A Bela e a Fera

A Bela e a Fera Madame de Beaumont
Madame de Beaumont
Madame de Villeneuve




Resenhas - Bela e a Fera


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Renata (@renatac.arruda) 09/04/2017

Por que A Bela e a Fera não é sobre Síndrome de Estocolmo
Trecho:

"Escrita por Gabrielle Villeneuve, e mais tarde adaptada em conto educativo para crianças por Madame Jeanne-Marie de Beaumont, a história original de A Bela e a Fera é um romance voltado para o público adulto. Nela, o príncipe se torna uma Fera não como lição de humildade, mas devido a uma vingança cometida por uma bruxa que se apaixona por ele e não pode desposá-lo. Ele não se torna uma Fera por ser selvagem, mas sim para se tornar um pária da sociedade.

Uma das inspirações da vida real real pode ter sido a historia do espanhol Pedro González, nascido com hipertricose, a chamada "síndrome do lobisomem". Pedro não recebeu educação formal até os 10 anos de idade, quando foi vendido pelo próprio pai ao rei Carlos I da Espanha. Tendo o navio em que viajava sido atacado por piratas franceses, estes o mandaram para o rei Henrique II, da França, como animal de estimação - naquela época, possuir criaturas provenientes de terras distantes era simbolo de status e fonte de prestígio para seus "proprietários".

Nos domínios de Henrique II, o rei francês resolveu submetê-lo a uma experiência para saber se ele poderia ser humanizado. Assim, Pedro ganhou o nome latino de Petrus Gonsalvus, foi vestido com roupas nobres e recebeu educação sofisticada. Surpreendendo a corte, Pedro aprendeu a ler, a escrever, a falar várias línguas e agir com etiqueta - afinal, era um ser humano como qualquer outro. Dessa forma, o rei passou a pagá-lo para que prestasse serviços diplomáticos junto a estrangeiros na corte. Com a morte do rei, a viúva Catarina de Médici resolveu casá-lo com uma bela mulher -- curiosidade era saber se o casal poderia gerar filhos e como eles nasceriam. A noiva, que desmaiou ao avistar Pedro pela primeira vez, acabou se acalmando devido aos bons modos do marido e viveram em uma relação amorosa e um bom casamento, segundo conta a história.

A partir disto, fica mais fácil entender como a Fera é uma metáfora para uma pessoa marginalizada pela sociedade e vista como uma besta, neste caso, devido a uma condição física atípica. Quando a bruxa transforma o príncipe em Fera, ela não o condena a ser mau nem grosseiro, nem ele era nada disso antes da maldição. Ela retira dele as características físicas humanas e ainda o obriga a se mostrar como uma pessoa burra, justamente porque se Bela descobrir que na verdade a Fera é um ser inteligente e refinado, pode se afeiçoar a ele. A única coisa de terrível que a Fera possui é sua aparência e Bela é a mulher predestinada a enxergar o ser que existe além disso, o que ela de fato faz, devido a sua natureza piedosa e compreensiva."

Texto completo: http://prosaespontanea.blogspot.com.br/2017/04/por-que-bela-e-fera-nao-e-uma-historia.html


site: http://prosaespontanea.blogspot.com.br/2017/04/por-que-bela-e-fera-nao-e-uma-historia.html
Julia 10/02/2018minha estante
Já vi uma teoria que A Bela e a Fera é inspirada no mito de Eros e Psiquê também




Tay 11/07/2021

Gostei
A Disney poderia ter adotado a versão da Madame de Villeneuve, muito mais completo. E a Fera em sua forma de príncipe aparece bem mais fazendo uma ótima construção do amor da Bela.
É claro que eles quiseram que ela se apaixonasse pelo coração dele e não pela aparência. Enfim...
Kat 24/07/2021minha estante
Ouvi essa versão por um podcast e achei sensacional




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A menina que ama ler 26/06/2020minha estante
E ela ainda se apaixonar? Síndrome de Estocolmo




Bella 02/04/2017

A Bela e a Fera de Madame de Beaumont
Se tem um conto de fadas em voga esse ano é A Bela e a Fera, do francês La Belle et la Bête que terá um filme de protagonizado por ninguém menos que Emma Watson, com estreia marcada para essa semana. Certamente a lembrança que comumente vem a nossa memória quando citamos esse conto é o filme que salvou a Disney no ano de 1991, mas hoje não vamos falar sobre nenhum dos dois e sim sobre a história clássica que deu origem aos filmes e popularizou o conto.

