Confissões

Confissões Santo Agostinho




Resenhas - Confissões


197 encontrados | exibindo 181 a 196
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 13 | 14


Ramon 11/12/2014

Confissões de verdade
Nessa obra vemos a busca incessante de Agostinho por respostas, vemos que mesmo um dos mais brilhantes filósofos e mestres da retórica de todos os tempos, teve seus tempos de angústia. Agostinho de forma brilhante e corajosa expressa toda sua emoção, seus pecados, suas falhas, sua angústia espiritual...toda a sua busca por um sentido, que transformaria sua vida. Sua conversão mostra como Deus trabalha de forma misteriosas, mesmo depois de ser seduzido ao maniqueísmo, Agostinho se torna um dos grandes pais da igreja primitiva, sua eloquência e foram fundamentais para moldar o cristianismo e combater as heresias da época. Vale a pena conhecer um pouco mais sofre ele.
comentários(0)comente



Bruno Oliveira 30/11/2014

Sobre o tempo e a memória nas Confissões de Agostinho
Diz Agostinho que: “Sem dúvida que a memória é como uma espécie de estômago da alma” (pág.467) e, apesar de recorrer à uma metáfora corpórea, o filósofo não pretende que a memória seja uma faculdade do corpo, na verdade, ela perpassaria o corpo sem se confundir com ele por existir apenas na alma.

Como não tem forma corpórea, a memória também não é um "local" onde está "armazenado" aquilo que vivemos. Nossas lembranças não podem ser recolhidas da memória como se puséssemos nossa mão dentro de um recipiente para retirá-las de lá, pois não estão situadas no espaço físico como corpos.

Além disso, nossas lembranças não estão sujeitas ao tempo tal como as sensações que as produziram, pois enquanto as sensações desaparecem tão logo certo período decorra, as lembranças delas permanecem indefinidamente e podem, inclusive, reaparecer subitamente quando não são chamadas.

O que significaria, então, representar a memória como “uma espécie de estômago”?

Como já dito, a memória não obedece às mesmas relações e ao mesmo comportamento que o corpo, consequentemente, apresentá-la em termos fisicalistas tem apenas a função pedagógica de usar aquilo que conhecemos para entender o que não conhecemos. Quando Agostinho usa o termo estômago, por exemplo, podemos reconhecer na memória sua função de “armazenamento” ou algo semelhante à essa função que o estômago também exerce, em outras palavras, o filósofo pretende afirmar que a memória retém coisas em si – mas, como a memória não é corpo, o que seriam tais coisas que ela retém? Diz ele que são imagens daquilo que percebemos, ou seja, não são as próprias coisas observadas mas a percepção que tivemos delas atrelada à nossa alma.

Por meio disso, Agostinho defende a tese de que nossas lembranças não são perdidas com a ação do tempo, porém permanecem na alma como que “alojadas nela". Estando fora da relação que o corpo mantém com o tempo, a alma poderia perceber e medir a sucessão temporal pela atenção, pela recordação e pela expectativa, retendo em si excertos temporais observados.

A despeito disso, o filósofo não ignora o esquecimento em sua concepção de memória. Em nossa própria experiência de rememoramento somos frequentemente surpreendidos por lembranças de vivências antigas, como se tais imagens sobrevivessem à ação do tempo ao existirem em outra esfera, além disso, por vezes insistimos em tentar recordar algo que ocorreu há muito tempo e tal insistência não é suficiente para fazer com que certa lembrança seja retomada, como se aquilo que se passasse na memória fosse maior que nossa atenção presente para com ela A metáfora do estômago ensina que a memória tem um comportamento próprio e que não é como um arquivo organizado dos fatos, o esquecimento, porém, não é a perda completa dos acontecimentos, como se nossas lembranças desaparecessem junto às sensações que as causaram, o esquecimento é apenas o esquecer atual de certos acontecimentos. Com efeito, embora não nos recordemos de tudo o que já nos ocorreu, tais coisas jamais desaparecerão de nossa alma.

