No mar

No mar Toine Heijmans




Resenhas - No Mar


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NazaSicil 20/10/2016

Reflexivo e impactante
Que livro maravilhoso, simplesmente sensacional !
Donald está estressado com a vida que leva, resolve então, tirar uma licença de 3 meses do trabalho e velejar. Queria levar sua filhinha de 7 anos com ele, mas sua mulher não concorda. Entram em acordo e resolvem que Maria iria com o pai nos ultimos 3 dias da viagem, no veleiro.
Só que, de repente, Maria some. Não está em parte alguma da embarcação e vc sofre junto com a angústia desse pai, querendo encontrar a sua filhinha.
Inicialmente contado em primeira pessoa, depois em terceira pessoa.
Comparo com uma Montanha Russa, subida lenta, no início, mas ao atingir o pico que é o desaparecimento de Maria, a leitura toma proporção vertiginosa e a gente não sossega enquanto não devora toda a narrativa.
Autor holandês que me conquistou demais !
Livro reflexivo que te dá aquela sacudidela e te deixa pensativo.
Adorei !
Super recomendo !
NOTA : 10
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Bárbara Gomes 13/11/2016

Que livro surreal! Muito interessante e envolvedor.
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04/12/2016

Adorei o livro No Mar.
Comecei a ler e me parecia mais um livro de aventura.
Conforme o narrador foi descrevendo a sua vida a gente começa a ficar em dúvida se ele está buscando aventura ou se é simplesmente uma fuga de tudo.
"Nas primeiras horas no mar a gente pensa no outro lado , mas quando o outro lado está à vista, você já não quer mais chegar lá".
Acho que considerar No Mar como um livro de aventura é a mesma coisa que entender Crime e Castigo como um simples livro policial.
O que me pegou nesse livro foi a forma sensível e poética com que ele mostra a premente necessidade de todo homem de se valorizar como marido e como pai. A gente navega primeiramente por águas tranquilas, depois vem as tormentas internas e externas.
Interessante a diagramação da Cosac. Os textos começam em diferentes alturas em cada página dando um sentido de ondas ou marés. Bem legal.
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ElisaCazorla 09/12/2016

Balanço do mar em cada página
Por que comprei este livro? Porque parecia interessante, autor desconhecido, boas críticas e editora prestes a fechar as portas. Não podia esperar muito. Não queria arriscar um possível esgotamento da edição. As chances de outra editora manter um autor desconhecido no mercado são mínimas. Comprei e li logo depois para saber se fiz uma boa compra. Fiz!
O que mais me chamou a atenção é a maneira como as páginas do livro tentam 'imitar' o balanço do mar. Em cada página o parágrafo se inicia num lugar diferente. Ora alto, quase no limite da folha; ora bem baixo, quase no rodapé, em outros momentos simula uma calmaria e os parágrafos começam no meio da folha por algumas páginas. Lemos e sentimos o balanço do mar junto com o protagonista-narrador.
Um livro simples mas intenso ao mesmo tempo. Acho que deveria ter mais umas 200 páginas. Saio do livro querendo um pouco mais. E depois?? E agora?
Diferente do que geralmente leio. Ambiente diferente. Narrador diferente. Seguimos com o protagonista como se estivéssemos dentro de sua mente. Como se fôssemos os seus pensamentos.
O mistério sobre o sumiço da filha não é o mais importante (para mim, pelo menos não foi) pois durante a leitura o narrador dá pistas sobre o que pode estar acontecendo. O melhor do livro é a leveza e a intensidade da narrativa. Foi uma ótima leitura!
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Hildeberto 31/12/2016

Último livro de 2016!!!

"No Mar", de Toine Heijmans conta em primeira pessoa a história de Donald em primeira. Holandês de meia idade, casado e pai de uma filha de sete anos (Maria), decide tirar três meses sabáticos para navegar sozinho pelo Atlântico e o Mar do Norte. No último percurso de sua jornada, encontra-se com sua filha para com ela navegar de volta a Holanda.