Em 1756 a escritora francesa Jeanne-Marie Leprince de Beaumont registrou a história mais conhecida da Bela e a Fera. A autora era filha de um pintor de classe média e teve uma vida amorosa movimentada segundo alguns biógrafos, algo totalmente incomum para a época e que talvez possa ter influenciado a sua versão da história, além de ter sido uma famosa preceptora e ter conhecido e mantido contato com ninguém menos que Voltaire, Madame de Beaumont teve inúmeros livros publicados que exerceram influências no comportamento das moças até meados do século XIX.

A história do conto é bem curta se comparada com a versão “original”, não passa de umas 12 páginas de A4, você pode ler em uma sentada, é também uma visão um tanto quanto moralista de alguns valores, que estão bem mais visíveis que no filme da Disney, há uma passagem em que a Bela reflete consigo mesma:

“Que maldade a minha”, disse consigo mesma, “fazer sofrer um animal tão generoso para mim! É culpa sua se é tão feio? E o que importa se carece de inteligência? Ele é bom, isso vale mais que todo o resto. Por que me recusei a me casar com ele? Eu seria muito mais feliz com ele do que minhas irmãs com seus maridos. Não é nem a beleza, nem a inteligência do marido que faz a mulher feliz, são a bondade do caráter e a virtude, e a Fera possui todas essas boas qualidades. Não sinto amor por ela, mas estima amizade e reconhecimento. Vamos, não posso faze-la infeliz! Eu me culparia a vida inteira pela minha ingratidão”.

Dizer que é uma visão moralista não quer dizer que é ruim, ou talvez seja, cabe a cada um pensar sobre isso, é apenas algo que está explicitado ao extremo. Há uma presença muito forte da religião no nome de Deus que é utilizado várias vezes durante a história.

O corpo básico da história é a mesma na maioria das versões: Bela é a filha mais nova, bonita e simpática de um senhor que é um comerciante muito ric
o, ela tem no mínimo duas irmãs geralmente (no conto há irmãos também) que se diferenciam muito dela em questão de caráter e de beleza. O pai perde a maior parte dos bens por conta de naufrágios ou roubos dos navios com as mercadorias e descobre que um navio acaba atracando, com isso ele se dirige ao porto, não sem antes perguntar o que suas filhas desejam que ele lhes traga, enquanto as irmãs pedem roupas, Bela pede apenas uma rosa. Descobrindo que não há muito o que salvar retorna para casa, mas se perde no meio do caminho e vai parar em um castelo vazio, mas com uma mesa farta de comidas e acaba por passar a noite ali. No dia seguinte quando está indo embora passa por um jardim e colhe uma rosa e nesse momento a Fera aparece dando a ele a escolha de morrer ou deixar uma filha sua no castelo e obviamente Bela se oferece para ir. Passa um tempo com a dama no castelo em que toda noite a Fera a pede em casamento e ela se recusa dizendo que não gosta dele além de como um amigo (olha a friendzone aí gente). Um certo dia ela vê seu pai muito triste e sozinho e pede para visita-lo, nisso a Fera lhe pede apenas que volte em uma semana, suas irmãs conseguem fazer com que ela ultrapasse o tempo e com isso a Fera caí em tristeza. Bela se dando conta dessa situação volta ao castelo e diz que o ama, ele vira príncipe e viveram felizes para sempre.

