A Cidade Murada

A Cidade Murada Ryan Graudin




Resenhas - A Cidade Murada


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Rafael Andreotti 05/12/2016

A Cidade Murada @ Operattack
Uma das melhores surpresas literárias que tive em muito tempo! A história se passa dentro de Hak Nam, uma cidade murada desprovida de leis e habitada por traficantes, assassinos, prostitutas e marginais. Ruas apertadas e imundas desenham o retrato de uma civilização degradada e regida pela criminalidade e pela miséria. A sinopse destaca que existem três regras para sobreviver em Hak Nam: correr muito, não confiar em ninguém e andar sempre com uma faca.

A inspiração da autora para escrever o livro foi a extinta (e real) cidade murada de Kowloon, Hong Kong. Inicialmente construída como uma fortaleza militar, Kowloon teve sua população drasticamente aumentada após a ocupação de Hong Kong pelo Império do Japão durante a Segunda Guerra Mundial. A favela vertical chegou a registrar 33 mil habitantes dentro de um território de apenas 0,3 km² e assim como Hak Nam, também se viu tomada pela pobreza e controlada por organizações criminosas. Durante os anos 1990, o governo de HK demoliu a cidade e construiu um parque em seu lugar, preservando alguns artefatos históricos até hoje.

Leia o restante da resenha no link abaixo!

site: http://www.operattack.com.br/2016/08/a-cidade-murada-de-ryan-graudin/
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Iris Figueiredo 18/10/2016

Uma leitura repleta de tensão e adrenalina
“A cidade murada” é Hak Nam, uma favela vertical cercada por um grande muro. Suas ruas estreitas e escuras são repletas de sujeira, traficantes, prostitutas e ladrões. Para sobreviver nesse ambiente hostil, Jin tem três regras: correr muito, não confiar em ninguém e andar sempre com uma faca. A menina se disfarça de garoto enquanto busca Mei Yee, sua irmã que foi vendida pelo próprio pai para um dos bordéis da cidade. Há apenas um lugar onde Jin ainda não conseguiu entrar para procurar sua irmã e, quando um garoto chamado Dai cruza seu caminho com uma proposta que pode levá-la a resgatar Mei Yee, ela quebra uma de suas regras para cumprir seu objetivo.

Alternando entre Jin, Dai e Mei Yee, a narrativa nos acompanha em três pontos de vista completamente diferentes sobre um mesmo lugar. Com Jin, há a sobrevivência diária, as lutas entre gangues e a incerteza se sobreviverá mais um dia. Para Dai, o tempo corre e seu passado de privilégios não pode poupá-lo de certas coisas, mas lhe concede alguns benefícios dentro da cidade murada. Já para Mei Yee, há a falta de esperança.

Embora Hak Nam seja uma cidade fictícia, ela foi inspirada em uma cidade murada que realmente existiu em Hong Kong. Kowloon foi demolida na década de 1990 e foi uma das maiores favelas verticais do mundo. Apesar de não trabalhar com nomes de cidades e países reais, as referências à cultura oriental são enormes no trabalho de Ryan Graudin.

Se pudesse definir a história em uma só palavra seria “adrenalina”. Enquanto lia, eu conseguia correr pelos becos com Jin, sentir a ansiedade de Dai e o sofrimento de Mei Yee. Eu comprei a causa dos personagens, acreditei e torci por eles. O livro é muito bem escrito e definitivamente merece mais destaque do que recebeu.

A escrita de Ryan Graudin é maravilhosa. Com um ritmo tenso, a autora conseguiu construir não apenas personagens convincentes ou uma teia de poder bem intrincada, mas como uma cidade que se transforma em personagem. Hak Nam é viva em suas ruas sujas e no perigo iminente. Não há, em momento algum, a sensação de segurança, o que é um enorme mérito do livro. Em algumas histórias, você tem a certeza de que algo vai dar certo, mas essa sensação não me acompanhou durante a leitura. Eu passei o livro inteiro tensa e só consegui soltar o ar na última página.

