ordinários vêm sendo perturbados por pesadelos terríveis e desaparecimentos inexplicáveis após um estranho evento congelante. Alguma coisa horrível está levando as pessoas e deixando apenas um frio de gelar os ossos e pedaços de gelo pelo caminho. E é então que a situação fica assustadora.

“(…) talvez os singulares estejam tentando mostrar de uma vez por todas que eles não somente mandam em todas as coisas do mundo como também direta e totalmente em nossas vidas.”

O livro é narrado em terceira pessoa, quase sempre com foco em Anabele. A princípio, percebem-se os elementos básicos de qualquer distopia: mundo pós-apocalíptico, governo mesquinho versus povo oprimido, personagens revolucionários que ainda não sabem a força que possuem, coisas horríveis acontecendo… enfim, cada detalhe muito comum ao tema. O que difere esta distopia, na verdade, acaba sendo um elemento surpresa (pelo menos para mim), que surge aos pouquinhos e dá um ar de ficção científica e sobrenatural bem assustador. O que está por trás dos desaparecimentos é algo realmente terrível, alimentado por uma das piores características do ser humano desde os primórdios. Não posso dizer o que é sem estragar a surpresa e, por isso, paro por aqui. Acho que basta dizer que toda a ação contida no livro (e tem bastante disso por aqui) é ligada a esses acontecimentos, que vão piorando a cada página e deixando uma apreensão daquelas no leitor.

“Todos os desaparecimentos fizeram sentido. Mas todo o resto deixou de fazer.”

O enredo é bem agradável, pois é muito objetivo, dando ao leitor, inclusive, a oportunidade de conhecer dois lados de uma moeda, a princípio incompreensíveis entre si. Não há um grande aprofundamento nos sentimentos dos personagens, mas bastante clareza em suas atitudes, algo que ajudou muito na construção de uma história com um ótimo ritmo. Li o livro em uma noite.
Confesso que o que me chamou mais atenção a princípio foi a capa. Saber que se tratava de uma distopia foi a cereja do bolo. Não me decepcionei com a história, pelo contrário, acabei encontrando elementos que me agradaram inesperadamente. Leitura mais do que recomendada a todos que curtem distopias com uma boa dose de romance e crítica social.

site: http://ssentrelivros.blogspot.com.br/
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"Ana Paula" 21/10/2015

Recebi este livro pelo Book Tour que a autora está organizando. Como sou apaixonada por distopia, aceitei na hora que a Mari me marcou no face. Claro que fiquei ansiosa e cheia de expectativas. Não vou dizer que me arrependi, pois isso não aconteceu, só senti falta de um aprofundamento maior e menos melação entre os personagens, o que, como vocês sabem, me deixa doida de raiva! rsrsrsrsr

"Nos dias que se vivia, o ar era pesado, quente e sufocante. Não se sentia o alívio de uma brisa fresca há tempos."

Sombras do Medo é um livro bem real... na realidade distópica apresentada, o mundo sofre com o calor excessivo, árvores, rios, lagos e mares estão secos. A natureza finalmente cobrou seu preço, já que o ser humano não muda suas atitudes.
Logo no começo do livro, somos apresentados ao mundo em que essas pessoas vivem. Ordinários são aqueles mais pobres, moram em províncias e vivem para trabalhar e para receber a água escassa que a capital os envia. Os singulares são os ricos, vivem na capital, no conforto, com sombra e água fresca literalmente, pois construíram um muro envolta do que sobrou da natureza para viverem.

Conhecemos Anabele, a protagonista principal e ordinária. Anabele é aquele tipo de personagem que te encanta: possui firmeza, determinação, coragem e bondade. É uma das poucas ordinárias que não se lamenta da vida que vive. Ela e sua mãe, Amanda, são bondosas e sempre fazem o que pode pelos outros. Mas nem tudo são flores, uma ameaça nunca antes vivida, promete acabar com o resto da humanidade e somente se as pessoas abrirem seu coração, essa ameaça será contida.

Enquanto lia, pensei muito em como a autora me surpreendeu com sua história. Apesar de ter fantasia no meio, creio que seja um dos livros com a realidade mais próxima do que vivemos... também estamos ficando sem água, o calor é intenso e trabalhamos muito para ganhar pouco. Pequenas palavras que, como um todo, abre nossa mente para o que podemos esperar de um futuro próximo.