Quem cresceu assistindo a versão animada da Disney vai estranhar alguns elementos, por exemplo: no conto original não há um Gastão, o pai da Bela não é um inventor, a família da Bela vai para uma fazenda quando perdem quase tudo, ou seja, não há tanto contato com os aldeões, Bela não é uma leitora assídua como no filme, apesar de ler. Contudo o essencial da história permanece na maioria das representações e a história que perpassou os séculos continua viva em nossa cultura. Por que ler a Bela e a Fera de Madame de Beaumont? Porque ali está a base da história e conhecer onde tudo começou é essencial para entender como essa história durou tanto tempo sem cair no esquecimento.

site: http://eitacast.com.br/a-bela-e-a-fera-de-madame-de-beaumont/
Juliana 13/08/2017minha estante
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Si_Mone 25/08/2022minha estante
Vdd... na minha opinião o livro perdeu uma estrela com o falatório da Fada, achei o final complicado e chato. O primeiro conto foi muito melhor.




Camille.Pezzino 24/04/2019

OS SONHOS ENTRE BELEZA E MONSTRUOSIDADE
A narrativa elaborada por Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve é considerada por todos – e assim conhecida – como o conto original de A Bela e a Fera (1740). Ao contrário das demais histórias que se baseiam nesse enredo, parece-me que essa é a versão mais completa e complexa já criada, visto que a maioria das outras narrativas se baseiam na versão resumida feita por Beaumont (1756).

Os detalhes trabalhados nessa trama, que jazem esquecidos pelas demais, são muito elaborados e surpreendentes, sendo um enredo tão bem encaixado que, ao esquecer um detalhe na adaptação, é possível que a narrativa perca o sentido. Talvez também seja por conta disso que a versão de Beaumont seja a mais revisitada, na hora de criar adaptações do conto, do que a de Villeneuve.

O princípio da trama conta a respeito de uma família rica que perde todas as posses e precisa viver no campo, pois não podem mais suportar a cidade, seja pela falta de luxo ou por toda a exclusão social de alguém que deixou de fazer parte da elite. Nesse momento, a obra explora o interesse humano e como as relações podem ser frágeis quando o incentivo se perde, no caso, o monetário.

A história adaptada por Beaumont segue a mesma linha, comentando sobre as invejas das irmãs e a existência de todos esses irmãos que existem dentro da narrativa de Villeneuve. Até esse ponto, todos estão aconchegados e conhecedores o suficiente para saber como se desenvolve.

Entretanto, o resto da narrativa possui aspectos muito distintos do que conhecemos da narrativa, e que são muito importantes para o desenvolvimento da história. Além disso, também são detalhes extremamente simbólicos, como os sonhos.

Bela, assim chamada por sua aparência e por sua bondade, ao se hospedar na casa da Fera em troca da vida de seu pai, que parou lá – ao contrário do desenho animado da Disney (1991) – por roubar uma rosa para presentear a filha, possui diversos sonhos. A cada noite, naquele mesmo castelo em que está aprisionada, ela sonha com um belo homem.

QUER SABER MAIS? ACESSE EM: https://gctinteiro.com.br/resenha-80-os-sonhos-entre-beleza-e-monstruosidade/

site: https://gctinteiro.com.br/resenha-80-os-sonhos-entre-beleza-e-monstruosidade/
Aida.Carla 28/07/2019minha estante
Olá, acabei de cadastrar uma nova tradução. Talvez você se interesse.




Resenhas Horizon 06/07/2021

ainda bem que existe a adaptação
eu amo a história da bela e a fera, o desenho é um dos meus preferidos da vida, mas esse livro é um horror.

As duas versões são chatas, mas a segunda é péssima, empurrei com a barriga pra terminar.

A bela era sobrinha da fera, é isso por si só já me deixa (??????), mas não tem nada interessante e ainda teve um rolê brisado de fadas no final que eu não entendi nada.

Dei duas estrelas só pela edição da zahar,
que é linda.
Lu 24/08/2021minha estante
A Bela era prima da Fera. Ela era sobrinha da Fada e da Rainha, mãe da Fera.




Carous 06/08/2020

Eu nem preciso tecer comentários ao trabalho da editora Zahar com este clássico. Capa dura, linda capa, tradução excelente, diagramação boa, introdução bem informativa, revisão perfeita. Está estupendo.

