Carla.Parreira 31/12/2023
Razão e Sensibilidade (Jane Austen). É uma obra-prima da literatura clássica inglesa de 1811 que nos transporta para a Inglaterra do século XIX, onde acompanhamos as irmãs Dashwood, Elinor e Marianne, em suas jornadas emocionais e românticas. Elas são forçadas a deixar a casa após a morte de seu pai e enfrentar o mundo em busca de amor e felicidade.
Um dos melhores trechos do livro é quando Elinor Dashwood, uma personagem de grande sensibilidade, descreve a sua visão sobre a importância da moderação emocional: "Nós nos entregamos às nossas emoções com muita facilidade, sem pensar nas consequências. Devemos aprender a controlar nossos sentimentos e a encontrar um equilíbrio entre razão e sensibilidade." Essa citação demonstra a habilidade de Austen em retratar as complexidades dos relacionamentos humanos e a importância do autocontrole. Outro trecho marcante é quando Marianne Dashwood, uma jovem cheia de paixão e emoção, desabafa sobre o amor: "Eu não consigo esconder o que sinto, nem quero. O amor é uma emoção intensa e bela, e não devemos ter medo de expressá-lo." Essa citação ressalta a perspectiva de Marianne de que a expressão sincera dos sentimentos é fundamental para a vivência plena do amor. Além disso, há um diálogo profundo entre Elinor e Edward Ferrars, em que eles discutem a importância da lealdade e do compromisso nos relacionamentos: "É a honestidade e a fidelidade que garantem a força de um amor verdadeiro. O respeito mútuo e a confiança são fundamentais para construir uma base sólida." Essa passagem reflete a visão de Austen sobre a importância dos valores fundamentais no amor e na construção de relacionamentos duradouros. Mas o trecho que me deixou mais pensativa foi esse: "...Não é o tempo nem a ocasião que determinam a intimidade, mas apenas a disposição da pessoa. Sete anos não seria suficiente para algumas pessoas se conhecerem bem, ao passo que, para outros, sete dias são mais que suficientes..."
Outros trechos: "...Elinor era sensata e racional; Marianne, apaixonada e sensível. Elinor tinha uma mente que analisava as coisas; Marianne uma coração que sentia as emoções. Ambas eram igualmente amáveis e carinhosas, mas Elinor tinha mais de um lado sério para considerar, enquanto Marianne tinha mais de um lado poético e imaginativo... Elinor acreditava que o amor não deveria ser o único objetivo da vida, mas sim uma das muitas coisas que tornavam a existência mais agradável e significativa. Ela acreditava que o amor deveria ser apreciado e cultivado, mas nunca deveria ser adorado a ponto de tornar-se obcecado... Marianne se perguntava se seu caráter excepcionalmente sensível e apaixonado não a tornava menos capaz de amar verdadeiramente. Ela se questionava se sua natureza impulsiva e descontraída não a impediria de encontrar um amor duradouro e satisfatório... Mrs. Dashwood, embora tivesse enfrentado muitas dificuldades e sofrido injustiças ao longo da vida, ainda mantinha seu otimismo e sua capacidade de encontrar o bom em tudo. Ela ensinou às suas filhas a importância de ser flexível, de adaptar-se a circunstâncias mudadas e de encontrar o belo em tudo, mesmo em momentos difíceis... Elinor sempre acreditou que a honestidade era o mais importante dos valores morais. Para ela, ser sincera e direta, mesmo quando era difícil, era uma qualidade mais valiosa do que qualquer outra. Ela aprendeu que mentir ou esconder a verdade apenas poderia levar a mais sofrimento e problemas a longo prazo..."