Misery

Misery Stephen King
Stephen King




Resenhas - Angústia


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Raquel 20/12/2022

Primeiro livro do Stephen King que leio e a experiência não poderia ter sido melhor. O livro é angustiante do começo ao fim e a Annie Wilkes é mais assustadora do que muito filme de terror. Me animei 100% pra ler outros livros do autor e me envolver nas histórias.
Sandy 20/12/2022minha estante
Esse livro é ótimo mesmo! Se tiver interesse, assista a adaptação. É ótima tbem.


Alasca 20/12/2022minha estante
Esse livro é muito bom, é chocante. como o Stephen King consegue tornar as sensações tão palpáveis!


nathalia 21/12/2022minha estante
leia salem, e muito bom




_estrela_literaria 24/10/2021

Misery - Stephen King
Paul Sheldon acaba de publicar o último livro da saga que fez muito sucesso na sua carreira, Misery, e está se sentindo aliviado, já não aguentava mais escrever sobre ela, e estava ansioso para começar a produzir outro tipo de conteúdo literário.

Mas ele sofre um acidente de carro, no meio do nada, e é socorrido por Annie, que coincidentemente é sua maior fã e também enfermeira. Coincidência? Acredito que não.

Ela não entra em contato com ninguém para falar sobre o acidente, cuida dos ferimentos de Paul com recursos escassos (vários ossos da perna quebrados, alguns triturados), e deixa ele em cárcere privado porque não gostou do último livro de Misery e quer que ele escreva um novo, só pra ela.

E durante esse tempo, Paul vive o inferno na terra. Annie é mais louca do que ele imaginava, e a cada coisinha que a chateia, ele recebe um castigo pior do que o outro. Com as duas pernas quebradas, de cadeira de rodas, sentindo muita dor e longe da cidade, como Paul irá escapar da sua fã número um?

Eu demorei muito pra conseguir terminar o livro, ele tem um enredo que traz muita ansiedade e em determinado ponto eu precisei de uma pausa dele. É uma história tensa o tempo todo, Paul passa por coisas inimagináveis, traz angústia para o leitor e é extremamente difícil para ele lidar com Annie que é MUITO louca!

Em muitas partes eu percebi que Paul é um personagem muito persistente e tem muita vontade de viver, porque eu desejei morrer no lugar dele diante as situações que ele passava, eu acho que seria menos doloroso e sofrido. Mas ele continuou lutando com os poucos recursos que tinha e força.

Se você é ansioso, tenta ler esse livro todo em um dia só! Mas não deixa de ler ele, mesmo se precisar de uma pausa. O encerramento dele é ótimo, traz paz pro coração!
Cíntia.Coelho 24/10/2021minha estante
Livro maravilhoso.




Queria Estar Lendo 17/07/2016

Resenha: Misery
FAZ CINQUENTA E SETE MINUTOS QUE ESTOU TENTANDO REDIGIR ESSA RESENHA e nada. Porque esse livro. Cara, esse livro! Eu já conhecia a história de Misery, assisto o filme há muitos anos, mas a MLI deste ano me convenceu a parar a enrolação e ler, enfim. E eu li. Não, eu devorei. E a história acabou e eu fiquei olhando para as páginas pensando Stephen King, me ensine a ser você.

Paul Sheldon é um escritor renomado e acaba de terminar seu novo romance; conhecido pela série de Misery, seu sucesso de vendas, Paul decidiu que era hora de mudar. O resultado? No recente e último lançamento de Misery, ele deu um fim à personagem querida, libertando-se para novas histórias. Voltando para casa com o livro novo finalizado durante uma nevasca, Paul sofre um acidente de carro e acorda na casa da sua fã número um. Annie Wilkies promete que cuidará dele até que as estradas sejam liberadas, assim como promete que vai ajudá-lo a escrever a sua obra-prima. Com o tempo, no entanto, o que parecia uma ajuda se torna um cativeiro, e a mulher que se dizia fã se mostra uma carcereira obsessiva.

"Ele era Paul Sheldon, que escrevia dois tipos de romance: romances bons e romances campeões de venda."

Eu e meus resumos ruins sobre livros que amei demais. Fazer o que?

