Antígona

Antígona Sófocles
Donaldo Schüler
Cegalla




Resenhas - Antígona


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Madu16 05/03/2022

Antígone
Antígone trata de uma peça teatral escrita na Grécia antiga, por Sófocles, por volta de 400 anos antes de Cristo. A leitura, como obviamente é esperado, possui uma narrativa bem diferente da atual, tendo uma carga semântica deveras complicada.

Todavia, o decorrer da história passa de maneira bem rápida, sendo uma leitura fluida, e tendo como problemática principal o debate entre direito natural e direito positivo, trazendo uma discussão extremamente vivida na atualidade e muito extensa.

Além da temática necessária e diferente, é importante ressaltar que a protagonista é uma mulher, e acima de tudo, uma mulher forte que está decidida a lutar contra todo um governo por suas crenças. Antígone é uma obra extremamente valiosa.
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Martony.Demes 04/03/2022

Eis Antígona, de Sófocles (Tragédia grega da Trilogia Tebana)

Antígona é uma das obras da trilogia de Tebas da qual faz parte a trágica história do Rei Édipo.

Bom, a historia inicia com as irmãs Antígona e Ismenia conversando sobre a legalidade de uma lei que o Rei Creonte outorgou.

Nessa lei, Creonte impede que Polinice seja sepultado dignamente, deixando apenas Etéocles seja enterrado heroicamente! Eteocles e Polinice se matam pelo ímpeto de tomar o poder de Tebas. E determina que Polinice fique para os abutres o coma.

Diante disso, Antígona enfrenta a tirania de Creonte. Este cria leis aleatoriamente para que favoreçam seu poder. E isso vai de encontro ao que Antígona argumenta. Para ela, as leis são divinas e naturais e não podem ser impostas ou alteradas por qualquer rei. Irado, Creonte ordena que Antígona seja trancada em uma caverna e isolada de todos até morrer.

Hemon, filho de Creonte, que é noivo Antígona, sem conseguir mudar opinião do pai, vai embora de casa.

Então um sábio Tiresias faz profecias a Creonte que suas decisões tomada irão causar uma maldição. Assim Creonte começa a refletir sobre suas decisões.

Porém, estamos falando de tragédias e ao mudar de ideia vai à caverna e já é tarde e Antígona já está morta enforcada no próprio lenço (ou cinta). E Hemon, diante de tudo comete…

Bom, como dito no início, esse livro é uma peça e trágica então o final é bem tétrico mas representa uma reflexão sobre diversos assuntos bem atuais: usurpação de poder e das leis e quanto isso pode ser trágico para todos.
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Leninha 28/02/2022

Sófocles feminista
Brincadeiras a parte, que obra prima, que livro transcendental, difícil, pelo menos eu achei, pretendo reler muitas mais vezes e revisitar alguns trechos que não tive compreensão total. Eu amei muito, genial e trágico, nada como uma tragédia literária para me deixar reflexiva e impactada.
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Ceci 18/02/2022

Me surpreendeu
achei que eu ia gostar menos desse livro. Isso é longe de ser meu tipo de livro, não gosto de ler livros em formato de peça de teatro (não sei se faz sentido oq eu acabei de falar) mas o livro até que é interessante. É uma tragédia, tem um pouco de romance e no final a leitura me prendeu um pouco. Eu li o livro enquanto via a peça pois se não eu não conseguiria me concentrar e a peça é muito boa, só dura 2 h (eu vi em francês então não sei se tem com legendas ou algo).
3.5/5
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Giovanna 15/02/2022

Faculdade
Li por causa de uma matéria da faculdade e acabei gostando, apesar de achar a linguagem complicada um empecilho pra leitura fluir.

?Faze tu o que quiseres; quanto a meu irmão, eu o sepultarei! Será um belo fim, se eu morrer, tendo cumprido esse dever. Querida, como sempre fui, por ele, com ele repousarei no túmulo? com alguém a quem amava; e meu crime será louvado, pois o tempo que terei para agradar os mortos, é bem mais longo do que o consagrado aos vivos?? - Antígone, pág 8
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linne 12/02/2022

Perfeito!
Gostei bastante da leitura! Consegui fazer muitas reflexões tanto em relação à estória em si quanto à importância social das tragédias. Muito bom!
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nemlanency 12/02/2022

Revisitem os clássicos
Achado despretensioso na mesa de centro de uma sala de espera. Um dos clássicos que ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer. Gosto de começar por releituras simplificadas assim assim antes de partir pro texto original. Antígona já chegou indo pro topo do meu disputado pódio de personagens da mitologia grega.
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Larissa1218 08/02/2022

Foi uma leitura interessante, apesar de eu gostar mais da tragédia de Édipo. De qualquer forma, ambas são importantíssimas e trazem ótimas reflexões. Toda a trilogia tebana é muito fluida e imerge o leitor muito facilmente na história. Gostei bastante de conhecer mais uma das grandes obras da antiguidade.
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Stuart.bookster 28/01/2022