Deus, um ser colocado fora do tempo, seria capaz de observar o mundo sem sofrer esquecimento e sem a necessidade de entendê-lo naquela ordem cronológica a qual a submissão ao tempo impõe. Enquanto nossa mente não tem atenção a tudo o que observa e necessita dividir suas percepções segundo o modo temporal pelo qual as capta, Deus não precisa “contar” o tempo poder compreendê-lo: ele o enxerga em toda sua amplitude, algo possível somente a um ser infinito apartado do mundo.

site: https://aoinvesdoinverso.wordpress.com/
comentários(0)comente



Taise 13/05/2013

"Meu coração só encontrará descanso quando em Ti repousar".
Essa foi a busca ardente, apaixonada de Agostinho por toda a vida. Encontrar a Verdade.. e ele encontrou..e essa única Verdade trouxe o descanso e a paz a esse coração inquieto.....
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Henrique 31/12/2011

Se eu fosse escrever uma autobiografia, com certeza ocultaria muitas coisas sobre mim, Agostinho nessa autobiografia faz o contrário, abre o coração e conta tudo sobre si mesmo. O doutor de Hipona faz uma grande análise psicológica de si mesmo.
comentários(0)comente



Marcelo 07/09/2011

Parte da minha vida
Este livro me abriu novas possibilidades de pensamento e questionamento que eu imaginava serem erradas, ou até mesmo impossíveis, por tratarem-se de Deus. Mas, no entanto, percebi possibilidades realmente novas de aprendizado, durante o tempo que me dediquei ao próximo de forma mais intensa, aprendizado este, que ficará para sempre. Ou seja, este livro revelou que para crescer sempre, é preciso depender e servir - sempre!
comentários(0)comente



Maurino 08/07/2011

A caminhada da libertação.
Não, em absoluto, não se trata das reflexões superlativamente emocionais de um moralista pedante, como eu tinha ouvido dizer. Agostinho tem um problema genuíno: procurar a Deus. E procurando o que ama, quando O ama, não encontrou nada extra memoriam. Podemos vê-lo em seu estilo, a forma pela qual se exprime literariamente, ao explicar-se quanto ao que significa confessar-se diante de Deus. Encontrar a beata vita pressupõe já tê-la, em essência, na memória – a memória de Deus. E é experienciando-a que o homem conquista as virtualidades de sua humanidade. Tal qual o mito da reminiscência, em Platão, a Verdade de Deus é o não-esquecido, a-létheia - todavia, embora Platão e Agostinho tivessem pensado a Idéia de modos distintos pensaram, contudo, o mesmo, pois só o diverso pode ser igual. Em suma, o presente não passaria se ele não fosse, ao mesmo tempo, passado e presente. Assim, como procurar a Deus se ele já não estiveste aqui, para mim, no presente, como passado puro, a priori? O conhecimento interior que cada um de nós tem em si mesmo inclui o que cada um exprime quando diz “eu sou”. Ora, ao mesmo tempo em que Deus ultrapassa a alma é vivendo nele que eu o encontro e encontro a mim mesmo: “que me conheça a mim, que Te conheça a Ti, Deus” – eis o “cogito” agostiniano. Esse livro é incrível
Renata CCS 21/01/2013minha estante
Gostei muito de sua resenha. Fiquei interessada em ler este livro.


Edvander 23/09/2015minha estante
Muito boa a sua resenha! A questão do essencialismo e do "existencialismo" (a confirmação da essência na vida a partir da "existência em Deus") é sim um assunto em Agostinho. Não sou propriamente um agostiniano, mas esse cara deu uma rica e bela contribuição para o pensamento ocidental.


Denise 11/03/2018minha estante
Parabéns pela resenha! Uma beleza! Claramente demonstra uma pessoa de elevado nível cultural! Adorei o fato de ter comparado Agostinho a Platão e ambas as "teses". Muito esclarecedor sobre o que encontraremos ao ler esse livro. Um ótimo auxílio para os demais leitores.




Leonardo 04/07/2011

“É um grande da história que se confessa.”
Disponível em: http://catalisecritica.wordpress.com

Para quem busca o aprimoramento pessoal, quer se tornar uma pessoa melhor – falando em termos religiosos, quem busca a santidade – e para quem quer apreciar um mestre da retórica fazendo reflexões sobre diversos assuntos, as “Confissões” são um prato cheio.

No meu caso, prevalece a primeira razão, apesar de eu dar bastante valor ao estilo de Agostinho. Mas são os tesouros espirituais colhidos com a leitura deste livro que o fazem tão especial.

Há reflexões feitas pelo Bispo de Hipona que são verdadeiras pérolas:

“Todos aqueles que se afastam de ti e contra ti se rebelam, a ti estão imitando de forma pervertida. Ainda que imitando-te desse modo, mostram que és o criador do universo e, portanto, que não há para onde nos possamos afastar totalmente de ti.”