Recomendo demais a leitura! Adoraria que mais pessoas conhecessem “A cidade murada” e se apaixonassem pelo livro, assim como eu.

site: http://irisfigueiredo.com.br
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Letícia 01/09/2016

Que história incrível!
A leitura realmente me transportou pra outro lugar! Um dos meus livros favoritos.
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Marianne 12/06/2016

Resenha: "A cidade murada" (Ryan Graudin)
Por Marianne: Depois de presenciar sua irmã mais velha Mei Yee ser vendida pelos próprios pais, Jim assume uma identidade de menino, pra sobreviver na cidade murada de Kowloon, Hak Nam, e tentar encontrar a irmã num dos muitos bordeis espalhados pela cidade.

A cidade murada é uma terra sem lei. Liderada por traficantes e donos de bordeis, onde a pobreza e o crime imperam. Para sobreviver num meio tão hostil Jim cria suas próprias regras: Não confie em ninguém, ande sempre com uma faca e corra.

Mas suas regras são quebradas e desafiadas quando Jim encontra Dai e vê no menino misterioso a oportunidade de uma aliança de interesses que pode ajuda-la a encontrar sua irmã.
O enigmático e entusiasmado Dai encontra em Jim o parceiro que precisava para investigar mais de perto os segredos escondidos em Hak Nam, que podem ajudá-lo a lidar melhor com alguns fantasmas do seu passado e transformar o futuro de muitos que vivem ali.

O livro é narrado em primeira pessoa e a narrativa se divide entre os três personagens principais, Mei Yee, Dai e Jim. A agonia, medo e sensação de confinamento dos personagens são compartilhados por todos, mesmo sendo Mei Yee a única a estar fisicamente confinada.

Tive alguns problemas na leitura desse livro. Comecei e não me conquistou, passou um tempo e fui ler de novo de onde tinha parado e o resultado foi confusão total. Comecei o livro todo de novo e depois de terminar consegui entender o motivo de toda minha confusão no começo da leitura. É IMPOSSÍVEL distinguir os personagens apenas pela narrativa. Várias vezes precisei voltar no começo do capítulo, onde o personagem narrador é identificado, pra saber quem estava falando. Não sei se foi problema de tradução, ou se a autora pecou mesmo na hora de moldar a personalidade de cada personagem de modo a transmitir com clareza a individualidade de cada um para o leitor.

Outra coisa que não me convenceu foram as torturas aplicadas pelos tão temidos traficantes e donos dos bordeis. Os líderes de Hak Nam, conhecidos pelo seu sangue frio, são bem mornos na hora de mostrar todo seu lado de maldade. Me deu a impressão de que a autora ficou com medo de forçar a barra na violência num livro voltado para um público mais jovem. O que acredito ser um erro. Não subestimem seus leitores caros autores!

Temos J. K. Rowlling que começou com um livro quase infantil e que evolui pra cenas pesadíssimas no desenrolar da história (ainda infantojuvenil).

A cidade murada foi real e todos os horrores descritos existiram ali. Em uma breve nota da autora, no final do livro, conhecemos o que foi fora da ficção a cidade murada de Hak Nam. A cidade não existe mais, foi destruída e transformada em um parque. Me lembrou muito a situação de muitas periferias que existem no Brasil, e que, diferente da cidade murada, estão bem distantes de se transformarem em parques. Descrita pela autora como uma sociedade quase distópica, essa realidade infelizmente ainda existe em muitos lugares por aqui.

Tirando os contratempos que tive com a leitura, a história é bem conduzida e tem um final aceitável. Espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!

site: http://www.dear-book.net/2016/04/resenha-cidade-murada-ryan-graudin.html
Nai 10/11/2016minha estante
Com relação a personalidade, concordo que nem todos são tão bem delineados, entretanto, achei que a Jin Ling estava bem definida.




