As Tumbas de Atuan

As Tumbas de Atuan Ursula K. Le Guin...




Resenhas - Os Túmulos De Atuan


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Dani 27/10/2017

Resenha para o blog Livros & Café
É sempre assim: crio altas expectativas com relação a um livro, e no final, acabo me decepcionando. Eu já deveria estar acostumada, porém, não estou. Vou explicar o motivo desse livro não ter-me conquistado tanto, não da maneira que eu gostaria.

Quando Tenar nasceu, ela foi predestinada a assumir seu lugar como a Sacerdotisa Única. Quando ela tinha seis anos de idade, ela foi levada para longe de seus pais. Quando ela nasceu, seus pais sabiam que não podiam se apegar menina, já que ela seria levada para longe. Quando chega ao Templo, ela não pode mais usar o nome que recebeu; ela é renomeada Arha, guardiã das Tumbas de Atuan.

Tenar, agora Arha, não se lembra da sua família. Seu lar agora é no templo, e ela precisa assumir seu lugar como Sacerdotisa Única. Ela é a responsável pelos sacrifícios nas Tumbas e também, por guardar os caminhos do labirinto, um caminho que só ela pode conhecer. Esse caminho leva ao grande tesouro: o Anel de Erreth-Akbe. Essa relíquia é cobiçada por muitos, e é isto que Ged tentará roubar.

O livro é mais focado na Arha e na sua vida no Templo. O caminho dela se cruza com Ged quando ela o pega tentando roubar o anel de Erreth-Akbe. Sem conseguir matá-lo, a jovem o prende como seu prisioneiro. Mesmo sabendo que deveria matá-lo, Arha também deseja conhecer mais sobre o ladrão, e passa a fazer perguntas a ele. Outras sacerdotisas querem vê-lo sendo sacrificado, mas Arha não sente o mesmo.

Este livro é bem mais parado com relação ao primeiro. O Feiticeiro de Terramar tem um ritmo um pouco lento, mas também tem algumas cenas de ação. Nesse volume não há a presença dessas cenas, por isso, acabei ficando um pouco desapontada com a obra, e demorei um pouco para pegar o ritmo. Gostei dos personagens. Gostei bem mais do Ged do que da Arha. Eu não consegui ver muita força na personagem, não o mesmo que vi em Ged.

Em suma, eu fiquei um pouco desapontada com o livro. Não que ele seja ruim, mas eu esperava mais dele. A escrita da Ursula é boa, mas não consegui me senti tão envolvida com a narrativa. Ele tem um final em aberto para o próximo volume. Ainda não sei pretendo ler o terceiro livro. Caso você tenha interesse nesse livro e também no primeiro, leia. Tire suas próprias conclusões.
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Adriana 28/10/2017

As Tumbas de Atuan de Ursula K. Le Guin
Antes de começar com a resenha, é importante que você saiba quem é Úrsula K. Le Guin. Escritora surgida na década de 1960, Ursula Le Guin conquistou diversos prêmios literários ao longo de sua carreira, entre eles o Prêmio Nébula - concedido anualmente pelo Science Fiction and Fantasy Writers of America (SFWA), para os melhores trabalhos de ficção científica/fantasia publicados nos Estados Unidos – e, também, o prêmio National Book Award na categoria livros infantis, em 1973. É uma autora de mão boa, tendo publicado diversos títulos nos campos da Fantasia, da Ficção Científica e até na área acadêmica.

Infelizmente, nós não tínhamos muitos títulos da autora traduzidos aqui no Brasil. Sua obra mais famosa em terras tupinambás seria, talvez, “A Mão Esquerda da Escuridão” - vencedor do Prêmio Hugo, em 1968. Mas a Editora Arqueiro acaba de lançar, em uma edição completamente repaginada e bem elaborada, uma das obras mais influentes de Ursula K. Le Guin: O Ciclo Terramar.

Composto por cinco volumes, O Ciclo Terramar narra as aventuras de Ged, ou O Gavião, um dos magos mais poderosos do arquipélago de Terramar.

No primeiro livro da série, O Feiticeiro de Terramar, acompanhamos as primeiras aventuras de Ged, até então um jovem rapaz que deixa a ilha de Gont para tornar-se um aprendiz de feiticeiro. Talentoso, mas bastante arrogante, Ged acaba libertando uma criatura das trevas, que passa a persegui-lo (você pode ler a resenha completa no blog Memórias Literárias).

A característica mais marcante no início da série é a jornada do herói. Ged, que até então é só um jovem aprendiz da magia, não tem ideia de todo o seu potencial. Ele é teimoso, impaciente e arrogante, e está mais do que desesperado para aprender as magias e os encanamentos mais complexos, o que o conduz numa viagem por todo o arquipélago de Terramar.

Já no segundo volume da série, As Tumbas de Atuan, Ged não é exatamente o protagonista. É interessante dizer que, num primeiro momento, Ursula K. Le Guin não tinha imaginado uma continuação para “O Feiticeiro de Terramar”. Mas depois do estrondoso sucesso de “A Mão Esquerda da Escuridão”, a autora não só decidiu revisitar seu universo, como também dar vida a sua primeira protagonista feminina.

