Mel 11/04/2024
Morno
Na maioria das vezes, acabamos lendo Anne Brontë devido às suas irmãs, seja por "O morro dos ventos uivantes" ou "Jane Eyre". Este livro, especificamente, não é um romance romântico. Trata-se, como bem explicitado no prefácio desta edição, de um romance formador, com uma crítica construtiva e formadora para, principalmente, mulheres não pertencentes à alta sociedade vitoriana. O que é dito como autobiografia desta autora, a história narra a jornada de Agnes Grey como governanta e preceptora, as dificuldades que ela encontra no serviço, no âmbito familiar e financeiro e, de uma forma religiosa, moral e íntegra, a personagem mantém sua fé e força para no fim alcançar a tão almejada conquista: o casamento. Em diversos trechos, podemos extrair passagens e conselhos valiosos para o nosso cotidiano, porém, como leitura, é um livro com uma fluência cadente, morna. Quanto à crítica à sociedade e a alguns comportamentos, devo dizer que Jane Austen a faz com superior maestria. No mais, ainda é um livro interessante de se ler, para quem gosta da ambientação desta época.