Caim

Caim José Saramago




Resenhas - Caim


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Geórgia 18/01/2021

Saramago sendo Saramago.
O primeiro livro do ano e não poderia ser melhor. Caim de José Saramago é impactante e divertido. Quando Caim mata Abel é condenado a vagar pela terra e morrer de morte natural. Mas na sua jornada pelo mundo, o Caim de Saramago se torna um viajante do tempo, indo para frente e para trás nas histórias do antigo testamento. José Saramago, com licença poética, reconta uma série de histórias bíblicas do ponto de vista de Caim e questiona a fé cristã em um deus bélico e vingativo.

O texto tem suas peculiaridades relacionadas à maneira como o escritor coloca o discurso direto, marca registrada do José Saramago, além da presença constante de ironia e crítica ferrenha ao cristianismo, também sendo essa uma característica do escritor. Mesmo sendo cristã,  dei muita risada e por vezes me questionei sobre algumas narrativas que eu já conhecia, mas nunca havia pensando da maneira como é colocada no livro. No entanto, isso de maneira alguma abalou a minha fé,  só me deu mais vontade de ler o antigo testamento e refletir sobre ele.  Se um livro me faz pensar, questionar e rever meus conhecimentos, conceitos e crenças, esse livro é bom, esse livro é ótimo.

Por isso tudo, recomendo a leitura.

"O erro é crer que a culpa terá de ser entendida da mesma maneira por deus e pelos homens."
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Raíra 10/11/2020

O autor faz uma alta crítica contada pela Bíblia, confronta os costumes.
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Badlagirl 27/08/2022

José Saramago reconta episódios bíblicos do Velho Testamento sob o ponto de vista de Caim, que, depois de assassinar seu irmão, trava um incomum acordo com deus e parte numa jornada que o levará do jardim do Éden aos mais recônditos confins da criação.
Se, em O Evangelho segundo Jesus Cristo, José Saramago nos deu sua visão do Novo Testamento, neste Caim ele se volta aos primeiros livros da Bíblia, do Éden ao dilúvio, imprimindo ao Antigo Testamento a música e o humor refinado que marcam sua obra. Num itinerário heterodoxo, Saramago percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha, conforme o leitor acompanha uma guerra secular, e de certo modo involuntária, entre criador e criatura. No trajeto, o leitor revisitará episódios bíblicos conhecidos, mas sob uma perspectiva inteiramente diferente.
Para atravessar esse caminho árido, um deus às turras com a própria administração colocará Caim, assassino do irmão Abel e primogênito de Adão e Eva, num altivo jegue, e caberá à dupla encontrar o rumo entre as armadilhas do tempo que insistem em atraí-los. A Caim, que leva a marca do senhor na testa e portanto está protegido das iniquidades do homem, resta aceitar o destino amargo e compactuar com o criador, a quem não reserva o melhor dos julgamentos. Tal como o diabo de O Evangelho, o deus que o leitor encontra aqui não é o habitual dos sermões: ao reinventar o Antigo Testamento, Saramago recria também seus principais protagonistas, dando a eles uma roupagem ao mesmo tempo complexa e irônica, cujo tom de farsa da narrativa só faz por acentuar.

Bastante polêmico.
Não há outra definição.
Saramago é incrível em suas obras, sua escrita e ideias.
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Nicole.Vieira 17/06/2021

Caim odeia Deus
Esse livro mostra a revolta de caim com Deus. Caim o acha tirano e hipócrita.
Após matar seu irmão, caim vaga pela tempo observando obras do senhor. E sempre encontra detalhes de que Deus não é bom e sim um tirano.
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Marcelo.Alencar 14/09/2022

Quando o racional invade a crença?
Espetacularmente Saramago se depara com alguns dogmas religiosos sobre a teoria divina de Deus, do Antigo Testamento, numa obra inteligente e crítica ao mesmo tempo. Sou fã do
autor. Da sua capacidade de se meter onde existem lacunas na natureza humana. Imagine um Nietzsche se deparando com Deus: é o que vc lerá em CAIM. Um show!
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Jaque 17/10/2021

livro incrível do escritor português José Saramago.
Publicado em 2009, a obra conta a história de algumas passagens do Velho Testamento da Bíblia a partir da perspectiva de Caim, o irmão fatricida.
O livro nos faz refletir sobre alguns aspectos digamos que controversos dos textos bíblicos e o mais sensacional é que Saramago faz isso empregando uma ironia ácida e sofisticada. Impossível ler esse livro e não questionar algumas "verdades".
Eduardo 17/10/2021minha estante
tbm gostei muito dele




Mikaela 04/11/2021

Caim, o fratricida
"E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra."

