A Rainha Normanda

A Rainha Normanda Patricia Bracewell




Resenhas - A Rainha Normanda


54 encontrados | exibindo 1 a 16
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Eclipsenamadrugada 30/10/2017

Krak!!!
Karáka!!! Ótimo livro, verei os outros dois com certeza.
Elda.Pimentel 06/02/2018minha estante
Estou no finalzinho mas já louca pela continuação...mas soube q não serão lançados no Brasil


Eclipsenamadrugada 07/02/2018minha estante
Será? Eu adorei essa história, na realidade eu não esperava que era tão bom. É um livro excelente.


Eclipsenamadrugada 07/02/2018minha estante
Mas e ai, esta gostando?


Elda.Pimentel 07/02/2018minha estante
Terminei agora e louca para ver os outros 02 livros, mas parece que realmente não teremos :( Amei o livro!


Eclipsenamadrugada 11/02/2018minha estante
TAMBÉM ADOREI, É UM FILME SEM MUITAS FRESCURAS, A HISTÓRIA É RETA E SEM FIRULAS. E ELA SOFRE COM UM REI MUITO IDIOTA. É JOVEM MAS É MUITO INTELIGENTE, E NÃO SEI POR QUE ESSE REI IDIOTA NÃO CONSEGUIU SE APAIXONAR... TADINHA QUE VIDA MAIS SOFRIDA !!! SE EU CONSEGUIR ALGO SOBRE OS DOIS ÚLTIMOS LIVRO VOU FAZER QUESTÃO DE TE PASSAR. E ESPERO QUE SE LEMBRE DE MIM SE CONSEGUIR ALGO POSITIVO PRA GENTE EM RELAÇÃO AOS OUTROS DOIS LIVROS. UM ABRAÇO MINHA AMIGA?? QUER DIZER COLEGA DE LEITURA DE UMA MESMA HISTÓRIA.


Elda.Pimentel 13/02/2018minha estante
Tá bem, se eu encontrar te falo :)


Eclipsenamadrugada 13/02/2018minha estante
Ficarei feliz se você encontrar. Precisamos ler os dois últimos livros.




Lu 31/03/2015

Terminei de ler "A Rainha Normanda" morrendo de vontade de fazer uma maratona de "Vikings" nesta Páscoa e ver se tem alguma coisa sobre o período nas Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell. Isso só confirma o meu vício atual pela ficção histórica, que encontrou mais uma representante apaixonante: Patricia Bracewell.

Não vou mentir para você: é um livro duro de se ler. É um livro cruel, ainda que não escape de algum romantismo em certos momentos. Patricia está mais próxima da Phillippa Gregory e da Nancy Byileau, do que de Bernard Cornwell. Sua narrativa é suave, detalhista e caprichada.... mas confesso que olhar para o início do capítulo e ver que é o ano de 1002 dá uma sensação surreal. Como o Brasil é jovem!

Voltando ao livro, Emma é uma boa protagonista. Ela tem um bom coração e é um tanto impulsiva... o que, por sinal, é o seu maior pecado. Sinceramente, dada às suas circunstâncias, não pude deixar de pensar em Sansa Stark e como foi importante para a jovem loba manter um controle rígido de suas emoções no período que foi refém dos Lannisters. Para sua própria sobrevivência. Eu ficava desesperada com a impulsividde e o temperamento de Emma. Por outro lado, não posso dizer que iria agir melhor do que ela.

Não posso deixar de mencionar Elgiva aqui. De longe, é a personagem mais interessante da história. Sim, ela não deixa de ser uma vilã: é capaz de fazer coisas horríveis por inveja ou para cumprir as ordens de seu pai.... Mas ela também tem seus problemas. Tenho muita curiosidade para saber como será sua história dali por diante.

No todo, é um livro que até superou as minhas expectativas. Não vou negar que estava com medo de ser uma bomba daquelas. Felizmente, não foi o que aconteceu... eu o li de forma compulsiva e só não o li em 3 dias, porque tenho obrigações do dia-a-dia.

Como é bom encontrar um bom livro novo e um autor interessante, não é verdade? Fiquei tão contete, que resolvi dar cinco estrelas redondas, sem ressalvas.

Recomendo!
Aline Memória 31/03/2015minha estante
Lu, o livro tem romance ou é mais histórico?
Tô lendo um histórico fantástico, Inés de minha alma, da Isabel Allende, já leu? É o primeiro que estou lendo dela e estou apaixonada... se passa na época da conquista espanhola da América, recomendo!


Lu 01/04/2015minha estante
Tem um pouco de romance, Aline. Mas é meio complicado... Não li nada da Isabel Allende, acredita? Acho que vi "A Casa dos Espíritos" quando era muito nova e acabei não gostando da história.


Desi Gusson 01/04/2015minha estante
Eu sei que, no momento que 'puser os pés' na terra da ficção histórica mais uma vez, não vou sair de lá tão cedo. Estou acumulando alguns livros para me preparar para isso e com certeza vou começar por esse!


Lu 02/04/2015minha estante
@Andhromeda: Tomara que vc goste! Depois me conte o que achou! Que coisa esse negócio da ficção histórica: não sabia que era tão viciante!

@Aline: Vou dar uma olhada nos títulos dela e escolher um. De repente, ela é outra Rick Riordan: uma autora favorita em potencial. Valeu pela dica!


Carous 11/07/2017minha estante
Sim, é um livro muito forte e definitivamente não é pra mim. Toda vez que o valor da mulher era mencionado, ou como se referiam à Elgiva porque ela queria ser mais do que a esposa de alguém - e se fosse, queria ser de um alguém importante -, eu ficava desconfortável - e com pena dela.

Parei de ler depois do casamento da Emma porque não tive estômago para a lua de mel dela com o marido. Mas a narrativa parecia boa e bom saber que não estava enganada


Lu 20/08/2017minha estante
Esses livros nunca são fáceis de ler, né, Krous? Mas acho que, apesar dos maus bocados que a Emma passa, ela ainda vai se dar bem. Acabei de comprar o segundo. Vamos ver.




Douglas 30/10/2018

A Rainha Normanda
Muito do que eu sei da história das ilhas britânicas se deve a romances históricos.
Cornwell me contou a época pré-romana com suas crônicas de Artur, o a alta idade média com Thomas de Hookton e até mesmo a história mais recente me foi revelada por ele com Sharpe e suas aventuras na europa napoleônica.

Mas havia uma lacuna, bem entre as invasões saxonicas e as vikings, da qual eu pouco conhecia. Então, por indicação, de alguem que sabe do meu amor por romances históricos britânicos, fui apresentado à Emma da Normandia de Patricia Bracewell.