Misery é aterrorizante, incrivelmente real e de uma tensão desesperadora. É um terror psicológico, muito mais sobre o suspense a respeito das ações da Annie do que um terror de fato. O que mais amedronta nesse livro é ele parecer tão real, coisa que o King sempre faz muito bem em seus romances. Os personagens são vivos. Eles saltam das páginas, com seus defeitos e seus medos e seus problemas. Paul e Annie são os protagonistas e 90% do livro gira em torno das interações entre eles. Paul está completamente submisso à sua salvadora, uma vez que suas pernas estão em frangalhos pelo acidente. Num primeiro momento, Annie é só uma fã adorável, solitária e apaixonada, mas conforme a trama cresce, as sombras na mente dela se expandem até o conhecimento de Paul. De mulher estável para uma surtada psicótica, Annie é tão desequilibrada quanto genial. Tudo é bem orquestrado, tudo é milimetricamente desenvolvido. Paul não está só preso, ele está condenado.

"Ele se recostou, cobriu os olhos e tentou agarrar-se à raiva que sentia, pois a raiva o deixava valente. Um homem valente conseguia pensar. Um covarde, não."

Uma vez que Annie lê o último volume de Misery e descobre sobre a morte da mesma, as coisas perdem o controle. A obsessão dela transpassa as páginas, te deixa agoniada. Annie quer que Misery retorne, e Paul tem a missão de escrever um novo volume. Sua obra-prima. E, se depender da Annie, seu último livro.

"A voz insolente de pistoleiro da máquina de escrever sussurrou naquele sonho cada vez mais denso.
O que nós temos aqui, pessoal, é muita conversa e muitas páginas em branco. Sai dessa?"

A mulher é assombrosa. Maníaca obsessiva, psicótica ao extremo. Ela tem surtos e tem momentos de calmaria, e os surtos sempre vêm acompanhado de alguma ação horrenda. Annie tem um passado perturbado e um presente incerto. O livro consegue carregar muito bem esses momentos instáveis de tal modo que você acaba se assustando junto com o Paul; Annie perde o controle por coisas simples ou por coisas grandiosas. Uma sopa derramada ou uma reclamação. E pobre do Paul por estar encarcerado na casa da sua fã número um...

O machado citado na sinopse? Ah, que cena desesperadora!

A loucura da Annie afeta o Paul, assim como a solidão da casa em meio à floresta. Ele não pode fugir, não pode se mexer e não pode pedir ajuda. Paul sabe que, com o tempo, vão começar a procurá-lo, e ele interpela Annie através da escrita do livro para ganhar esse tempo. O problema é que Annie não é burra, e ela tem tudo orquestrado. O tique taque do relógio e as páginas do Retorno de Misery marcam a proximidade do fim; eu amei como o King trabalhou a ânsia do Paul para escapar. Ele poderia muito bem ter se deixado levar pela solidão enlouquecedora, mas ele quer viver. Em alguns momentos, Paul percebe como seria muito mais fácil seguir os planos de Annie, mas há outra voz dentro dele que anseia pela liberdade, pela fuga, pela vida.

"A ironia é que Annie o forçara a escrever o que sem dúvida era o seu melhor romance de Misery."

Outra coisa interessante no desenvolvimento da história foi como o novo romance de Misery trouxe cor à mente do Paul. Apesar de detestar a personagem, de tê-la matado no outro livro para se livrar da série, Paul ainda está conectado com ela. Ele percebe, com assombro, que toda aquela situação talvez o ajude a escrever o melhor livro de sua carreira. O modo como o King coloca todas as inseguranças, trejeitos e problemáticas que um escritor enfrenta na vida me fez identificar muito com o Paul. A ansiedade e o planejamento, os bloqueios e o processo criativo. Ok que o Paul está sob a mira de uma fã maníaca, sentenciado a sentar e escrever para salvar a própria vida, mas ainda assim é identificável. O cativeiro e o retorno da personagem se intercalam em meio à narrativa, e ambos seguem o mesmo preceito; "sai dessa". Como Paul usa essa artimanha para arrumar a morte criada ao fim do romance, ele também usa a artimanha para salvar a si mesmo. E o final! O FINAL! Que final magistral, que cena linda, que JKASNFUIASBGOABA.

"Porque escritores se lembram de tudo, Paul. Especialmente o que dói. Tire toda a roupa de um escritor, aponte para as cicatrizes e ele vai contar a história de todas, até as menores. As maiores rendem romances, não amnésia. É bom ter algum talento se você quer ser escritor, mas o único requerimento real é a habilidade de lembrar a história de cada cicatriz. Arte é a persistência da memória."

