Fernanda631 31/07/2023
2001: Uma Odisseia no Espaço
2001: Uma Odisseia no Espaço foi escrito por Arthur C. Clarke e publicado em 1968.
Ele começa contando sobre a sociedade no período pré-histórico, onde os homens das cavernas receberam certa influência de seres extraterrestres ocultos e, graças a isso, conseguiram se desenvolver até se tornarem o mundo como conhecemos hoje. Porém, o autor foi otimista e considerou que em 2001 o homem já teria se desenvolvido o suficiente para viver na lua e fazer viagens interplanetárias.
Três milhões de anos atrás, uma tribo de hominídeos ancestrais segue sua vida pacata, quando percebem algo diferente na paisagem. Algo grande e reluzente aparece perto de seus abrigos. Um único indivíduo demonstra coragem suficiente para se aproximar do monólito para tocá-lo, o que inicia o desenvolvimento evolutivo que levaria à nossa espécie.
Este encontro é essencial para chegar ao estágio em que a humanidade possa desenvolver as ferramentas que levariam ao desenvolvimento de civilização, aprimorando tais ferramentas, tais utensílios, desde o momento em que aquele hominídeo primitivo usar de um osso como arma. A partir daí a humanidade alcança o espaço e o coloniza.
Chegamos em 1999. A raça humana está numa era de ouro da exploração espacial, tendo montado estações espaciais e bases na Lua, há uma intensa especulação sobre a existência ou não de vida fora da Terra, que aumenta ainda mais com a descoberta de algo que mudaria para sempre a visão do cosmos: um monólito enterrado em uma cratera lunar. Durante uma exploração na lua, cientistas descobriram um monolito que só poderia ter sido deixado lá enterrado por outra forma de vida. Isso se torna mais provável quando o monolito emite um sinal estranho em direção a uma lua de Saturno. Com isso eles acreditam que realmente possa existir vida extraterrestre e decidem enviar uma nave para o tal lugar.
O monólito não emite luz, não reflete, está apenas ali, parado, como uma sentinela. Quando uma equipe de pesquisadores se aproxima dele, o objeto emite um estranho sinal, rumo a uma das luas de Saturno.
Em 2001, a nave Discovery One ruma a Saturno. Seus tripulantes são David Bowman e Francis Poole, junto de outros três astronautas em animação suspensa. É nela que está HAL 9000, sem dúvida um dos personagens mais instigantes do livro. HAL é uma inteligência artificial, responsável pelo funcionamento da nave e pela vida dos tripulantes. O melhor exemplo de ferramenta criada pela humanidade desde o osso usado pelos hominídeos.
Durante essa jornada muitas coisas acontecem e o autor explora diversos temas comuns da ficção científica como, por exemplo, a independência das inteligências artificiais, como poderia ser um ser extraterrestre desenvolvido e como a sociedade lidaria com uma descoberta dessa magnitude.
A nave começa a apresentar estranhos defeitos, coisas que jamais deveriam acontecer, como um defeito na antena que mantinha a comunicação da Discovery com a Terra. Os diálogos de Bowman e Poole deixam claro que eles sabem que HAL está agindo de maneira estranha e que pode ter algo mais acontecendo com sua missão. É como se o computador central da nave estivesse escondendo alguma coisa, ou pior ainda, mentindo para eles.
A proposta do livro é muito interessante e me atraiu. Clarke tem uma narrativa fluída, sem tropeços, bastante amigável até para quem não é muito fã de ficção científica. As explicações científicas não são complicadas e é possível acompanhar muito bem todos os eventos. O final, assim como no filme, é épico e emocionante, mas pode não agradar àqueles que curtem um pouco mais de ação.
O livro é separado por partes, com cada parte tendo um protagonismo. O conjunto da obra no final faz todo o sentido, mas durante a leitura você pode não entender nada de para onde a história está indo e pode não se importar, nem se identificar, com os personagens. Contudo é um clássico que vale a pena conhecer.