Isabella.Wenderros 03/10/2020A história de IsmaeQuando vi a sinopse de Perdão Mortal, automaticamente fiquei curiosa. Eu amo ler histórias que se passam durante a Idade Média e nunca tinha lido nada que falasse sobre freiras, principalmente freiras assassinas.
Logo no começo da leitura eu fiquei envolvida e ávida para entender todo o enredo. Ismae Rienne foi marcada como a filha de Mortain, o deus da Morte, e isso trouxe apenas sofrimento e vergonha para sua vida. Quando é enviada clandestinamente para o convento de Saint Mortain, a jovem encontra um lugar que finalmente pode chamar de lar. Ao invés de passarem seus dias rezando ou fazendo caridades, as moças que são aceitas nessa instituição aprendem a servir à seu deus de outra maneira: matar os marcados por Ele.
Depois passar três anos estudando para conseguir ter as habilidades necessárias, Ismae recebe sua primeira missão e acaba ficando presa na teia política que prendia toda a Bretanha naquele período. Quando é enviada pela abadasse para corte com o objetivo de espionar Gavriel Duval, a jovem vai começar a perceber que precisa descobrir mais principalmente sobre seu próprio destino.
Gostei de muita coisa nesse livro: a ideia da autora é excelente, a escrita é simples e fluída, os personagens foram me cativando lentamente e – o que eu mais gostei – me senti no meio daquela corte cheia de intrigas e traições.
Mesmo que existam personagens masculinos importantes para todo o enredo e que floresça um romance, nada disso é o foco; para mim, ficou claro que o objetivo da autora era mostrar a força e coragem das mulheres que estão presentes em sua história. Mesmo que tenham pouco em comum entre si e enfrentem problemas diferentes, elas se unem e lutam para vencer os obstáculos que vão surgindo da melhor forma possível.
Eu desconfiei de determinadas pessoas e criei mil teorias – acertei sobre o grande traidor, mas jamais imaginei o motivo. Estou curiosa para saber se a autora vai explorar mais isso no próximo livro. Li sem parar por horas, torci para que os planos de Duval funcionassem, chorei quando alguns personagens saíram de cena e vibrei quando as coisas foram entrando nos eixos. Eu preciso saber mais sobre o convento e como tudo aquilo funciona, cismei logo nas primeiras páginas que alguma coisa está errada e fiquei com essa dúvida cada vez mais forte.
Enfim, foi uma leitura prazerosa que me surpreendeu e animou. Acredito que seja ótima para quem está em uma ressaca e goste de romances históricos. Assim que terminei, já corri para comprar Divina Vingança e descobrir o que Robin LaFevers planeja fazer nessa trilogia.