Eu já havia lido uma mulher escrevendo romance histórico, mas era sobre um período muito mais pacífico e nos Estados Unidos. Aqui é possível ver a pesquisa de Bracewell e suas ambientações e arquiteturas nos trazem realmente para o período em questão.

Sua personagem Emma é carismática e ganha fácil a atração do leitor, o rei Aethelred se mostra perturbado e cheio de si, e todos os outros personagens apresentam boa personalidade e construção.

Para mim, o livro peca apenas na relação entre eles. Emma se apaixona sem muita explicação ou desenvolvimento por seu par romântico inusitado. O herdeiro do trono tem atitudes inconsequentes mal justificadas...e coisas assim.

Mas é uma leitura muito agradável e informativa e, sendo uma trilogia, espero que lancem logo a segunda parte.
mayara 17/11/2018minha estante
Uma pena que a Arqueiro não pretenda lançar os livros por aqui ?
História incrível!!!


Douglas 26/11/2018minha estante
Eu mandei até um e-mail para eles. Mas parece que nao tem previsão mesmo =/
Vou ter que ler em ingles.


Giovan Marcante 02/07/2019minha estante
Douglas, gostei da resenha vou ler o livro por sua indicação.
Quando você diz que Cornwell contou a época pré-romana, não quis dizer PÓS romana, pois é nesse período que ele ambienta seu Artur, junto às invasões Saxãs.


Douglas 11/07/2019minha estante
Isso, Giovan, você tem razão. Sobre o livro, até hoje sua sequência não foi lançada aqui, infelizmente.




Mila F. @delivroemlivro_ 12/04/2015

Preciso da continuação para ontem!!!!
Shadow on the crown (2013) no Brasil publicado como A Rainha Normanda é o primeiro livro de uma trilogia sobre Emma a Rainha Normanda da norte americana Patricia Bracewell. O Segundo livro já foi publicado lá fora e se chama The Price of Blood o qual já espero ansiosamente a publicação brasileira (que provavelmente demore um pouco a sair).
Essa história nos apresenta a Emma, irmã de apenas 15 anos do duque da Normandia, Richard, que por consequência da morte da consorte do rei da Inglaterra, Æthelred, acaba por fazer acordos políticos em prol do casamento de Emma com o rei. Emma parte para Inglaterra para casar-se com o poderoso Æthelred sem nunca tê-lo visto e com a grande responsabilidade de ser portadora da paz entre os reinos.
Emma torna-se rainha da Inglaterra e passa a carregar o peso de conviver com um marido que despreza e que a ignora, exceto nos momentos das subjugações carnais, obrigações de marido e mulher. Æthelred não queria casar, mas seu conselho e bispos acreditam que união dele com Emma favorecerá as uniões políticas e evitarão a invasão dinamarquesa.
Não obstante Æthelred vive atormentado com o fantasma de seu irmão morto, que possivelmente foi assassinado para que ele se tornasse o rei da Inglaterra e isso o fará tomar decisões sórdidas, perigosas e fazer alianças erradas durante seu reinado. Recusa-se a escutar seus filhos, a rainha e seus conselheiros.
Entanto isso, Emma vive o tormento de ser rainha, mas estar constantemente presa e vigiada por ser estrangeira normanda e toda essa pressão vem junto com a responsabilidade de dar um filho ao rei, pois um filho seria uma segurança para ela e lhe concederia mais poder, no entanto, seria também uma ameaça aos outros filhos do rei.
Athelstan o filho mais velho de todos os filhos do rei preocupa-se por Emma, teme que o filho que ela der ao rei possa ser um empecilho para que ele se torne rei algum dia, mas ao mesmo tempo encanta-se por Emma de tal forma que passa a deseja-la e anseia para ficar com ela, como se a amizade já não bastasse quer tê-la como mulher, mas sabe que isso é impossível. Emma tem muitos planos.
Sempre fui fascinada por romances históricos, com ficção embasada em fatos reais, e Patricia Bracewell soube colocar de tudo um pouco em seu romance: embasado nas Crônicas Anglo-Saxãs e em outros livros históricos, relata com precisão e ficção passo a passo da pilhagem da Inglaterra a partir de 1001 d.C, e mostra conflitos reais, guerras, medos, amor. Obviamente o romance não está em primeiro plano, há poucas cenas e é possível saber que não passará disso, mas algo encanta e a forma de narrar de Bracewell é extremamente sedutora, mostra Emma, uma rainha pouco conhecida na história da Inglaterra como uma mulher forte e decidida.
Quando li a sinopse de A Rainha Normanda fiquei encantada pela história, mas quando o tive em minhas mãos percebi que tinha tudo para ser um livro maçante, pois não havia muitos diálogos e o livro todo é praticamente narrativo/descritivo, mas quando comecei a ler, percebi que este livro está longe de ser maçante: é ótimo! Surpreendeu-me como uma escritora pode ser maravilhosa ao ponto de nos fazer entrar em uma história por meio da narração e não proporcionar tantos diálogos, mas tornar os que têm no livro intensos e essenciais.
Realmente estou ansiosa pelo segundo volume, é exatamente o tipo de história que gosto e amo perceber o cuidado que a escritora teve em suas pesquisas, na sua escrita e na fidelidade de narrar sobre um tempo e sobre personagens que viveram a muitos anos atrás.

site: www.delivroemlivro.com.br/
Debora 18/10/2016minha estante
Será que vai sair a continuação? Tbm queto muitooo


Mila F. @delivroemlivro_ 19/10/2016minha estante
Creio que tem continuação, sim....


Debora 19/10/2016minha estante
Então ter tem, mas será que chega aqui amei esse livro




Cris Paiva 02/06/2017

Eu tive um pouco de medinho do livro por achar que talvez ele fosse realista demais para o meu gosto, já que o romance vai seguir a trajetória da Emma da Normandia, que foi uma das poucas rainhas com protagonismo na história, e que escreveu a sua própria história no livro Emma Reginae, que é atualmente uma fonte de consulta para a politica da época (sim, eu consulto a Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Emma_of_Normandy)

A história é romanceada, a autora vai costurando os fatos reais com as peripécias que ela acha que aconteram na época e dando vida aos personagens históricos.
Emma não se casou por amor, o casamento dela foi totalmente político, e seu marido o rei Aelthered era um bruto, que não estava nem um pouco interessado na esposa. A vontade dele era ter uma esposa que ficasse bem quietinha no canto dela, mas a Emma tinha personalidade demais para isso, e aos poucos, aos trancos e barrancos vai ganhando protagonismo dentro da trama política da época.