Escolhida ainda aos seis anos de idade para se tornar a suma sacerdotisa da obscura seita dos Inominados, Tenar vê tudo aquilo a que mais amava ser arrancado de sua vida, inclusive seu própria nome. Ela passa a se chamar Arha e se torna, então, a suprema guardiã das tenebrosas Tumbas de Atuan, um labirinto sombrio e sagrado para os Inominados, onde estão guardados seus mais valiosos tesouros.

Já adolescente, Arha segue seu destino com resignação, até deparar-se com um feiticeiro autonomeado “O Gavião” – isso mesmo, o Ged! – que está ali para roubar o precioso Anel de Erreth-Akbe, uma relíquia mágica e dos maiores tesouros dos Inominados. Ele só não esperava ser capturado pela suprema guardiã das Tumbas de Atuan.

Sentenciado à morte nas trevas eternas, Ged aguarda seu destino cruel nas celas do escuro labirinto. Sua única esperança está em Arha, justamente aquela quem vai executá-lo. Mas esperto como só ele próprio sabe ser, Ged vai usar toda a sua inteligência e astúcia para mostrar a Arha uma outra versão dos fatos e, quem sabe, convencê-la a ir em busca de tudo aquilo que ela jamais teve a chance de desfrutar: sua própria vida.

Embora este segundo volume seja ainda mais compacto do que o primeiro, a narrativa construída em As Tumbas de Atuan tem um excelente ritmo. Os personagens são bem complexos e os diálogos entre Ged e Arha são bem intensos – uma característica marcante nos livros da autora. Liberdade, compaixão e autoconhecimento são os pilares sob os quais Ursula Le Guin decidiu dar continuidade às aventuras do feiticeiro de Terramar e são, também, a prova genuína da razão de a autora ser considerada uma das mães da Fantasia e da Ficção Científica.

A forma como Ursula K. Le Guin constrói seu universo fantástico é muito semelhante a outros autores de fantasia. Ela nos apresenta a magia e como ela funciona no mundo de Ged – todos os elementos possuem um nome oculto e, para controlar esses elementos, o feiticeiro deve conhecer esse nome. E embora este segundo volume seja ainda mais breve do que o primeiro, em momento algum a narrativa sai prejudicada.

A edição foi muito bem trabalhada pela Editora Arqueiro. O livro conta com uma belíssima ilustração de capa, e vem ainda com um mapa do Arquipélago de Terramar para você pendurar na parede e acompanhar a trajetória dos personagens.

Como dito anteriormente, a série conta ainda com mais três volumes e mais um livro de contos. Vamos esperar que a Editora Arqueiro nos traga todos com a mesma qualidade e capricho destes dois primeiros volumes.

site: www.meupassatempoblablabla.com
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Karini.Couto 28/10/2017

As Tumbas de Atuan é o segundo livro do Ciclo de Terramar e nele vamos conhecer as aventuras de Gavião ou Ged um mago poderoso que pouco a pouco vai descobrindo a que veio. Neste segundo volume vamos conhecer uma jovem que foi escolhida desde os seis anos para ser sacerdotisa da Seita dos
Inonimados. Sua vida muda radicalmente sem que nem perguntem se ela quer isso para si, seu nome já não é mais o antigo, passando a se chamar Artha se tornando a guardiã das Tumbas de Atuan, lugar sagrado para sua Seita e local de muito misterioso e tesouros inestimáveis.

Em dado momento seu caminho e de Gavião se encontram mas não de maneira positiva, Ged está ali para se apossar de um dos tesouros dos Inonimados quando é pego por Artha tendo uma sentença de morte e sofrimento eternos, seu destino está marcado e não há nada, nem ninguém além de Artha para impedir que o mesmo ocorra. Será possível Ged convencer Artha de que tudo aquilo foi inevitável, mas que não é dessa forma que deve terminar sua jornada?

Artha foi criada para ser a guardiã e suma.sacerdotisa sem escolha e mesmo assim aceitou seu destino; até aparecer Ged para lhe propor algo impensado antes por ela. Seria possível tomar outro rumo e ser dona do próprio destino? Será mesmo que a escolha é sua? Antes de ser Artha, ela era Tenar e deveria ter uma família que sequer se lembra! Seu destino como Sacerdotisa foi traçado e mesmo sabendo que deveria cumprir seu papel matando Ged, ela não consegue é o mantém prisioneiro, suas perguntas para Ged a estão levando a dúvidas sobre si mesma.

Bom, apesar de no primeiro livro o centro de tudo ser Ged, nesse segundo volume temos Artha uma jovem forte, com um destino traçado desde que era criança e que abraçou-o como única opção, dando o melhor de si. Ela foi moldada para ser impiedosa guardando os caminhos do labirinto das Tumbas e seus tesouros, porém uma pessoa limitada pelo destino que ao conhecer Ged, percebe novas perspectivas para sua vida além das que lhe foi apresentada. Ela fica em uma espécie de limbo, entre aquilo que foi criada para fazer e aquilo que gostaria de fazer.