O pano de fundo é esta viagem solitária pelo mar. Mas, para mim, trata-se também de uma narrativa sobre confusão psicológica, alguém tentando se encontrar, uma pessoa que se sente por várias vezes abalado pelo quotidiano, pela vida. Alguém que tenta desesperadamente se reencontrar após ter se perdido na rotina do trabalho e nos desafios da paternidade.

Mas o problema em tentar se encontrar é que no caminho nós podemos nos perder. E é disso que também trata o livro: o que nós faz querer voltar e enfrentar os desafios do dia a dia. Se não fosse isso, algo ou alguém, será que voltaríamos ao lar ou apenas iríamos em frente, sem fim determinado?

Enfim, trata-se de um livro introspectivo, psicológico. Uma reflexão pertinente a todos.

Sobre a edição, devo destacar o cuidado da Cosac Naify (toda vez que menciono essa editora, fico triste ao lembrar da sua falência) em editar cada capítulo com alturas diferentes. Alguns possuem mais linhas, outros menos, dando o efeito do vai-e-vem das ondas do mar.
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PuddingPop 19/02/2017

Agonia
“Quero mostrar a ela que existe um outro mundo, com outras regras. Quero ensinar a ela como é viver no mar. ”
É muito difícil falar sobre este livro sem soltar spoilers, pois é um livro curto, mas muito intenso, sendo que o mote da obra, sua essência, é o que descobrimos no final.
Mas vamos lá. Primeiro temos que ter em mente que a relação do homem com o mar e a navegação é muito diferente em relação aos povos nórdicos e dos países baixos do que no restante do mundo, no caso, o autor da obra é holandês e o seu personagem também é holandês, a Holanda foi uma potencia marítima na época das grandes navegações, juntamente com Portugal e Espanha.
Tenho comigo que o personagem principal da obra é um anti-herói. Muitos irão discordar, mas na minha concepção ele é um anti-herói na essência, precisa de muita coragem para fazer o que ele fez...
Ele quer se livrar da angústia que o trabalho lhe traz, então ele se lança ao mar numa empreitada de três meses pelo Mar do Norte, o perigoso e traiçoeiro Mar do Norte. Ele é casado e tem uma filha. Ele quer ensinar a filha tudo que sabe sobre navegação e o mar. Ele pretende levar a filha junto na última perna do trajeto. Ele tem um sonho, mas a angústia continua perseguindo ele no mar...
É um livro angustiante, você termina de ler e perde o norte, você fica mareado, você fica com uma dor no coração procurando um porto seguro...
Mas não deixe de ler, embarque nessa emoção, se jogue nesse mar, enfrente essas ondas, siga as luzes do seu farol, alguém pode estar a sua espera no ancoradouro...
“A escolha foi minha. Eu queria aventura. Quando lemos aventuras, são histórias de heróis. O homem contra a água. O homem contra a montanha. O homem contra o mundo selvagem, contra a natureza. Mas agora que eu vim parar numa aventura, ela não tem nada de romântica. Faz um frio de rachar. ”


site: https://www.instagram.com/puddingpop69/
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Cláudio Dantas 21/07/2018

A frase "Não sei o que pensar, só sentir" se encaixa perfeitamente no meu estado de espírito após terminar a leitura desse livro. Uma história tão simples que me causou muito impacto apenas pela forma com que foi contada. Esse é aquele tipo de livro que te faz formular trocentas teorias sobre o que pode ter acontecido, mas nenhuma delas é totalmente conclusiva.

O cenário por si só, onde a história se passa, já é angustiante: o mar. E o autor ainda consegue torná-lo mais sufocante e assustador. Tudo isso por causa da estrutura narrativa que ele escolheu para escrevê-lo. Só lendo para saber do que estou falando. E que final arrepiante. Literalmente arrepiante. E sinceramente não sei o que pensar...

