Kennia Santos | @LendoDePijamas 15/02/2016Mas onde o gelo derrete, fica apenas o vazio.Mare Barrow, após conseguir fugir de Maven e sua mãe, a Rainha Elara, encontra abrigo com Farley, líder da Guarda Escarlate. O que ela não imaginava, era que a Guarda Escarlate não se resumia a uma ou duas regiões, mas sim expandia-se em continentes, com vários líderes e um comando geral. Quando, juntamente com Cal, é transportada para Tuck, um abrigo rebelde, além de reencontrar sua família e Kilorn, ela conhece o general, descobrindo posteriormente que seus princípios não se coincidem, pois o mesmo trancafia Cal, deserda Farley e trata alguns membros de forma não igual.
Quando conseguem fugir (Mare, Cal, Shade, Farley e Kilorn) têm um objetivo: encontrar os sanguenovos (pessoas com sangue vermelho e poder prateado) para protegê-los das garras de Maven e Elara, e com isso, formar um exército para atacar o palácio, com poderes incalculáveis e impossíveis de conter.
Claro, na jornada existem muitas desavenças e contradições de ideias, mas apesar disso, juntos conseguem descobrir o paradeiro dos sanguenovos e tentam convencê-los a se juntarem à ela – ou à Guarda- para reforços contra Maven.
Pra quem leu Rainha vermelha e estava acostumado a uma surpresa atrás da outra, ação, descobertas, lutas... se prepare para Espada de vidro, pois o foco dele é outra coisa: treinamento. Para os sanguenovos, obviamente, pois aqueles que aceitam ficar precisam ser preparados tanto físico quanto psicologicamente para o que há de vir (a tentativa de libertação daqueles com mutações sanguíneas já pegos por Maven), para aqueles que não tem costume à guerra –Kilorn– e para aqueles que, por mais que tenham sofrido, ainda mantém algum elo com o inimigo –Mare e Cal.
Mare é estremamente egoísta nesse livro, não consegue se alocar em algo sem prejudicar outro, o trauma que a traição de Maven causou nela ainda a persegue diariamente, impedindo-a de confiar em todos que estão à sua volta, até mesmo Shade que é seu irmão, ou Cal que a salvou e protegeu inúmeras vezes no Palacete. A cada decisão dela causa desentendimento, ela se acha a última bolacha do pacote, do tipo “sou a garota elétrica e vocês provarão do meu poder” e isso irrita demais, porque apesar de ser ela quem toma as rédeas em algumas situações, ela não é TUDO na história.
Cal continua extremamente inteligente, e muito muito fofo. Quase não houveram cenas românticas no livro, senti falta disso sim, espero que no próximo a Victoria seja mais específica nesse aspecto. Ele, pra mim, foi quem mais sofreu na história, o que carrega o maior peso, a maior perda e maior dor, e nem por isso é estúpido igual a Mare ou simplesmente ignora a dor dos outros como ela começou a fazer.
Farley e Shade são totalmente eficazes com suas virtudes, Shade com seu poder de saltar longas distâncias/alturas e se teletransportar salva os planos do grupo várias vezes e Farley apesar de não ser uma sanguenova, utiliza seus contatos como antiga Capitã da Guarda para favorecer da melhor forma possível.
E sim, a Victoria tinha que fazer um final CHOCANTE, para deixar o leitor MORRENDO pela continuação, inventando supostas continuações e desfechos. Dei quatro estrelas porque a Mare é idiota (pela milésima vez), mas diferente de outras continuações que tenho lido ultimamente, esse livro foi bom sim, e NÃO VEJO a hora de sair o próximo.
VAMOS NOS LEVANTAR, VERMELHOS COMO A AURORA.