Miniaturista

Miniaturista Jessie Burton




Resenhas - Miniaturista


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Vic 16/06/2021

Um romance histórico agridoce, mas que vale a pena
"Miniaturista" de Jessie Burton é uma obra agridoce ao meu ver. Ela tem seus momentos insossos, cujo o ritmo decai, os mistérios que deviam movimentar a trama e manter o leitor intrigado perdem o sabor. Essa sensação é intensificada pela protagonista, que além de ter uma personalidade infantil, é aquela típica mulher de seu tempo, recatada e do lar, sem sal, com mente cheia de preconceitos.
No entanto, caso o leitor não desista da leitura, conforme a trama progride, ela volta a manter um bom ritmo, embora o campo fantástico da obra deixa a desejar, já que é pouco explorado, carecendo de algumas explicações.
Embora a protagonista tenha me feito revirar os olhos, ela apresenta uma ótima evolução. Petronella não permanece a mesma personagem insossa do início do romance, ela compreende como o mundo de fato funciona e escolhe ir além do papel patético que a sociedade da época compele às mulheres. Ela se torna uma personagem muito mais agradável depois da segunda metade da obra.
Os outros personagens, que dividem a constelação se acontecimentos com a protagonista são fascinantes! Marin (mavilhosa, repleta de dualidades e ambiguidades), Johannes, Cornelia. Otto também é um personagem que cativa, mas que poderia ter sido bem mais explorado, recebido muito mais visibilidade, além das menções de seu envolvimento nas reviravoltas da trama. Ele merecia mais diálogos, com certeza! A autora poderia ter substituído os momentos de estagnação da obra para desenvolver melhor esse personagem e instigar os mistérios centrais do romance.
Quanto a ambientação, considero impecável, muito bem feita. Os cenários, os costumes, as situações sociais, as vestimentas, o comércio da holandês, amei muito, é outro ponto positivo, embora o preconceito da época acerca das mulheres e da homossexualidade tenha me deixado em plena agonia, o que endossa a verossimilhança da narrativa.
Há vários plot-twist, reviravoltas na obra, que poderiam ter sido bem mais trabalhados, e distribuídos, já que ocorrem nas partes finais da história, o que reduz um pouco seu impacto, embora ainda surpreenda.
O obra é finalizada de modo compromissado com a verossimilhança, não entregando um desfecho de contos de fadas, mas repleto de perdas e pesadas consequências, bem como era a realidade da sociedade da época, embora não seja de todo pessimista, afinal, a morte é entregue na mesma bandeja que a vida, fazendo ecoar da ambiguidade da realidade.
"Miniaturista" de Jessie Burton é um romance histórico ambientado na Amsterdã do século XVII, que nos faz refletir sobre o papel das mulheres na sociedade, sobre a ganância que devora vidas, o perigo que espreita através de velhas e grotescas ideologias, sobre a união feminina e o poder das mulheres de irem além de qualquer estereótipo e limitações impostas, sobre os preconceitos, a homofobia e o machismo endossado pela religiosidade e implantado na coletividade, bem como suas consequências.
Embora não seja uma obra perfeita em todas as suas nuances, é uma leitura que vale a pena, recomendo.
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Dai @veraaode92 04/07/2021

“ Mulheres não constroem nada, muito menos seu destino “, pensa. Todos os destinos estão nas mãos de Deus, ainda mais dos das mulheres, depois de passarem pelas mãos do marido e pelas dores e complicações do parto.

Foi tudo tão rápido, ela não conhecia seu noivo quando se casou, sabe que seu casamento foi por conveniência pois sua família estava praticamente na miséria, mas ela ainda não entende porque isso seria bom para seu marido, já que se passaram 11 dias e ele ainda não encostou nela. Tudo o que ela tem em sua nova mansão é seu periquito, sua cunhada não gosta dela, e aparentemente nem sua empregada. Nella está completamente desamparada.
As coisas mudam quando ela ganha de seu marido uma casa em miniatura, sua casa, e agora sua função é mobiliá-la e assim passar seus dias tão entediantes. Mas, isso vai se tornando uma atividade um tanto assustadora quando as peças começam a chegar exatamente iguais às originais e sem que ela as tenha solicitado.
De início você não entende aonde o livro que chegar, pois tem uma escrita um pouco arrastada e as coisas não fazem muito sentido. Porém, se você for esperando grandes acontecimentos, pare agora e volte a ler com olhos críticos, e te garanto, este livro vai se tornar uma excelente obra de arte.
“ - O que isso significa, aliás?- pergunta ele.- O Homem Toma Por Brinquedo Tudo o Que Vê?”
- Significa que achamos que somos gigantes, mas não somos.”