João 03/05/2016

A Cidade Murada é daqueles livros que você começa a ler e não quer largar mais.
Os personagens são fantásticos,não tem como não se apaixonar por Jin Ling.
Um livro que vi poucos comentários e do qual eu não esperava grande coisa.Foi uma grata surpresa me deparar com uma narrativa interessante e personagens apaixonantes.
O livro é bom do começo ao fim e só tenho elogios a falar sobre ele.
Leitura de primeira!!
Euflauzino 05/06/2016minha estante
talvez a capa tenha me afugentado um pouco da leitura, parece mais um livro didático ou paradidático :D
porém, já foram tantos elogios que estou começando a enxergá-lo com outros olhos!




João Pedro 08/04/2016

Maravilhoso!
"A Cidade Murada" foi uma grata surpresa. Graudin possui uma escrita acessÃvel e precisa, sabendo elaborar um enredo que prende o leitor. Os personagens são muito bem construÃdos e me senti apegado aos três protagonistas. à uma obra realmente tocante, merece ser lida!
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Vi 21/03/2016

Aviso
Cidade Murada é um livro juvenil com temas não- juvenis como prostituição, tráfico de drogas e facções. Mas por justamente ser um livro juvenil acaba nos dando uma visão superficial desses problemas, e se tornando até um pouco bobo. Talvez se fosse outro género...

O modo como as histórias deles se conectam, o romance instantâneo... São muito irreais.

Não estou dizendo que o livro é ruim porque ele não é, mas por justamente ser uma cidade real eu estava buscando um estudo aprofundado sobre Hank Nam, com personagens bem desenvolvidos e um enredo bem amarrado.
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Marcus 20/02/2016

Ruas fétidas, becos apertados, fome, violência, ladrões e uma gangue poderosa. Essa é Hak Nam, uma cidade murada sem lei onde acompanhamos a história de três personagens: Dai, um jovem herdeiro de família rica; e as irmãs Jin Ling e Mei Yee, separadas depois de um trágico evento. O livro é narrado em primeira pessoa, alternando o ponto de vista desses três jovens que terão seus destinos entrelaçados na tentativa de escapar daquele lugar.

Deu bom ✔: O ritmo frenético em que a história é contada. Tudo acontece muito rápido e o texto ágil torna a leitura agradável e viciante.
Deu ruim❌: Alguns clichês desnecessários e maneirismos na escrita da autora me incomodaram um pouco. O livro também merece uma segunda edição porque tem uns errinhos de revisão.

A cidade murada é um livro muito bem construído, com uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas e personagens complexos e cativantes.

site: @entrelinhas1
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Marianna 29/01/2016

RESENHA - Cidade Murada
"Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada:
1. Correr muito;
2. Não confiar em ninguém;
3. Andar sempre com uma faca."

A história é narrada a partir do ponto de vista de três personagens: Mei Yee, irmã de Jin Ling, foi vendida pelo pai para um dos bordeis que ficam dentro dos limites da Cidade Murada. Um lugar sujo, cercado por fome, pobreza e doença. Jin Ling, uma menina forte e esperta que finge ser menino para se proteger e procurar pela irmã nos bordeis da cidade. E Dai, um personagem misterioso que precisa cumprir uma missão para se ver livre da cidade de uma vez por todas.

A realidade das ruas de Hak Nam é dura. Muitas pessoas passam fome, principalmente as crianças de rua. Para sobreviver, elas se tornam violentas e adotam bandos. Prostituição, roubos e assassinatos são coisas mais que comuns na rotina do lugar. Tanto que, em alguns momentos, você para e pensa: "Como ninguém repara nessa pessoa se esvaindo em sangue no meio da rua?" Ninguém repara porque a morte já faz parte da paisagem.

site: http://fimdocapitulo.blogspot.com.br/2016/01/resenha-cidade-murada.html
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Bruna 25/01/2016

A Cidade Murada foi um dos lançamentos de 2015 da Editora Seguinte, e foi inspirado na extinta Cidade Murada de Kowloon, localizada em Hong Kong, e que habitava 33 mil pessoas em um pequeno espaço de apenas 0,3 km²! Essa área já foi a mais densamente povoada da Terra e era um antro de criminalidade e miséria, governado pelo crime organizado, onde a polícia não atuava. Leia mais sobre a Cidade Murada de Kowloon aqui.