Como punição por matar o próprio irmão, Caim é colocado pelo senhor na condição de errante, um sujeito destinado a vagar pelo mundo sem conseguir se estabelecer em qualquer canto. E é assim, entre idas e vindas, que o protagonista deste romance de Saramago segue visitando eventos do Antigo Testamento.
Junto com ele somos levados a olhar as passagens de maneira crítica, bem diferente das retratadas no livro sagrado.
Muito mais que uma personagem, Caim é a própria personificação dos pensamentos do autor, que nunca escondeu suas divergências com o cristianismo em sua vida e em suas obras. Nesta reinterpretação o que não falta é provocações, ironias e cetismo, em outras palavras, Saramago em seu mais puro estado.
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Fábio Valeta 25/12/2014

Meu primeiro contato com Saramago foi em 1999. Eu tinha 17 anos, e Memorial do Convento era um dos livros da lista para o vestibular (da Unicamp se não me engano).

Na época, entre vestibulares, terminar o colegial, e todos aqueles problemas adolescentes dos quais nem me lembro mais, pouca coisa acabei guardando da história. Só me lembro que havia achado o estilo do autor, de colocar o dialogo todo em um único parágrafo, separado por virgulas, absurdamente confuso. (lembro mais das aulas de um professor de literatura sobre o livro do que do próprio livro)

15 anos depois volto a Saramago. E em um momento em que posso realmente aproveitar a escrita do autor. O estilo, bom, ainda continuo a não gostar do mesmo, mas isso não impede de apreciar o livro de ser uma pequena grande obra.

Ao narrar o velho testamento sob a perspectiva de Caim, amaldiçoado por deus a vagar pela Terra em castigo pelo assassinato do irmão, temos uma noção bem diferente do que os cristãos pregam do criador. Ateu como era, Saramago ao tratar de religião não poupa críticas à figura divina apresentada na Bíblia, e nenhum de seus personagens consegue dar uma resposta satisfatória aos questionamentos de seu protagonista.

“Se deus sabia que mataria meu irmão, por que não me impediu?”; “Por que matar todos os homens, mulheres e crianças em Sodoma e Gomorra? Por que não matar apenas os considerados pecadores e deixar as crianças e os inocentes a salvo?”; “Por que destruir a humanidade em um dilúvio devido às imperfeições que esse mesmo deus havia colocado nela?” Caim, não fica satisfeito (e nem deveria) por pseudo-respostas como “Não é possível entender os planos do senhor.”

É um livro pequeno (em tamanho, nem 200 páginas) mas bem interessante. E um ponto muito positivo pela maneira que o autor encontrou de encerra-lo. Não teria pensado em forma melhor.
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Dudu Menezes 25/01/2023

Humor ácido sobre as histórias bíblicas
Caim é o quinto livro que leio de José Saramago. Como já havia comentado, em 2023 pretendo que este autor me acompanhe durante todo o ano e, pelo visto, não poderia ter encontrado um amigo melhor.

Este livro têm muitos elementos que me conquistam em uma leitura. A narrativa é bem humorada, carregada de crítica social (neste caso, das histórias bíblicas), sendo os diálogos profundos e permeados por um humor ácido, com o qual eu me identifico bastante.

Em 2009, quando este livro chegou às livrarias, gerou críticas por parte da Igreja Católica, causando uma certa polêmica em relação ao seu conteúdo. Na oportunidade, Saramago havia afirmado que "a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana".

