Raquel 13/11/2018Resenha: BlackbirdBlackbird é o primeiro livro de uma série escrita por Anna Carey e publicado pela V&R, que também já publicou sua sequência. Ele foi um dos adquiridos na Bienal de SP que estava na promoção, a típica compra por impulso, mas não me arrependo. O livro é bem misterioso e bem confuso no início, mas com o passar do tempo vai melhorando. Ele tem um diferencial que nunca vi em nenhum livro: é narrado em segunda pessoa.
Se você, assim como eu, costuma ler se colocando no lugar do personagem principal e sentindo todos os acontecimentos junto com o livro, essa é a leitura pra você!
Você acorda na estação de Vermont/Sunset no meio de Los Angeles sem lembrar de absolutamente nada da sua vida. Você não sabe seu nome, de onde veio, quantos anos tem, se tem parentes ou amigos procurando por você, tudo que você sabe é que estão te caçando e querem te matar. Um quadro bem desesperador, eu diria. É assim que começa Blackbird e acredito que o início de um livro tem muito a dizer sobre ele.
O nome dado para personagem por ela mesma é Sunny, mas não se sabe o verdadeiro nome dela. Ela acredita ter feito algo de muito errado, mas não sabe o que é. Tudo o que ela tem é uma mochila com mil dólares, um bloco de notas e um bilhete com um número pedindo para ligar assim que estiver sozinha e de modo algum entrar em contato com a polícia. A situação de Sunny só piora, quando você acha que tudo vai se resolver, bom, péssima notícia para as suas expectativas.
Logo após sair da estação de Vermont/Sunset ela encontra um garoto chamado Ben, que deve ter mais ou menos a sua idade e ele, vendo que ela não está nas melhores situações, oferece ajuda. Apesar de desconfiar dele – nessa altura do campeonato eu desconfiaria de mim mesma – aceita uma carona após ligar para o número misterioso que está na sua mochila e a pessoa que atende pede para encontrá-la em um escritório.
Como nada é mil maravilhas para Sunny, o encontro não é como esperado e ela liga para Ben. Ele é a única pessoa que ela conhece e parece ter boas intenções. Ben é praticamente um adolescente independente, sua mãe está internada em uma clínica de reabilitação e seu pai está morto. Portanto, ele mora sozinho e oferece a edícula para Sunny se abrigar até resolver seus problemas.
Morando com Ben, Sunny conhece Izzy, a neta da vizinha. Depois de uns problemas na escola, ela resolve passar um tempo com a avó em Los Angeles. Ela é uma garota bem confiante e cheia de atitude, a minha personagem preferida do livro, disparado. As duas iniciam uma amizade, Izzy está ali pela Sunny, para o que ela precisar e Sunny cria um carinho pela Izzy, mesmo que não admita.
O livro tem um início bem confuso, mas esse é o propósito dele. Você é Sunny e se ela não sabe nada, você também não. Se você espera descobrir todos os mistérios no primeiro volume, não vá com essa expectativa. A autora vai revelando partes de um quebra-cabeça aos poucos, o que eu acho bem interessante.
Ele me lembra muito alguns aspectos de Jogos Vorazes, exceto pelo fato de que você não sabe nada do que está acontecendo. Em Jogos Vorazes você tem uma ambientação, nesse aqui não. O que fica aberto para várias teorias que estão bombando na minha cabeça, vamos ver se eu acerto, o que nunca acontece, mas eu sempre tento.
A leitura é bem rápida, achei que ia ficar mais incomodada por ele ser em segunda pessoa, mas não fez muita diferença. Na verdade, foi bem mais interessante, me senti dentro do livro e várias vezes fiquei desesperada com as situações da Sunny de chegar a disparar o coração. A curiosidade só cresce com cada página e cada detalhe que a autora revela nos dá mais vontade de ter mais.
Vou destacar aqui um aspecto físico do livro que me chamou muita atenção para comprá-lo que foram as páginas. Ele é rosa. Adoro bordas de páginas coloridas. O segundo volume é azul e já comecei por motivos de: que final! Se eu tivesse que esperar meses pra ler o segundo volume, ia ficar uma situação bem complicada.
Estou com boas expectativas pro segundo, vamos ver o que acontece!
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