A extinta Cidade Murada de Kowloon

a Cidade Murada de Hak Nam. Uma mistura dos ingredientes mais sombrios da humanidade - ladrões, prostitutas, assassinos, viciados - em dois hectares e meio. O inferno na terra, ele dizia. Um lugar tão implacável, que nem mesmo a luz do sol tinha coragem de entrar.
Págs. 15-16


Em A Cidade Murada, Ryan Graudin nos apresenta a Cidade Murada de Hak Nam, uma aérea dominada pela pobreza, miséria e os mais hediondos crimes. O livro traz três protagonistas narradores, Jin, Dai e Mei Yee, e é através dos olhos destes adolescentes que vamos descobrindo os segredos e tramas da história. Jin Lin é uma menina forte e corajosa, que se finge de menino, a única forma de evitar se capturada por um bordel, e sobrevive nas ruas de Hak Nam, em uma busca desesperada por sua irmã. Mei Yee é uma das jovens prostitutas de Longwai, o líder da Irmandade do Dragão, a facção criminosa que governa Hak Nam, e, assim como a maioria das meninas na mesma situação, foi vendida pela própria família. E Dai é um jovem misterioso, que está em uma busca desesperada, a qual tem apenas 18 para concluir. Ao longo do livro vemos como a história destes jovens se interliga e entrelaça, e assim vamos descobrindo os segredos que os rodeiam e o que essa contagem regressiva de 18 dias significa.

A construção de todos os personagens foi muito bem feita, a autora soube explora diferentes tipos de personalidades, além de mostrar como aquela realidade reflete e influencia muitos comportamentos. Assim, além dos protagonistas, vários outros personagens nos são apresentados - os membros da irmandade, outras meninas do bordel de Longwai, os pivetes que vivem pelas ruas de Hak Nam, importantes membros da sociedade (de fora da Cidade Murada) - todos contribuindo para a dinâmica da trama e sua veracidade.

A gente faz o que pode. Segue em frente. Sobrevive
Pág. 92


Dividido em várias partes, que fazem a contagem regressiva dos 18 dias, cada parte composta por capítulos narrados por cada um dos protagonistas, a autora nos leva a esse ambiente dominado pela dor, sofrimento e medo. A cidade murada é um juvenil, sim, mas nem por isso deixa de ser brutalmente real e perturbador. O que há de pior na natureza humana, é isso que se encontra entre os becos, grades e sujeira de Hak Nam. O livro é muito forte, real, e por isso mesmo não é aquele tipo de livro para o qual um final feliz seja algo garantido ou mesmo previsível. Muito pelo contrário! Logo nas primeiras páginas já percebi que um final nada feliz poderia ser extremamente coerente e possível. Isso foi legal pois me fez duvidar o tempo todo do que aconteceria, de como certas situações se resolveriam, e me fez torcer, loucamente, ardentemente, pelo melhor.

"Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada. Corra muito. Não confie em ninguém. Ande sempre com uma faca."
Pág. 11


O trabalho gráfico da Editora Seguinte está impecável. As páginas que marcam a contagem regressiva e o início de cada página são pretas, com os dias em branco. A capa, aparentemente simples, tem um emaranhado de traços, representando um mapa de Hak Nam, a fonte do título e nome do autor está em alto-relevo e as letras são de um tamanho agradável para leitura. Além disso, não percebi erros de revisão ou tradução.