Este volume foi mais devagar do que o anterior, talvez por inserir um novo personagem importante a trama e para de certa maneira nos ambientar ao enredo. A escrita da autora seja acelerada de aventuras ou mais branda com auto descobertas e escolhas importantes não deixa de encantar e prender o leitor, fazendo com que cada parte contada seja apenas um pedacinho de algo muito maior que está por vir.

Esta é uma leitura rápida e que nos deixa com muitas ideias para o próximo livro.
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Jeffa Koontz 21/06/2017

Sequência digna
Leiam minha resenha no blog Saga Literária. Muito obrigado!!

Www.sagaliteraria.com.br
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Adson 22/01/2018

Uma história sobre possibilidades de escolha e confiança.
O que você escolheria: o poder ou a liberdade? Trocaria um pelo outro?

A Tenar não foi dada a oportunidade de escolher, pois seu destino fora traçado no dia de teu nascimento. Ela foi obrigada a ser poderosa. E isso lhe custou muitas coisas: sua identidade, suas origens e sua liberdade.
Acontece que a alma da Suma Sacerdotisa das Tumbas de Atuan nunca morre. Seu corpo perece e seu espírito renasce em outra criança que tenha nascido no mesmo dia da “morte” da sacerdotisa anterior. Como Tenar fora a escolhida e reconhecida pelo Rei-Deus, seu tempo com a sua família estava contado: até mesmo seu pai, no primeiro capítulo, orienta a mãe a deixar a educação da menina de lado, pois a sua partida para o local sagrado dos Inominados era iminente. Ela já não lhes pertencia.

Ao tomar seu posto no Lugar das Tumbas com apenas 6 anos de idade, Tenar passa a se chamar Arha. Sua função passa a ser cuidar das Tumbas de Atuan e seu tenebroso labirinto, o que inclui viver para sempre em contato com a escuridão. A partir daí ela passa a pertencer à misteriosa seita dos Inominados.

Lá ela se reúne a outras duas sacerdotisas: Kossil e Thar. A segunda nutriu uma amizade por Arha, que tem que lidar com os recalques de Kossil. Ela também faz uma amizade muito bonita com seu guardião Manan.

Arha é uma personagem interessante: poderosa, mas meio que inconformada com isso, pois essa condição lhe foi imposta. Muito curiosa e questionadora, quer saber sobre tudo, como ela chegou a se tornar alguém tão importante para o Lugar sendo tão jovem, já que suas lembranças se esvaíram. Pena que ela perde muito tempo caminhando pelas catacumbas... A autora poderia ter explorado mais esses aspectos de Arha.

Então ela passa a conhecer tudo sobre ser Suma Sacerdotisa, o que inclui um conhecimento sobre o que há de sagrado e proibido nas tumbas, os seus prisioneiros e pra onde leva cada ramificação do labirinto das tumbas. Isso tudo longe da luz. Abaixo da terra.

Numa de suas infinitas incursões pelo subsolo, ela encontra o Gavião, ou Ged, (personagem principal do primeiro volume, O Feiticeiro de Terramar), que foi até Atuan recuperar um amuleto: a outra metade do Anel de Erreth-Akbe. Arha fica em dúvidas sobre o que fazer com ele: trata-lo como prisioneiro ou aceitar sua amizade e conhecer uma vida nova.

O leitor se sente claustrofóbico, pois os personagens estão a maior parte do tempo nas catacumbas escuras, e Arha faz caminhadas intermináveis no labirinto, o que deixa a obra num rito muito lento até mais da metade no livro. E a autora investiu muito nas descrições detalhadas... Parece acontecer pouca coisa até o encontro de Arha e Ged, quando a trama fica melhor. Isso me incomodou um pouco. E fantasia ainda não é meu gênero predileto, me tira completamente da minha zona de conforto, não no sentido de me cativar, mas de me deixar meio confuso mesmo.
Publicada em 1970, a obra transpôs algumas barreiras: na época era difícil uma obra conter uma protagonista feminina forte, ainda mais uma heroína, cheia de inquietações. Se tem algo que eu gostei tanto no O Feiticeiro de Terramar, quanto nesta obra foi o texto escrito pela autora depois de revisitar a sua obra vários anos depois, em outra conjuntura. Vale muito a pena ler. Esse fator é explorado de uma maneira bem lúcida, equilibrada e não radical pela autora no posfácio que, aliás, sempre faz posfácios melhores que o próprio livro brilhantes. Ela dá até uma alfinetada no feminismo radical, explorando que cada gênero (e cada indivíduo) tem seu lugar e função no mundo, cabendo a nós convivermos em harmonia, respeitando as escolhas dos outros.