Como eu disse, a autora romanceou a história e arrumou até um interesse amoroso para a protagonista, o que a história não comprova, mas tudo bem, a gente perdoa porque senão a história ia ficar crua e intragável demais.

Vamos ver se a editora dá uma animada e publica a segunda parte da série, onde as coisas pioram um pouco mais para Emma antes de dar uma melhoradinha...
Leila 02/06/2017minha estante
Continuo com o "medinho" que fez você protelar a leitura. Será que encaro?


Cris Paiva 03/06/2017minha estante
É um histórico mais realista, baseado em fatos reais, então tem gente bruta, guerras, invasões e pouco romance. Alias, nem era para ter, mas a autora deu um jeito de enfiar no meio da história.
Eu encarei e não me arrependi.




Paloma Casali 16/03/2015

Resenha de Paloma Casali, Blog Ilusões Noturnas / ENTREVISTA COM A AUTORA
Depois que acabei minha leitura, fiquei bastante triste por não ter o 2º livro ainda. A Rainha Normanda é uma estória única, com um enredo que prende o leitor da primeira página à última e deixa com gostinho de quero mais, além de a escrita ser impecável!!!

Como mostra a sinopse, Emma, uma menina que viu apenas 15 invernos (como eles dizem no livro), torna-se rainha de um grande reino, a Inglaterra, e de um poderoso rei, Æthelred II. A estrada percorrida por esta garota não foi fácil. E ao analisarmos o título original do livro – “Shadow on the Crown” -, que significa: “Sombra Na Coroa”, verificamos o quanto faz jus ao contexto em que Emma tem que se firmar como Rainha e as provações por quais ela passa depois de coroada.

Neste primeiro livro da trilogia Emma da Normandia, somos apresentados à uma Emma que luta para garantir e manter o seu espaço num reino diferente, em uma corte estranha, onde não tem amigos nem aliados, contra pessoas que querem ver a sua queda, e para manter escondido um amor proibido. Além de ter que conviver com um rei louco - não sei se a palavra certa seria louco, mas, talvez, desequilibrado, paranoico -; um rei assombrado por fantasmas/acontecimentos do passado; um rei desconfiado de tudo e de todos, que se acha autossuficiente e cruel.

Durante a leitura percebemos que A Rainha Normanda é descrito em terceira pessoa, porém por quatro pontos de vistas diferentes – o de Emma, o do Rei Æthelred II, o de Athelstan (o aetheling mais velho), e o de Elgiva (filha do conde de Northampton) – foi interessante de poder ver a estória por ângulos diferentes e tomar conhecimento acontecimentos particulares.


“... Emma teve a impressão de que haviam chegado a uma época em que o amor não tinha lugar. Que era algo a ser apagado, queimado e descartado, deixando espeço apenas para o ódio, o medo e, na melhor das hipóteses, uma fria aliança ocasional. O amor que ela própria sentira – pela criança que tinha perdido, por ..., até por seus parentes normandos – nada lhe trouxera além de dor. O amor pertencia a um outro mundo. Talvez pudesse ser encontrado após a morte, mas seria imprudente, pensou, procurá-lo durante a vida.” – Pág. 300


A autora, Patricia Bracewell, deixa claro na “Nota da Autora” que se baseou em fatos reais tirados da “Crônica Anglô-Saxã” (como, por exemplo, o Massacre do dia de São Brício, que foi datado em 13 de novembro de 1003, uma sexta-feira), mas que parte da estória contida no livro é pura ficção ou adaptação, uma vez que a Crônica não é completa, nem profunda em determinados pontos da história, além de deixar alguns vazios/buracos, o que incitou a imaginação dela.

A estória se desenvolve com algumas passagens de tempo longas, porém, eu acho, que é porque antigamente tudo ocorria de forma mais vagarosa devido aos meios de que dispunham – a exemplo das cartas, viagens, ordens.

....

Leia a resenha na íntegra no Blog Ilusões Noturnas.

Leia a entrevista com a autora: http://ilusoesnoturnas.blogspot.com.br/2015/04/entrevista-com-patricia-bracewell.html


site: http://ilusoesnoturnas.blogspot.com.br/2015/03/resenha-rainha-normanda-patricia.html
Hester1 20/05/2016minha estante
Gostei da sua resenha e me interessei pelo livro, mas o detalhe que vc mencionou já no comeco da resenha tb me deixa triste. Nao há ainda o segundo volume. Estou ficando muito chateada com estes detalhes, Nós lemos o primeiro volume, ficamos muito interessados na continuacao e nao publicam o segundo livro. Às vezes , auando o fazem já esqueci parte do que li. É detestável isso!




Greice Negrini 09/04/2015

Um livro tão bom quanto sua rainha!
Emma tem apenas 15 anos quando vê o lendário viking Swein Forkbeard pela primeira vez em sua casa. Na realidade, ele estava por lá para negociar com o seu irmão mais velho, Richard que tinha o título de duque da Normandia. Todos sabiam que eram impossível impedir os dinamarqueses de invadir qualquer lugar. Eram bárbaros completos. Entravam, saqueavam, matavam e estupravam as mulheres. O que Richard fazia então era proteger seu povo dando cobertura aos navios dos dinamarqueses em suas costas marítimas quando os mesmos precisavam.

Emma sabia também que a Inglaterra negociava longamente com a Normandia. Os dinamarqueses eram os vilões que toda a primavera e verão entrava no país britânico e levava o ouro do rei sem que este pudesse se defender já que quase não tinha soldados para isto.

Aethelred II era o novo rei da Inglaterra após o assassinato de seu irmão Edward. O ano de 1001 estava se provando um ano de mortes e perdas lastimáveis para a corte e agora que o rei também ficara viúvo, precisava se casar novamente, mas desta vez precisava pensar em uma boa aliança. Não precisava pensar em herdeiros já que com sua última esposa foi gerado 11 filhos e como não tinha sido coroada rainha, tinha menos ainda que se preocupar com quem ia ficar em seu lugar quando morresse. Mas precisava pensar em sua segurança e a do país. Estava cercado de inimigos.

Da Nortúmbria vinha o conde Aelfhelm que mesmo sendo seu conselheiro, disponibilizava uma linda filha e assim conseguiria uma aliança importante para o lado norte do país. Mas o que mais importava era que os vikings continuariam atacando e levando o ouro que lhe era sagrado. E mesmo que tenha dado terras, muito ouro e prata e que estivessem vivendo próximo a ele, não tinha sido o suficiente.