Eu não sou ligado à nenhuma religião, mas, como muitas crianças, tive uma formação dentro da Igreja Católica, como era o desejo dos meus pais. Acredito que todas as religiões merecem respeito - TODAS! Mas, ao meu ver, não há, nesta obra, nada que um cristão, que não seja um "fanático religioso", não possa ler, refletir e aprender, por meio das provocações, aqui, suscitadas.

Eu, como jornalista, fico abismado com posições que dizem que só devemos nos informar pelas "fontes" com as quais concordamos e "ouvir apenas" aqueles que pensam como nós. Acho isso um desserviço à nossa inteligência e à democracia.

Saramago foi genial com esta obra! Os diálogos "com O Senhor", são das coisas mais incríveis que a literatura portuguesa já produziu.

Acompanhamos não só a história de Caim, filho de Adão e Eva, que mata seu irmão, Abel, após ter sua oferta ao Senhor recusada; ao contrário do irmão que foi acolhido em sua oferta.

Podemos "reler", de forma crítica, os acontecimentos na Terra de Us, no Monte Sinai, em Jericó, na Torre de Babel e nas Terras de Nod; além do sacrifício de Isaac e do massacre sobre Sodoma e Gomorra. Ao final, ainda temos o episódio da Arca de Noé, recontado de forma magistral, em um último debate entre Caim e o Senhor.

O Caim, "peregrino", que encontramos, aqui, nos leva a reflexões urgentes, sobretudo, nos dias de hoje, em que a intolerância religiosa tem andado de mãos dadas com o extremismo político!
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Isabelle.Casonato 07/12/2021

Só posso dizer que a cada livro me apaixono mais por esse autor! O tanto de crítica e deboche presente nessa história, foi uma mistura de humor e drama que me prendeu do começo ao fim. A meta é ler todos os livros dele e enfim poder declarar com propriedade que Saramago é um dos melhores autores que já tive contato.
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kamillyoliveira 23/02/2023

Intrigante
Muito interessante ver os fatos ocorridos da Bíblia pela perspectiva de Caim.
No começo foi difícil pra mim a leitura, o estilo da escrita do autor dificultou um pouco, mas depois fui me acostumando e me prendi bastante na narrativa.
Esse é o primeiro livro do Saramago que eu leio e não vejo a hora de ler os outros, estou encantada!!!
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evenancio 11/07/2010

Caim
Mais um livro do nobel português, mais um clássico para a estante. Se no livro A Viagem do Elefante eu havia comentado que José Saramago nunca havia sido tão irônico quanto ao cristianismo é por que este ainda não havia sido publicado. Temos aqui um Saramago extremamente polêmico e com a lingua bem afiada quando a questão é religião.

Do ponto de vista da originalidade, este não é o seu livro com a melhor trama. Porém os pontos que ele destaca em relação ao antigo testamento são dignos de reflexão e nota - ainda que sejam mencionados pelo autor com a conhecida irônia que lhe é tanto peculiar.

Quem é Caim? Caim é aquele personagem clássico que assassinou o seu irmão Abel por inveja, uma vez que Deus recebeu com maior satisfação a oferenda deste. Deus repreende Caim, que expressa temer retaliação do povo pelo assassinato cometido, porém Deus o coloca uma marca na testa que proibe qualquer um de atingi-lo.

Saramago inicia seu livro por Adão e Eva, mas logo chega para explorar o episódio da contenda entre os irmãos. Se Deus é tão justo assim, por que ele opta pela oferta de Abel? Se Caim é o assassino, por que favorecer o agressor ao dar-lhe uma marca onde ninguém poderia tocá-lo?

Continua em:
http://www.evenancio.com/2010/04/caim.html
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Jackson 31/12/2020

Um livro curto, mas cheio de críticas (construtivas) de passagens na Bíblia, tendo como personagem principal um dos mais controversos: Caim. No enredo, acompanhamos sua longa jornada através dos principais acontecimentos bíblicos, trazendo bons questionamentos a respeito de atitudes tomadas 'em nome de Deus'. Se não vai te entreter pelo menos vai te fazer pensar.
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Jessica858 04/09/2022

Não gostei do livro e não me prendeu nem um pouco, leitura arrastada e lenta. Mas pra muitos é considerado um dos melhores livros de Saramago.
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