As escolhas e a possibilidade de fazê-las são o assunto de As Tumbas de Atuan. Outros temas são: cooperação, amizade, colaboração, confiança e um pouco de teimosia. É sobre perder e depois tentar reconquistar a liberdade, mas que ser livre vai além de romper barreiras (físicas ou psicológicas), significa reconhecer as origens e a própria identidade e sobretudo admitir que, apesar de ser um paradoxo, precisamos uns dos outros para sermos livres.

Não sei se vou continuar a ler os outros volumes do Ciclo de Terramar, pois não é uma continuação de O Feiticeiro de Terramar, mas sim uma outra história. E Ged, um personagem bem interessante, que demora demais a aparecer e que seria um elo entre as estórias, parece ter perdido sua essência.
Conselho do tio: Apesar de ser considerada uma fantasia infanto-juvenil, seu tema agrada aos adultos plenamente. Arrasta-se até mais da metade do livro, mas depois fica ok.


site: https://guloseimasnerds.wordpress.com/2018/01/22/as-tumbas-de-atuan-de-ursula-k-le-guin/
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Acervo do Leitor 02/02/2018

Em um determinado ponto deste livro, Ursula fala sobre a liberdade e sobre as escolhas que às vezes temos e às vezes não sobre nossas vidas. As Tumbas de Atuan trata muito disso, sobre algo que nos é imposto e que nos faz mergulhar no poço da ignorância, presos sobre as correntes do desconhecido que nos conduz para uma vida de trevas e solidão. Esta é a vida de Arha, esta seria a vida de Tenar se não houvesse um Gavião em seu caminho, esta é a história do segundo livro do clássico Ciclo de Terramar de uma das mais geniais autoras de todos os tempos.

(…) A estrada sobe em direção à luz, mas o viajante sobrecarregado pode nunca chegar a seu fim (…)

As Tumbas de Atuan é um livro com tão poucas páginas, mas com tantas informações, tantas nuances e pontos a serem destacados – assim como foi seu predecessor -, que ansiamos por mais, muito mais. Livros de fantasia geralmente são verdadeiros calhamaços, com centenas e mais centenas de páginas, poucos são tão sucintos, tão diretos quanto o Ciclo de Terramar. Ursula usa cada livro de sua série para abordar temas recorrentes, temas que nos faz refletir sobre nossa conduta e paradigmas.

” – Você achou mesmo que eles haviam morrido? No fundo do coração sabe que não é verdade. Eles não morrem. São tenebrosos e imorredouros e odeiam a luz, a luz breve e luminosa da nossa mortalidade. São imortais mas não são deuses. Nunca foram. Não merecem ser cultuados por nenhuma alma humana”.

Tenar, ainda criança é tida como a Sacerdotisa Única Renascida das Tumbas de Atuan, e a partir de agora terá sua vida moldada ao culto que representa adoração e obediência aos seres das trevas conhecidos como Inominados, trilhando os caminhos que lhes são traçados por dogmas há muito estabelecidos, e continuar servindo as figuras que anseiam somente por viver na mais profunda escuridão. Neste ponto Tenar torna-se Arha. E os labirintos mortais e traiçoeiros de Atuan torna-se sua casa.

As Tumbas de Atuan situa-se em um local isolado do mundo, com costumes e crenças próprias e com pouca ou quase nenhuma interferência externa. As coisas mudam quando um forasteiro vem ao local com o intuito de roubar o mais precioso dos tesouros, desafiando o poder dos Inonimados, da fé e trazendo consigo uma centelha de claridade. E, em um local onde as trevas habitam, uma fagulha de luz faz com que as consequências sejam arrebatadoras. E é neste ponto que o livro mostra a que veio, pois Arha em seu papel de Sacerdotisa Única tem como dever liquidar qualquer afronta contra seus “Deuses” e cegar a si mesma sobre quaisquer outros caminhos. Entretanto, ela vê no forasteiro que há muito mais no mundo do que somente trevas.

(…) A liberdade é um fardo pesado e uma carga enorme e estranha para o espírito carregar. Não é fácil. Não é um presente dado, mas uma escolha que se faz, e a escolha pode ser difícil. (…)

Assim como no primeiro livro, Ursula pega uma personagem ainda criança e vai desenvolvendo. Olhando de maneira paralela, Ged e Tenar são muito parecidos e ao mesmo tempo muito diferentes. Tenar é para As Tumbas de Atuan como o Gavião é para O Feiticeiro de Terramar, uma protagonista em ascensão. Ao contrário de seu antecessor, Atuan não explora muito de Terramar, não há viagens pelos infindáveis continentes e exploração de suas várias cidades, todo o enredo se passa sobre o local e seus costumes. Não há muitos personagens, e os que há, são bem aproveitados. É notável a evolução de Ged, aquele garoto ambicioso e por vezes arrogante tornou-se alguém a ser admirado. Alguém capaz de transformar uma vida.

