Karini.Couto 23/10/2015Ganhei esse livro de presente do meu avô e quando chegou fiquei encantada pelas laterais dele serem rosa. Com uma capa e sinopse bem chamativas, eu não poderia jamais deixar de conferir!
Bom vamos falar sobre o que eu achei..
"O que aconteceu? Como você veio parar aqui? - pergunta um dos paramédicos, conforme eles te puxam na direção da plataforma. Você olha para suas roupas, encarando um corpo que te parece completamente desconhecido. A frente da camiseta está molhada de sangue. Você está vestindo jeans e sapatos novos. Os cadarços são de um branco forte e vibrante.
- Não sei - você diz, incapaz de saber onde está ou que dia é, incapaz de se lembrar de qualquer detalhe de sua vida. Existe apenas esse momento, nada mais."
A história tem início com uma jovem acordando nos trilhos de um metrô de Los Angeles completamente desmemoriada e com uma marca em seu pulso direito, é a silhueta de um pássaro dentro de uma caixa com letras e números que ela desconhece (FNV02198). A única coisa que essa jovem possui que pode guiá-la é uma mochila com uns poucos pertences dentre eles: uma camiseta extra, embalagens de alumínio com água e comida, um canivete vermelho e um monte de outras coisas, dentre elas um bloco de anotações preto - há uma moeda fixada com fita adesiva na primeira página. Abaixo, está escrito: "Não chame a polícia. Quando estiver sozinha, ligue" (e um número de telefone).
"O que significa isso? Por que estava deitada nos trilhos do metrô? Por que não consegue se lembrar de como foi parar lá, como chegou à estação, à cidade? Você olha para suas roupas com a sensação de que está usando uma fantasia. Os jeans não servem, a camiseta está larga nos lugares errados, os cadarços não estão apertados o bastante. Você não consegue se livrar da sensação repugnante de que não vestiu a si mesma."
Claro que ela liga para o telefone indicado que indica um lugar onde ela deve ir, e obviamente ela anseia por respostas sobre quem é, seu passado e o que significa tudo isso. Mas as coisas vão se complicar ainda mais, pois ela percebe que está sendo caçada; só não consegue entender o motivo. Em dado momento entre a ligação que fez para o número em sua mochila e a ida até o local indicado, ela (Sunny) como passa a se chamar, depara-se com um rapaz chamado Ben, que lhe dá carona até o local e lhe dá seu número caso ela precise de algum tipo de ajuda. Na hora ela não dá importância, apenas guarda o papel fiscal onde o número foi anotado e segue seu rumo.
"Coisas que sei que são verdadeiras:
- Estou em Los Angeles
- Acordei nos trilhos do metrô da estação Vermont/Sunset
- Sou uma garota
- Tenho cabelos pretos e longos
- Tenho uma tatuagem de pássaro no pulso direito (FNV02198)
- Sou boa de corrida"
Nesse local onde foi encaminhada houve um furto e todos pensam que foi ela. Sua foto está nos jornais e ela simplesmente não tem a quem recorrer. Fica um tempo se esgueirando de lá para cá e percebe que está sendo seguida; em dado momento depara-se com uma mulher que nunca viu na vida e que tenta matá-la, mas há um outro homem que a estava seguindo e dá um tiro na mulher.. claro que "Sunny" foge sem entender cada vez nada do que está acontecendo ao seu redor. Ela percebe que sabe se defender e que tem habilidade em se esgueirar como ninguém. O que será que Sunny fez para estar sendo caçada?
"... passando por uma parede de vidro jateado em que se lê Consultoria Garner em letras metálicas. Gira a maçaneta e o alarme dispara. Cobre os ouvidos e olha em volta. Tem dinheiro espalhado pelo tapete. Há um cofre no canto, com a porta semiaberta, a tranca arranhada e quebrada. A cadeira está virada de lado. As gavetas foram esvaziadas no chão. Há papéis e pastas por todo lado. Você lembra a si mesma de que não pegou nada, nem mesmo tocou no cofre ou no dinheiro. Está aqui porque pediram. Ainda assim, só consegue pensa na câmera de segurança do térreo, no canivete no bolso, em como invadiu a sala com facilidade."
Sunny acaba buscando ajuda de Ben, em quem parece poder confiar, mesmo com medo de envolvê-lo em tudo que está lhe acontecendo ela precisa simplesmente poder confiar em alguém e contar com alguma ajuda, já que está completamente só e correndo perigo iminente!
A história é narrada em segunda pessoa - não sei se curti essa escolha. Prefiro o ponto de vista direto do personagem em primeira pessoa ou em terceira pessoa. Mas a história é tão intrigante e curiosa que isso acaba tornando-se um detalhe.
Uma coisa importante em Blackbird - as aparências enganam ou decisões mal pensadas podem acabar em morte e mais perseguição! Nossa protagonista, tem um reencontro com o passado e descobertas reveladoras que irão pouco a pouco conduzindo-a a uma rede obscura de caça humana. Qual o propósito e motivações? Como ela se envolveu nisso? Como sair dessa? Onde está sua família?
Essas e outras perguntas serão respondidas pouco a pouco e o final é uma ponte para mais coisas que iremos descobrir na continuação dessa história intrigante e eletrizante!