Resenhas - A Cor Púrpura

Pâmella 10/02/2024

Uma leitura essencial e indescritível. Aborda temáticas densas e diversas com uma sutileza e delicadeza que encanta e emociona.

Clau 10/02/2024

Impactante, emocionante, apaixonante!
Alice Walker conta a história de Celie através de cartas escritas pela protagonista para Deus e sua irmã Nettie.
A história se passa nas primeiras décadas do século 20, principalmente no período entre guerras.
Celie é, ao mesmo tempo, uma mulher absurdamente resiliente e frágil. Com uma vida difícil desde sempre, estuprada, abusada pelo pai, pelo marido e pela vida, ela não perde nunca a sua doçura e segue a vida como consegue, já que não conhece nada além disso.
Mais do que o preconceito e abusos contra os negros naquele início de século, o livro mostra como a vida da mulher negra poderia ser ainda mais difícil.
Simplesmente maravilhoso, inteligente e com personagens muito bem construídos, esse é um livro de sofrimento, paixão e redenção e a Celie é uma das personagens mais incríveis que já tive o prazer de conhecer.
Alice Walker ainda solta nos agradecimentos: "escritora e médium" deixando no ar se a história é ficcional ou se ela teve uma ajuda daqueles que viveram aquela época.
Devo deixar um adendo, que o filme protagonizado pela Whoopi Goldberg e dirigido por Steven Spielberg faz juz ao livro.

line.iana 10/02/2024

Quanto mais eu admiro as coisas, mais eu amo
Aqui ta a coisa, Shug falou. A coisa queu acredito. Deus ta dentro de você e dentro de todo mundo. Eu acredito que Deus é tudo, Shug falou. Tudo que é ou ja foi e será. E quando você consegue sentir isso; e ficar feliz porque ta sentindo isso, entao voce encontrou ele. ?.. Todo mundo quer ser amado.

QUE LIVRO LINDO QUE HISTORIA LINDA QUE PERSONAGENS INCRIVEIS COM CERTEZA ENTROU PRO MEU TOP LIVROS FAVORITOS DA VIDA

Fernanda2219 10/02/2024

Um livro que retrata fatos muito triste, sobre uma mulher que sofre violência contra seu pai e seu esposo.

bruno 09/02/2024

Já é duro o bastante tentar levar a vida sem ser maluco.
Que leitura surpreendente. Há um tempo que já tenho vontade de ler a cor púrpura, finalmente li e me arrependo tremendamente de não ter lido antes. Apesar de ser um livro com uma alta carga emocional ele não deixa de ser divertido, me pegava muitas vezes emocionado em um parágrafo e no outro dando risada. A escrita é bem fluída, envolvente e muito reflexiva. De algum modo consegui me conectar com todos os personagens, futuramente pretendo reler!!!

"Eu acho que Deus deve ficar fora de si se você passa pela cor púrpura num campo qualquer e nem repara."

"Todo mundo quer ser amado. A gente canta e dança, faz careta e dá buquê de rosa, tentando ser amado. Você já reparou que as árvore fazem tudo que a gente faz pra chamar atenção, menos andar?"

Lima 09/02/2024

O tempo em "A cor púrpura".
Nós, leitores, já ouvimos muito aquela célebre frase: "Quem lê, vive mil vidas". Eu já li muita coisa, mas essa promessa de reencarnar em uma nova realidade nunca foi tão forte quanto ao ler esse livro.

Eu poderia falar muitas coisas sobre "A cor púrpura": A questão do negro na América e no mundo, o amor entre mulheres (Alice Walker, que coisa linda você escreveu!!!), a colonização bruta da África, a perseverança perante a adversidade e etc etc... Mas o que me deixou mais encantado foi o passar do tempo durante a narrativa.

Na obra, não temos o tempo sendo medido exatamente, mas sentimos ele passar pelos acontecimentos: as crianças que crescem, casam, tem filhos, os adolescentes que envelhecem, pessoas que morrem e etc... Quando percebemos, já se passaram quase 30 anos de narrativa. E por incrível que pareça, parece que passamos também quase 30 anos com esses personagens. É assombroso.

