A viagem do elefante

A viagem do elefante José Saramago




Resenhas - A Viagem do Elefante


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Hello5ouza 07/02/2024

"A má vista não lhe permitia distinguir os fardos de forragens lá ao longe, mas na imensa caverna do seu estômago ecoavam os protestos de que eram mais do que horas de comer. Isto não significa que os elefantes devam alimentar-se a horas certas como aos seres humanos se diz que lhes convém pelo bem que faz à saúde. Por assombroso que pareça, um elefante necessita diariamente cerca de duzentos litros de água e entre cento e cinquenta e trezentos quilos de vegetais. Não podemos portanto imaginá-lo de guardanapo ao pescoço, sentado à mesa, fazendo as suas três refeições diárias, um elefante come o que pode, quanto pode e onde pode, e o seu princípio é não deixar nada para trás que possa vir a fazer-lhe falta depois"

Embora a história seja interessante, foi insuportável fazer a leitura desse livro, o autor não distingue as falas dos personagens com traço ou aspas, ele usa só vírgulas, e chega a ser chato pra quem quer continuar a leitura.
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CARINA 26/08/2023

É um livro encantador que nos transporta para uma jornada emocionante e cheia de reflexões. Saramago nos presenteia com uma obra que nos faz refletir sobre a vida e a importância de seguir em frente, mesmo diante das adversidades.
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mfnpr 17/06/2023

Algumas breves impressões
Gosto muito da escrita do Saramago. Ele conseguiu transformar uma afirmativa histórica em um longo e criativo romance.
O enredo se origina de um fato histórico dos idos de 1551, quando o Rei Dom João III presenteou com um elefante o arquiduque austríaco Maximiliano II pelo seu recente casamento com a filha do imperador Carlos V.
Assim, o enredo se desenrola durante a viagem do elefante Salomão desde Portugal até Viena.
É uma mistura de romance ficcional com reflexões profundas, vai do humor aos sentimentos mais profundos e sérios em poucas páginas. Sem contar as críticas ácidas.
O ritmo da escrita, tanto formal - pelo fato do Saramago escrever frases enormes que quase viram parágrafos inteiros sem fim, sem ponto final -, quanto materialmente - o autor sabe regular muito bem entre a descrição e o movimento na história -, dão uma vivacidade única, levam o autor a se sentir parte da viagem, do movimento da caravana.
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vsc bibliotecária 10/09/2009

Argh, que livro chato!
Péssimo ler os parágrafos todos colados e ainda ter que adivinhar as falas das personagens... Já foi uma luta ler "Ensaio sobre a cegueira", várias vezes tive que voltar para entender quem é que estava falando.
Tudo bem, concordo em ser "modernista", mas na escrita, fica difícil, né, Saramago?
Muito monótono, sem ação, paradão, argh! Nunca mais nem me arrisco a ler esse livro de novo e ainda estou pensando se vale a pena ler os outros de Saramago...
Será que os outros têm essa mesma "modernidade" de escrita? Se tiver... Sinto muito, mas não vou perder meu tempo lendo não.
nathi pieri 10/06/2012minha estante
por isso muita gente considera que ler saramago é díficil. Lembro quando pediram pra ler o ensaio sobre a cegueira no meu colégio e o pessoal ficou com medo, porque sempre disseram que é complicado de ler.
Posso te afirmar que é só questão de costume, hoje em dia eu já li 9 livros do Saramago, e sim, são todos nesse mesmo estilo, e é meu escritor prefeiro. Acontece mesmo de muita gente abandonar livros dele por achar cansativo, porque realmente é, mas não deixa de ser incrível..


Tecocesar 30/05/2017minha estante
Sim, os outros tem a mesma "modernidade". Longe de ter lido todos, mas o que me atrai em Saramago é justamente o estilo literário, diferente e ácido. Mas não há ditadura na literatura, e cada um se sente atraído por aquilo que lhe agrada.
Lembrei-me de minha mãe, que faz as mesmas críticas, e mais uma :"não gosto de Saramago, os parágrafos faltam pouco não acabar". ???