A cidade murada é um ótimo livro, bem construído e convincente, que foge do padrão e estereótipos dos juvenis, e tem tudo para agradar leitores de várias idades.



site: http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2016/01/resenha-cidade-murada-ryan-graudin.html
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Paloma 22/12/2015

Encantador, surpreendente, dramático e reflexivo
"Existem três regras para sobreviver na Cidade Murada. Corra muito. Não confie em ninguém. Ande sempre com uma faca."

Esse ano de 2015 foi um ano de tantos lançamentos que alguns livros fantásticos não tiveram tanta visibilidade quanto mereciam. O livro “A Cidade Murada” foi um destes.
Ganhei este livro em uma promoção realizada por um blog que eu amo e acompanho há um tempinho. Assim que li a sinopse vi que seria um livro diferente, um Young Adult que vai na contra mão dos demais, pois aborda temas “pesados” e (infelizmente) presentes em nossa sociedade.
O livro vai contar a história de três adolescentes; Mei Yee, Dai e Jin, que vivem na cidade murada de Hak nam, uma cidade sem leis, aonde vivem traficantes, prostitutas, marginais ... Apesar de não se conhecerem eles têm o mesmo objetivo, conquistar a liberdade e sair da cidade Murada. E esse objetivo irá uni-los.
A história é contada pelos três personagens divididos em capítulos, amei essa divisão pois nos possibilita ver a história e conhece-la pelos olhos dos três protagonistas. Ao decorrer do livro adquiri um amor muito grande pela garota Jin, ver sua força, sua coragem mexeu muito comigo. Dos três personagens o que menos me identifiquei foi Mei Yee, vi tanto esforço, tanto sacrifício, tanto amor por parte da irmã dela, Jin, para tentar resgatá-la, e não vi esse mesmo amor em Mei, que em determinados momentos me parecia pensar mais nela mesma, em seu futuro do que em sua irmã. Daí me encantou já nas primeiras linhas, mesmo sabendo que tinha um lado sombrio em seu passado, que ele escondeu por boa parte do livro.
No começo o leitor pode se sentir confuso e logo em seguida instigado pelo livro pois cada capitulo recebe um número, o livro todo é como se fosse uma contagem regressiva (15 dias, 11 dias, 9 dias) e você fica imaginando o que irá acontecer no final dessa contagem.
A escrita da autora é outro ponto forte, detalhava tão bem a cidade, o apartamento de Jin, a casa dos pais dele, que era tão fácil imaginar e me sentir ali no meio da história...
Chorei, me preocupei, torci por cada personagem para que eles encontrassem o final feliz deles. O epilogo foi incrível. Amei passar alguns dias nessa cidade.

ps: para quem não sabe , existiu uma Cidade Murada como essa na China, e foi ela quem inspirou a autora a escrever essa história.
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Delírios e Livros 07/12/2015

Sob o céu está o inferno.
Sob inferno, a penitenciária de Furnace.

No final do primeiro livro Alex enfim consegue realizar a sua fuga. Mas será que ele realmente fugiu?
Nesse livro as coisas já começam na correria. Após a explosão e queda no rio, Alex se vê um lugar abaixo de Furnace sendo perseguido pelos cães. A escuridão nesse novo lugar é absoluta e ao que parece não existe saída.
Em pouco tempo Alex começa a perceber que afinal de contas talvez a penitenciária não fosse tão ruim. Sem dúvidas é melhor do que um conjunto de túneis escuros, barulhos sinistros e da falta de esperança do labirinto em que eles se enfiaram. Se o Furnace está abaixo do inferno, o que estaria abaixo de Furnace?

Não sabíamos aonde ele daria. Tampouco nos importava. Qualquer lugar que não fosse Furnace estaria ótimo para nós.
Pelo menos, pensávamos assim.
(…)
Morreria ali, eu sabia disso. E de repente aquela situação não parecia mais preferível à vida em Furnace.