Por trás de todo mistério, Miniaturista é um livro cheio de crítica social. Afinal ele se passa no século XVII e com certeza, não faltaram estudo à autora para que escrevesse uma obra sem poupar nada da realidade da época. Eu não entendo porque esse livro não tem a Hype que merece, mas torço com todas as minhas forças para que um dia ele seja visto com essencial, pois se eu pudesse escolher um livro para que fosse lido e debatido por qualquer pessoa, seria Miniaturista.
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Nat 29/08/2021

As coisas transbordam... E depois nós afundamos ou nadamos
Em Miniaturista, Petronella se vê chegando em uma outra realidade, já muito imaginada e esperada pela jovem que vivia no campo e cuja família estava à falência: agora ela é uma mulher casada.
Com grande expectativa, ela se muda para a casa de seu marido, um comerciante rico, e ali encontra coisas que fogem totalmente daquilo que lhe era esperado. No lugar se seu marido encontra a irmã deste, Marin, e dois criados que julga insolente e como peculiar, respectivamente Cornélia e Otto.
Se sentindo um tanto deslocada, as coisas começam a piorar quando Nella começa a montar que tantos segredos estão escondidos na casa. Portas batendo mas madrugadas, sussuros incompreensíveis, uma cunhada estranhamente dominadora e um marido ausente.
Rondada pela estranheza da nova realidade e daqueles que a rodeiam, Nella encontra no seu presente de casamento - uma réplica da casa onde mora - uma afronta e um escape. A aos poucos ela tenta descobrir se com tantos segredos transbordando eles afundarão ou nadarão, encontrarão salvação ou a morte.
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MarianaCota 31/10/2021

Excelente livro, sai com depressão.
Nossa pensei que seria mais um romance bobinho de época com um pouco mais de tragédia que o normal. Mas não é bem assim. Recomendo a leitura
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Carla 15/11/2021

Amei cada detalhe
Amei essa história em cada detalhe. A ambientação, os personagens, a alegoria da casa de bonecas, a história de Amsterdã...

Para além de acompanhar a trajetória de Petronela na nova família de seu casamento arranjado, o livro fala de sororidade, amizade, compaixão, amadurecimento, família, amor, preconceito, sacrifício, racismo, bondade...

Nem sei dizer todos os aspectos que fizeram essa história tão especial para mim.

"Economizei" a leitura até o último momento, não querendo deixar de acompanhar a vida de Petronella e dos demais personagens que, apesar da dor, construíram um lindo caminho de amizade e compreensão.

Obs: há vários elementos históricos sobre a Amsterdã de 1687, incluindo um glossário sobre os aspectos econômicos e sociais da época.
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Carolina 08/12/2021

Miniaturista
A história começa meio arrastada mas que poucos vai mostrando algumas coisas que podemos nos apegar e tentar entender a todo custo. Quem é o Miniaturista, como ele sabe das coisas? Que segredos os Brandt guardam? Mas no fim, a explicação de quem é o Miniaturista foi tão ruim que terminei o livro e só me toquei quando acabei que seja informação ruim era a explicação. Foi um livro legalzinho mas totalmente esquecido no churrasco, podia ter sido melhor
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Raeli 24/01/2022

Não dava muita coisa por esse livro, inclusive comprei pela capa que é lindíssima. Mas fui surpreendida positivamente com uma história profunda, cheia de suspense e momentos tensos.

Acompanhar todo o desenvolvimento da relação de Nella, com seu novo marido, cunhada e os dois outros moradores da casa é algo inexplicável. Os mistérios que vem com as esculturas da miniaturista são super instigantes.

A vida perfeita que Nella idealizava ao se casar com um rico mercador e ir morar em Amsterdã não tem nada de perfeição. Johannes é um marido bom, mas distante, sempre focado em seus negócios, sua cunhada Marin é uma megera que não quer abrir mão do controle da casa para ela. Ninguém a recebe bem, nem mesmo Cornélia a criada da casa.

Quando recebe de presente do seu marido uma cristaleira caríssima que abriga em seu interior a casa Brandt em miniatura. Nella contrata um misterioso miniaturista para mobiliar a única casa que conseguirá controlar.

Quando começa a receber peças não solicitadas que são um presságio para acontecimentos futuros. Nella descobre que há muito mais por trás da história da família Brandt do que ela imagina. Precisando lutar afincamento para proteger sua nova família e a si msm do julgamento hipócrita de uma sociedade hiper conservadora da Holanda do século XVII.

