Kel Costa 06/06/2011Acho que o livro foi o que eu esperava. Nem menos, nem mais. Ou talvez um pouquinho só de “menos”. É que antes de conseguir ler, durante todos esses meses eu vim lendo tanta coisa negativa sobre Strange Angels, que já fui preparada. Bem, o que posso dizer? Eu gostei, mas não amei.
Dru andava de cidade em cidade com seu pai – ela perdeu a mãe quando era muito mais nova e a avó morreu recentemente – ajudando-o a caçar seres sobrenaturais e malignos, que a sociedade não faz a menor idéia que existem. Numa dessas cidades, onde o inverno está no auge com direito a tempestade de neve e tudo mais, um imprevisto acontece e Dru fica órfã.
Sem saber o que causou a morte de seu pai e não ter noção a quem ela possa recorrer, Dru fica totalmente perdida. Não sabe nem por onde começar e se não fosse a ajuda de Graves, um garoto gótico do colégio, ela ficaria mais encrencada ainda. Graves a leva para dormir em seu esconderijo, já que Dru não tem coragem de voltar para casa depois da morte do pai, só que as coisas não saem como o esperado e Dru descobre que está sendo caçada.
O motivo de monstros apavorantes estarem tentando matá-la, ela desconhece, mas sabe que precisa sobreviver. A única opção é tentar pedir ajuda a algum amigo de seu pai, mas para isso ela precisa seguir algumas pistas e arriscar sua vida e a de Graves. O cerco está se fechando e cada vez mais os dois amigos ficam encurralados, cientes de que vão morrer, até que recebem uma ajuda de um rapaz bem peculiar: Christopher, que se apresenta como um djamphir e é completamente irresistível. O único problema é que essa ajuda talvez tenha aparecido tarde demais e nem Christopher sabe se poderá salvar a vida tão preciosa de Dru.
Strange Angels tem uma história legal e eu tive dificuldade em largar o livro, mas não foi nada que tenha me deixado in love total. O maior motivo disso, é que Dru não é nada como eu imaginava. Ao ler algumas resenhas ou até mesmo a sinopse, eu achava que fosse uma personagem guerreira, lutadora, uma caçadora mesmo. Mas só consegui enxergar uma Dru indefesa, indecisa, que mais parecia uma barata tonta. Ela nunca foi realmente uma caçadora, ela era mais como uma ajudante café com leite do pai. Tudo bem, tenho que dar um desconto porque a garota tinha acabado de ficar órfã e isso deixaria qualquer um sem chão, mas ela precisava divagar tanto toda hora?
Além disso, me encheu o saco a Dru ficar toda hora sentindo gosto de laranja podre ou qualquer outro gosto que seja. Entendi que é uma coisa que acontece com ela, ok… mas ela tinha que prestar mais atenção no gosto que sentia na boca do que nas situações complicadas que estavam acontecendo na hora? Enfim…
O livro me lembrou muito Supernatural e acho que isso foi um ponto a favor para mim, já que sou super fã da série. Não consegui, em momento algum, deixar de fazer comparações entre as duas histórias. As cenas de ação são bem legais, com direito a correria, armas e luta. Não há um romance neste volume, mas tem uma amizade bem legal e diferente entre Dru e Graves (e eu torço para que fique só na amizade mesmo). O garoto com certeza faz uma diferença enorme na vida da protagonista e está sempre ali quando ela mais precisa. Porém, a relação dela com Christopher não começa muito bem, mas acho que nos próximos volumes pode haver algo mais entre os dois. Pelo menos é o que eu espero, já que me encantei com o jeitinho arrogante do djamphir!
Vale a pena ler, principalmente para quem gosta do tema. Se você não se importar com as dezenas de “Cês” e “sussa” que a tradução fez o favor de colocar no livro (e espero que a Novo Século tenha tomado mais cuidado com a continuação), acho que vai gostar. É uma leitura leve, agradável e que voa! Já quero comprar Traições, o volume 2 da série que foi lançado esse mês.
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