flaflozano 20/09/2022
A little taste
O quanto de sexo tem nesse livro : 1/5
Quão explícito é :2/5
Drama: 3/5
Coerência : 5/5
Romance : 3/5
# Jogador de futebol americano x assistente
# cão e gato
# engraçado
# Slow burn judiado
# Bryan Adams - When You're Gone ft. Melanie C
Acordei com a mão dentro da calça de Aiden.
Na cueca boxer, para ser mais específica.
As costas da minha mão estavam pressionadas numa bunda quente.
Eu estava com um joelho encostado nos músculos da parte de trás da coxa do grandalhão. Suas costas estavam a dez centímetros da minha boca. Minha outra mão estava dormente debaixo do rosto.
Mas foi a mão que estava dentro da roupa íntima dele que me deixou mais alarmada.
Os lençóis e o edredom jogados sobre nós não me deixavam ver muita coisa, mas o que se precisava ver quando você sabia exatamente o que estava tocando? Nada.
Devagar, tentei tirar a mão. Tirei quase todo o polegar e estava prestes a levar os outros dedos para a segurança quando Aiden inclinou a cabeça por cima do ombro e me lançou um olhar sonolento.
- Cansou de me apalpar? - ele perguntou, a voz arranhando feito lixa.
Com um som que não considerei muito um sibilar, tirei a mão do casulo quente de pele masculina e cueca e a segurei junto ao peito.
- Eu não estava te apalpando - sussurrei. - Eu só estava… me certificando de que nenhum dos caras tinha entrado e tentado te pegar.
O olhar sonolento se arregalou.
- Foi por isso que você me apalpou a noite toda?
- Não apalpei, não!
- Apalpou, sim - afirmou o homem que nunca mentia.
E foi o que me fez calar a boca.
- Sério?
Ele fez que sim, ficando de costas e esticando aqueles braços fortes sobre a cabeça, um chamado de sereia para os meus olhos.
- Nesse caso, desculpa. - Olhei para o tufo de pelos pretos debaixo do seu braço, que por alguma razão eu achava atraente demais. - Só que não.
Aiden abaixou os braços, e ficou óbvio que aquele belo rosto barbado estava achando graça.
Aquele velho e familiar nó doloroso preencheu a minha garganta enquanto eu reparava nas feições que eu gostava tanto de olhar ― a cicatriz ao longo do couro cabeludo, que era o que o definia, e a correntinha de ouro espiando por baixo da camiseta e o que ela significava.
Eu o amava de verdade, e ele ficaria fora por dois meses. Não tinha certeza se foi tudo o que tinha acontecido com a minha família no passado, ou se, em segredo, eu era possessiva com a pessoa certa, ou nesse caso, a errada, mas eu não queria que ele viajasse. E não havia como eu pedir para ele ficar.
Estendendo a mão, toquei o ressalto sob sua camisa, onde a medalhinha estava, e disse tudo o que estava disposta a dizer.
- Vou sentir saudade - confessei.
Aquela mão grande avançou para afastar o cabelo do meu rosto, e com muita, muita, muita suavidade os dedos longos capturaram algumas mechas cor-de-rosa. Devagar, ele se moveu na cama, inclinando-se na minha direção, pressionando a testa na minha, e tudo o que pude fazer foi fechar os olhos, aproveitando o calor do seu corpo e a ternura do gesto.
Eu não podia respirar. Não podia me mover. Não podia fazer uma única coisa, senão ficar deitada ali, curtindo o momento.
- Vou sentir muita saudade - confessei, só para que ele soubesse que não seria algo normal, tipo sentir falta dele quando parei de trabalhar para ele.
A mão no meu cabelo se afundou mais, chegando ao couro cabeludo, segurando mais cabelos com aqueles dedos longos. Ele exalou, o fôlego envolvendo o meu queixo.
Ele não disse que sentiria saudade também. Em vez disso, os lábios foram para o meu queixo, depois até aquele lugarzinho entre ele e os meus lábios. O fôlego de Aiden estava quente, a boca, úmida, enquanto ele subia mais um centímetro. Fui eu quem diminuiu a distância entre nós. Eu quem mordiscou o lábio dele.
Mas foi o grandalhão quem seguiu em frente. Aiden virou a boca para o lado e selou os nossos lábios juntos, indo de casto a faminto em um mísero segundo. Ele foi para um lado, eu fui para o outro, nossaslínguas digladiando por instinto. Duelando, afundando. Aiden comeu a minha boca, e eu deixei. Nós nos beijamos e nos beijamos. Minha língua roçou a dele de novo e de novo e uma vez mais, e não era o bastante.
Minhas mãos tinham ido para a sua cabeça, mantendo-o lá enquanto ele se erguia sobre mim, sem nunca perder o contato com os meus lábios. O cara foi tão rápido que nem percebi que ele tinha aberto as minhas pernas e acomodado os quadris e o corpo entre elas. Aiden me beijou como se nunca mais quisesse parar. A mão apertou um pouco mais o meu cabelo, como se planejasse ir para outro lugar, e o meu aperto era tão sôfrego e exigente quanto o dele.
E, então, ele colocou o sexo sobre o meu, a ereção rígida, dura e tão, tão longa abrigada entre as minhas pernas enquanto ele se apoiava nos antebraços. Aiden moveu os quadris, esfregando a fenda do meu corpo através do tecido fino das nossas roupas, e ergui o traseiro para ter mais dele.
Aquela era uma péssima ideia, e eu não ia parar o que estava acontecendo. Jamais direi a ele para parar. Não fazia o menor sentido,e não me importava o mínimo.
Afastando a boca da sua, respirei fundo quando ele fez um giro brusco, um bombear, um empurrar que dizia que ele queria entrar. E eu queria que ele entrasse.
- Van - Aiden murmurou.
Foi naquele exato momento que o alarme da casa começou a tocar loucamente. Disparando e disparando e disparando, tipo quando o código não era digitado a tempo. Então, Leo, que estava na sua caminha e não tinha emitido um pio a noite toda, começou a latir.
Com um xingamento que soou como “🤬 #$%!& ”, Aiden parou o que estava fazendo. Ele arfava. A testa foi para a minha, e pude ouvi-lo engolir em seco.
- Cacete - ele disse entre dentes, afastando-se para se sentar sobre os calcanhares. Aqueles olhos castanhos me prenderam deitada lá diante dele com os pés plantados na cama, os joelhos na lateral do seu corpo enquanto eu tentava recuperar o fôlego. - Devem ser os caras, mas não tenho certeza. - Ele engoliu em seco novamente, e piscou, mesmo enquanto a mão, que tinha estado na cama, foi estendida para tocar a ereção gigantesca que armou uma tenda no seu pijama.
Eu não podia afastar o olhar. De jeito nenhum eu poderia tirar os olhos daquela ponta em forma de sino que repuxava o elástico da calça do pijama para longe da cintura. Cada instinto em mim dizia que eu deveria estender a mão e dar uma apertada naquele pau grosso.
Queria implorar para ele voltar.
Mas o alarme idiota não parava.