Bruna 17/04/2014
Esse livro foi escrito em um momento conturbado da vida de Saramago, doente, quase perdeu à vida com uma pneumonia, Pilar sua esposa foi sua maior incentivadora e mais que isso, exigiu muito dele, em um vídeo sobre a vida de Saramago mostrava ele dizendo que daria para ela de presente mais oito páginas que tinha conseguido escrever, tamanha a fragilidade que estava passando e a dificuldade de escrever, mas...dentro de condições entre doença e recuperação ele nos presenteou com essa obra, que para ele é vista como um conto.
A história é de Solimão um elefante e seu tratador Subhro, quando o rei de Portugal, tem que presentear o Arquiduque da Áustria Maximiliano II com um presente de casamento, Solimão um elefante que estava sendo um estorvo sem utilidade para o rei, vem a ser uma oportunidade de se livrar dele e ainda impressionar o Arquiduque com seu presente extravagante , e então inicia-se uma viagem onde Solimão atravessa toda Europa juntamente com seu tratador Subhro, com uma estrutura grandiosa para o transporte, e muitos problemas transpostos nos países em que passavam em uma viagem cansativa de meses.
Subhro tem seu nome trocado por Fritz e Solimão por Salomão por um capricho do Arquiduque , por achar um nome difícil de se pronunciar, uma padre procura Fritz o tratador dizendo que a igreja estava precisando de um milagre e pede que ele ensine e faça com que Solimão ajoelhe na porta da basílica, com isso o elefante fica conhecido por seus milagres, Solimão também salva uma garotinha de ser atropelada por ele mesmo, aumentando seu poder de admiração.
Saramago usa a história para tecer suas críticas ao sistema burocrático, ao descaso do Estado e interesses próprios ,e o fim que teve Solimão nos faz pensar nos valores que temos sob o ponto de vista de utilidade para o ser humano.