Uma leitura que na minha cabeça tinha tudo pra ser despretensiosa mexeu comigo de uma forma que eu não esperava. Recomendadíssimo.
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jota 07/05/2017

O pai da pequena sereia...
No Mar começa bem, como um livro de aventuras: há várias menções a Moby Dick, de Herman Melville e o próprio barco do navegador se chama Ishmael. Toine Heijmans, autor holandês, também faz referências à história de Ariel, a pequena sereia, um conhecido conto do dinamarquês H. C. Andersen. O livro parece conter dados autobiográficos romanceados (conforme li no Estadão) e também se reporta a uma história real (o desaparecimento de um navegador britânico chamado Donald). Aventura, suspense ou fantasia, no entanto, não vão ser exatamente a tônica deste romance.

Donald, o navegador, sua filha de sete anos, Maria, e a esposa Hagar (esta sempre em terra firme, com os pés no chão) na verdade são os personagens de uma narrativa sobre paternidade e tudo mais que este conceito pode envolver. Então, a partir de certo momento (próximo da metade do livro, penso), o que parecia uma aventura no mar e suas alegrias - e vários perigos também - , cede lugar a uma história desenvolvida basicamente num plano psicológico, reforçado quando a menina desaparece no barco. Desaparece mesmo?

A parti daí e igualmente por conta da sinopse, que contém spoilers (quarentão em crise pessoal; narrador nada confiável), você mais ou menos imagina ou consegue adivinhar o que pode ou vai suceder de fato nas páginas seguintes, até o final. No Mar então perde um tanto do interesse do leitor que, confesso, em pouquíssimos momentos foi grande no meu caso. A vantagem é que este é um livro curto, mas que pode chamar mais nossa atenção por seu projeto gráfico (afinal é um livro da finada Cosac Naify) do que propriamente pela narrativa que traz.

Holandês por holandês, melhor ler O Jantar, de Herman Koch, que também trata de pais e filhos.

Lido entre 28/04 e 03/05/2017.
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Valério 15/09/2017

Diferente
Livro diferente. O título não poderia ser mais explicativo. 98% se passa no mar. Donald é um funcionário desgostoso com seu trabalho que resolve velejar por 3 meses nos mares do norte europeu. Um livro que me deixou bem tenso no meio. E perdido no final, de várias formas. Daqueles livros que terminam no papel, mas continuam na sua cabeça. Você tem que terminar a história..
Como gosto de livros diferentes... Acho que valeu a pena
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Sil 14/11/2017

ENTROU PRA LISTA DE MELHORES DE 2017
Olá,
Nessa história temos um homem que ama o mar e ama velejar. Logo no início do livro, você já fica sabendo que ele pegou três meses sabáticos no trabalho, para poder fazer um trajeto no mar com seu veleiro. Sim, ele vai ficar três meses no mar velejando.
Com o desenrolar da narrativa, você descobre que a filha dele embarcou no veleiro no trajeto final da viagem, faltando dois dias para chegar no destino, onde eles irão encontrar com sua esposa. Essa última parte da viagem terá apenas dois dias de duração, e o nosso velejador conta como se preparou para essa etapa, pois estará á bordo com ele, uma criança de 7 anos, e o cuidado e a atenção precisam ser redobrados.
Durante a leitura, você vai receber lições sobre velejar e sobre o mar. Vai ouvir histórias de velejadores. E as histórias são muitas: velejadores que cometem pequenos erros e acabam encarando ondas tão gigantes que engolem o veleiro. Histórias sobre homens que ficam tanto tempo velejando que se esquecem, que ficam desidratados, que acabam não voltando.
Aos poucos você percebe que existe algo errado com esse homem. As coisas que ele faz, não tem tanta coerência com o que ele diz ser o correto a fazer. Você percebe que ele não é confiável. Você percebe que os pensamentos dele são confusos, e para piorar o quadro, algo ruim acontece, mas você não tem exatamente certeza do que é. E de repente, você se pega julgando esse cara o tempo todo, tudo o que ele faz parece estúpido aos seus olhos, e você próprio quer assumir o controle do veleiro para resolver tudo.
A narrativa vai alternando entre as memórias do velejador no passado, e as ações dele no presente. Esse é um livro muito curto, que te deixa em contradição, com medo e com muita raiva. Porém, é um dos melhores livros que li esse ano. A narrativa do autor é bastante fluída, e as histórias inseridas dentro do livro são muito interessantes que te deixam grudado no livro.

