Natália | @tracandolivros 19/05/2021Um livro que inspirou muitos outrosExiste uma ideia que ronda de que nada é criado e tudo copiado, onde as ideias nunca são 100% originais e sempre são copiadas de outra ideia. Não é um pensamento errado, mas também não posso dizer que concordo e gosto dele.
Contudo, uma coisa que é certeza, é que muitas histórias já lidas tiveram inspirações em outras histórias. E é disso que vamos falar hoje com o livro "O Castelo de Otranto".
O livro foi originalmente publicado em 1764 por um pseudônimo, onde o autor fingiu ter sido uma história traduzida de originais em italiano encontrados numa viagem, e depois na segunda edição do livro ele revelou seu nome e ter sido uma ideia sua, mas por medo de fracassar pela originalidade ele usou um nome falso para a publicação.
"O Castelo de Otranto" é considerado o primeiro romance da literatura gótica, inspirando diversos autores subsequentes, como: Ann Radcliffe, Bram Stoker e Stephen King.
O que acontece quando lemos esse livro hoje é não encontrar nada de novo, pois tudo que ele contém já foi utilizado depois, por livros que temos mais acesso. Porém, isso não torna ele ruim, claro.
Entretanto, o que eu esperava de sobrenatural e de terror rondando o castelo não aconteceu, o que eu mais vi aqui foi um drama e um suspense em volta da família e dos personagens que vão surgindo. Por ser um livro curto, também esperava mais fluidez, o que não aconteceu tão de início.
Foi um livro que eu gostei de ler, por causa da bagagem dele em si, mas não totalmente pela história. E que por causa da linguagem antiga, em muitos momentos, ou invés de me causar comoção, me fez rir com a forma da fala com exemplos como: "Oh, desgraça", "Oh, isso, oh aquilo" 😅
Eu acabei mais me divertindo do que temendo a leitura, o que foi interessante e nada esperado.
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