Apesar da protagonista ser uma ótima personagem, me peguei sentindo certo distanciamento da mesma por causa de seu par romântico. Henry é um personagem que se acha muito e ao meu ver, só contribuiu com o enredo mais pro final. Sua relação com Anabele não é das melhores, mas esse sentimento ajudou muito no decorrer das páginas.
Não sou fã de romances melosos, e creio que isso tenha influenciado na minha avaliação do livro. Anabele não podia nem pensar em Henry que estava corando... Corou o livro inteiro para falar a verdade e Henry é o tipo de homem que eu não gosto, modéstia zero.

"Não se lembrava ao certo de quando o mundo havia sido dividido daquela maneira: ordinários e singulares. Cinco capitais estabelecidas nos pontos vitais do planeta, onde se encontravam as maiores fontes de riqueza natural, por onde passavam os principais cursos fluviais e onde restava a maior quantidade de vegetação e solo fértil. Nessas capitais viviam as pessoas mais poderosas do mundo, uma minoria influente que não sofria os efeitos drásticos da redução da água e da natureza, já que tudo que havia sobrado, localizava-se no quintal de sua casa."

A narrativa é em terceira pessoa, na maioria, pelo ponto de vista da personagem principal, mas também acompanha outros personagens de igual importância para a trama. Eu adoro essa capa, acho linda demais, como vocês podem ver, a capa nova é em desenho, o que não ficou feio, mas ainda assim, acho diferente.
A diagramação é simples, com capítulos curtos e letras em tamanho confortável para a leitura. Encontrei alguns erros de revisão e algumas palavras repetidas, nada muito crítico, creio que a nova edição pela editora Arwen será melhorada.

Enfim, super indico a leitura deste livro. Mesmo com suas poucas páginas, a autora consegue nos destabilizar e nos deixar mais apreensivos. O toque sutil de amizade e amor é o suficiente para repensarmos nossos atos... O que podemos esperar do futuro? Bem, Camila Pelegrini pode ter escrito algo verdadeiro. Confira você também!

"Anabele sentia-se vazia. Sabia que os humanos haviam destruído a vida na terra, explorando-a insustentavelmente, mas a extensão do dano era muito maior do que poderia imaginar. Eram tão maus a ponto de despertarem criaturas tão horrivelmente malignas? Aparentemente a resposta era sim."

site: http://mariscotti.blogspot.com.br/2015/10/resenha-book-tour-sombras-do-medo.html e www.livrosdeelite.blogspot.com
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Juliana 04/11/2015