Antígona, de Sófocles
Sófocles foi um dos maiores escritores da Grécia Antiga, fez um sucesso estrondoso com suas peças que criticavam a sociedade e seus costumes, além de conscientizar também acerca das leis e mitos. Eu vou tentar fazer uma análise mais própria acerca do livro e baseada em minhas opiniões, logo são apenas comentários meus acerca dessa obra encantadora. Primeiramente retrata-se a forma com que o irmão de Antígona é largado aos urubus e cachorros para morrer por ser acusado de "traídor" de Tebas, logo nisso se observa uma coisa interessante, o embate da lei dos homens X lei divina. Isso fica claro quando o tio de Antígona decreta que ele não pode ser enterrado como qualquer pessoa tem direito, devido ao crime que comete, essa é a lei dos homens, já a lei divina que não importa o crime ou a maldade que comete, todos devem ter um enterro digno para que possam ser levados ao barqueiro Creonte e assim possam adentrar ao Submundo. Nisso percebe embate que Sófocles põe sabiamente nessa obra, sabe-se que as leis na Grécia Antiga eram feitas em consonância com as leis divinas, uma vez que existem diversos parâmetros que justificavam isso, o primeiro de que a lei divina era superior e que apenas prezava pelo bem e ordem da sociedade, segundo que os homens jamais chegariam a sabedoria dos deuses e por isso suas leis eram inferiores. Diante disso quando uma lei dos homens entrava em conflito com a divina, sempre a divina deveria prevaslecer, pois acreditava-se que caso os homens levassem adiante essa lei isso ultrajaria os Deuses e eles vingariam-se com castigos pesados. Isso fica claro na obra de Antígona no momento em que seu tio decreta a sua vontade como do seu povo e sua palavra é ordem, o resto da história cumpre por castigar ele da pior forma, seu filho e mulher morrem, sendo assim isso um castigo dos deuses por desobedecer um rito e levar adiante sua lei que blasfemava contra a lei divina. Segundamente, Sófocles usa sabiamente uma mulher em sua obra, pelo seguinte aspecto, na Grécia Antiga mulheres eram resguardadas ao lar e por isso não participavam da vida política ou social da cidade, sendo assim eram sempre retratadas como emotivas demais, fracas e religiosas, isso é utilizado de forma sábia pelo autor, uma vez que se fosse um homem o personagem principal provavelmente obedeceria a ordem da cidade e portanto permitiria que o corpo não fosse enterrado, em respeito a ordem do rei e da cidade. Uma vez que é uma mulher, conservadora de costumes religiosos ela batalha pelo direito do irmão de ser enterrado, sendo assim abordando que as mulheres sempre tenderão a esse conservadorismo religioso, a defesa da ordem religiosa e dos costumes milenares, uma vez que são sempre marginalizadas, enquanto os filósofos avançavam em suas reflexões filosóficas, as mulheres representavam essa incapacidade e prisão ao passado religioso e mitologia. Terceiro, aliando esses dois últimos pontos que eu trouxe, e, destacando que as peças gregas eram feitas para conscientizar a população acerca de certos temas, Antígona representa esse conservadorismo, equanto seu tio esse avanço. Esse período da Grécia é marcado pelo avanço da filosofia e outras áreas, pondo em risco a harmoia divina, sendo assim a peça tras a tona o debate do avanço intelectual (lei dos homens) contra o "conservadorismo" religioso (lei divina), esse debate é vencido pelo último, sobretudo pelo fim que o Rei tem na história, sendo assim a obra traz a tona esse tema, tentando deixar claro que o avanço não era bem visto diante da religião e dos deuses, uma vez que desafiá-los traria graves consequências, não só a você, mas a sua família também. Esses são alguns pontos que me atraíram da obra e recomendo demais.
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Iago.Messias 23/01/2022

O Inflexível Destino
Uma tragédia grega clássica, as desventuras da prole de Édipo não cessam à medida em que cumprem seu destino fatal. O que mais me impressiona na peça é a presença do Coro de Anciãos, que ao mesmo tempo em que esclarecem fatos ocorridos não presenciados, atuam como detentores do juízo moral. A ideia de que todo homem deve agir com comedimento e de que ninguém pode escapar de seu destino estão fortemente presentes ao longo da peça.
Relativamente fácil de ler e com certeza vale muito a pena
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ester alves 18/01/2022

dos defeitos humanos, a irreflexão é incontestavelmente o máximo.
Embarquei na leitura sem saber quase nada sobre a história, e acabei encantada com o tema: é justo infringir a lei do Estado em nome da lei natural, daquilo que consideramos nosso direito de nascença? Ou por nossas convicções, por nosso caráter, por aquilo que acreditamos e aqueles que amamos?