Mesmo assim Alex tenta se esforçar ao máximo para conseguir encontrar uma saída daquele pesadelo, tentando manter em mente a possibilidade de ver a luz do sol novamente. Mas isso não vai ser fácil, porque ao que parece eles não são os únicos naquela escuridão.

Eis, porém, um fato engraçado sobre a dor: quanto mais familiar ela se torna, mais fácil ignorá-la.
(…)
Era verdade. O diretor da prisão podia ter nos trancafiado em Furnace, mas fui eu que providenciei nossa execução. Porque aquilo não era de modo algum uma saída. Era uma tumba.

Porém, por sorte ou não, sua fuga não dura muito tempo. Sua captura foi inevitável.
E agora Alex terá de enfrentar um novo nível do pesadelo: a solitária. O buraco. O pesadelo do qual Donavan o havia alertado. Onde depois que se entra, há poucas chances de sobrevivência. E acaba que ele e Zê vão parar lá, com poucas possibilidades de realmente sobreviver. Será que eles conseguirão passar por mais essa provação? E será que eles realmente estão sozinhos? Pois ao que parece o mundo no subterrâneo vai muito além de Furnace. E os horizontes deles acabam se expandindo quando começam a descobrir que existem mais segredos ali embaixo do que eles poderiam imaginar. E existem muito mais habitantes também. Uma guerra está acontecendo, e agora Alex terá de tomar uma posição e criar um novo plano de fuga.

A mente humana é algo poderoso em algumas ocasiões, porém, em outras, é de uma fragilidade infinita – basta um único momento de genuíno terror para abrir nela um vácuo, como sempre apenas uma sombra, um espectro da pessoa que foi antes.

O livro mais uma vez já começa em um ritmo alucinante. A fuga está em pleno andamento e o mundo no subterrâneo se expandindo. Segredos começam a ser revelados e outras perguntas surgirão. A narrativa continua sendo empolgante, não te deixando parar enquanto não terminar o livro. A receita do livro é simplesmente perfeita. E como não poderia deixar de ser, o final desse livro também te leva ao desespero de ler o próximo.
Sendo assim, ele seguirá o anterior na minha lista de favoritos e já começo a entrar em pânico por ter somente mais um livro traduzido para ler. É hora de começar aumentar a pressão sobre a Benvirá, eu necessito de mais livros!
Recomendo mais esse livro sem restrições! Boa leitura!

Porque sozinho, no silêncio da escuridão impenetrável, sabia que meus pensamentos me enlouqueceriam. Minha própria mente me mataria.

Resenha de Danielle Peçanha

site: www.delirioselivros.com.br
Paloma 22/12/2015minha estante
Acho que vc postou a resenha do livro errado...rsrsrs esse não é o livro "A Cidade Murada"