Quando Aethelred II pediu a mão de Mathilda, irmã de Emma em casamento, a alegria reinou no coração de Emma. A irmã tão doente, agora conseguiria ter um marido e talvez a troca de ares poderia curar seu corpo. Mas a felicidade de Emma não durou. Emma é quem seria enviada em seu lugar e ela sabia que algo muito perigoso e difícil ia ser imposta a ela e que talvez a felicidade nunca sorriria ao seu futuro. Emma sabia que seu irmão não podia deixar de atender os dinamarqueses e quando o rei descobrisse, ela seria punida.

Inglaterra, novo povo, novas regras, novas ordens. Emma vai encontrar o terror, o medo, a escravidão, a fúria de um rei e aos poucos vai conseguir conquistar um pedaço do que é seu por direito. mas também há uma profecia que lançará aos céus sangue, lágrimas e dor.
Qual a capacidade de uma rainha para tramar ou evitar uma tragédia?

O que falo sobre o livro?

O que você pode pensar sobre uma história que ocorre no ano de 1001 em diante? Eu nunca havia lido uma história que retrocedesse tanto no tempo e posso confessar que não desejo nunca sair do conforto de banhos elétricos, comidas prontas e conquistas femininas. O que além disto não resume em nada o que este livro tem em seu melhor. Depois da tal piada sobre aquele vestido ser dourado e branco ou azul e preto e até ter caído sobre este vestido azul da capa eu vos digo: "a beleza do vestido vai além da capa". Como assim?

A Rainha Normandia chegou como mais um lançamento épico da Arqueiro. É estranho imaginar como são os costumes e tradições daquele tempo? Depois de ter lido Outlander, o volume 1 e 2 posso considerar que a autora não utilizou muitos exemplos para criar uma imaginação fértil de como a época pode ser ruim em questão de ambiente ou conforto, em compensação em tratamento, as dores e frustrações são as mais crucificantes.

Em primeiro plano temos Emma, uma jovem garota que entende de uma forma como funciona o mundo da crueldade e sobrevivência em que os homens precisam estar, já que seu irmão cuida de uma parte da Normandia e negocia com alguns povos. O que Emma não imaginava porém era ter que se casar com o rei da Inglaterra e ter que vir a servir a ele como mulher e propriamente como escrava.

O mais legal disto é que a rainha realmente existiu e a autora utiliza partes da realidade para ir traçando os passos da ficção, inserindo alguns personagens que existiram com outros que não. No final do livro ela explica bem sobre a rainha e como ela viveu, o que me deixou com bastante curiosidades, afinal, como é que tudo se desenvolve de uma maneira tão forte e como foi tudo tão bem tramado pode estar entrelaçado à real história, são coisas que sempre me deixam envolvida.

A leitura traz líderes sangrentos, suspeitos cruéis, profecias devastadoras e muito de mim às vezes tentou pensar o que poderia ser feito ao contrário para mudar certa eventualidade. Será que era tão difícil medir as consequências? E percebo que as tomadas de decisão que constam no livro foram agregando mais valor e mais túneis intrigantes.

A autora criou esta obra em 2013 e está com o lançamento do segundo volume agora em 2015. Ainda há um terceiro volume e já não aguento de curiosidade para ver o que vai acontecer. Fiquei muitas vezes com raiva com o jeito com que Emma agia e aceitava as situações e ao mesmo tempo pensava se ela teria outras opções. A história acontece rápido e termina precisando de uma continuação, deixando a perceber com certeza absoluta que é uma trilogia.

Outra coisa que gosto muito são livros com mapas e dados. este mapa eu utilizei muito já que os locais são bastante utilizados e eu sou bem ruim de noção em localização da mesma forma em decorar nomes. Também há uma lista completa com o nome das famílias e cada personagem e acredite, os nomes são uma complicação à parte.

É um bom livro de ficção misturado a uma aventura e um desejo de conquistas e vinganças. E sabe a cor do vestido? Ah, você nem vai lembrar que ele existiu quando estiver lendo este livro!

site: www.amigasemulheres.com
Dani 17/10/2018minha estante
Nossa que resenha incrível!
Ameiiiii!
entrou pra lista infinita de desejados.




Fernanda 02/07/2015

“A Rainha Normanda” é interessante por vários motivos. Primeiro: a história é baseada em fatos históricos. Claro que há muito de ficção no enredo, mas a rainha Emma da Normanda de fato existiu e foi grande em seu tempo. Segundo: a história tem fragmentos diretos de crônicas Anglo-Saxãs. Ou seja, tem mais que teor histórico; tem crenças intrínsecas à história que podem não ser exatamente verdade, mas ainda assim dá uma veracidade que me entusiasma muito.

O romance histórico vai tratar da vida de Emma, que era irmã de um duque Normando que foi enviada para casar com o rei da Inglaterra em 1002 d.C. Como vocês podem imaginar, caros leitores, naquela época tudo era feito através de tratos políticos e Emma foi uma peça importante para o jogo de seu irmão e de Ethelred, o rei da Inglaterra. No entanto, Emma recusou-se a ser uma peça a ser manejada de forma submissa. Ela era sagaz e inteligente demais para isso.

Observando tudo ao seu redor, Emma tratou de conseguir aliados, de conquistar o povo e de se manter, de alguma forma, a par do que se passava de relevante ao seu redor. Não eram apenas as intrigas políticas que a envolviam em seu novo papel de rainha. Também havia a iminente ameaça dinamarquesa; um povo selvagem que pilhava e matava a quem alcançasse. E a Inglaterra estava sob constante ataque de tal perigo.

O casamento de Emma teve um papel imprescindível para tentar afastar os dinamarqueses da Inglaterra, mas o rei Ethelred era um homem atormentado por fantasmas que vivia com medo de ser apunhalado. E o medo, amigos, ele é um ótimo estimulo para se fazer besteira. Sua crueldade com Emma é digna de nota, mesmo que seja por motivações de tormentos internos.

Paralelo a todos esses conflitos, Emma se vê encantada pelo filho mais velho do rei, Athelstan. Historicamente, não há nada que indique que existiu uma relação entre eles, mas o herdeiro do rei teria uma idade próxima de Emma e, aparentemente, foi tentador demais para a autora não abordar um romance impossível (obg, Deus!).

O livro é narrado em 3ª pessoa e existem várias perspectivas de personagens importantes na trama. Gostei muito da forma que a autora narra a história, dando ao leitor uma percepção mais ampla sobre as contentas que, acreditem, são muitas. No entanto, acredito que muitos dos conflitos, principalmente políticos, ficaram de fora desse livro.

