Estação Onze

Estação Onze Emily St. John Mandel




Resenhas - Estação Onze


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Mila F. @delivroemlivro_ 06/10/2023

O mundo apocalíptico de maneira tão real que é assustadora, pois aqui a dizimação da população ocorreu com o contágio em massa de um vírus de gripe...
Saudações Leitores!

Eu não tinha ideia da existência de Estação Onze até me deparar com algum influenciador literário falando dele e então decidi ler (o volume furou a fila!). O livro é obra da canadense Emily St. John Mandel autora também de O Hotel de Vidro (2021) e Mar da Tranquilidade (2022).

Estação Onze se trata de uma história apocalíptica, quando um vírus de gripe se espalha pelo mundo e dizima a 99% da população em até 48 horas. Em decorrência do local onde surgiu, essa gripe é denominada Gripe da Geórgia e o contágio ocorre com a chegada de um avião que chega à Nova York com pessoas infectadas que em pouco tempo contagiam outras pessoas e morrem, causando um verdadeiro caos.

Em paralelo a esses acontecimentos, também iremos acompanhar, no teatro, a encenação da peça Rei Lear, de Shakespeare, onde o ator principal Arthur, tem um infarto e morre no palco. Desse momento em diante, acompanhamos alguns personagens que, à princípio, tem suas histórias isoladas, mas depois vemos elas confluírem para o mesmo lugar, ao passo que também acompanharemos a dizimação das pessoas e o mundo parando.

Assim, os sobreviventes, tem que começar tudo do zero, sem os recursos, como energia (essa parte me decepciona no livro, pois não entendo porque os sobreviventes não retomaram as coisas que já tinham) e, um grupo de pessoas - artistas - montam a Sinfonia Itinerante (grupo de teatro) - e saiam pelos povoados apresentando peças. Nessa sinfonia acompanharemos Kristen que atuava com Arthur Leader (que faleceu no palco, lembram?) na peça Rei Lear. Na minha concepção, essa personagem é a que mais se parece com a personagem principal.

Também iremos acompanhar Jeevan que acaba sobrevivendo, além de alguns outros personagens inclusive personagens que já morreram, mas fizeram ou passaram por algo que irá influenciar no presente da história, como a criadora da Graphic Novel Estação Onze. Aqui se faz importante falar sobre a cronologia dessa história que é bem confusa, mas que é fácil entender quando lemos. Temos capítulos narrados no dia da "calamidade", no ano 1, após a calamidade, no ano 2, 5, 7, até o presente ano na história após o apocalipse.

É impressionante como ficamos a par sobre os acontecimentos de antes, durante e depois narrados de acordo com vários pontos de vista, pois acompanhamos vários núcleos distintos, o que pode parecer confuso, mas de fato, não é.

Estação Onze também mostra o melhor e o pior lado humano diante de momentos desesperadores, portanto, consegue fazer o leitor refletir. Além disso o livro tem todo um lado poético e apesar de falarmos do apocalipse temos um "quê" de esperança com os recomeços e a capacidade de adaptação dos personagens, bem como a narração de suas vidas.

Não vou dizer que o livro é perfeito porque está longe disso, em diversos momentos e pela grande quantidade de acontecimentos ele é confuso, o número de personagens também dificulta e tem partes que não acontece muita coisa e a narrativa pode se tornar tediosa.

Para completar, tem vários fios soltos: mesmo a população sendo dizimada, houve sobreviventes e não entendo o motivo de não terem começado a reestruturar a sociedade como reinstalar a energia, a gasolina, a internet, etc. Os recursos ainda estavam ali não? Só precisavam ser operados por humanos.

Mas no geral, achei a leitura válida e gostei sobretudo do final aberto, que pode desagradar alguns leitores, mas que ao meu entender foi coerente caos acontecimentos. Foi bem empolgante ler o volume.