Apesar da história ser original e muito bem desenvolvida. A narrativa é lenta e só fica realmente interessante do meio para o final. Além disso, aquele final me decepcionou muito por mais realista que tenha sido, preferia algo mais fantasioso.

Foi muito bom conhecer um pouquinho mais sobre a Holanda, sua cultura e costumes, principalmente se vc fizer um paralelo de como eram as coisas em 1687 e como é hj.

Por fim, Miniaturista é um livro que merece destaque por tratar de assuntos importantes de uma forma totalmente diferente do que estamos acostumados.
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Aninha.Perez 05/03/2022

‘’ As aparências enganam’’
A história gira em torno da jovem Nella Ootman, recém-casada com o próspero comerciante Johannes Brandt e teve que se mudar pra residência dele, no coração da cidade de Amsterdã de 1686.Nas primeiras páginas já dá pra perceber que a casa e os seus moradores são cercados de segredos.
Uma das personagens mais fortes nessa obra é Marin, irmã de Johannes e que não mantém boa relação com a cunhada. Ela faz o tipo de linha dura e coração de gelo,porém, ao longo da história vamos conhecendo melhor a personagem e entendendo o seu jeito de ser, o que me fez admira-la ainda mais.
O comerciante Johannes é o típico personagem que soube aproveitar as oportunidades da vida,porém, é distante e apesar disso, tem um bom coração e guarda um segredo que pode colocar tudo a perder.
Os empregados Cornelia e Otto são pessoas fiéis aos seus patrões e assim como eles, guardam segredos e no início mantém uma relação complicada com Nella,porém, isso vai se descomplicando ao longo da obra.
A história divide não apenas os segredos dos personagens, como também o mistério que ronda o presente de casamento que Johannes deu a Nella : Réplica da casa em miniatura. Após receber as peças para completar a casa, começa a ocorrer certos acontecimentos perturbadores, fazendo com que Nella tente resolver o mistério e por conseguinte descobrindo alguns segredos.
O início do livro achei parado,porém, começa a melhorar quando chega perto da metade da obra e achei muito bom a autora ter mencionado alguns fatos históricos importantes, por exemplo, o comércio de açúcar e lutas ocultas que ocorrem nos dias atuais.
É uma leitura que vale a pena , tem um final surpreendente e super recomendo !!!
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_napaulices 02/04/2022

Essa família é muito unida, e também muito ouriçada
Miniaturista se passe no século XVII em Amsterdã e é um livro de suspense.

A personagem principal, Nella, foi jogada em uma situação completamente diferente do que ela imaginava após seu casamento e no final, seu status vira algo ~bem diferente~ para a sociedade na época.

O caráter das demais pessoas da história vai se construindo e você vai criando suposições do que pode acontecer. Os detalhes sentimentais na narração são muito ricos.

(Por ultimamente estar acostumada a ler livros mais dramáticos, nem fico mais tão baqueada com o luto por personagens e plot twists)
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Alice216 02/07/2022

Bem razoável
Achei o livro bem chatinho. Não me prendi na história e achei que enrolou muitooooooo. Fiquei pulando algumas partes do livro porque já estava entediada demais.
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macortez_ 08/08/2022

Resenha Miniaturista ???
Nota 2,5 de 5

Quando o passado nos faz pensar sobre as lutas e míseras vitórias do presente.
???

Miniaturista é um livro passado na Amsterdã do século XVII (17), e conta a história de Nella Ortman, uma garota que é levada a se casar com um comerciante bem mais velho que ela ? Johannes Brandt ?, por conta dos costumes da época.
Johannes é um marido distante, e para tentar compensa-la por sua ausência, lhe dá um presente de casamento: A versão de sua nova casa em miniatura. Sem ter o que fazer, e sentindo-se sozinha na companhia das poucas pessoas que lá habitam ? sua cunhada arrogante, e os dois únicos empregados ? decide contratar um miniaturista para mobiliar a pequena residência, e nesse ponto em questão, um suspense começa a pairar sobre nossa leitura, quando o artesão passa a lhe enviar itens que não foram solicitados que predizem o futuro ou até mesmo contém informações que apenas a família poderia saber.
???

Admito que comprei esse livro porque a sinopse me ganhou, e a capa dele só terminou de me envolver? É uma edição lindíssima da intrínseca e um dos livros mais bonitos que tenho na estante.
Porém, minha opinião sobre a história em si foi um pouco decepcionante?

De imediato, acho que a sinopse nos faz esperar algo do livro, e no final, aquilo não é entregue como ? eu ? pelo menos, esperava. O foco principal da história nem foi o que me fez querer terminar de ler, e sim outros pontos que a autora retrata, ou seja? o que era pra nos prender, acaba indo pra escanteio, e a explicação do que deveria ser o maior mistério, é bem aleatória, jogada no ar, bem sem pé, nem cabeça (?)