Esta edição traz duas histórias que, possivelmente, originaram o clássico conto de A Bela e a Fera.
Após ler "Um conto às avessas de A Bela e a Fera" da Liz Braswell, eu me interessei por ler todos os contos de fadas que existem já que a única versão que conheço deles é das animações da Disney.

Infelizmente achei as duas histórias muito chatas, enfadonhas. Foi difícil terminar. O primeiro eu até que fui até o final, lendo linha por linha. Mas na segunda história eu não aguentava mais ficar presa num livro tão pequeno com uma história tão parada. Fiz leitura dinâmica para concluí-lo. Agora já sei como o conto surgiu, quais as alterações feitas nas zilhões de adaptações baseadas na obra e pronto.

O livro não é ruim, quero deixar claro, mas não é gostoso de ler. Parece uma bula de remédio ao invés de um livro.
Michela Wakami 28/08/2020minha estante
Estou lendo, e vc descreveu todo meu sentimento em relação ao livro.




Caroline Gurgel 28/12/2016

Interessante, mas ainda prefiro a versão da Disney
A Bela e a Fera é, sem dúvidas, meu conto de fadas preferido da Disney. Sempre me encantei com a transformação da Fera através da bondade da Bela e com a mensagem de que o amor e pequenos gestos de carinho podem mudar as pessoas.

A edição da Zahar traz duas versões do conto e diz, inclusive, que a história pode ter sido baseada em fatos reais, numa suposta fera. A versão mais conhecida e a que deu origem ao desenho da Disney é de 1756, uma adaptação de Madame de Beaumont da versão "original", escrita por Madame de Villeneuve em 1740. A "original" tem cerca de 160 páginas e um linguajar mais adulto, enquanto a chamada "clássica" é bem curtinha, menos de 30 páginas, e claramente voltada para o público infantil.

A clássica é parecida com a história que conhecemos, mas com muitos detalhes diferentes e bem menos românticos. Não temos a mendiga que transforma o príncipe em Fera, não temos Gaston, que enciumado tenta matar a Fera, não temos os objetos falantes e a linda e gigantesca biblioteca não passa de uma estante. As circunstâncias que levam o pai de Bela ao castelo são diferentes da do filme, assim como a que leva Bela a rever o pai e a decidir retornar para a Fera. A Bela, prisioneira da Fera, recebe todas as noites um pedido de casamento, o que deixa tudo muito forçado.

A versão original começa maravilhosamente bem, com um linguajar elegante, rica em detalhes e parecia que ia me conquistar. Mas... não foi bem assim. Até a metade a história vai bem, mas depois se perde em um mar de explicações mirabolantes e uma genealogia confusa. A Bela era uma princesa (e prima da Fera) e a bruxa era uma fada que criara o príncipe; havia ainda uma segunda fada, que comandava os sonhos (muitos sonhos) da Bela para que ela se apaixonasse pela Fera e, assim, quebrasse o feitiço. Ou seja, não há aquela transformação natural que tanto me encantou no filme da Disney. A Bela, simplesmente, do nada, puff, se apaixona pela Fera, que incansavelmente lhe perguntava todas as noites se Bela aceitava "dividir o leito com ela".

Gostei do fato de que as histórias são contadas sem que ninguém tenha um nome próprio. As pessoas são a bela, a fera, a fada, a rainha, o velho, as irmãs. Gostei, no geral, do texto e adorei as ilustrações (coloridas!) da edição da Zahar. No entanto, não senti que a Fera merecia, nem por um segundo, o amor da Bela. Nem tampouco senti que a Bela havia se apaixonado, afinal, nem tinha um porquê!

Não levem minhas palavras tão a sério, não é tão ruim assim, rs, apenas me decepcionei um pouco. [Poxa, cadê o amor da Bela pelos livros?! Cadê a magia?!] Contudo, foi bom conhecer a história original. Nada de extraordinário, apenas interessante.