Para finalizar, caso vocês ainda não saibam Estação Onze foi adaptado e tem uma série de 10 episódios na HBO, série que já assisti e, gostei bastante, mas isso é assunto para outro post,

Espero que tenham gostado e sintam-se motivados a ler o volume. Até o próximo post!

site: www.delivroemlivro.com.br
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Barbara857 03/05/2021

Muito bom
O livro é muito bom e achei esse o momento perfeito para essa leitura... o final me decepcionou um pouquinho, o livro todo leva para aquele momento e aí pouquíssima coisa boa é dada... mas mesmo assim foi bom pra mim, ter lido uma história sobre uma pandemia mais severa que a essa que vivemos atualmente, me acalmou de certa forma, no nível 'ok, o mundo não vai acabar'.

"Se o inferno são os outros, o que é um mundo onde não há quase ninguém?"

"O que quero dizer é que, quanto mais a gente lembra, mais a gente perdeu."
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Veh 28/12/2021

Sobreviver não é o suficiente
A primeira vista esse livro parece que vai ser pura depressão (e é mesmo), ao se tratar de um futuro distopico onde uma gripe desolou a Terra e extinguiu 99% da população. Os sobreviventes lutam para seguir com suas vidas numa terra sem meios de transportes, aparelhos eletrônicos ou supermercados. E entre os sobreviventes está a Sinfonia Itinerante, um grupo artístico que vaga pelas terras desoladas trazendo entretenimento para os demais sobreviventes.
Mas a história não fica apenas nisso. É quase um relato do pré e pós pandemia, trazendo histórias de diversas pessoas que se interligam e se diferem. Vemos a situação de cada um desses personagens e das suas vidas e sentimentos frente ao fim do mundo que eles conhecem.
Com um tema que não poderia ser mais atual ao momento que estamos vivendo, o livro aborda temas como arrependimentos, relacionamentos, fama, esperança, fé, perdas e principalmente a vida e sua beleza mesmo em momentos que parecem ser apenas escuridão. Um livro que nos refletir MUITO, sobre o que poderia ter sido e como poderiamos reagir se tudo tivesse dado errado. Como seguir em frente? Como sobreviver em um mundo novo? Como se despedir de nossos amigos e familias? O livro não traz essas respostas, mas o aperto no coração que ele causa e uma pontinha, mesmo que insignificante de esperança faz com que a experiência desta leitura seja estranha e desesperadora, mas também um pouco aliviadora.
A escrita da autora é uma delícia, só em alguns momentos que não flui mesmo, porque parece que são momentos que não acrescentam muito, mas quando a gente termina de ler parece que cada pedacinho é essencial para se passar o recado. Foi uma experiência bem diferente que indico muito.
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Vihh 04/01/2022

Chocada com o quanto parece com a nossa pandemia!!
Estação Onze, de Emily St. John Mandel, é uma história que vai e vem no tempo ao acompanhar uma trupe de atores e músicos de Shakespeare em um mundo pós-pandêmico, onde apenas 1% da população sobreviveu.
“Porque a sobrevivência é insuficiente.” Uma linha de Star Trek: Voyager, é o lema da Sinfonia Itinerante. Mandel nos pede que consideremos o que nos sustenta depois que tudo está perdido. Vemos a necessidade de os humanos darem sentido à sua vida por meio do propósito, da religião e da arte. Ela nos oferece o conceito de arte, expressão artística e apreciação como necessidades humanas fundamentais.
O que eu gostei neste romance são os personagens complexos e cheios de nuances que não são nem totalmente bons nem ruins. O estilo de escrita de Mandel tomava momentos comuns e os descrevia com tanta beleza e tensão que ela era capaz de evocar fortes emoções em mim.
A história evitou o caos que pode resultar no rescaldo de um mundo pós-apocalíptico saltando 10-15 anos no futuro para o início da reconstrução da sociedade.
Outro tema explorado é quais são os benefícios de lembrar o passado e não lembrar? Vemos personagens como Clark tentando preservá-lo ensinando sobre a época anterior à gripe georgiana, em comparação com algumas cidades e vilas que preferem não ensinar sobre o passado, e as crianças nascidas após a pandemia não têm ideia de que o mundo foi diferente.
A história nos mostra nossa confiança, dependência, confiança cega e deferência à tecnologia, levando tudo embora de uma só vez. Vemos como estamos minimamente presentes em nossas vidas modernas; incapaz de viver plenamente e apreciar o mundo e as pessoas que nele vivem.
Este livro ficou comigo, e eu não pude deixar de comparar nossa pandemia com a fictícia de Mandel, e fiquei realmente surpreso com o quão presciente ele foi para um livro publicado 7 anos atrás.
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Luanabookclub 03/08/2023