A minha nota é devido a abordagem que a Jessie Burton consegue trazer da homofobia, do racismo, da igreja, e da diferença que uma mulher tinha em relação ao homem na época, trazendo frases duras e nos fazendo sentir repulsa, raiva, tristeza e reflexões de como a sociedade consegue ser podre, e que mesmo tendo quebrado muitas dessas amarras, ainda há muito a ser evoluído.

?? SPOILER de uma frase que descreve o que escrevi acima:

o ano é 1686 e uma pessoa explica a outra o que é ser gay (especificamente nesse caso):

?? Você sabe o que fazem a homens como o meu irmão? Eles os afogam.
Os santos magistrados pôem pesos em seus pescoços e os jogam na água. Mas mesmo que puxassem o corpo de Johannes de volta e o abrissem, ainda assim não encontrariam o que buscam. ? As lágrimas começam a correr pela face pálida de Marin. Ela leva a mão ao peito, como se para acalmar o sofrimento. ? Porque, Petronella... é algo na alma dele. Está na alma dele e é impossível retirar.?

?? FIM DO SPOILER.

???

Apesar da evolução da personagem principal ser algo bacana, e ter personagens interessantes, não seria um livro que eu leria outra vez, mas também não é um que me arrependo de ter lido.
Não recomendaria, mas se lerem, não será um tempo desperdiçado, tem frases de impacto e fatos marcantes, no contexto total, é tipo ?ok?.


? Quote preferida:

"Ficar mais velha não parece fazer com que ninguém tenha mais certeza das coisas. Simplesmente dá mais motivos para duvidar"
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Clara Rose 09/08/2022

Interessante
Peguei o livro aleatoriamente, sem muita pretensão. Até 45% do livro é bem parado e muito romancista e principalmente se tratando de época.

Porém aos 50% acontece plot atrás de plot e até que desenvolve bem. Infelizmente não é um livro feliz, porém foi uma leitura interessante.
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Lineee.oliver 09/08/2022

A leitura me prendeu em diversos momentos más deixou um pouco a desejar em sua maioria.
De qualquer forma, gostei dos personagens e das reviravoltas.
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Fernanda631 19/11/2022