Milena 18/11/2015

Inovador.
Esse livro... Meu Deus, é tão dificil descrever o quão maravilhoso ele é!
Depois de uma ressaca literária que durou quase quatro meses, resolvi ler esse livro que eu havia comprado em julho e que até então, estava parado na minha estante.
A sinopse dele havia me interessado por três razões:
Primeira, ele é um inspirado na Cidade Murada de Kowloon. Pra quem não sabe, é uma extinta cidade localizada em Hong Kong que habitava 33 mil pessoas em um curto terreno de 0,3 km². É como casas empilhadas uma nas outras, até que se tornou tão densa que se tornou uma cidade de leis próprias.
Segunda, ele é um livro de personagens asiáticos. Bem, infelizmente, é tão difícil vermos nos livros atuais a presença de personagens orientais, realmente, acho que deveríamos ter mais uma diversidade nos livros tanto que A cidade Murada foi o primeiro livro que li onde os protagonistas são asiáticos, acredito que esse fato seja por conta de onde a original Cidade, havia sido criada.
Terceiro, é um assunto completamente novo. Nunca havia lido nenhum livro igual a esse, abordando um assunto sobre essa cidade. Ele despertou a minha curiosidade e fico feliz por ter lido dele.
Bem, agora sobre a história, o livro conta será narrado pelo ponto de vista de três pessoas, Jin, Dai e Mei Yee. Jin é uma jovem menina, descrita como uma personagem forte, com bravura e coragem, acaba vivendo em Hak Nam (A cidade murada) após sua irmã ser pega pelos Ceifadores, que nada mais são, do que homens encarregados de comprarem ou pegarem mulheres para trabalharem em bordeis, o que é a característica do tráfico humano. Sabendo que se aparentasse uma menina nesse lugar ela iria ter o mesmo destino que a irmã, ela acaba se vestindo de menino e parte em uma busca inalcançável pela irmã.
Dai, é um jovem rapaz de dezoito anos que claramente percebemos um mistério envolto dele. Ele não aparenta pertencer daquele local e muito menos age como os descritos marginais que terão uma participação significativa no livro, na verdade, ele é um rapaz educado e está em busca de algo que só saberemos na metade do livro. E é por conta desse mistério em volta dele que minhas partes favoritas do livro são quando são narrados por ele.
E também conhecemos Mei Yee, que nada mais é do que a irmã de Jin, a irmã que foi vendida pelo próprio pai e levada pelos ceifadores até um dos bordeis de Hak Nam. Mei, diferente da irmã, é uma garota sensível mas ao mesmo tempo forte ao passar por todas as situações que enfrentou ao chegar no bordel.
Os três personagens terão seus laços entrelaçados no livro, é incrível como cada um se liga ao outro de maneira surreal. Pude visualizar cada cena pela escrita maravilhosa da Ryan, sentir as emoções no auge do livro e meu coração disparar nos momentos finais. Não consigo deixar de comparar a Jin com a Arya de Game of Thrones, as duas tem personalidades tão parecidas que mesmo a Jin sendo uma personagem oriental, eu só conseguia imaginar a Maisie Williams como ela.
Resumindo, esse livro merecia ser mais reconhecido, infelizmente >eu< não vi quase nenhuma divulgação o que é uma pena. Afinal, é um livro muito bem escrito e com uma história incrível.
Dei cinco estrelas e fico feliz por tê-lo lido, apenas, o recomendo :D
Paloma 22/12/2015minha estante
Acabei de ler esse livro,e tenho a mesma opinião que vc quando diz que o livro merecia ser mais reconhecido....Um livro tão bom, uma pena não ter tido uma divulgação melhor.




Franciely 05/11/2015

Resenha do Entrando Numa Fria
O grande trunfo de A Cidade Murada é conter uma história real. Talvez não uma história que tenha acontecido exatamente como contada, mas essa é a realidade de muitas mulheres: a de serem vítimas do tráfico sexual. De acordo com dados da ONU, cerca de 2,5 milhões de pessoas sofrem tráfico humano a cada ano e 80% delas são mulheres vítimas do tráfico sexual.

O livro conta com três personagens principais que narram cada qual um capítulo alternadamente. A história começa com uma contagem regressiva de 18 dias e após alguns capítulos descobrimos do que se trata essa contagem e de como o destino desses três personagens se cruzam. Os nomes dos personagens são chineses, já que essa cidade existiu na China e a autora resolveu ambientar sua história o mais fielmente possível, mesmo trocando os nomes das cidades. No primeiro capítulo, narrado por Jin Ling, conhecemos a realidade de viver nas ruas dessa cidade onde ela sendo menina passa-se por menino, pois nenhuma garota vive lá sem ser prostituída. Ela vive como pode, roubando e fugindo - assim como os demais meninos metidos em gangues e segue sua busca pela irmã Mei Yee que foi vendida para um bordel da cidade. Em seguida vemos o que acontece com uma menina de bordel que tenta fugir e o tratamento assustador que ela recebe. Os pensamentos de Jin Ling são o que todas as mulheres do mundo devem ter ao saber de outras vítimas de vilolência: "Aquela menina. Seus olhos impetuosos. Poderia ser eu. Minha irmã. Qualquer uma de nós." (pág 14). A força de Jin é impressionante. A convicção em seu objetivo mesmo sem saber exatamente como alcançá-lo, faz com que a possibilidade de resgate da irmã seja uma certeza em sua mente. Obrigada a enfrentar desde cedo maus tratos dos mais fortes e a não ter seu espírito subjugado, segue dessa mesma forma na cidade.