O tipo de livro que eu gosto.
Um livro com uma história apocalíptica, com vários pontos de vistas e linhas do tempo. Uma narrativa que mistura Shakespeare, grupo itinerante de música, fim do mundo, recomeços, violência e sobrevivência.

Eu amo qualquer livro que trate sobre fim do mundo e caos apocalíptico. Acredito que conhecemos muito do ser humano nessas histórias, que apesar de fictícias demonstram como poderia ser. E vimos algo do tipo durante a pandemia que vivemos. Esse livro trata disso de sobrevivência, e a relação entre viver e sobreviver.
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Camila 19/01/2022

Melancolia, distopia, pandemia.
Comecei a ler o livro após maratonar a série produzida pela HBO MAX. Na minha inocência, acreditei que a série havia sido produzida após o início da pandemia de COVID no mundo. E foi assim que segui até o final.
Precisei ler o livro para aprofundar os temas ali tratados. Fui advertida de que houve uma generosa adaptação para o roteiro televisivo.
Mas o que mais me surpreendeu é que esta obra foi escrita em 2014-2015! Iniciar o livro com essa informação e entrar em contato com coisas que vivemos nos últimos dois anos foi surreal. O apocalipse distópico da narrativa dizima 99% da humanidade e aqueles que sobreviveram precisam iniciar uma caminhada civilizatória muito difícil. Impossível não lembrar de ?Ensaio sobre a Cegueira? do Saramago em muito momentos. Estação Onze é um livro brilhantemente escrito que retrata essa distopia e nos faz repensar a fragilidade das relações humanas. O quanto negligenciamos afetos e detalhes do nosso dia a dia que, num mundo apocalíptico, fazem muita falta. Os poucos diálogos do livro são objetivos e de uma dureza brutal. A dor e esperança dos personagens é quase palpável. Li algumas resenhas em que leitores dizem não ter se importado com nenhum personagem. Discordo. O livro faz transbordar empatia. Recomendo demais.
Andressa 27/01/2022minha estante
Quero ler o livro antes ver a série na HBO ?




Mika Busch 01/02/2022

Ótima surpresa
Já tinha visto algumas resenhas positivas algum tempo atrás, mas o lançamento da série me animou a ler antes de assistir. Recomendo pra quem gosta de histórias com foco nas pessoas, é um livro sobre sentimentos, arrependimento, adaptação. Rápido de ler e diferente do que costumo encontrar.
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JCarlos 11/02/2022

Onze e a metamorfose de tudo que há
Um romance distópico, uma FC mais próxima e palpável e que assusta, pois se trata de uma pandemia que assolou a humanidade, no caso, a Gripe da Geórgia.
Muito bem construída e com personagens interessantes, a história alterna entre o antes e o depois do colapso da civilização. Já não há mais o mundo como o conhecemos. Há a Sinfonia Itinerante, formada por atores e músicos que viajam pelo que sobrou dos Estados Unidos. E que em uma das cidades que restaram se defrontam com o antagonista da trama, um líder religioso chamado de O Profeta.
Estação Onze é onde habita Dr. Onze, personagem de uma história em quadrinhos criado por uma das personagens e que permea todo o livro.
A leitura é um tanto idílica e emotiva, sobre pessoas frente às suas adversidades e adaptações. Há várias referências a ficção-científica e ao mundo de antes, o que é bem interessante. E há, também, gatilhos, caso alguém precise saber.
Não sei se assistirei a série da HBO, mas gostei do que li.