Miniaturista
Miniaturista foi escrito pela autora Jessie Burton, sendo publicado em 2014. A sinopse de Miniaturista me deixou curiosa, sim, mas o livro de Jessie Burton me conquistou primeiro pela capa, que temos que admitir é realmente linda.
Em 1686, a jovem Nella Oortman se casa com Johannes Brandt, um bem-sucedido mercador de Amsterdã, e se muda do interior da Holanda para a cidade grande. Nella acredita que o casamento com um homem rico e poderoso irá lhe proporcionar uma vida repleta de glamour e felicidade, no entanto, não é o que ela encontra quando chega à nova casa: por causa das viagens a trabalho, Johannes não é dos maridos mais atenciosos e Marin, sua irmã, se encarrega de controlar cada aspecto do lar e da família Brandt, revelando-se extremamente opressiva e dominadora.
Essa é a história de Petronella Oortman. Nella teve um casamento arranjado com Johannes Brandt, um rico comerciante de Amsterdã. Seu pai morreu e deixou dívidas, por esse motivo o casamento será um ótimo acordo para ela, que vai sair do campo e ir para a cidade.
Nella tem sonhos de ter filhos e se apaixonar pelo marido que mal conheceu antes do noivado, coisas pouco ambiciosas e bastante comuns, considerando-se que a história se passa no ano de 1686. O que ela não esperava era que seu esposo sequer estivesse em casa para recebê-la, deixando as boas vindas e recepção sejam feitas pela irmã, Marin Brandt (uma mulher fria que comanda a casa, sem deixar que Nella assuma seu lugar como senhora da casa), pela empregada Cornélia (uma empregada que se considera senhora das fechaduras e entendedora dos mistérios da casa que na verdade são muitos) e por um grande negro chamado Otto (um ex-escravo negro que seu esposo comprou e manteve como criado emancipado) apesar da sociedade crítica que não sabe como lidar com as diferenças raciais -– a própria Nella sendo um exemplo disso.
Ao ver Otto, Nella se surpreende, pois é a primeira vez na vida que ela vê um homem negro. Porém, nem sinal de seu marido Johannes, que está viajando a negócios. Ela logo de início percebe um clima estranho na casa: os empregados palpitam na vida dos patrões, e todos comem de forma humilde, economizando em alimentos e não consumindo nenhum tipo de açúcar (grande novidade na época de 1800). Mas quando seu marido retorna à casa, fica ainda mais estranho, pois este não comparece ao leito nupcial.
Nella encontra muitas dificuldades em se adequar à vida em sua nova casa, principalmente porque seu novo marido não lhe dá a atenção que ela esperava receber, passando muito tempo fora de casa e sequer visitando seu quarto quando está lá, e até que Johannes, sentindo-se mal por não poder se dedicar mais a ela, lhe presenteia com algo que mudara a vida de Nella.
Para agradar a nova esposa, Johannes a presenteia com uma casinha de bonecas que é nada mais que uma miniatura da casa em que moram e na qual, ela tem a tarefa de mobiliar. Nella procura então os serviços de um miniaturista e encontra um miniaturista que não se identifica nem se deixa ver. No entanto, tudo começa a mudar quando o miniaturista passa a enviar obras que nunca foram pedidas, mas que não apenas refletem a realidade, como parecem anunciar futuras tragédias.
Esse miniaturista passa a mandar várias coisas para Nella, coisas que só quem vive na casa poderia saber. Isso a faz pensar que está sendo vigiada e, o fato das portas baterem à noite, só cria um clima ainda mais misterioso. Após um tempo, ela passa a entender que realmente recebe coisas que predizem o futuro.
Certo dia, por acidente, Nella faz uma descoberta que põe em jogo o futuro de todo mundo que vive ali. E é a partir de então que você entende o motivo de muitas coisas estranhas acontecerem naquela casa.
Este é um livro bom, com um contexto histórico muito interessante. O que fez o livro valer a pena é o mistério que ronda a vida das pessoas na casa. Confesso que fui pega de surpresa com isso. Existem algumas partes que nos deixam apreensivos e curiosos, e a atmosfera do livro é toda misteriosa.
Se eu pudesse usar apenas uma palavra para definir Miniaturista, seria intrigante. A história é narrada em terceira pessoa sob o ponto de vista de Nella e absolutamente todos os personagens são extremamente dúbios e misteriosos não apenas para a protagonista, mas também para o leitor. A isso, a autora adiciona uma trama repleta de suspense, uma atmosfera sinistra e, muitas vezes, até sobrenatural e o resultado é uma história super envolvente e promissora.
Miniaturista cumpre o que promete e acredito que seja seguro dizer que supera qualquer expectativa. O início da leitura é relativamente lento, já que é necessário contextualizar não apenas o mundo de Nella, mas também o universo da Amsterdã de 1686. No entanto, quando menos se espera, vem a primeira reviravolta e este padrão se repete durante todo o livro.
Preciso admitir que Jessie Burton me manipulou direitinho e quase todos os plot twists me deixaram boquiaberta e surpresa.
Com uma premissa de certa forma semelhante a O Retrato de Dorian Gray, clássico de Oscar Wilde, Miniaturista aborda ainda temas delicados – e que, com certeza, eram ainda mais radicais naquela época -, como a religião e outros que não posso revelar para não dar spoiler.
A discussão sobre o papel, o comportamento e os direitos da mulher na sociedade, assuntos tão em moda atualmente, também faz parte da obra de Jessie Burton. Confesso que senti falta de mais explicações no final, mas entendo que, em algumas poucas histórias, o que mais importa não são os meios e, sim, os fins.
Não posso deixar de comentar sobre o romance, acredito que diversas pessoas assim como eu decidiram ler este livro com as expectativas erradas, eu acreditei e esperei até a metade da narração que eu tivesse minhas expectativas superadas em um ponto, porém ao conhecer um pouco mais a cada virar de páginas os personagens e seus segredos por mais que eu tivesse ficado triste, eu tive que ficar satisfeita, mesmo que este livro não tenha me mostrado algo que eu esperei eu fiquei feliz por ver uma história tão complexa em uma época difícil ter seu final - quase- feliz, eu poderia considerar este quase um ponto negativo, porém era algo necessário, este é o tipo de romance que um ou dois personagens não encontram o seu final feliz para que outros possam o encontrar.
Tudo que eu li neste livro só me mostrou que não é uma história de amor, e sim uma bela história sobre o amor, é preciso saber a diferença e Jessie Burton nos mostra isto perfeitamente, foi assim que ela conseguiu me emocionar, me conquistar.
A escrita é linda, e os personagens vão cativando e envolvendo o leitor aos poucos, quase sem que se perceba.
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manu_menezes 05/01/2023

Não foi pra mim
Então, o livro aborda assuntos legais e interessantes, mas não foi pra mim. A história foi um pouco arrastada e o fim, bem fraco.
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