Dai está na cidade murada por motivos diferentes das irmãs. Talvez para mostrar que aqueles que fazem as escolhas erradas não precisam viver o resto de suas vidas em penitência por elas, desde que encontrem uma maneira de se redimir. Mesmo não sendo possível consertar o erro, repará-lo de alguma forma para o futuro já é o suficiente para seguir em frente. Ser um personagem capaz de enxergar a feminilidade sem associá-la com a fragilidade fez Dai crescer em minha avaliação, já que infelizmente existem pessoas reais que não são capazes disso.

Mei Yee é uma personagem que cresce com a história conforme ela entende do que é capaz. Ela ganha força através de suas dificuldades, mas principalmente por entender não ser capaz de sobrevivier naquela vida roubada em um bordel como escrava sexual. Enquanto tentam convencê-la de sua sorte pois seu destino poderia ser pior e tentar levá-la ao conformismo, o vislumbre do que ela estaria perdendo é o suficiente para lhe dar forças para enfrentar os seus medos. A esperança é a arma mais forte que alguns podem ter.

O local onde se passa a história, a chamada "Cidade Murada" realmente existiu e nessa edição da editora Seguinte podemos conferir fotos da cidade e de uma maquete no final do livro para mostrar a densidade da construção. Durante o texto os personagens comentam a falta de luz do sol e ao ver as imagens dá para entender como isso foi possível. A ambientação, o cenário descrito (apesar de não ter muita descrição), ajudam a tornar o ambiente sufocante, sujo, hostil e praticamente inabitável, como devia ter sido a cidade verdadeira. Em nota a autora cita a sua experiência com a descoberta da cidade real; mesmo após a sua extinção e o impacto causado por este conhecimento. Ryan Graudin também deixa a oportunidade de o leitor sair de sua zona de conforto e conhecer o site da Internacional Justice Mission, que se dedica a resgatar vítimas do tráfico humano e oferecer proteção a elas. A editora fazendo uma grande trabalho deixou disponíveis os sites da Unesco e Unicef - brasileiros - onde podem ser feitas denúncias sobre violência contra ciranças e adolescentes.

A edição está muito bonita, com a capa cheia de detalhes de construções. A fonte e espaçamento são de tamanho confortáveis para a leitura e tem as fotos no final do livro para enriquecer a história. O livro vem com um marcador na contracapa que pode ser cortado caso o leitor queira. Infelizmente achei vários erros de revisão.

A história é impossível de parar de ler. É atual, bem construída, tem personagens fortes e cativantes. Porém existe um ar de conto de fadas que rodeia a narrativa e segue até o final que não me agradou. A inconsistência de Dai representar o papel que representa na trama, tanto na parte de conto de fadas quanto no papel que tem para a contagem regressiva do livro, não me convenceram. Entendo o apego da autora a seus personagens e a vontade de fazê-los felizes após tanto sofrimento, mas diante de um cenário tão realista eu confesso que não esperava esse tipo de desfecho. Mesmo assim recomendo a leitura!

site: http://www.entrandonumafria.com.br/2015/10/resenha-a-cidade-murada-de-ryan-graudin.html
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Guilherme.Ferraz 04/11/2015

O melhor do ano.
Não é bem uma resenha, mas sim o que achei do livro... Bom pra início de conversa não consegui desgrudar dele, a todo Momento a autora, nos prende na história, e quando não estamos lendo, estamos pensando na história. Toda a ambientação, se encaixa... vou continuar.
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