E o final... Tão lindo.

"E eu num acredito que você tá morta. Como você tá morta se eu inda sinto você?".

Hemilly Medeiros 07/02/2024

Fiquei com muito medo de um final extremamente triste para Celie e Nettie, que bom que veio aquele final emocionante.
Interessante esse livro ser narrado em forma de cartas (fez sentindo na história).E o que me deixou fascinada foi a diferença de alfabetização das irmãs. Me incomodou no começo mas depois eu percebi o sentido.
História forte e linda.
Acompanhar o crescimento delas me fez aprender muito.
Faz jus a fama desse livro ser um clássico.

Biafort.Meireles 07/02/2024

Uma rede de amigas pode ajudar muito
Viver não é fácil para Celie. Já abusada na adolescência, teve dois filhos sumidos, casou com um viúvo quando estava ?velha? para continuar sendo sustentada pelo pai. Cuida dos filhos mau educados dele, da casa, só trabalho. Muito difícil? difícil, mas ao decorrer da história eu fui amando as histórias de diferentes mulheres, que aprendi a admirar e torcer: Celie, Shug, Sofie, Nettie. Justiça seja feita, final lindo! Agora, vou assistir às duas adaptações de cinema: uma mais antiga e a outra no cinema de 2024.

Helen 07/02/2024

Já com saudades da Celie
Li A Cor Purpura sem qualquer expectativa a não ser que seria uma historia triste.
E a verdade é que sim, é uma historia cheia de fatos tristes, mas que em momento nenhum me deixou sem esperanças.
A Celie é inocente e acredita sempre que as coisas são daquela forma "porque sim" e dessa forma somos levados por ela, até ver o seu caminho para o que é viver de verdade.
Durante todo o tempo senti que ela conversava comigo, contando as coisinhas do dia a dia dela, e assim eu ri e chorei durante a história.
Obrigado por tudo Celie, vou levar vc comigo.

lilianolivs 07/02/2024

Deveria ser leitura obrigatória!
Que livro forte!
já queria ler faz um tempo por causa da adaptação nova e quando finalmente consegui comprar, só pensava em começar ele e valeu muito à pena!
é triste pensar em quantas celies existiram e existem atualmente. mulheres pretas e pobres, marginalizadas, diminuidas e violentadas. pra mim, o ponto mais positivo do livro é ver como o amor entre mulheres salva vidas. seja pela sua irmã nettie, por shug ou sofia, o amor manteve celie viva e com fé.

Any 06/02/2024

Com certeza um dos melhores livros que já li. O principal tema com certeza é o racismo, apesar de muito fluida não foi uma leitura fácil, pois aborda assuntos muito densos.

Isis Costa 05/02/2024

Ganhou meu coração
"A Cor Púrpura" é um clássico vencedor do Prêmio Pulitzer em 1983, onde traz narrativa profundamente tocante e transformadora. Contada através de cartas, a história nos apresenta a trajetória de Celie, uma jovem negra no início do século XX, que começa a compartilhar seu doloroso cotidiano e seus pensamentos mais íntimos a partir dos 14 anos, através de cartas a Deus. Vivendo no sul dos Estados Unidos, uma região marcada por um racismo e machismo ainda mais acentuados, Celie se encontra em uma situação de extrema vulnerabilidade, sofrendo abusos inimagináveis nas mãos de seu pai.

Ao longo das décadas seguintes, somos conduzidos pela vida de Celie por meio das cartas, testemunhando suas lutas e triunfos em um cenário de adversidades. O relato doloroso e corajoso de Celie revela a persistência do abuso perpetrado por seu pai e a dolorosa separação dos filhos. A narrativa se aprofunda ainda mais ao abordar o casamento forçado e violento com o Sinhô, evidenciando as crueldades sofridas por uma mulher negra em uma sociedade profundamente machista e racista.

