arlertswild 22/12/2023
"Um homem é sempre vítima de suas verdades."
Um livro cuja a escrita é madura, profunda, existencial (na forma literal da palavraKKKK) e um pouco confusa; o que me fez reler vários parágrafos, pensar e repensar sobre o que estava escrito. Primeira experiência lendo Albert Camus, afirmo dizer que foi magnífica.
O absurdismo foi conquistando meus pensamentos a cada frase. Camus não tem pressa em te explicar o que acredita, ele vai gerando exemplos, mencionando filósofos, escritores e etc. Ele amplia a própria obra enquanto te convence de tal pensamento.
A obra inicia com uma análise sobre o suicídio, sobre a própria vida em si. Logo em seguida, é introduzida abertamente a lógica do absurdo; Do homem absurdo.
Só depois de várias páginas em questão disso, ele abrange finalmente "O mito de Sísifo". Quando os deuses condenaram Sísifo a empurrar uma pedra até o alto de uma montanha, mas a pedra com o seu próprio peso, tornava a cair. Esse trabalho inútil e sem esperanças, nos faz pensar na tristeza inevitável de Sísifo, porem Camus não. Ele não pensa assim.
Ele afirma que a pedra é a casa de Sísifo, o que ele empenha para empurrar a pedra ao cume, traz a ele um prazer imensurável, pois: "Não há sol sem sombra, e é preciso conhecer a noite. O homem absurdo diz que sim e seu esforço não terá interrupção."