Serão três livros contanto a história de Emma da Normanda e esse primeiro teve um tom bem introdutório. Por ser um livro histórico, a violência era bem mais expressiva naquela época e a autora não poupa o leitor, o que é ótimo para dar consistência à história, mas não deixa de ser triste para mim (veadhênha feelings).

Para quem gosta de romance histórico, “A Rainha Normanda” é uma opção incrível de leitura. Leio poucos romances históricos, mas depois de pegar uma história dessas, penso em rever seriamente meus conceitos.

A Editora Arqueiro trouxe uma edição bonita e alterou bastante na tradução. Particularmente, acho o título original (Shadow on the Crown) bem mais atraente (ficaria algo como Coroa de Sombras e wow, seria TÃO propício!). O segundo livro já saiu na gringa e chama “The Prince of Blood”. Percebem? Tem príncipe e sangue! Tudo indica que será imperdível! (Vamos ver o que os nossos tradutores farão com o titulo nacional. Espero que não me decepcionem.)

Estou muito ansiosa para saber mais da vida de Emma da Normandia e em breve voltaremos falar sobre ela.
E vocês, conhecem? Querem conhecer? Comentem!


site: http://www.garotapaidegua.com.br/2015/03/eu-li-rainha-normanda-patricia-bracewll.html
Eduarda 24/12/2015minha estante
Há cenas de romance entre Emma e Athelstan no livro, ou existe outro livro da triologia que dá atenção para o romance?




dani 20/08/2015

A rainha normanda – Patricia Bracewell
Assumo que quando pedi esse livro acabei não me informando muito a respeito do enredo e fui achando que iria encontrar um romance de época, tive uma agradável surpresa ao me deparar com um romance sim, mas histórico, que trouxe personagens baseados em figuras reais, explorando (e romanceando) a história não tão conhecida de Emma, a rainha da Inglaterra, de origem normanda e que é o centro de uma época turbulenta e cheia de intrigas, sendo ao mesmo tempo o símbolo de uma esperança e paz e um ponto de desconfiança para toda uma corte.


Antes de começar pelo início do livro quero comentar uma parte do fim, dos comentários da autora, para deixar bem claro que ela se baseou sim em personagens reais e fatos históricos que realmente aconteceram, mas como ela própria assume essa fase da vida de Emma não é muito documentada e com isso ela teve uma liberdade de poder romancear (ou melhor dizendo, de criar) situações e personagens, então sim, esse é um romance histórico com base real mas com uma grande liberdade de ganhar asas e poder explorar o que a história deixou em branco.

No começo conhecemos Æthelred, rei da Inglaterra, que após a morte de sua esposa deve lidar com seu conselho dividido na escolha de uma nova mulher para o rei, uma que poderá ajudar na questão da invasão dos Dinamarqueses, responsáveis por ataques e assaltos às terras da Inglaterra ou uma que poderá estreitar os laços do rei com alguns nobres. Entre essa indecisão vemos ainda que Æthelred é assombrado por um fantasma de seu passado que o persegue e planta o medo em seu coração.

Outro ponto de vista é o de Emma, irmã do duque da Normanda, que vê sua vida sofrer uma brusca mudança ao receber a notícia de que foi escolhida para ser uma ponte entre a Inglaterra e a Normanda, e para isso ela terá que se casar com o rei Æthelred e entrar em um mundo de intrigas, desconfiança e lutas, onde ela é vista com desconfiança por ser estrangeira.

Temos nessa história mais dois pontos de vista, um deles é o de Elgiva, a filha de um poderoso conde, que seria a outra opção de casamento para o rei, ambiciosa e visando sempre o poder ela irá lutar para conseguir o que quer. E por fim, Athelstan, o filho mais velho do rei, que está tentando marcar seu lugar e ser respeitado pelo próprio pai, além de sofrer com a sombra de perder a herança ao trono.

No começo a narrativa demora um pouco para pegar ritmo, mas depois que o leitor percebe todas as tramas a leitura começa fluir, com o foco da tensão em Emma conhecemos bastante da história que é intercalada com acontecimentos reais. A narrativa altera entre os quatro pontos de vista e consegue ter uma visão maior dos fatos.

Os personagens são elementos importantes desse livro, primeiro Emma que prova toda a sua força e sua coragem mesmo em uma época que oprime as mulheres, a confusão de Æthelred que não o abandona e atrapalha sua função como rei, a determinação e frustração de Athelstan, que mesmo sabendo o que seria melhor para o reino não consegue se fazer ouvir e a ambição de Elgiva, que busca meios escusos para conseguir o que quer. Todos esses elementos constroem a história da Inglaterra e os laços que unem essa realeza.

Agora vou fazer uma observação que pode não ser segredo pra ninguém, mas pra mim foi uma surpresa. Fiquei perdida no fim quando o livro para em um grande ponto alto da história, aí quando li os comentários da autora descobri que essa história é uma trilogia, então teremos mais dois livros para contar a interessante história de Emma.

Apesar de ter gostado muito da leitura, achei a narrativa amarrada em certos pontos, mas a trama é bem estruturada, e mesmo ficando um pouco frustrada por não ser um livro único agora estou bem curiosa para conhecer o resto da história.


site: http://vintecincodevaneios.blogspot.com.br/2015/08/livro-rainha-normanda-patricia-bracewell.html
Andréia 29/09/2016minha estante
E qual seria a continuação desse livro ainda vi.




@APassional 14/03/2015

* Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Patricia Bracewell nos conduz em uma viagem fascinante aos primórdios da Inglaterra medieval, para um mundo dominado por homens brutais e guerras sangrentas, onde duas mulheres irão destacar-se em ousadia, perspicácia, astúcia, sagacidade, docilidade, mas sobretudo coragem e determinação.

Ambientada na Inglaterra, a trama tem início em 1001, época da Invasão Viking, o romance segue os acontecimentos relatados na Crônica Anglo-Saxã, bem romantizados “of course”, e decorre até o ano de 1005, deste modo os capítulos destacam datas e lugares que podemos seguir no “detalhadíssimo” mapa incluso nas primeiras páginas, que dão um encanto todo especial à leitura [I love it].

Com uma escrita cativante, Bracewell entrelaça diversos acontecimentos paralelos e nos insere na dimensão histórica, com ênfase psicológica das personagens concedendo-lhes uma veracidade visceral, resultado de uma narração em 3ª pessoa que divide-se sob o ponto de vista intercalado e quase sempre [hahaha] completamente equivocado dos principais membros da corte: Rei Anglo-Saxão, Conde da Nortúmbria, Príncipe Anglo-Saxão, Emma da Normandia, Elgiva da Nortúmbria, entre outros. Assim o ritmo é constante, o conflito tanto interno como externo, e no fim, nada é o que parece, pois as intrigas transformam formigas em elefantes.