Sarita 12/01/2023

Um elefante incomoda muita gente
Sou suspeita para falar de um livro de Saramago, mas ele é um dos melhores que já li sobre drama e existencialismo, em suma, porque toca no ponto crucial: o quanto importa as outras vidas além da vida do homem?
A viagem do elefante traz uma reflexão sobre visibilizar o invisível, o que às vezes passa despercebido, trazendo como algo importante, como os pequenos feitos que ocorrem no dia a dia e não são notados. Saramago é bastante metafórico/ simbólico, as vezes nos detalhes.
Por exemplo, como um elefante poderia se chamar Salomão e para outro passar a ser somente um elefante? Será Salomão um elefante como qualquer outro, ou não?
No decorrer da viagem isso vai se desvendando e é impossível não querer saber que destino terá Salomão.
Detalhe, o livro tem uma linguagem modernista, o que de início pode dificultar o entendimento da história já que a narração não é separada por pontuação, mas logo o leitor nota isso.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 24/05/2010

José Saramago - A Viagem do Elefante
Editora Companhia das Letras - 256 páginas - Publicação 2008 - Revisão Carmen S. da Costa.

Um novo lançamento de José Saramago e todos nós, pobres leitores compulsivos ou talvez dependentes de sua prosa caudalosa, podemos nos transformar imediatamente em seres humanos mais felizes, reconhecer a marca inconfundível do autor, tendo a certeza de ler um dos maiores pensadores do nosso tempo e, segundo Harold Bloom, o maior ficcionista da atualidade.

Apesar de deixar bem clara a minha idolatria por Saramago, único autor laureado com um prêmio Nobel em língua portuguesa, é certo que não esperava um clássico romance histórico no mesmo nível e complexidade de "Memorial do Convento" ou "História do Cerco de Lisboa", pois esta seria uma tarefa praticamente impossível para qualquer autor contemporâneo, mesmo para José Saramago que, afinal, já está com 86 anos e a saúde bastante debilitada. De fato, este "A Viagem do Elefante", classificado pelo próprio autor como conto, foi escrito durante os sete meses em que lutou pela própria vida e a dedicatória para sua eterna companheira Pilar del Rio não deixa dúvidas sobre a gravidade deste período: "A Pilar, que não deixou que eu morresse".

Mesmo na situação em que foi escrito, no ambiente de um hospital, este livro é uma deliciosa fábula que carrega a tradicional ironia e humor de Saramago sobre um de seus temas prediletos: a eterna fragilidade humana. A narrativa trata da absurda viagem de um simpático elefante chamado Salomão em pleno século XVI que, por idéia de dom João III, rei de Portugal, influenciado por sua esposa Catarina da Áustria, decide presentear o Arquiduque austríaco Maximiliano II com um elefante. Assim nasce a saga épica do pobre paquiderme que teve de percorrer mais de metade da Europa, incluindo uma parte dos Alpes, devido a este capricho real.

José Saramago, como sempre, não parece nem um pouco interessado em fazer as pazes com a igreja católica, pelo contrário, em suas habituais digressões sobre o homem e a religião reflete sobre as incoerências na relação entre o homem, sua fé e os intermediários, uma relação nem sempre razoável como pode ser atestado pelos casos do cura de aldeia que tenta exorcizar o elefante Salomão (levando uma boa lição) e do padre representante da Basílica de Santo Antônio em Pádua que exige um milagre fabricado, pois segundo ele: "Lutero, apesar de morto, anda a causar grande prejuízo à nossa santa religião (...)".

O ambíguo indiano e cornaca, ou tratador de Salomão, é o protagonista secundário da narrativa, pois está claro que Salomão é o principal. Através das peripécias desta personagem, que tenta satisfazer as exigências reais, eclesiásticas e militares antes e durante todo o trajeto de Lisboa até Viena é que Saramago consegue desnudar a falta de bom senso dos homens para alcançar seus objetivos e ambições. O pobre Salomão acaba se tornando o elemento mais racional da caravana e conquistando a simpatia dos leitores.
Arthur Pipolo 03/08/2010minha estante
Com todo respeito as opnioes, mas este foi um dos piores livros que ja sentei para ler. É parelha a Onze Minutos de Paulo Coelho, monotono! Creio que Onze minutos ainda seja um pouco melhor, pois ha apices na historia, já A viagem do elefante é totalmente linear... Me desculpem os apreciadores de Saramago, mas este nao passou para a minha lista de bons livros.




Luciana.Balardin 22/01/2018

Cansativo
Apesar de amar os livros do Saramago, esse livro é enfadonho. Só fui até o final porque queria saber o que aconteceria ao elefante e por uma questão de comprir o dever dar a chance de quem sabe começar a gostar do livro, o que não ocorreu.
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Jackson60 08/06/2023

Aprendendo com um elefante e o seu conarca
Nesta obra, José Saramago traz uma história um tanto quanto inusitada, a viagem de um elefante asiático e o seu conarca, de Lisboa (Portugal) até Viena (Áustria), que de fato ocorreu.

