priscila.wenzel 07/03/2018Amei!
Quando tinha apenas 09 anos, Kat perdeu uma das pessoas que mais amava, seu pai, de uma forma cruel e traumática. Devido a essa perda ela fez uma promessa para ele e para si mesma: ajudaria as pessoas que mais precisavam, assim como seu pai fazia.
Dezesseis anos depois e contra a aprovação da mãe e de seus amigos, Katherine se tornou professora do presidio Arthur Kill. Lá ela dá aulas de literatura para ao presidiários.
Amorosa, dedicada à profissão e seus alunos e muito empenhada, Kat é dona de lindos cabelos ruivos e olhos verdes, mas se engana quem acha que ela é uma pessoa frágil. Kat, apesar dos traumas que carrega, é uma mocinha valente, determinada e de pulso firme. Nem mesmo o novo e problemático aluno, Wesley Carter consegue intimidá-la.
Carter está preso por porte de drogas. Apesar de ser temperamental, cabeça quente, com um humor inconstante e quase dois metros de “não me importo com nada”, Carter é leal às pessoas que gosta, entre eles seu melhor amigo Max.
Assim que ele conhece Kat, os dois com seu jeito “não vou deixar você passar por cima de mim” faz com que role um atrito entre eles. Uma atração misturada à irritação.
“A Srta. Lane tinha cativado Carter total e verdadeiramente e ele não sabia ao certo se estava perturbado ou fascinado com aquilo, ele mal a conhecia.”
Carter só aceitou as aulas de literatura, porque precisa ter bons comportamentos para conseguir sua condicional e assim sair da prisão.
Quando fica sabendo disso, Kat resolve ignorar o comportamento rebelde e quase infantil de Wes e resolve ajudá-lo, dando aulas particulares para ele.
E é durante essas aulas que os dois começam a se entrosar. Kat descobre que Carter é super inteligente e a irritação que sentia por ele, começa a ser substituída por admiração. Carter por sua vez vai se envolvendo com Kat cada vez mais, ficando difícil guardar o segredo dela.
Kat não sabe e Carter logo descobre que eles tem uma conexão envolvendo a morte do pai dela. Uma conexão que quando Carter revelar à Kat pode juntá-los ainda mais ou separá-los.
“O coração de Kat batia ferozmente. O toque dele em seu braço era tão reconfortante que ela não ousava pedir que ele parasse, e quando os olhos dele se fixaram em sua boca, ela sentiu um calor entre as pernas. Kat molhou os lábios instintivamente com a ponta da língua. Nenhum homem jamais tinha olhado pra ela do jeito que Carter olhava.”
O livro é cheio de cenas divertidas. Carter com seu temperamento rebelde e explosivo nos faz rir em alguns momentos e ter vontade de esganá-lo em outros.
Quando ele descobre a conexão que tem com Kat, sua Pêssegos, sua postura com ela muda completamente e os encontros dos dois passam a ser fofos e mais divertidos.
Kat é uma mocinha super forte que mesmo com a imposição da mãe e a falta de apoio dos amigos, continua seguindo pelo caminho de fazer o que ama. Poucas vezes gostei tanto de uma mocinha logo de cara como gostei dela.
E apesar de no começo ela tentar resistir à Carter por eles serem professora-aluno, ela logo se rende e segue seu coração mais uma vez, se mostrando disposta a lutar por ele e a passar por cima de qualquer preconceito.
É um casal apaixonante, que tem química o que nos rende várias cenas fofas e quentes.
“Não sei o que vai acontecer quando voltarmos à cidade. Mas o que eu sei é que não quero mais ninguém além de você. Quero ficar com você pelo tempo que me quiser. Quero mais noites como está e quero poder andar na rua segurando sua mão e sabendo que, uma vez na vida, todos os outros caras invejam o que é meu.... Você é tudo pra mim, Pêssegos. Sempre foi. Sempre. Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Você é meu tudo. – Carter.”
Fazendo um rápido adendo, não consegui gostar da amiga de Katherine, Beth. Achei a personagem intrometida e desnecessária demais. Na minha opinião, sendo amiga de Kat, Beth deveria apoiá-la e não ficar ao lado da mãe de Kat e suas opiniões absurdas.
Eva foi outra personagem de que não gostei. Mãe super protetora, que quase sufocava a filha com seu preconceito e excesso de zelo pra no final se mostrar uma grande hipócrita. Graças a Deus na história, Kat puxou muito mais ao pai do que à mãe. Ou talvez tenha se mostrado uma mistura perfeita de ambos.
Max é o terceiro na lista dos personagens que não gostei. Entendi todo o sofrimento que ele estava passando, mas achei seu comportamento um pouco egoísta. Ele não estava fazendo nada pra melhorar, só se afundava cada vez mais e queria que Carter estivesse o tempo todo ali ao lado dele pra salvá-lo.
Ben e Riley já foram dois personagens que eu adorei, que se mostraram verdadeiros amigos dos nossos protagonistas. Riley um dos detentos, ficou amigo de Carter e o aconselhou várias vezes durante o livro. Ben por sua vez, ajudou Kat quando ela mais precisou. Esses sim, são exemplos de verdadeiros amigos.
Por mim, devo ressaltar mais uma vez a química entre Kat e Carter. A conexão bonita que eles têm, a forma como Carter sempre foi apaixonado por sua Pêssegos e nunca a esqueceu.
São dois protagonistas fortes, de opinião e gênio forte, totalmente encantadores.
Então, super recomendo o livro.