SENTENÇA
As Tumbas de Atuan é um clássico da Literatura Fantástica. Com uma história riquíssima e debates pertinentes, esta continuação da saga do maior feiticeiro de todos os tempos é algo próximo a uma linda canção que fica sobre os acordes do tempo, esperando para ser entoada. Leitura obrigatória para os fãs de fantasia e desta autora genial.

site: http://acervodoleitor.com.br/as-tumbas-de-atuan-resenha-ursula/
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bruno.rauber 25/02/2018

Eu honestamente sinto um pouco de dificuldade de me estender muito sobre um livro tão curto e com tão pouca história, mas a narrativa da Ursula K. LeGuin é tão gostosa, a construção do mundo de Terramar é tão fascinante e o desenvolvimento da personagem principal (que é de longe o foco aqui) é tão bem construído que é bem difícil de não recomendar a leitura de As Tumbas de Atuan, segundo livro do Ciclo Terramar. Sim, há um enfoque um pouco infanto juvenil, mas ainda assim, diferente de muitos do gênero, não trata o leitor de forma condescendente, como se ele fosse burro. Ainda acho o primeiro livro mais interessante, mas definitivamente fica uma vontade enorme de continuar a leitura da série.
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priscila.saatmam 13/03/2018

Úrsula K. Le Guin e seu legado
Tia Ursula Le Guin não brinca em serviço! Em "As Tumbas de Atuan", ela escreve uma reflexão poderosa sobre o poder da mulher. E chegar a essa conclusão foi incrível.

O livro conta a história de Tenar, filha de um casal camponês, ela é levada por um grupo religioso chamado "Inominados", curiosamente somente mulheres podem prestar ritos aos deuses que esse grupo idolatra. Aos seis anos ela perde seu nome, deixando de ser Tenar e cresce acreditando que ser Ahra é seu destino, que ser a suma-sacerdotisa é tudo o que ela deve e precisa ser, que isso é inquestionável.
Entramos na mente de uma jovem de 16 anos que vive quase que literalmente na escuridão, já que os seus domínios se localiza em um grande labirinto onde em lugares determinados o uso de luz é proibido. E... sim ela é uma autoridade, "inquestionável".
Mas a vida de Tenar se cruza com a de Ged, herói do primeiro livro e ela tem de fazer escolhas que colocam na balança todas as coisas tidas como inquestionáveis. Ela precisará tomar uma decisão.
Ursula nos abre os olhos sobre o maior poder que uma mulher tem: DECISÃO. Delicadamente ela tira Ged de foco, colocando-o como segundo plano, mas como complemento, como força mostrando que homens e mulheres podem cooperar entre si, pois no momento crucial de escolhas ambos precisarão unir forças Ged com a magia, Tenar com conhecimento. Mas o tempo todo o enredo flui a partir das decisões que Tenar toma, essas decisões eram a luz no meio da escuridão.
Com a história de Tenar podemos aprender que nós mulheres podemos guiar nossas vidas pelas nossas decisões e que elas nos tornam mulheres poderosas.

Enfim... Lute como uma garota!!!!
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Rotina Agridoce 29/03/2018

recomendo!
Para minha surpresa, este volume não começa imediatamente após aos acontecimentos do primeiro livro. Em vez disso, seguimos a vida da pequena Tenar que, por ter nascido no dia em que a Suma Sacerdotisa das Tumbas de Atuan morreu, é levada da família para ocupar o seu lugar, pois segundo a crença, a sacerdotisa sempre reencarna no dia em que morre, e por isso Tenar, com apenas 5 anos é retirada de seus pais e é obrigada a esquece-los e até mesmo o seu nome e assumir o nome de Arha. E agora, seu único objetivo é de servir os inominados e guardar as Tumbas de Atuan.
Assim, na primeira metade deste livro acompanhamos Tenar, agora Arha, na aprendizagem das suas funções. Mais ou menos no meio do livro, quando Arha tem quinze anos, surge de novo o nosso conhecido Ged, que visita as Tumbas de Atuan em busca da metade perdida do anel de Errth-Akbe, tentando cumprir a profecia que diz que quando o anel estiver inteiro a paz em Terramar será restaurada. Apesar das suas reticências iniciais, Arha aceita ajudar Ged e, com isso acaba por alterar seu destino.


Semelhante ao livro anterior, este também é uma história de transição para a idade adulta. Arha, ou Tenar, vive num mundo oprimido, com uma série de preconceitos e com o destino da sua vida traçada. A sua inquietude e vontade de saber são determinantes para que aprenda a questionar as coisas por si própria e ver para além dos limites que lhe são impostos. É impressionante como um livro tão pequeno consegue ser tão marcante, passando uma mensagem importante sobre liberdade e coragem.