Sombras do Medo
**PROJETO PRIMEIRAS IMPRESSÕES**
Livro: Sombras do Medo.
Autora: Camila Pelegrini
10 capítulos lidos.
" IMPRESSIONANTE, talvez seja essa a palavra principal para o Sombras do Medo. Por que é impressionante a maneira com que a Camila foi nos apresentando o futuro pós destruição em massa, que em muitas cenas pareceu- me tão real, algo que já estamos vivendo. Impressionante como os personagens são apresentados, e como é impressionante a personalidade as emoções que são transmitidos. Impressionante é o mistério que só aumenta em cada capítulo, que para um leitor ávido, surge aquele pensamento de -só mais um capítulo e eu juro que vou parar para fazer tal coisa.
E para finalizar, impressionante é imaginar o carinho que a autora teve para construir um enredo tão envolvente."
Resenha: Okay! É certo que não mudo uma só palavra no comentário acima, e ainda reafirmo, intensifico minhas palavras. ( Será que isso é possível?)
Okay também, por saber que trata-se de uma distopia, mas a mensagem transmitida é tão real, que houve momentos que era fácil esquecer desse detalhe, e apenas voltava a realidade da leitura quando encontrava as palavras ordinários e singulares. E já que o assunto gênero, distopia, surgiu, vale lembrar que Sombras do Medo não deixa a desejar para quaisquer outros famosos que conhecemos e acredito que possa acrescentar que há um diferencial, é como se a ideia apresentada pela autora fugisse dos padrões que já li.
Caracas! - A batalha foi dura, árdua, mas acredito eu que consegui deixar essa resenha livre de spoilers. Entretanto, confesso que tive que me conter para não deixar escapar tudo o que tive vontade de contar aqui para vocês, portanto, peguem leve comigo caso tenha deixado escapar algo.
O mundo que a Camila criou foi devastado com grandes catástrofes "naturais", sim entre aspas e apenas lendo você entenderá, como também a destruição continua dos homens. Portanto, para que os seres humanos continuassem a sobreviver, esses dividiram o planeta em regiões. As quais residem os singulares e nas províncias dessas os ordinários.
Entretanto, toda a trama acontece na terceira região, onde os nossos personagens protagonistas moram.
Cegos pelo egoísmo e ganância os moradores das regiões esquecem que são pessoas e tais sentimentos os fazem pensar que são melhores e dignos dos melhor, desprezando ou até mesmo fechando os olhos para os menos afortunados, os ordinários. Uma crença tão forte que esses acabam aceitando, abraçando a ideia e passam a viver se é que assim posso dizer, a sobreviver com o mínimo. E a parte mais revoltante ( ao meu ver) é ler a aceitação deles, há alguns que tentam mudar, mas até o grande " BUM" da história acontecer, não passam de palavras.
O que acontece que todos esses sentimentos maldosos são a base para todo o desenrolar da trama.
Certo, soltando para casinha. Calma, Juliana, sua louca, calem esses "dedos'!
E para vocês, calma, gafanhotos, isso não é spoiler! ( acredito eu, por que tudo aí tem na sinopse)
Com um enredo surpreendente, a autora consegue nos cativar do primeiro capítulo até o epílogo, o que nos deixa com aquele gostinho de quero mais, uma ressaca literária - alto nível.
Personagens, galera da vontade de ser todos, até mesmo a louca da Yudi! ( seloko, ela é louca no melhor estilo, louca da montanha). Todos possuem uma força, uma "vida" que faz com que você torça e queira acompanhar tudo o que eles estão vivenciando.
E como é de praxe, vou apresentar alguns desses divos para vocês, claro puxando a sardinha para a minha opinião, o meu gosto.
Arthur Veering, o líder e o presidente dos singulares. O cara manda apenas com um olhar ou um torcer de lábios, Arthur é a tradução da expressão " faca na caveira". Passou a trama apresentando seu sarcasmo em grandes dosagens, sendo mau e focando apenas no seu bel prazer. Entretanto, com a compreensão do que precisaria ser feito, usou o seu poder para realmente mandar, fazer sua palavra valer e tudo isso pensando no coletivo. Certo, tenho uma devoção para o lado negro dos enredos, os vilões são mais próximo da realidade.
Para quem já leu a obra, já deve ter começado a rir quando disse que gostei da até da Yudi pancadona das ideia. (Adjetivo por minha conta), A bicha é cruel, mas de tão fora da casinha, torna-se engraçada.
Amanda, a mãe da nossa protagonista, Anabele, e quero apresentá-la aqui para vocês, por que ela é oposto do Arthur. Apesar de tudo, Amanda é um poço de bondade e sabedoria. Capaz de encontrar razão onde a própria razão desconhece. - Obrigada Blaise Pascal, pela breve referência com as devidas adaptações.
Anabele ou apenas Ane, a nossa guerreira, a heroína do "turn down for what", apesar de suas características físicas, Ane parte para o confronto com a machadinha na mão e se não der certo, pernas para quem te quero, recua e rapidamente coloca a mente para trabalhar e tenta entender os motivos para as coisas. E isso foi um diferencial, por que não a deixa com uma mocinha boboca. Parabéns para autora.
Certo, estou louca de vontade de falar mais um, mas apenas apresento um nome e deixarei que vocês o encontre na sua leitura... VENOMS. Foi a descrição mais assustadora de todo o livro e com uma riqueza em detalhes que seu possuísse o dom de desenhar postaria a minha versão de um venoms.
Se indico a leitura de Sombras do Medo? Com toda certeza, e não somente para quem curte o gênero, mas para todos que curtem ler!
Um leitura gostosa, narrativa em terceira que flui tão rápido que em menos de 24 horas já havia terminado, entretanto, tive que conter um pouco a empolgação para colocar as ideias em ordem para apresentar aqui para vocês. Super dica do mês.

site: http://nossaestantenacional.blogspot.com.br/2015/11/resenha-sombras-do-medo.html
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