Antígona nos deixa com esse tipo de questionamento após a leitura. Também versa sobre democracia, orgulho, insensatez. Na figura de Creonte, vemos um rei que se recusa a ouvir o povo e até mesmo a Tirésias, o profeta, a fim de não voltar atrás em suas palavras, reafirmar seu poder sobre Tebas e fazer aquilo que acredita ser o correto.

Eu amei a Antígona, a coragem e as atitudes que ela tomou durante a história, e me surpreendi com o romance improvável e trágico que também teve espaço nessas poucas páginas. Por fim, a lição que mais ficou (pra mim) é que "não há vergonha alguma, mesmo sendo sábio, aprender cada vez mais, sem presunções."

"hei de enterrá-lo e será belo para mim
morrer cumprindo esse dever:
ao lado dele, amada por quem tanto amei
e santo é meu delito, pois terei de amar
aos mortos muito, muito tempo mais que aos vivos."

"as alegrias, quando não as esperamos
nos dão maior contentamento"

"Não é possível conhecer perfeitamente
um homem e o que vai no fundo de sua alma,
seus sentimentos e seus pensamentos mesmos,
antes de o vermos no exercício do poder,
senhor das leis."

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TineC 21/12/2021

Maravilhosa
Antígona pode ser resumida em uma fala:
Fui eu sim. Fiz porque quis. Fiz porque achei que era o certo a fazer. Sempre soube que iria morrer por causa disso, mas sempre acreditei que era algo pelo qual valia a pena morrer.

Fico abismada de ter levado 45 anos para conhecer essa tragédia.

Uma figura feminina, na Grécia Antiga, que é o próprio desafio ao poder.

Uma tragédia que representa o paradoxo entre as leis da autoridade e as leis dos costumes, ou divinas, se preferir.

Recomendo demais.
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Suelen.Philomeno 18/12/2021

Incrivelmente atual
Genialidade de Sofocles, uma história incrível que nos remete ao momento atual, onde com tantas perdas ( relação ao mundo pandêmico) muitas pessoas não puderam honrar seus mortos.
Isso deixa uma marca.
Adorei a leitura, após Édipo Rei e Antígona, sigo para Édipo em colono para finalizar a trilogia Tebana.
Indico a leitura.
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Malu Ramires 17/12/2021

Minhas frases preferidas:

?Maldição! Não há ninguém que saiba, que raciocine??

?Que este derrame sua cólera sobre os mais jovens, aprenda a cultivar linguagem menos agressiva e mostre juízo mais equilibrado que o que agora sustenta.?

?Em desgraças sou experiente.?

?Loucas, não há outra designação para ambas. Uma enlouqueceu agora, a outra é louca de nascença.?
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Stella F.. 02/12/2021

Mulher forte e decidida
Antígona completa com Édipo Rei e Édipo em Colono a trilogia tebana.

Após a morte de Édipo, e no reinado de Creonte, os irmãos Polinice e Etéocles assumem lados opostos. Um a favor do novo governo e outro contra. Os dois irmãos entram em guerra e morrem. Só que Creonte lança um decreto onde o irmão Etéocles pode ser enterrado com honras e o irmão Polinice não pode ser enterrado, vai ficar ao relento, sendo comido por aves carniceiras.

Antígona entra em cena contra este decreto e desobedecendo as ordens do soberano cobre o corpo do irmão com terra. Por isso é perseguida e presa em uma caverna, vivendo a morte em vida.

“Nada de vergonhoso há em honrar os do mesmo sangue.” (pg. 35)

A irmã, Ismene, se abstém de ajudá-la com medo da fúria que pode surgir por parte da desobediência ao decreto.

O filho de Creonte, Hemon, que era prometido de Antígona, rebela-se contra o pai, e vai ao encontro da amada, e lá morrem juntos, abraçados.

“Maldito leito de minha mãe, unida a seu próprio filho, meu pai, nascido dessa mesma desdita mãe, dos quais eu, infausta sou filha. Vou, desventurada, habitar com eles seu esposo. Que triste enlace, irmão, alcançaste. Com tua morte me matas.” (pg. 63)

Creonte fica desesperado porque perde a coisa mais importante da sua vida, o filho.
Vemos aqui uma mulher determinada, no tempo em que as mulheres não tinham voz e nem vontade. Antígona se propõe a fazer algo, e enfrenta a todos e realiza o que deseja, mesmo que tenha que morrer por isso.

Na apresentação do livro Donaldo Schüler nos diz: “Antígona abala a tirania sozinha.” (pg. 2)

O texto é bastante claro, mas um pouco mais denso quando entram os Corifeus e as Estrofes a cada episódio.

A leitura foi feita em continuação a uma palestra da psicanalista Maria Homem que primeiro tratou do masculino (com Édipo) e depois do feminino (com Antígona) e através dessas palestras concluí a trilogia, porque já fazia um tempo que havia lido Édipo Rei.

Leitura excelente!

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