Ah, e eu aproveitei a onda de Misery para assistir ao filme logo que terminei o livro. Que adaptação! O King comumente não dá sorte quando se trata de livros adaptados, mas acho que Misery foi a mais fiel à obra original. Kathy Bates, no papel da Annie, foi visceral. Você via a personagem que tinha lido em seus olhares maníacos e seus sorrisos doentios. Annie é muito sobre delicadeza e repentina fúria, e a Kathy tirou isso de letra - não é a toa que a mulher ganhou o Oscar de "melhor atriz" por esse papel.

No mais, para interessados em um bom terror psicológico, um thriller que vai te arrepiar dos pés à cabeça, Misery é uma boa pedida. A narrativa, os poucos personagens incrivelmente bem construídos, a ânsia pela fuga de Paul e por sua vingança por todo o martírio que Annie o faz passar, tudo foi escrito com a maestria de um grande escritor. Stephen King, senhoras e senhores...
Jessica599 17/07/2016minha estante
Uhuuuul! Adorei o que escreveu. Estou muito mais curiosa e muito mais tentada a conhecer essa história. Ainda não vi o filme, mas quero ver pq Kathy Bates é incrível!


Natália Tomazeli 27/12/2016minha estante
Sua resenha está maravilhosa! Adorei, realmente vindo desse autor, não poderia ser um livro ruim, 5 estrelas muito bem dadas!


Arya4 03/04/2020minha estante
Nem sabia que era um livro,só conhecia o filme. Ansiosa pra começar a leitura desse.




Marcus 03/12/2021

"Os escritores lembram-se de tudo, Paul. Especialmente dos sofrimentos. Mande um escritor tirar a roupa e aponte para cada cicatriz e ele lhe contará a história de cada uma delas. As maiores acabam virando livros, não amnésia. Para ser um escritor é preciso ter um pouco de talento, mas o único pré-requisito de verdade é a capacidade de lembrar a história de cada cicatriz."

O livro conta a história de um autor, Paul Sheldon, que tem livros de sucesso cuja personagem principal dá nome ao livro do King, Misery (traduzindo, é um livro que tem um personagem que também tem um livro que tem outra personagem que tem um nome que dá nome ao livro que tem um personagem que tem um livro, entendeu? Kkkkk). Esse escritor está cansado da ligação que tem com a franquia e decidi matar então a personagem principal para poder se desvencilhar e começar obras novas, respirar novos ares. Na ida para encontrar seu editor e entregar um livro recém saído do forno ele sofre um grave acidente. Pra sua sorte (azar na verdade) o escritor é resgatado pela fã número 1 de seus livros e principalmente da finada Misery, a enfermeira from hell, a simplesmente psicótica Annie Wilkes.


Esse livro é muito bom, fico impressionado como quando uma maçã cai na minha cabeça eu não consigo escrever nem 5 linhas, porém quando uma maçã cai na cabeça do Stephen King esse miserável escreve um livro fodástico de terror. Que história angustiante, ficamos com muita dó do Paul, o suspense em certas partes é de parar o coração.
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LivrosdaAri 17/12/2021

O LIVRO QUE ME DEIXOU ASSIM ?
Gente iniciei esse livro achando que não fosse me surpreender e me enganei totalmente.
A escrita do King está impecável, o livro é maravilhoso e bem descritivo.
Eu fiquei com angústia e curiosidade o livro inteiro, a personagem principal é muito louca diga-se de passagem.
Acho que se você não é uma pessoa sensível consegue ler esse livro tranquilo. Eu favoritei!
Amei ?
Lydiarq 17/12/2021minha estante
Ainda não li nenhum livro deste autor, mas vc me deixou curiosa!


LivrosdaAri 17/12/2021minha estante
Olha esse livro tem um terror psicológico muito doido!
Mas tem muitas partes de torturas rsrs eu falei um pouco mais no meu stores no insta caso você queria ver @livrosdaari eu gostei muito!


Lydiarq 17/12/2021minha estante
Ahh! Vou seguir!