Não obstante, por se tratar de uma obra com liberdade criativa, muitos dos acontecimentos são colocados pelo autor.

Ademais, a despeito do título fazer referência ao herói Salomão, o livro traz outro protagonista, o conarca de nome Subhro. Ambos são indianos e se separam numa terra diferente da sua, causando certo alvoroço. Mas, um tempo depois a chegada em Portugal, são "depositados" num cercado na cidade de Belém.

Diante do casamento entre o arquiduque austríaco Maximiliano II com a filha do imperador Carlos V. O Rei Dom João III e a sua esposa, Catarina d'Austria, selaram o destino dos protagonistas ao ofertarem o elefante como presente de casamento.

A viagem é longa, as aventuras são muitas, sempre com a escrita afiada do prêmio Nobel português.
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Vinicius 31/12/2022

A simples viagem de um elefante
Sou fã de Saramago e por essa razão me considero um péssimo avaliador de seus livros.
Adorei este, como gostei dos demais que li.
O livro conta a simples viagem de um elefante de Lisboa a Viena. Porem, nao é tao simples, um elefante é incomum nesses lugares e naqueles tempos. E ele precisa de um profissional treinado para cuidar dele, um cornaca.
A relação entre esse ser meio místico e seu cuidador foi o que me prendeu a leitura.
O restante, foi o usual do autor. Ótima escrita, com divagações entre os parágrafos e algumas frases de efeito.
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Luis 14/12/2014

Nos passos do elefante
È impressionante como partindo-se muitas vezes de um detalhe pitoresco e inusitado, a mente dos grandes escritores é regada com a semente única da criação sublime. Saramago, na longa carreira, saudada com o Prêmio Nobel de 1998, deu provas dessa extraordinária capacidade praticamente em cada linha que produziu. Um de seus últimos livros, “A Viagem do elefante” (Companhia das Letras, 2008), é prova irrefutável dessa tese.
A ideia surgiu ao autor lusitano a partir de um jantar em Salzburgo após uma palestra proferida na universidade local. Levado pela professora Gilda Lopes Encarnação ao restaurante “O Elefante”, Saramago teve sua curiosidade aguçada por várias pequenas esculturas, colocadas alinhadas, e que reproduziam monumentos europeus situados entre Lisboa e Viena. Ao perguntar o significado daqueles objetos, o autor foi informado de que representavam um episódio histórico pouco conhecido : a viagem de um elefante, de Portugal à Áustria, ocorrida em 1551, sendo o animal um presente do monarca português ao rei austríaco. Munido de informações da época e de seu invulgar talento, José Saramago transformou esse episódio em um breve e espetacular romance, herdeiro de todas as melhores tradições de sua obra seminal.
A trama em si é de extrema simplicidade : D.João III, no intuito de impressionar a alta corte Vienense e compensar o vulgar presente dado por ocasião das bodas do Arquiduque Maximilliano, decide aproveitar a presença do primo (D.João era casado com Catarina da Áustria, aparentada de Maximiliano. O neto do casal seria o Rei D.Sebastião, morto em Alcácer Quibir e talvez o mais mítico entre os soberanos portugueses) em Vallovid, na Espanha, para oferecer um presente original e mais valoroso. Na falta de algo do gênero. Catarina e o esposo se lembram de Salomão, o elefante, que vivia a comer, beber e dormir, sem serventia aparente ao reino.
A partir daí, com a organização de uma expedição para o transporte do elefante, com direito à assistência constante de um tratador, o indiano Subhro, o grande personagem do livro, Saramago desenvolve a histórica viagem, dando forte vazão à sua verve irônica e iconoclasta, não poupando em nenhum momento a carolice da Corte d`além mar. Especialmente simbólico é o episódio em que um padre de uma pequena cidade por onde passa a comitiva, solicita a Subhro que faça um “truque” com o animal, ensinado Salomão a ajoelhar diante de um sacramento para reforçar a fé do povo. O escritor usa e abusa de sua velha implicância com o clero ao colocar o pobre elefante a serviço das politicagens de batina. Sem sombra de dúvidas, a grande passagem do livro.
A tinta fortemente crítica do Nobel português, pinta ainda com as cores do ridículo o quase incidente diplomático entre os exércitos dos dois países quando da troca de guarda de Salomão, em Vallovid. O oficial lusitano, seguindo estritamente as ordens do trono, não abre mão de entregar diretamente o presente ao Arquiduque, objetivo obstruído com arrogância pelos militares arianos. A divergência por pouco não se transforma em fósforo a acender a fogueira da guerra, contornada na última hora por certa negociação, facilitada pela “compreensão” dos homens de D.João III em face da evidente superioridade bélica dos austríacos. Tivemos a quem puxar no nosso complexo de vira lata.
Rebatizado de Solimão por Maximiliano, o valente e cansado elefante segue a sua trajetória de Vallovid à Viena, passando pela Itália e sendo alvo de demonstrações de pasmo por parte das populações locais, que nem sequer imaginavam a existência de uma criatura como aquela. Em Viena ocorre a cena final, com a comitiva recebida em festa, e um ato heroico de Solimão que o eleva a categoria de heróis do povo.
A criação de “A Viagem do Elefante” foi registrada no documentário “José e Pillar”, lançado em 2010 e que acompanhou dois anos da vida do casal. Já na época da filmagem com pouco mais de 80 anos (o escritor morreria com 87, alguns meses antes do lançamento, em novembro), Saramago foi exemplo de inquietude intelectual que jamais se amansou com o tempo. Se um elefante incomoda muita gente, um Saramago incomoda muito mais.