Leia o restante da resenha no Blog Rotina Agridoce

site: http://www.rotinaagridoce.com/2018/02/resenha-1580-as-tumbas-de-atuan-ursula.html
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Robson Koudan 23/04/2018

As Tumbas de Atuan
Olá pessoal, que tal voltarmos a falar hoje de uma das melhores escritoras de Ficção Científica e Fantasia do mundo? Acertou quem pensou em Ursula K. Le Guin, e o livro escolhido é a continuação de O Feiticeiro de Terramar, do ciclo TERRAMAR já resenhado por nós, trata-se de As Tumbas de Atuan, o segundo livro dessa coleção. Agora abra sua mente e vamos entender um pouco mais desse universo de magia e aventura.
Embora seja o segundo livro, a história não é, necessariamente, uma continuação do primeiro, ainda que continua a história do primeiro. Confuso? Eu explico. O primeiro livro conta a história de um garoto prodígio e promessa da magia – Ged, que por conta de suas excepcionais habilidades era muito arrogante e pagou um alto preço por isso. Nesse livro, temos a história contada pelo prisma da jovem Tenar, que passará a ser chamada de Arha, a devorada, trata-se de um título das Altas Sacerdotisas das Tumbas de Atuan, um lugar antigo onde até mesmo os primeiros deuses guardavam seus segredos. É nesse lugar que a história de Ged e Arha se convergirão.
Tenar tinha por volta dos seis anos quando foi escolhida sacerdotisa, o critério era a data de nascimento da criança, do sexo feminino, que nasceu mais próximo da morte da Alta Sacerdotisa anterior. Não era uma opção dos pais deixarem ou não, a criança deveria ser levada para essa causa maior e deveria se esquecer de todo seu passado, de quem fora um dia no mais íntimo do seu ser, aqui, entendemos que o epíteto, “a devorada”, remeta a essa ideia não apenas no contexto fantástico da história, mas também há uma crítica social. Faço essa elucubração por ser essa autora muito politizada em causas que hoje possuem tantas bandeiras comparadas aos anos setenta, quando o livro foi lançado.
Num primeiro momento o livro é morno, sendo mais uma explicação do mundo pela ótica de Tenar, ainda criança, mas ainda sim imbuído de uma percepção aguçada de sua realidade; que um mundo prático e grande fora daquela comunidade que compunha seu universo. À medida que ela cresce, ciente das responsabilidades que lhe foram atribuídas, cresce também um ar arrogante inerente ao posto ocupado por ela, embora no seu íntimo, é perceptível o conflito da personagem de quem realmente ela era e se era aquilo que ansiava fazer de sua vida.
Os conflitos serão agudos quando ela se encontrar com Ged, o nosso herói arrogante da primeira história, que procura um anel nas Tumbas de Atuan, agora mais maduro e menos conflituoso. No primeiro livro, sua soberba o fez ser perseguido por sua sombra, seu lado negro, que o destruiria ou ele deveria destruí-la. Nessa história, mais ciente de sua condição e menos arrogante, e por vezes, muito educado, percebemos o crescimento dessa personagem.
Preciso chamar a atenção para a interação de ambos os personagens. Os conflitos dos dois jovens, quando estão perdidos num labirinto, nada mais é que uma alegoria que autora utiliza para discussões mais profundas sobre o papel dos homens e mulheres na sociedade que começam desde a adolescência. A procura do anel partido num lugar primevo é alegórico, temos de vê-lo como aliança antiga entre os dois sexos perdido há tempos. O que ambos procuram é uma unidade sem distinção entre os sexos, entre as funções, é uma união e uma convivência harmoniosa seja em nossa realidade seja no enredo fantástico.

A harmonia do pensamento de ambos vai aos poucos criando uma empatia mútua que faz você se conformar com a posição dos dois jovens. Pois no começo de suas histórias, eles são jogados nos postos que estão, não por vontade própria, e sim, pela força das circunstâncias de sua comunidade lhes obrigam, ou seja, pelos seus atributos sociais ou pelo seu gênero.
Esse livro parece desconexo até a metade da primeira história, porém, a meu ver foi um belo artifício para mostrar o quão grande é o mundo e quão plural são suas histórias. Precisamos ler essa autora, sempre que possível, por uma perspectiva psicológica e social. Suas histórias são ferinas, cortantes como um bisturi que nos mostram camada por camada de nosso mundo, o real, não o fantástico, e quando suas intenções forem bem interpretadas serão bordoadas contundentes na cara de nossa sociedade. Não preciso concordar com tudo que ela fala, apenas me permitir olhar o mundo por meio de suas histórias, de suas alegorias e simbolismos. Independente do que acreditamos, isso sempre é uma atividade interessante no exercício de entender o outro.
O livro é bem compacto, não leva muito tempo para lê-lo, possui 148 páginas. Todo o ciclo de Terramar contém cinco livros, e espero ansioso pela publicação dos demais.