Isa Tessmann - @apegoliterario 20/12/2021minha estante
Aaaaa




mystxxrio0 21/03/2022

Magnífico
King sempre surpreendendo em suas formas de tornar o terror algo crível, sem nada sobrenatural ou de outro mundo. Um excelente livro para mostrar quem no final, os maiores monstros são na realidade as pessoas. É um livro agonizante, pois em diversos momentos retrata situações de tortura, então por isso pode ser pesado para algumas pessoas. Confesso que em algumas partes eu realmente parei pra digerir tudo o que estava acontecendo, mesmo com a ansiedade de querer saber o resto da história. É, sem dúvida, um dos melhores dele que já li.
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anajú 24/05/2021

blé
é um livro bom, não tenho como negar isso, mas ô coisinha monótona. sou muito fã do trabalho do king e sei que "misery" é o favorito de muita gente, só que não rolou pra mim. o livro tem basicamente dois personagens e foca 100% nas interações deles, só que eu não consegui me importar com nenhum dos dois, não senti medo da Annie e não tava nem aí se o Paul ia morrer ou não e, por isso, o livro acabou se tornando chato pra mim :(
Penetto 24/05/2021minha estante
Eu gostei...


Nik 24/05/2021minha estante
Eu achei o filme muito melhor


anajú 24/05/2021minha estante
nunca vi o filme! vou dar uma chance :)


Penetto 24/05/2021minha estante
Onde tem o filme? Qual plataforma


Nik 24/05/2021minha estante
Eu vi na tv muitos anos atrás, mas se pesquisar no google em qualquer site de filme vc encontra


Penetto 24/05/2021minha estante
Muito obrigado...?


renataabarreto 06/06/2021minha estante
Terminei o livro nesse exato momento e compartilho da mesmíssima opinião.




Samara 31/12/2022

?????
O livro é bom, não decepciona, mas não conseguiu me prender tanto, diferente dos últimos livros do Stephen king, esse tive uma certa dificuldade em terminar.
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-Rafaela 23/05/2023

Misery
Minha primeira experiência lendo King foi boa, porém, teve algumas partes do livro que achei extremamente cansativa, principalmente, quando o Paul começava a divagar em pensamentos aleatórios, o que tornou arrastado a leitura.

Em um panorama geral, a estória te prende, porque simplesmente há essa apreensão do que vai acontecer com o Paul, qual será o próximo passo a ser tomado, na maioria das cenas, eu sentia a angústia e aflição do Paul de se encontrar preso dentro daquela situação. Assim como, Annie, na qual, sua loucura, leva a obsessão, em todos os sentidos de sua vida. Acho que nunca li algo tão grotesco nesse sentido, e ao mesmo tempo que queria dar uma pausa, também queria continuar para saber o que iria acontecer.

Conforme a leitura vai sendo feita, fica nítido o quanto o título se entrelaça com o desenrolar da narrativa. Apesar de ser apenas dois personagens que conduzem o livro, gostei da forma como me prendeu, exceto algumas partes mais cansativas. Com certeza, irei ler mais livros do King.
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Raíssa 06/11/2020

Agonizante
Muito bom. Só não foi 5 estrelas pq agora estou desconfortável kkk mas é uma sessão de tortura o que está aqui. Prepare seu estômago e leia.
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@lendocomjulian 22/01/2024

Livro excelente! Deixa você agoniado pelo que está acontecendo.
O livro é tão bom que até o a história da Misery fiquei curioso para ler ?
Kess 23/01/2024minha estante
Eu sou sua fã número um.




ghomartins 16/01/2022

Alivio é o sentimento que tenho ao concluir o livro. Sério. Achei muito bom, e achei pesado tão quanto ou quiçá até mais que o cemitério.
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jusousan 05/11/2021

Misery
Misery é um dos romances que fazem parte do top 5 de muitas pessoas. Um daqueles livros que devoramos em dois dias com uma narrativa fluida e muito interessante.

Não posso negar que no começo da leitura foi assim que me senti. Infelizmente, apesar da empolgação que tenho por todos os livros do autor, esse terminou de me empurrar pra uma ressaca literária.

Após alguns meses me senti à vontade e disposta para voltar a narrativa e tudo fluiu um pouco melhor. Então, não desista dele e dê uma chance.

Misery é um livro em que a maldade humana aflora em tudo. A atmosfera criada aqui é sensacional e não tem nada de medo, mas a ansiedade e o nervoso vão falar mais alto. A leitura é angustiante. King mostra o extremo da obsessão com uma pitada de crueldade física e principalmente psicológica.

É incrível como o autor consegue nos prender em uma história inteira praticamente dentro de uma casa. Quando nos guiamos ao final do livro, tudo fica mais intenso. O desfecho foi bem elaborado e as reviravoltas também.