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Amanda 17/01/2023

Aaaaaaaaaaaa
Gostei muito deste livro, ele prende muito a atenção pois vc quer saber o que vai acontecer. Super indico a leitura.
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Bruno 30/11/2009

Um dos melhores livros do autor
Humor e informações dosados na medida certa. Destaques para a linguagem deliciosamente elaborada e a lucidez impecável de Saramago, mesmo depois de passar por problemas de saúde tão graves. Um de seus melhores livros.
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raissa 21/06/2012

Li esse livro a uns 2 anos atrás e agora me encontro tendo de reler obrigatoriamente para o vestibular. Confesso que na primeira vez, só li até o final porque não tinha "mais nada pra fazer". Quando soube que precisaria dele para o vestibular, armei a cara feia e jurei que só ia ler o resumo, e ainda divulguei para todos que ainda não haviam lido o quanto era "chato". Mas a minha insegurança... resolvi reler.E não me arrependo! É uma leitura um tanto cansativa mesmo, principalmente para quem está acostumado com pontos, travessões e aspas e não somente com virgulas, mas vale a pena. A história é realmente cativante, as clássicas criticas a elite sutilmente bem feitas. E ah, me apeguei tanto àquele elefante...
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Lenise 05/12/2013

Ganhei este livro de aniversário dos queridos amigos, professor Olivier e sua esposa Ju. (Obrigada!)

No livro José Saramago conta a história de um elefante e seu cornarca. Os dois enfrentam uma grande viagem de Lisboa a Viena para satisfazer os caprichos de um rei. A leitura é pesada, quem não tem paciência desiste. Saramago escreve de maneira diferente, não só no linguajar refinado, mas também na pontuação. Dai vem a paciência que o leitor deve ter, para se acostumar com a maneira de escrever do autor e sentir a historia, que é linda por sinal. O livro fala de amizade, respeito, subordinação, saudade, supremacia, luxos, política...etc.

Gostei muito da historia, rica nos detalhes. O que me deixou um pouco frustrada foi o final, não pelo desfecho, mas pelos critérios literários que o autor usou em todo o livro e deixou a desejar na última pagina, como uma redação que a gente quer acabar logo, vai ver que era esta a intenção dele, sei lá...! Talvez eu não tenha captado Saramago, como disse meu marido "era só o que faltava agora, uma loira criticando o prêmio Nobel da literatura"...hauhauauhauhauhauha, fazer o que?!? não captei! rs


site: http://leniseleu.blogspot.com.br/2009/08/viagem-do-elefante.html
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Vini 24/01/2014

O começo de uma jornada.
Este foi o primeiro livro que eu li do Saramago. Já tinha ouvido falar do seu modo peculiar de escrita e até lido alguns trechos por aí mas não imaginava que em um romance inteiro o formato iria funcionar tão bem. Os longos parágrafos e a ausência de travessões surpreendentemente tornam a leitura extremamente dinâmica e cognitiva. Deu-se apenas um capítulo para que me acostumasse ao formato.
O enredo simples serve apenas como palco para os diálogos das personagens que são cheios de questionamentos políticos e religiosos, tudo com uma grande pitada de humor e sarcasmo, além das intervenções filosóficas do autor. Ele cria relações espontâneas entre as diferentes personagens, inclusive com o próprio elefante que nos cativa imensamente durante a jornada, assim como o seu cornaca.
Recomendo este livro para quem quer começar a ler Saramago pois seu tema leve faz com que a adaptação a forma de escrever seja mais fácil.

site: http://e-vidabesta.blogspot.com/
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