Contudo, é na solidão que Celie encontra um fio de esperança. Suas cartas, endereçadas a Deus e à irmã Nettie, tornam-se um meio de expressão e resistência, uma válvula de escape para as angústias e uma ponte para sua própria identidade. Através dessas correspondências, a protagonista traça um caminho de auto-descobrimento e empoderamento.

À medida que a narrativa se desenrola, Celie começa a experimentar um profundo processo de transformação pessoal. Através de interações significativas e momentos de introspecção, ela descobre o valor da amizade, a profundidade do amor e a própria força interior. Mais do que isso, Celie se depara com o poder da educação e a importância de ser reconhecida e valorizada como ser humano, independentemente de sua cor, gênero ou origem.

Alice Walker, aborda temas de extrema relevância que ressoam fortemente até hoje. Vai além de ser um mero relato de violência contra a mulher e racismo; ela escancara as consequências do machismo, do patriarcado, da segregação racial e da marginalização da mulher negra na sociedade. A obra também se aprofunda na discussão sobre espiritualidade versus religião institucionalizada, assim como na jornada de descoberta e aceitação da sexualidade da protagonista, temas que são abordados com sensibilidade e perspicácia.

A leitura é fluida e envolvente. As cartas, muitas vezes curtas, são capazes de imergir o leitor na realidade complexa de Celie de maneira direta e profundamente emocional. Esse formato facilita e amplifica o impacto das reflexões propostas, tornando-as acessíveis e instigantes.

Ao concluir a obra, me senti profundamente tocada, quase incapaz de acreditar na inexistência física de personagens tão ricas e complexas.

Cardoso 04/02/2024

Acompanhar as descobertas de Celie sobre seu ser, suas relações, sua sexualidade é uma das experiências mais encantadoras que se pode ter.
A vida dela e de outros personagens é muito difícil e dolorosa, cheia de traumas e violências, mas ver as relações que são construídas a partir de cada acontecimento é a coisa mais linda já vista.
E o que falar dessas mulheres? Dessa força descomunal, dessa crescente e busca incansável pela felicidade?
As questões levantadas por Shug sobre Deus me trazem muita identificação, da mesma forma que ela, acredito que Deus não é homem ou mulher, mas um ser que deseja nos ver feliz

lyz 04/02/2024

Dororidade e escrevivencia
Foi muito bom acompanhar a perspectiva de uma mulher negra nesse livro e é muito interessante como a vida de Celie é perpassada por preconceitos de raça e de gênero.

O livro vem com aquela noção que anos depois a conceição chamaria de ?escrevivencia? e aborda o feminismo negro (muito massa acompanhar a celie despertando a sua consciência pra isso, mesmo sempre percebendo os preconceitos que enfrentava).

Enfim, a história fala sobre tradição, ancestralidade, discriminação, entre outros temas, de uma maneira bonita e sensível, o avanço da escrita nas cartas de celie, a alice ter trazido outras visões acerca das mulheres negras como sendo além de vitimas, o mais f0d4 é saber que ela escreveu isso na década de 80, o que faz ela, de certa forma, pioneira nessa temática!!

Além disso, obviamente não poderia deixar de citar a questão da sexualidade (tanto com a celie em relação a homossexualidade quanto a shug ser super livro em relação a bissexualidade)

Muito bom!! No final o livro ficou meio arrastado mas nada que atrapalhasse muito.

?Se ele alguma vez escutasse uma pobre mulher negra, o mundo seria um lugar bem diferente, eu posso garantir?.

Gabriel.Milli 04/02/2024

Arrasado
Eu esperei tanto por esse livro que eu fiquei muito arrasado com essa nota.
A história do livro é excelente, triste, muitos gatilhos, muito sofrido, mas com um afeto que eu fiquei apaixonado, o que matou essa beleza de livro foi a escrita, nao consegui me conectar com nada... Essa escrita "errada" me incomoda muito.
Um livro tao lindo, mas que a escrita nao deixou eu sentir o todo esse sentimento.