Claudia - @segunda.opiniao 11/02/2022ENGANOSAMENTE INFANTIL. ILUSORIAMENTE SIMPLES.Já tentou escapar da realidade fugindo para dentro de um livro? (Eu já). É exatamente isso o que Bastian faz. Ele é um menino que sofre bullying, é órfão de mãe e seu relacionamento com o pai não é dos melhores. Bastian só é bom em uma coisa: contar histórias. Um dia ele encontra um livro (ou será que o livro o encontra?) que mudaria sua vida para sempre.
A história é dividida em duas narrativas: o que acontece fora e dentro do livro.
Na ficção (dentro do livro) um reino chamado Fantasia está desaparecendo. A Imperatriz desse lugar nomeia um garoto, um jovem guerreiro tribal, para buscar a solução desse problema.
Enquanto Bastian lê as emocionantes aventuras de A História Sem Fim, de alguma forma ele sabe que será ele mesmo que salvará Fantasia.
Uma obra-prima, reflexiva do início ao fim. Uma experiência única de leitura.
Ao mesmo tempo que tudo parece simples, é também complexo. São tantas questões profundas e filosóficas que não tem como fechar o livro sem pensar no significado de tudo aquilo.
Além de mostrar o poder que uma boa história tem de transformar vidas, mostra a importância da imaginação. Outra lição (dentre tantas) é sobre combater a tristeza para que ela não corroa e destrua a alma. É uma das melhores coisas que já li na vida.
A adaptação é bem conhecida daqueles que eram crianças na década de 80/90. E embora seja um bom filme, não faz justiça ao livro.
Curiosidade: o Auryn (medalhão usado na adaptação) pertence hoje ao Steven Spielberg, que o guarda em uma caixa de vidro. "Mas essa é outra história e terá de ser contada em outra ocasião."
Bju
Câmbio. Desligo.
~ Cau
site:
@segunda.opiniao