Seeyou in space cowboy.

site: http://www.sempreromantica.com.br/2018/04/as-tumbas-de-atuan-ursula-k-le-guin.html
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Carlos 05/05/2018

Mágico
Ursula consegue novamente surpreender, um livro onde o personagem principal é uma mulher, e por isso toca em assuntos muito sensíveis como a liberdade.
O mais intrigante é que não me parece algo sobre feminismo ou algo do gênero e sim a liberdade de todas as pessoas, sobre o peso que essa mesma liberdade traz para as pessoas.
A introdução de Ged na história monstra a necessidade do auxílio, que todos precisam para poder enfim definir sua liberdade.
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Alexandra 05/06/2018

As tumbas de atuan
Maravilhoso! Vale muito a pena ler, me interessei pela saga toda des do feiticeiro de terramar, agora estou na praia mais longínqua que também estou apaixonada. É uma leitura prazerosa.
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LAPLACE 15/06/2017

Ritmo bem Lento
Tenar é Arha, a Devorada, a garota que nasceu na noite em que a Sacerdotisa das Tumbas faleceu, e por isso é a reencarnação da mesma, que renasceu para continuar seu trabalho de guardar o tesouro dos Inominados, igual vem fazendo nos últimos mil anos, e há mil anos antes disso.

Ainda com apenas 5 anos ela é levada de sua família para o Lugar das Tumbas de Atuan, onde será preparada para reassumir o posto de sua vida passada, e onde viverá até a chegada de sua morte, quando sua próxima encarnação tomará o seu lugar.

Arha nunca teve dúvidas sobre seu papel, até conhecer Ged, o mago vindo das Terras Interiores, que quer roubar o anel de Erreth-Akbe, igual muitos tentaram no passado e fracassaram. Cabe à jovem sacerdotisa decidir se cumprirá seu dever perante os Inominados, ou se desafiará tudo que sempre acreditou.

Querem saber o acontece? Então corram para ler o livro!

***

O Feiticeiro de Terramar, primeiro volume do Ciclo Terramar, escrito pela Ursula K. Le Guin, conquistou-me por sua narrativa diferenciada, mais pausada, sem apontar para um grande conflito no horizonte, como uma guerra, que explodiria ainda naquele exemplar, ou nas continuações seguintes. Então não hesitei em ler As Tumbas de Atuan quando soube de seu lançamento, porém, infelizmente, minha experiência não foi tão prazerosa como na vez anterior.

As histórias de Terramar - ao menos os dois primeiros livros, que foram os que tive contato até então - segue um ritmo mais lento, onde o grande obstáculo a ser vencido é o conflito interno do protagonista, é ele superar seus próprios medos, vencer seus defeitos e se tornar alguém melhor. Eu não diria que a autora escolheu essa fórmula pela época em que as histórias foram escritas - fim dos anos 60 e início da década de 70 -, pois, como ela mesma fala nos pósfácios das obras, seu objetivo é mostrar o crescimento dos personagens e não criar mais uma aventura fantástica com uma grande guerra, o que já parecia comum naquele período. O problema foi que, dessa vez, a trama ficou bastante vagarosa.

Com Ged, no volume 1, tivemos o lado positivo de que, por ser um mago, ele viajava por Terramar e assim nós conhecíamos esse mundo, e havia o suspense da sombra que o perseguia. Tenar é uma boa personagem, é interessante ver sua transformação ao longo das páginas, porém, além de quase toda a história se passar dentro do mesmo cenário, é tudo muito parado. Torna-se exaustivo ler as descrições detalhadas sobre o Lugar das Tumbas de Atuan, e igualmente cansativo acompanhar o dia a dia da protagonista, onde quase absolutamente nada acontece. Todo o debate de fé e religiosidade trazido à tona, e a quebra de paradigmas, chegam a nos fazer pensar, mas senti falta de um conflito mais envolvente. E quando o livro começou a ficar realmente envolvente, ele simplesmente acabou e nos deixou cheios de perguntas.

Pelo que vi, a série de Ged é composta por, pelo menos, mais 3 volumes, resta agora aguardar o lançamento dos demais para saber o que aguarda o futuro arquimago, e se serão dadas as respostas às perguntas que As Tumbas de Atuan levantou.
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Tamirez | @resenhandosonhos 07/08/2018

As Tumbas de Atuan
Acho que a primeira coisa que você precisa ter em mente quando for ler esse livro, e que era algo que eu não sabia, é que O Feiticeiro de Terramar foi escrito para ser um livro único. A autora revela essa informação no prefácio desse segundo volume e certamente faria mais sentido se isso fosse entregue antes ao leitor. Digo isso porque As Tumbas de Atuan soa muito mais como um conto dentro desse universo do que realmente como uma continuação.

O que aconteceu é que no primeiro livro a autora citou algumas das muitas aventuras vividas por Ged e não tendo deixado exatamente um gancho pronto, se utilizou de uma delas para construir um segundo volume. O problema é que Ged já não é o protagonista mais fácil de se apegar por sua personalidade distorcida, e quando aliado ao fato de que ele mal aparece na história e ficamos a mercê de conhecer uma outra personagem onde também falta carisma, nos confrontamos com um livro seco e difícil de se apegar.

As Tumbas de Atuan tem menos de 150 páginas de história e nós só reencontraremos Geg nos momentos finais do livro. Isso nos deixa com Tenar e sua jornada, em uma história que parece bastante desconexa da trama principal que vimos no primeiro volume. O Gavião será um mago lendário, isso nós sabemos, e a proposta dos próximos volumes pode ser apenas conheceremos feitos dele de forma isolada, interligando muito pouco entre as histórias, o que pra mim pelo menos não é algo positivo.

