Paraíso das Ideias 09/03/2016
i oi gente, tudo bem com vocês?
Durante o mês de fevereiro estarei de férias do serviço, e como não poderia deixar de ser, estou aproveitando para ler o máximo de livros que conseguir. Uma verdadeira maratona!
Comecei as minhas leituras com dois livros que estavam na minha meta de 2016 e que eu também estava mega ansiosa para ler desde soube do lançamento.
Conheci a escrita da Anna Carey quando li a trilogia Eve e desde então esperava pela oportunidade de ler mais obras dela. Essas leituras foram um prato cheio, pois me tirou da onda de romances que eu vinha e me jogou em meio a uma aventura eletrizante. A mulher arrasa nas distopias e sempre me faz ficar pilhada até a última página.
Com Blackbird, o primeiro livro de uma duologia, não foi diferente. Me desliguei do mundo a minha volta e terminei o livro no mesmo dia em que comecei.
Ficaram curiosos para saber como este livro me prendeu? Continue lendo a resenha! =D
Como a própria sinopse já diz, “Sunny” - maneira como a garota se autonomeia após algumas páginas - não possui qualquer lembrança do que se passou antes de acordar nos trilhos do metrô. A princípio ela não sabe onde está, não compreende o que a tatuagem em seu pulso quer dizer, também não recorda seu nome ou de onde veio, tudo que ela tem a sua disposição é uma mochila com alguns pertences que não lhe parecem familiar.
Embora sua cabeça seja um lugar “escuro” e sem lembranças, ela sabe que algo está errado e sem saber em quem deve confiar, acaba fugindo da estação quando os paramédicos chegam para lhe socorrer. Machucada e sem ter para onde ir, ela sai em disparada pelas ruas da cidade, sendo perseguida pela polícia, embora ela não tenha feito nada de mais, à princípio.
Após passar uma noite escondida, Sunny precisa continuar se movendo, ela sabe disso. Suas roupas estão sujas, seu ferimento continua sangrando e ela permanece sem ter para onde ir, embora sua mochila contenha um bolo de dinheiro que poderia leva-la a qualquer lugar. Ela acaba optando por usar o banheiro de um mercado e é ai que esbarra em um estanho. O garoto se preocupa com seu ferimento, oferece ajuda, mas ela recusa, é seu instinto de preservação falando mais alto. Quando sai do banheiro ele ainda está lá.
Em sua mochila continha também um bloco de papel com um número de telefone. Antes de entrar no supermercado ela até tenta usar um telefone público e quando não consegue, acaba recorrendo ao garoto que parece disposto a ajudá-la. O telefone lhe dá uma direção e Ben lhe oferece uma carona.
Sunny não sabia, mas uma armadilha havia sido montada para ela, colocando-a nos radares da polícia como uma criminosa. Como se isso não fosse ruim o suficiente a tudo que tem passado desde que deixou os trilhos do metrô, ela passa a ser perseguida. Ela não sabe por quem, tão pouco o motivo, tudo o que Sunny sabe é que precisa fugir.
Após quase ser morta por uma completa estranha enquanto tentava tomar um trem para sair da cidade, Ben e Sunny voltam a se encontrar e então as coisas vão acontecendo, dia após dia. Entre sonhos - que na verdade são lembranças -, um rosto desconhecido – que lhe passa a sensação de bem estar -, e uma fuga constante, Sunny vai pouco a pouco descobrindo mais sobre o que aconteceu antes de sua perda de memória e o perigo que corre.
Ela é forte, determinada e destemida na medida certa, o que lhe garante a sobrevivência nas situações mais adversas que encontra.
Conforme o livro vai se encaminhando para o final, grandes surpresas acontecem, garantindo até mesmo uma reviravolta, deixando o leitor com gostinho de quero mais para o livro seguinte.
A narrativa é feita em segunda pessoa, e confesso que nunca havia lido algo dessa maneira, mas ao mesmo tempo ela é rápida e fluída. É diferente, instigante e em determinado você está completamente mergulhado na história. Você é o personagem, sentindo todo o medo, incerteza, angustia, preocupação e determinação que Sunny tem.
Personagens secundários: Alguns são mais relevantes e recorrentes do que outros, e acabam tendo um peso maior na vida de Sunny, porém todos foram bem construídos e explorado ao longo da narrativa na medida certa. Há personagens intrigantes, adoráveis e detestáveis. Tem para todos os gostos.
Capa e diagramação: A capa é linda, instigante, despertou minha curiosidade quando a vi pela primeira vez, além de combinar perfeitamente com a narrativa. A diagramação é simples, porém bonita. No início de cada capítulo há o desenho de um alvo, as folhas são amarelas e as bordas cor-de-rosa, combinando com a capa.
Quotes:
“- Não vou deixar eles te machucarem – ele sussurra. – Não posso perder você.”
“- Sua chance de recomeçar. – Ben olha para baixo quando diz isso, com a voz mais baixa do que antes. – Acho que é mais ou menos o que você tem sido para mim.”
Comentários: O livro é fantástico, repleto de ação com uma boa dose de suspense. Fiquei completamente vidrada e quando acabei, já iniciei o outro, foi simplesmente impossível largar.
Como se isso já não fosse o suficiente, os direitos foram vendidos para a Lionsgate e os livros serão adaptados para o cinema!! =D
Dei 4 borboletinhas e a minha sugestão de trilha sonora é Sail, do Awolnation.
site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/