Uma luta pelo poder de tirar o fôlego nos surpreende com atitudes de revirar o estômago, aliás até comer e beber era muiiiiiiiito arriscado na corte Anglo-Saxã hahaha! Sim, venenos tem participação fundamental em mais de uma ocasião.

Entre o pecado e o desejo...

Apesar do Clero estar logicamente em cena, não há uma personagem exclusiva neste volume que carregue o cetro da religiosidade, forte característica do período, pelo simples fato deste “fervor/fardo” estar presente nos atos e pensamentos de TODAS personagens católicas, que mesmo atadas em um fervor que beira o tabu não medem seus atos: Pecam, pecam e pecam e depois arrastam a culpa com correntes descomunais, daí a questão do pecado fortíssima na trama porque a devassidão e o sexo correm soltos na corte do rei AEthelred, a começar por ele. No que tange ao desejo... embutido na trama um amor proibido, passional, româââântico... como nas canções de amor dos trovadores, e é claro torcemos pelos apaixonados:

“Iria guardá-la e protegê-la do que quer que acontecesse, sem pedir nada em troca...”

“Ela o entendia muito bem. Assim como entendia o próprio coração o suficiente para saber que, se estivessem juntos longe dos olhos e dos ouvidos curiosos da corte, ela correria um perigo muito maior...”

Emma, a heróica protagonista busca seu lugar de direito entre inúmeros desafios: uma corte desagregada que a vê como estrangeira, seu relacionamento conturbadíssimo com um Rei misteriosamente atormentado, uma eminente invasão Viking e, ainda sua super antagonista, a “poderosa”, bela e fatal Lady Elgiva, que a odeia incondicionalmente e fará “tudo” para tornar sua regência insuportável, assim o conflito entre as duas é extremo, as armas: o ardil e a estratégia, em um jogo de enxadristas.

Violência, caridade, intrigas, traição, lealdade, pureza, devassidão, submissão, insanidade, justiça, passionalidade, devoção, ousadia, egoismo, obsessão, o amor e o ódio andam de mãos dadas na dança do poder.

A belíssima capa é adornada por arabescos medievais com suave relevo brilhante, e no interior a citação dos originais da Crônica Anglo-Saxã também recebe a delicada ilustração de um arabesco, e o mapa... perfeito! Com legenda de localização de Abadias, Palácios, Burgo, Fortalezas e até do Círculo de Pedras... impossível não viajar no tempo hahaha!

A Rainha Normanda me encantou e envolveu de tal forma que estou curiosíssima pela continuação, afinal é a saga de uma das rainhas mais poderosas da Inglaterra.

Excelente leitura!

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 14/03/2015.

site: http://www.arquivopassional.com/2015/03/resenha-rainha-normanda.html
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Vit 14/06/2023

Com um irmão lorde, Emma e sua irmã sabiam que um dia chegaria a hora de um casamento. O que nenhuma das duas esperava era que Emma, a mais nova, seria a primeira das duas.
Em um acordo peculiar ? e muito propício a arrependimentos por pelo menos uma das partes ? Emma foi vendida para a Inglaterra.
Agora, como Rainha, ela precisa assegurar a si mesma através de uma criança, o problema é que o rei já tem outros filhos de outro casamento e a detesta.
Pela diferença de idade, a falta de confiança do rei em qualquer pessoa, a rainha acaba se aproximando muito do filho mais velho do rei. A questão é que entre a política e o romance proibido dos dois, existem leis, juramentos, profecias, guerras e algumas visões do futuro em constante mudança.
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Yasmin 31/03/2015

Uma personagem histórica forte, retratada de maneira justa e intrigante
Desde o momento que vi o livro em pré-venda fiquei curiosa com a trama. Sou apaixonada por ficção histórica e Emma da Normandia foi uma mulher que se destacou em uma época impossível. Patricia Bracewell mergulha em uma pesquisa cuidadosa para dar vida a Emma de sua trilogia. O título original dita bem o tom e os rumos da trama, algo como Sombras na Coroa, ou ainda Sombras no Reino. Conheçam essa fascinante personagem que sai da história para conquistar o leitor assim como conquistou a autora. Conheçam A Rainha Normanda.

Quando Emma percebeu a enorme movimentação no pátio do castelo sabia que havia chegado uma comitiva que solicitaria a presença de seu irmão o duque. Desde a grande nevasca e os hóspedes dinamarqueses que Emma vinha pensando no destino que aguardava sua irmã Mathilde. Ela seria a próxima irmã que o duque, seu irmão, casaria e apesar de saber que a mãe seria o mais justa possível estremecia ao lembrar do rei dinamarquês. O que Emma nem sonhava era que a chegada da comitiva inglesa terminaria com seu casamento. A mãe foi enfática ao dizer que ela era mais forte para enfrentar as agruras que a aguardava na Inglaterra. Emma seria rainha coroada, mais do que a primeira esposa de Æthelred II, mas isso só significava mais inimigos e mais perigo para si. Vinte anos mais velho do que Emma, o rei era perturbado por visões de seu irmão morto e não estava contente com sua "compra". Ele receava à todos, dos sete filhos a seus condes, para o rei todos planejavam roubar sua coroa e os saques dinamarqueses só piorava seu humor. Para piorar Emma era linda e isso tornaria difícil para o rei ignorá-la em todos os sentidos. O jeito era rezar para ela ter apenas garotas ou melhor, ser infértil. Com 15 anos e um talento para idiomas que guardava para si, Emma logo conquista a todos. Dos arcebispos ao povo, a nova rainha traz esperança para um reino saqueado. Ela logo se afeiçoa aos filhos mais novos do rei e rapidamente é adorada por alguns dos mais importantes membros da corte. Mas assim como muitos a amam outros planejam contra a rainha normanda. O poderoso conde da Nortúmbria quer a coroa para si e o primeiro obstáculo é a jovem e adorada rainha. Cego as ameaças o rei se recusa a preparar um exército. Seu filho mais a velho está revoltado com a apatia do pai e encantado com sua nova rainha. Entre tramas e intrigas Emma precisa abrir caminho e vencer nessa corte estranha ao mesmo tempo que se protege contra um rei instável e inimigos invisíveis.