Abraços.

site: www.revelandosentimentos.com.br
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Compre pela capa 07/01/2018

A SINGULARIDADE DO LIVRO "NO MAR", DE TOINE HEIJMANS
"No Mar" é um livro para se ler em algumas horas, como aconteceu comigo. Ele te impede de respirar antes de terminar a leitura.

Quase que literalmente.

A angústia sentida lendo ao livro é indescritível, mas mesmo assim, merece ser lido, com toda certeza.

ENREDO

A história nos conta sobre um homem na casa dos 40 anos, que se sentindo fracassado na empresa em que trabalha, resolve realizar seu sonho de velejar sozinho.

Ele diz a mulher que recebeu da empresa 3 meses sabáticos, para viajar e recolocar-se no lugar, pois sentia-se desvalorizado, em meio a colegas jovens que recebiam promoções que deveriam ser dele.

Partindo por 3 meses em seu veleiro Ishmael - homenagem ao personagem principal do clássico Moby Dick - nosso protagonista passa por inúmeros lugares diferentes e têm a oportunidade de conhecer muitas pessoas novas, mas prefere a solidão de seu veleiro, no mar.

"Se não fizer como combinado, eles arrastam meu barco para dentro. De volta às pessoas e suas coisas. Um barco pode zarpar, mas no fim tem que retornar a um porto. O mundo é assim. Os únicos barcos que permanecem no mar são os que naufragaram".

O enredo alterna entre presente e passado. No presente, podemos perceber que são as últimas 48 horas dessa viagem, em que a filha de sete anos do protagonista embarca com ele nessa aventura. Só os dois, pai e filha velejando da Dinamarca para a Holanda, onde ambos residem junto com a mãe e esposa, Hagar.

Desejando passar um tempo a sós com Maria, a filha de longas tranças loiras, ótima nadadora e muito inteligente, e sentindo a necessidade de ensiná-la a vida no mar longe das mesmices da terra firme, Donald, nosso protagonista, encontra uma forma para convencer sua mulher Hagar a concordar com essa "loucura", afinal, nunca havia velejado antes...

OPINIÃO

Mas porque então o livro te tira o fôlego e lhe proíbe de abandoná-lo antes de chegar ao fim? Por que no meio da viagem dos dois, a criança desaparece misteriosamente durante a noite.

Donald então, que seguia metodicamente passos para velejar corretamente, se vê numa situação inacreditável e aterrorizante: a perda de sua filha, que provavelmente caiu no mar.

A leitura se torna então, desesperadora, pois nos colocamos no lugar do pai que corre contra o tempo para tentar salvar a vida de sua filha de sete anos. Imaginamos o pior e depois o melhor, nos desesperamos e depois nos tranquilizamos, a leitura parece o balanço de um barco no mar.

Um detalhe interessante é que Donald foi inspirado em Donald Crowhust, um velejador inexperiente que acabou ficando louco depois de passar oito meses sozinhos no mar e morrendo, durante uma competição.

"Quando você não consegue mais raciocinar com clareza, o mar te arrasta com ele".

O que Donald mais queria era que essa viagem o mudasse, como marido, como pai, e como homem. E de um modo totalmente inesperado, isso aconteceu, a viagem o mudou completamente.

site: comprepelacapa.wixsite.com/home
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