Marriete 19/07/2020
O Espadachim de Carvão e as Pontes de Puzur - Resenha
Esse é o segundo livro sobre as aventuras de Adapak, aqui, ele une-se a Sirara, trabalhando com ela e sendo também o seu companheiro. Já foi dito que Adapak é um rapaz bastante curioso e que ama os livros e o conhecimento que pode adquirir através dele. Então, não é a toa que Sirara o leva a uma biblioteca para que nosso jovem afaste o tédio que se apoderou dele. E enquanto a capitã sai para uma reunião ele mergulha em histórias e nós, claro, o acompanharemos.
O enredo se passa em dois momentos: no presente, encontramos Adapak imerso em seu aprendizado teórico, e, no passado, onde as leituras de Adapak nós levará através dos tempos para conhecer um personagem famoso em Kurgala e ao mesmo tempo misterioso. Acompanharemos Puzur e suas peripécias, seus roubos e suas viagens.
Acredito que Puzur tenha sido um ser muito injustiçado pelos habitantes de Kurgala. Embora ele seja um ladrão, (o que não é nada louvável), Puzur tem sentimentos nobres, e, sabe exatamente quando usá-los. Tudo que Puzur fez em sua vida nada mais é do que o resultado em que a sua infância sofrida o transformou. Ele é esperto e ardiloso mas também sabe ser gentil e cumpridor de sua palavra. Ele tem um propósito e fará qualquer coisa para alcançá-lo.
Que atire a primeira pedra aquele que nunca errou, aquele que não fraquejou e aquele que não mentiu. Não importa se foi um erro ou uma mentira pequena ou grande, todo mundo já teve sua cota. Puzur fez tudo isso em busca da proteção de seu sentimento frágil, da sua criança interior abandonada. Não é certo mas é compreensível.
Não consigo discernir dentro de mim qual personagem gosto mais, se é Adapak ou Puzur! Antagônicos em quase tudo, semelhantes de várias formas mas além de tudo sinceros em suas verdades. Não consegui sentir ódio ou ressentimento por eles em nenhum momento, ao contrário, me inspiraram compreensão em seus erros e ingenuidades, os parabenizei por suas ações gentis. Li o segundo livro e ainda quero mais. Vai ser difícil me desapegar dos personagens porque não aceito que suas histórias acabaram. É um livro de leitura ágil e interessante quando o leitor perceber já leu, já acabou e deixa um gostinho de nostalgia.
Recomendo a leitura.
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