3/5 corações
3.5/5 estrelas

site: www.historiadepapel.com.br
Andreza 13/03/2017minha estante
Eu estava presa à história até chegar na parte da história da Fera. Viajei daquela parte até o final. haha




aninha 18/03/2021

essa edição da zahar nos apresenta duas versões da história: a clássica e a original.

a primeira, é daquele jeitinho que todos nós (ou quase) conhecemos. resumida, mas sem perder seus encantos.

já a segunda...
meu deus! demorei tanto tempo para terminar, que pensei que fosse infindável! não chega a ser horrível, é curioso saber como a versão original foi escrita. mas, é muito cansativo, cheio de reviravoltas, enrolações... tudo isso torna-a desestimulante.
Isa 14/04/2021minha estante
Foi exatamente isso que pensei quando terminei a leitura. A primeira é rápida de ler, com menos detalhes mas mesmo assim cativante. Já a segunda... Meu deus! Por pouco não desisti da segunda história. Enrola muito e são tantos fatos que você chega a se perder. É cansativo.




Vivi.Montarde 27/03/2017

Muitas surpresas
Aproveitando o momento que a Disney lançou o novo filme live-action da Bela e a Fera com Emma Watson, o que trouxe novamente a atenção para a história que é um clássico, achei esse livro da Zahar e fiquei encantada. O livro, que tem uma capa linda, traz as duas versões da história, a da Madame de Beaumont e a da Madame de Villeneuve. E antes de apresentar as duas histórias o livro nos traz um pouco da vida que tiveram as duas autoras, as histórias e livros que seguiam a mesma linha e podem tê-las inspirado, incluindo um caso real de um homem chamado Pedro Gonzalez que possuía o corpo e o rosto coberto por pelos.
Gostei bastante dessa introdução e apresentação.
Quanto às duas versões gostei bem mais da que foi escrita por Madame de Villeneuve. Para quem acha que não há surpresas por já conhecer a história por meio dos filmes está enganado. Há muitas surpresas uma vez que essa versão de Madame de Villeneuve é bem diferente, há personagens que não aparecem no filme, bem como situações que foram modificadas e o próprio motivo do príncipe ter se tornado uma fera é bem diferente no livro.
Recomendo!
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Carol 28/08/2017

Não conhecia a história completa e achei muito interessante! Ótimo também o livro ter duas versões da mesma história. Assim fica fácil de comparar. Além disso, essa coleção da Zahar é linda!
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Thalita Branco 06/09/2017

Resenha ~ A Bela e a Fera - Jeanne-Marie Leprince de Beaumont/Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve
O livro possui duas histórias, sendo que a de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont é, a grosso modo, um resumo da versão original da Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve. Portanto, vou me focar na história mais longa.

Nela, Bela e seus seis irmãs e irmãos já foram prósperos, mas os negócios do pai sofre um abalo e a família é obrigada a se mudar para uma região mais simplória. As irmãs ficam bastante irritadas uma vez que agora não possuem mais luxos e nem grandes pretendentes e se ressentem da humildade de Bela, que aceita a nova situação com tranquilidade.

Até que o velho pai recebe a notícia que um navio dado como perdido apareceu. As filhas pedem que ele traga inúmeros artigos de luxo da cidade, enquanto Bela pede apenas uma rosa. No fim a viagem se tornou infrutífera e no retorno o pai se perde e vai parar num castelo. Se surpreende com a hospitalidade invisível que lhe é conferida, se alimenta e passa uma noite tranquila. No outro dia se lembra do pedido da Bela e colhe uma rosa no jardim do castelo. Eis que surge a Fera, totalmente ofendida e enfurecida com o roubo da rosa.

Fera diz ao velho para ir embora e retornar após um mês, ou sozinho, ou com uma pessoa que se ofereça para trocar de lugar morar no castelo o fim de seus dias. Claro que Bela se oferece e passa a viver em companhia da temida Fera.

Tão acostumada com a animação da Disney, tive dificuldade em aceitar vários aspectos da história original. Ao invés de utensílios mágicos, Bela é servida por macacos e pássaros sonoros e as janelas de seu quarto são capazes de lhe transportar a outros países, permitindo que a jovem assista a espetáculos nos mais diversos lugares. A presença da Fera é mais contida, sendo que esta aparece apenas nos jantares onde trocam poucas palavras. Para quem sempre ficou na curiosidade, o livro também se estende, até demais, ao contar a história do príncipe.