“De que adianta se apegar a alguém que você está fadada a perder?”

Após Feiticeiro de Terramar eu fiquei curiosa com a trama, mas com As Tumbas de Atuan eu retiro isso e provavelmente só vou dar continuidade nessa série se tiver alguma informação de que a história vai estar mais interligada daqui pra frente. Caso contrário, e a proposta é realmente contar pontos isolados que em casos mal foquem no protagonista “herói” apresentado, acho que paro por aqui.

Tenar não chega a ter uma personalidade marcante e isso é algo que me incomoda um pouco na autora. Sei que ela escrevia em uma época onde mulheres escritoras não eram bem vistas e que muito menos personagens desse sexo deveriam ter diferencial, porém esse já é o 3º livro dela que eu leio e vejo quase um desprezo pelo peso feminino nas tramas. Ou a construção social é extremamente machista, ou é uma personagem genérica e sem muita força. Tenar, ou a sacerdotisa Arha, como responde depois de um tempo, tenta soar forte, mas pelo menos a mim não convenceu. Às vezes parecia apenas uma menina birrenta que entende que possui poder e pode usá-lo pra impor seu status e vontade.

“Todo o seu poder consiste em obscurecer e destruir.”

A escrita da autora permanece no mesmo tom direto e sem enrolação. Não há muito enfeite em sua narrativa e inclusive a passagem do tempo é feita de forma muito rápida, afinal temos poucas páginas e uma história de origem e evolução pra contar. No começo da edição há um mapa detalhado do cenário principal onde essa história se passa e o mesmo mapa geral que encontramos no primeiro livro com um panorama total do universo.

Em resumo, eu verdadeiramente não gostei do livro e acho difícil que caso você já não tenha curtido tanto o primeiro venha a se identificar com esse. E, como já mencionei, dependendo do rumo que os outros livros dessa série são conduzidos, talvez encerre por aqui minha jornada nesse mundo que achei que se tornaria especial pra mim, afinal inspirou um dos meus queridinhos de fantasia, que é O Nome do Vento.

Agora, caso você não se importe com isso, ou tenha verdadeiramente amado o primeiro volume, é provável que encontre aqui alguns pedaços do quebra cabeça desse mundo e goste da experiência.

site: http://resenhandosonhos.com/as-tumbas-de-atuan-ursula-k-le-guin/
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Aryanna 09/08/2018

Em As Tumbas de Atuan, Úrsula K. Le Guin continua a nos maravilhar o fabuloso mundo de Terramar mas agora sob um ponto de vista totalmente diferente daquele encontrado no primeiro volume. Somos apresentados a ?O Lugar?, uma longínqua terra onde rituais e mitos reinam. Escolhida para ser a Sacerdotisa Única das Tumbas de Atuan, Tenar logo cedo foi obrigada a aprender a viver naquele local onde as regras não deixavam espaço para nada, nem mesmo para seu nome. Tenar, então, passou a se chamar Arha, a Devorada, e passaria a viver com a única missão de proteger as Tumbas de qualquer um que ousasse invadir tal território sagrado.

Criada com uma visão de mundo totalmente distoante daquela que vimos no primeiro livro, Arha foi criada encarando a magia como uma arte suja, como artifícios de enganação que não devem ser tolerados. As entidades temidas por Ged no livro passado, aqui são veneradas. Arha foi criada para apenas uma missão e com muitas regras para mantê-la confinada a isso; Ged foi criado para fazer suas próprias regras. Como seria o encontro de pessoas com perspectivas tão diferentes?

A leitura do segundo volume do Ciclo Terramar é rápida e instigante ? com 148 páginas, o livro pode muito bem ser devorado em uma tarde, não dando brecha a muitos pensamentos como ?oh! O que deve acontecer agora?? Não é um livro cheio de ação como eu esperava, mas com muito mistério e uma longa explanação sobre o novo estilo de vida a ser apresentado. Tais novidades acabam preenchendo algumas lacunas que persistiram na minha mente desde o primeiro volume e, como sempre, criando mais dúvidas ainda!

Lembro que ao ler o primeiro livro da série, achei as descrições enfadonhas e desnecessárias. Parece até que a autora previu minha crítica e foi bem mais ?certeira? desta vez, tiro meu chapéu a ela! Não apenas pela escrita mais concisa, mas também pela experiência que há algum tempo eu já não tinha: a de uma heroína imperfeita. Agradeço a ela (novamente) pela experiência de um mundo de fantasia totalmente diferente e à Editora Arqueiro pelos mimos de sempre: bottons, mapas e marcadores. Foi um livro rápido mas marcante; estou no aguardo do terceiro... Será que vai demorar muito?

(Resenha em http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2017/08/resenha-as-tumbas-de-atuan-ursula-k-le.html )
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