Misery é um livro muito bom. Eu que desanimei um pouco.
Luiecos 30/12/2023minha estante
Fluido aonde querida? E aonde que esse horror de livro é um romance? ??


jusousan 30/12/2023minha estante
tá louca meu amor? romance equivale a um texto da tipologia narrativa, vai estudar


Luiecos 31/12/2023minha estante
Você é uma retardada isso sim, um livro horrível desses, me poupe




giovanna 23/09/2021

Paulie, sai dessa!
fiquei toda coisada o livro todo. as cenas de tortura são muito bem executadas, bem até demais ? meu maior sonho é jogar essa doida véia de um penhasco, amei recomendo
Novaes 23/09/2021minha estante
Hahaha eu rir muito tbm mas as cenas são torturantes.




heloisa.nas 12/11/2022

Miserável como uma porca?
?Ele sabia o quão constantemente vivia aterrorizado, mas será que sabia quanto de sua própria realidade subjetiva, outrora tão forte, fora apagada?? Pág.250

O que mais pega nessa livro é a tortura psicológica, a gente vê a doida da Annie Wilkes demonstrando cada vez mais do que é capaz, e vemos Paul Sheldon definhando a cada momento. O homem também vai ficando louco preso na cama, no quarto, e nos próprios pensamentos. Paul fica num ?e se? infindável imaginando como poderia sair da situação que está, pois claro, um maldito escritor vai utilizar da imaginação já que é sua única válvula de escape.

?Ela o pôs na cama e ele adormeceu em três minutos. Ele dormiu a noite toda pela primeira vez desde que saíra da nuvem cinzenta, e pela primeira vez seu sono não teve sonhos.
Pois estivera sonhando acordado.? Pág.126

Ao mesmo tempo que é conflitante e agonizante ver Paul na situação que se encontra, é divertido vê-lo criar diversas hipóteses de como pode fugir da Annie. Abusando da criatividade, por conta claro, ele se vê preso em seus próprios pensamentos criando um jogo onde se pergunta qual das suas ideias valeria a pena por em ação, sem ser punido ao final.

?Você também foi Sherazade de si mesmo.
Para quem você está contando essa história, Paul? Para quem você a está contando? Para Annie?
É claro que não. Ele não atravessava o buraco no papel para ver Annie ou agradá-la... ele atravessava o buraco para se afastar de Annie.? Pág.233

? O livro é instigante e a leitura muito fluída, além de essa edição ter uma diagramação muito boa comparada a outros livros do King. Eu simplesmente passei a leitura inteira virando as páginas ansiosamente pois só queria saber se Paul consegue ou não fugir, foi insano, inclusive, em diversos momentos achei que o coitado ia morrer, mas sempre que eu via faltavam muitas páginas ainda pro livro acabar. Nesse ponto eu já estava igual o Paul: não sabia se ficava aliviada por ele ainda estar vivo ou mais preocupada ainda, pois com certeza viria coisa pior pela frente.

?Quando o som das botas de Annie chegou à sua porta, quando a chave entrou na fechadura mais uma vez, ele pensou: Ela veio me matar. E a única emoção que o pensamento causou foi um alívio cansado.? Pág.260

É incrível a relação do escritor com a escrita, não sei se Stephen relatou sua própria experiência, mas não deixa de ser notável como escrever é importante para Paul, como reflete tudo o que ele é, e como estar ligado á escrita foi o que o ajudou a suportar um pouco o horror que lhe foi causado.

?A lata de lixo aberta derramava seu conteúdo pelo chão e emitia o odor morno de comida estragando, mas aquele não era o único cheiro erra-do, nem o pior. Havia outro que parecia existir apenas em sua mente, mas que não era menos real por causa disso. Era parfum de Wilkes: o odor da obsessão psicótica.? Pág.175

Paul ao longo do livro vai se desgastando psicologicamente cada vez mais e é muito notável sua mudança, da pessoa que era, e que nunca voltará a ser. Tem um capítulo em si que eu fiquei extremamente agoniada, tive que fechar o livro e dar uma distraída na mente. King consegue construir uma atmosfera de suspense psicológico incrível, que está presente no livro a todo momento.

?Ele se recostou, cobriu os olhos com o braço e tentou agarrar-se à raiva que sentia, pois a raiva o deixava valente. Um homem valente conseguia pensar. Um covarde, não.? Pág.37
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