Só no livro senti o que alguns falam sobre a Bela ser acometida pela Síndrome de Estocolmo. Ao mesmo tempo que reclama da vida no castelo a moça também mostra sentimentos pela Fera. O problema é que a Fera aqui não tem o mesmo carisma e é difícil romantizar a situação.

Ainda que não tenha simpatizado com a história, A Bela e a Fera é boa leitura e foi bom conhecer a obra original. Como alguns outros clássicos, a leitura não é de todo fluída, mas também não é difícil. Apenas a passagem sobre o príncipe se estende mais que o necessário e se torna cansativa. A edição da Zahar possui ilustrações coloridas e conta um pouco sobre autoras e todo o contexto por trás da obra. Uma boa pedida para quem gosta de clássicos ou tem curiosidade em saber mais sobre a história original de A Bela e a Fera.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Leisiane Peloi 08/09/2017

Diferente, mas encantador!
❝As que são as mais difíceis, são as mais doces presas.❞

O conto A Bela e a Fera fez parte da minha infância, assim como a de vocês, acredito eu. Meu primeiro contato com a história foi através da animação, depois em filmes adaptados, até chegar ao live-action lançado pela Disney esse ano, estrelado por Emma Watson. Neste pequeno livro vamos encontrar a versão original do clássico, com diversas diferenças em alguns pontos da história, mas nunca mudando o foco principal.

O enredo de “A Bela e a Fera” vai muito além de uma jovem que se casa com uma Fera que no final se revela um lindo príncipe preso sob um feitiço. Nessa edição bolso de luxo da Zahar, o leitor vai encontrar duas versões da mesma história.

A versão clássica, escrita por “Madame de Beaumont” em 1756, que conta em resumo a história que conhecemos e inspirou quase todos os filmes, e adaptações. E a versão original, de “Madame de Villeneuve” que foi publicada em 1740, e é de uma riqueza espantosa, que traz pontos diferentes das histórias e a própria Fera dá a voz ao monstro para que ele mesmo narre seu destino.

É uma leitura fácil, rápida e apaixonante! Ambas as autoras tem escritas caprichadas, bem elaboradas, chegando até algumas frases se tornarem poéticas. Um clássico que vale a pena ler e conhecer sua versão original, sem falar na explicação no início da leitura, dizendo que “A Bela e a Fera“, pode ter sido baseado em um caso verídico. A edição é toda ilustrada, em capa dura, e conta com uma perfeita tradução do premiado André Telles, uma apresentação reveladora e instigante assinada por Rodrigo Lacerda.

Estou muito acostumada com a animação da Disney, então em alguns momentos durante a leitura da versão original, tive dificuldade em aceitar algumas diferenças, por exemplo, ao invés de utensílios mágicos, Bela é servida por macacos e pássaros, as janelas de seu quarto são capazes de lhe transportar, permitindo que a jovem assista a espetáculos em diversos lugares. O lado bom das diferenças, é que a trama se estende ao contar a história do príncipe. A Fera é um pouco mais contida, se resumindo suas aparições somente na hora do jantar, porém é notável o quão boa ela é. Outra diferença que achei ótima, é que a noite, Bela tem sonhos com um jovem e uma mulher misteriosa que dá um toque de suspense no enredo.

Ainda que eu continue preferindo a animação da Disney ao clássico original, a Bela e a Fera é uma boa leitura, adorei saber detalhes do original, a história que pode ter sido baseado em um caso real, e a versão estendida do drama do príncipe. A edição da Zahar está impecável, em capa dura e contém ilustrações da época, além de falar um pouco sobre as autoras e todo o contexto por trás da obra. É um excelente presente para que ama livros clássicos.

Melhor Quote:
❝Tudo pode ser corrigido – orgulho, raiva, gula e preguiça -, mas a conversão de um coração mau e invejoso é uma espécie de milagre.❞

site: https://amanhecerliterario.wordpress.com/2017/09/08/resenha-a-bela-e-a-fera-madame-de-beaumont-e-madame-de-villeneuve/
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