?Contemplei meu lar defeituoso e tentei esquecer a doçura da vida na Terra.?
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Mirele 20/02/2022

Esse livro é um pós apocalíptico muuuuuuuito diferente. E eu acho isso muito importante de se dizer, pq atualmente se espera muito coisas como The Walking Dead (e tudo bem). Eu diria que esse é um pós apocalíptico mais a lá Eu Sou a Lenda (o livro, não o filme). Ele é bem parado, a história vai se construindo bem aos poucos ao redor de vc. De repente, vc se pega pensando nos personagens, em trechos específicos, se preocupando com eles, com o sentimento deles. E o que mais me surpreendeu foi que sim, eu tive uns gatilhos sobre a pandemia. Eu achei que nem ligava muito, mas parei a leitura um bom tempo simplesmente pq não consegui ler sobre o começo, o pânico, as notícias na TV e ninguém sabendo como tudo ia ser. Correr pra comprar suprimentos, nossa, gatilhos. Mas é uma história que vale a pena, se vc tiver paciência e não esperar tudo bem mastigado.
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Matheus656 21/07/2022

É um retrato bem cru do egoísmo humano e ao mesmo tempo demonstra que sempre há um suspiro de esperança. Gosto da forma como a autora conecta as mais variadas histórias, porém confesso que o livro não me prendeu tanto, apesar da escrita ser muito boa!
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Pagliuca 01/08/2022

Que livro?
Este livro é escrito com uma simplicidade digna de reverência. Bela narrativa que toca e nos faz repensar na complexidade da vida e na importância do simples, pois no fundo é só isso que vale. Não vou falar aqui sobre o comparativo com a realidade de uma pandemia, vivida por nós neste momento, mas se não fosse isso, esse livro seguiria ?perdido e distante? de todos nós. Ressalvo que a primeira edição do livro foi em 2014.
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Thalita Souza 05/08/2022

Leia!
Alternando entre o passado e o presente, a autora tece uma teia onde entrelaça a história de diferentes personagens, expondo ao mesmo tempo a fragilidade dos pequenos confortos que hoje damos por garantidos e das certezas mais importantes, como a segurança de que sobreviveremos a um arranhão numa mão. Apesar da melancolia da escrita, existem momentos de alegria. Há amizade, amor, música e Shakespeare, que ironicamente também viveu numa sociedade pré-industrial marcada pela peste e que parece ser mais apreciado pelo público pós-colapso do que outros autores mais modernos.
Estamos perante uma obra com vários níveis de leitura, onde a beleza e a tristeza se fundem, acompanhadas pela esperança de que alguma forma de civilização consiga sempre reerguer-se das ruínas da anterior.
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Sr. Carvalho 31/10/2022

Surpreendente
Uma Pandemia rapidamente destrói as civilizações e mata 99% da população, agora todos são vestígios do que foram, o velho mundo já não existe, eles precisam seguir em frente, mas para onde podem ir?

A sinfonia itinerante formadas por atores e músicos, tentam espalhar arte pelo mundo, mesmo no caos.
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Borboliteraria 08/10/2022

Porque sobreviver não é o suficiente
Essa história não é para todos. Não espere uma narrativa linear, nem a solução de um grande problema. É só um livro que fala sobre um bando de pessoas tentando sobreviver a uma pandemia.
Ainda assim, ela é cotidiana, melancólica e poética na medida certa.
Aos que lembram, ainda que vagamente, da sensação de 2020, durante a pandemia de Covid-19, esse livro vai trazer a tona muitas emoções.
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gabrisingr 21/10/2022

sobreviver não é o suficiente
o livro traz uma versão futura pós pandemia que assusta ao mostrar que isso poderia acontecer facilmente conosco, mas esse nao é o foco, as relações e os sentimentos dos diferentes personagens que vão se entrelaçando na história fornecem um vislumbre sobre a humanidade antes durante e após essa catástrofe
acredito que o livro cumpre muito bem o que ele se propõe e o final me trouxe conexões muito satisfatórias, por fim essa é uma história sobre esperança
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