É a partir dessa premissa que conhecemos uma personagem forte e cativante. Com um ritmo cadenciado que alterna quatro pontos de vistas Patricia Bracewell apoiada em uma pesquisa benfeita e extensa dá vida a uma das grandes mulheres que marcaram a História da ilha britânica. Emma é uma surpresa para o leitor que espera algo no mesmo estilo encontrado em outros históricos. A personagem é forte, mas sem ferir as barreiras temporais que cercam sua vida. A autora consegue acertar nesse que é um dos principais problemas de ficções históricas. Com uma ambientação que prima mais pelo real do que pelo desenhado e cenários que conquistarão o leitor por sua vividez a trama se desenrola com uma fluidez envolvente e em um fluxo só.

Bracewell foi inteligente ao apoiar a trama em quatro pontos contrastantes. Emma, a jovem lutando para abrir um caminho seguro para si, o rei, um homem perturbado por seu irmão, inseguro e instável, Athelstan o filho mais velho do rei e possível herdeiro e Elgiva, filha ambiciosa do conde da Nortúmbria, que é brevemente amante do rei e que luta para saber o que o pai arma e se manter forte em um mundo masculino. São pontos de vistas que em um primeiro momento estranhei, mas que a cada capítulo de mostraram acertados e perspicazes. Nessa trama de traição, poder e guerra ter a perspectiva dos lados opostos é foi fundamental e Bracewell só faltou ter dado voz ao implacável rei dinamarquês no epilogo para ser ainda melhor.

Leitura deliciosa, fluída, cativante e com momentos de tensão que fizeram eu gostar ainda mais de Emma a ponto de sair da cama três da madrugada depois de ler o livro em uma toada só, ligar o Ipad e pesquisar sobre sua vida e se seu filho conseguiu ser rei. Patricia Bracewell se mostra uma historiadora (...)

Termine o último parágrafo em:

site: http://www.cultivandoaleitura.com.br/2015/03/resenha-rainha-normanda.html
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Samantha @degraudeletras 01/04/2015

BRACEWEEL, Patricia. A Rainha Normanda. São Paulo: Arqueiro, 2015.
"A rainha normanda" traz um pouco de história da realeza inglesa que compreende o período em meados dos anos 1000 d.c., que está ali depois do rei do rei Arthur e antes da rainha Elizabeth I. Este é o primeiro livro da trilogia "Emma da Normandia".

A autora, Patricia Bracewell, faz um apanhado histórico para dar vida à rainha Emma, que conquistou não apenas o coração do povo de seu reinado, mas também o de diversos leitores que pegaram esse livro em mão.

Pautado em trechos das Crônicas Saxônicas, esse livro traz aquele clichê rotineiro dos romances de época, o casamento obrigado devido a interesses políticos e aquele romance verdadeiro, embora proibido. Mas isso não torna "A rainha normanda" só mais um livro histórico de enredo rotineiro, pois a autora construiu personagens tão envolventes que eu me peguei xingando a Elgiva (você pode ver aqui), suspirando em momentos romanescos e perdendo o fôlego em cenas de ação.

A estória é composta por quatro pilares: Emma da Normandia que casou-se com Æthelred II, o rei da Inglaterra; Æthelred II, por sua vez, é um rei insensato que governa por impulso e muitas vez pensa apenas no próprio trono, ele é assolado pelo fantasma do irmão que fora assassinado quando recebeu o tireiro ao trono; Athelstan, o filho mais velho do rei, que encontra em Emma um refúgio por mais que ela ameace a sua posição na sucessão do reinado; e Elgiva, a filha do conde da Nortúmbria, a jovem ambiciosa que sonha com uma coroa e está disposta aos jogos mais sujos para conseguir o que deseja.

Mesmo com essa trama incrível, algo que me incomodou um pouco durante a leitura foi a velocidade na narrativa. Os acontecimentos mudam completamente de rumo entre uma linha e outra, como no caso de Atheltan, que vê Emma como um perigo eminente e na página seguinte já branda uma espada para defendê-la, a autora deixa claro bem depois que eles se conheceram melhor em alguns passeios a cavalo, mas faltou um pouco desse processo de mudança de opinião para compreender melhor o que estava se passando de fato.

Um outro ponto válido de ser ressaltado, que só foi possível por essa velocidade frenética na narrativa, é que mesmo esse sendo o primeiro livro de uma trilogia ele não soou tão introdutório como é comum de ser ver. "A rainha normanda" é cheio de ação e de intrigas políticas, ele serviu como um anzol fundamental para agarrar o leitor nessa jornada.


site: http://www.wordinmybag.com.br/
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Bruna Britti 20/04/2015

***

A Rainha Normanda, de Patrícia Bracewell, traz ao leitor uma trama ambientada no ano de 1002, narrando a história de Emma, uma jovem normanda que se vê em meio a um embate político delicado. Baseado nas Crônicas Anglo-saxã, “A Rainha Normanda” é um desses livros envolventes que retrata, mesclando ficção e realidade, os acontecimentos de figuras importantes de um período histórico.

Aos quinze anos de idade, Emma nunca imaginou que acabaria tomando o lugar da irmã para se casar com Æthelred II, o rei da Inglaterra. O que era para ser um acontecimento importante em sua vida, torna-se seu pior martírio: a nova rainha precisará enfrentar inimigos na corte – incluindo a amante de seu marido. Além disso, será necessário conquistar a confiança dos filhos de Æthelred II, que não hesitam em demonstrar o rancor que sentem por ela. O rei, por sua vez, é um marido bruto que não confia nela.

Emma lutará com todas as suas armas para driblar os perigos de sua nova vida, mas uma paixão inesperada colocará em risco sua posição como rainha: Athelstan, o filho de Æthelred II, é um rapaz atraente e atencioso. O que começa como uma aproximação com intenções de se embrenhar nos planos de Emma, termina em uma paixão que nenhum dos dois conseguirá resistir. Entretanto, resta o dilema: Emma colocará sua posição como rainha em risco, por conta de um amor proibido?

Em “A Rainha Normanda”, as intrigas políticas no castelo tecem uma trama repleta de incertezas. A influência da corte e as pessoas a sua voltam exercem um peso sobre o modo de vida de Emma, e logo a jovem pueril – usada como peão entre o irmão e o marido – amadurece, cedendo espaço a uma mulher forte e determinada, que entrará na disputa pelo poder. Entretanto, o romance com o filho de Æthelred II abala suas estruturas.

O caminho de Emma é decidido somente nos momentos finais da trama. Assim, acompanhamos seu conturbado relacionamento com o rei, com a corte e com os filhos de Æthelred II. Emma também enfrenta um sequestro político que a aproxima de Athelstan, deixando sua situação ainda mais complicada. A rainha, entretanto, reluta em aceitar a paixão que nutre pelo filho do rei, e lutará com afinco para afastar esse sentimento.

Apesar do romance ser um forte atrativo, a relação entre os dois parece pouco explorada. Encontros breves, flertes com olhares mais ousados, mas nada que nos dê o vislumbre de uma paixão forte – pelo contrário. No primeiro empecilho após se envolver com Athelstan, Emma usa da sensatez e não se deixa levar pelo atraente e gentil filho do rei. Assim, sua paixão parece tão passageira quanto um piscar de olhos.

Apesar disso, “A Rainha Normanda” é uma história envolvente, retratando personagens bem construídos em uma trama tensa, apoiada em dados reais de uma pesquisa minuciosa feita pela autora. Patrícia Bracewell tem uma escrita envolvente, fluída, o que nos faz virar páginas e mais páginas em poucas horas. Como a própria autora escreve no final do livro, ainda há muito o que contar sobre a história da rainha da Inglaterra. Acredito, portanto, que a continuação, ainda sem data para publicação no Brasil, nos dará o gostinho de uma reviravolta interessante na história – tanto política quanto romântica. Resta a nós aguardarmos ansiosos por isso.

site: http://supremeromance.blogspot.com.br/2015/04/a-rainha-normada-patricia-bracewell.html
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Lina DC 24/04/2015

"A Rainha Normanda" é o primeiro livro da trilogia Emma da Normandia da autora Patricia Bracewell e irá apresentar uma protagonista forte que passa por inúmeras provações graças aos jogos políticos.
O prólogo se passa em novembro de 1001, na véspera da festa de Santa Hilda, nas proximidades de Oxfordshire, onde uma vidente confidencia que uma jovem irá mudar toda a hierarquia da coroa inglesa.
A história tem início na véspera de natal do ano de 1001 em Fécamp, na Normandia, onde conhecemos o cotidiano de Emma, uma jovem de 15 anos. Ela é um espírito livre, ama sua irmã Mathilde, cavalgar e o seu lar. Seu irmão é o duque Richard, um homem que aparentemente é ambicioso e inteligente.

"Nem Richard nem seu irmão Robert, o arcebispo, tinham conhecimento desse dom de Emma para os idiomas,como sua mãe o chamava. Gunnora aconselhara a filha a manter em segredo sua notável habilidade. Use-a para escutar, dissera, em vez de falar. Ficará surpresa com o que acabará descobrindo". (p.23)

Na mesma época em Rochester, Kent na Inglaterra, o rei está de luto, pois sua esposa faleceu no parto do seu 11º parto. Esse homem de 35 anos, cansado pelo tempo e pelo peso de sua coroa, é uma pessoa rude, que não demonstra afeição nem mesmo pelos filhos. É um homem assombrado pelo passado.

"Deu outro longo gole no recipiente de bordas de ouro, mas o doce hidromel que deveria ter feito correr fogo em suas veias não o aqueceu. Pelo contrário: um calafrio, gelado como um mausoléu, serpenteou por seus braços e desceu como um dedo glacial por sua espinha. Um peso o oprimia, uma apreensão sombria e implacável, e ele murmurou uma maldição contra o enviado que sabia estar se apoderando dele e do qual não podia fugir". (p. 29)

Seu casamento nunca foi oficial então, a esposa não era uma rainha. Não é necessário dizer que existe inúmeros interessados em oferecer a filha para a posição de rainha, inclusive Aelfhelm, conde da Nortumbria.
O duque Richard é esperto e oferece uma barganha estratégica para Aethelred, em troca da coroação de sua irmã como Rainha. Dessa forma, Emma é oferecida como esposa e se vê obrigada a deixar tudo o que conhece para trás, para se casar com um estranho.

"Você não é a primeira noiva, Emma, a ir para a cama de um rei estrangeiro, e é preciso que saiba muito bem o que se espera de você. Tenha em mente que está indo para o seu senhor não como uma mulher, mas como uma rainha. Da mesma forma, ele virá até você não como homem, mas como um rei. Ele não será um pai para você, nem um amante, nem mesmo amigo. Não conte com nada disso. Só espero o que qualquer um dos súditos dele pode esperar, ou seja, justiça e benignidade. Como rainha, porém, você deve exigir mais uma coisa: respeito. Nunca se esqueça disso nem por um momento, e nunca faça nada que possa colocar isso em risco". (p.67)

A recepção de Emma não é calorosa. O próprio Aethelred a trata como uma prostituta, como se fosse escolha dela o casamento. Entre o péssimo relacionamento com o marido e antipatia de alguns de seus enteados, Emma vai começar a aprender os jogos de intrigas que a Corte reserva a ela.
Sua principal "adversária" é Elgiva, a filha do Conde de Nortumbria. Mimada, egocêntrica e sem escrúpulos, Elgiva quer a coroa a qualquer custo, não importando com quem tenha que dormir ou o que tenha que fazer.
A história conta os primeiros anos de Emma na Inglaterra e deixe-me dizer, não foram nada fáceis. São inúmeros personagens que ganham destaque nesse livro que dificulta comentar sobre todos eles.

"A noiva normanda de AEthelred não será uma simples consorte, e sim coroada como sua rainha. Terá riqueza e posição muito superiores às da primeira mulher dele. Estará ao lado do rei com privilégios que ele não poderá revogar com facilidade, por mais que seja provocado". (p.56)

Quanto à construção dos personagens, Patricia Bracewell realizou um trabalho espetacular. Os personagens e alguns eventos são baseados em fatos reais, mas a construção das personalidades, a forma como a autora conseguiu colocar a dualidade em todos eles, comprova o seu dom de escrever. É muito complicado classificar os personagens em mocinhos e vilões. A maioria deles demonstra que em determinadas situações, são capazes de realizar atos impensáveis em nome do amor e da proteção, enquanto outros se tornam omissos a atos inescrupulosos. É o cenário perfeito para a reflexão do comportamento humano.
A editora realizou um trabalho espetacular em relação à revisão, diagramação e layout. Temos alguns elementos pré-textuais, como glossário, uma listagem da corte anglo-saxã do período de 1001 até 1005 e até mesmo um mapa. Tais ferramentas auxiliam o leitor a se localizar na história e também a compreender melhor os laços familiares das pessoas presentes na Corte.
Uma leitura imperdível sobre uma jovem que não teve escolha sobre o seu destino, mas que o enfrentou como uma rainha!


"... e a vida de uma moça, mesmo a de sua própria irmã, tem pouco peso em relação ao destino de um povo inteiro". (p.59)
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