“Onde estava eu quando te procurava? Estavas diante de mim, e eu até de mim mesmo me afastava, e se não encontrava nem a mim mesmo, muito menos podia encontrar-te a ti.”
comentários(0)comente



ja13ckson 30/06/2011

Confissões
Primeiro, o autor analisa sua trajetória, sempre tendo em mente a questão da escolha que Deus fez ao atrai-lo ao Evangelho. Agostinho não esconde seus medos, fracassos, tentações. Conta o seu caso amoroso e a luta para manter a abstinência sexual. E mostra tudo isso para esclarecer como Deus é misericordioso e bondoso para conosco, escolhendo-nos mesmo sendo nós miseráveis.
Um dos relatos bem conhecidos dessa primeira parte é a questão do roubo e a origem do mal. Do primeiro, ele relata que o prazer não estava no roubo em si, mas na atitude de fazer algo em companhia de outros. Sobre o mal, ele o descreve como algo que não é uma substância, mas o afastar-se de Deus que é bom.
Após relatar sobre si, ele parte para uma análise de Gênesis e as palavras usadas nos primeiros versículos. Nessa parte, podemos ver o espírito curioso e humilde de Agostinho em busca da verdade. E sua defesa à Bíblia enquanto Palavra de Deus.
Agostinho escreve claramente influenciado pelos ideias neoplatônicos. Ele entende a visão idealística do mundo como tendo origens na divindade. Em sua narração nota-se o dualismo, mas sendo esse embasado nas Escrituras Sagradas.
comentários(0)comente



Aninha 14/06/2011

Carne x Espírito
“O tempo não descansa, nem rola ociosamente pelos sentidos: pois produz na alma efeitos admiráveis.” (página 59)
O livro é dividido em 2 partes: na primeira, Agostinho conta detalhes de sua vida desde a infância: suas influências, seus planos, as pessoas com quem conviveu e seu processo de conversão.

“dominava-me um pesadíssimo tédio de viver e um medo de morrer.” (ao falar da morte do melhor amigo na juventude)

Na 2ª parte, ele reflete sobre grandes temas da existência humana: o que é a memória? E o tempo? Como explicar a trindade divina? E a criação? Quem é Deus? O que é a paz?

“O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei, se quiser explicá-lo a quem me fizer a pergunta, já não sei.”

Agostinho foi um grande homem, no sentido de ter pleno domínio das palavras, conhecer bem tudo o que acontecia ao seu redor (e estamos falando do século IV da nossa era) e de reconhecer a grandeza e poder de Deus.
Sua biografia, porém, nos inquieta. Viveu cerca de 15 anos com uma mulher, teve um filho (Adeodato) com ela , mas não oficializou o casamento. Antes, foi prometido em casamento, por sua mãe, à outra pessoa - criança ainda -, mas teria de esperar “quase dois anos para chegar à idade núbil” (ou seja, até ela ter 12 anos).
Nesse período, ele se afastou dos maniqueístas (seita que misturava cristianismo com as doutrinas de Zoroastro) e se aproximou do catolicismo, para grande alegria de sua mãe Mônica e desistiu do casamento.
A mãe, aliás, teve grande papel na vida do autor e ele dedica grandes trechos de sua obra a ela.
Por fim, Agostinho deixou a oratória e aulas de lado e abraçou o celibato, o catolicismo e uma vida dedicada a exaltar a Deus.
“São quatro as perturbações da alma: o desejo, a alegria, o medo e a tristeza.”
“Não é a vida humana sobre a terra uma tentação contínua?”
Sua vida pode não ser um exemplo em muitos sentidos – e o abandono da mulher é o maior deles –, mas é inegável a contribuição do seu pensamento para nós até os dias de hoje.


Boa leitura!


“Passo muitas coisas em silêncio, porque tenho pressa.”
Eu também; eu também...

http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com/2011/05/confissoes.html
Fenix.Pires 15/10/2017minha estante
Bela resenha. Parabéns.




CLA 05/06/2011

Compreendendo
Acho que foi um dos primeiros livros religiosos que li
Santo agostinho foi um homen normal,como todos nós com defeitos e virtudes,mais defeitos que virtudes.....
mas se converteu no momento ao ouvir algo(nao lembro direito oque)
no terreno ao lado de sua casa.
Gostei do livro, tem umas belas frases " Prefiro encontrar-Vos nao Vos compreendendo, do que compreendendo , nao Vos encontrar!
Acho que todo ser humano busca esse encontro com seu Deus e seu interior
Conhecer a verdadeira vontade.
comentários(0)comente



Lucas 23/03/2011

A leitura é pesada em diversos momentos mas isso não tira o brilho da obra.
comentários(0)comente



Enock Araújo 02/03/2011

Santo Agostinho teólogo e filófoso
Este é um dos livros clássicos da filosofia e teologia medievais. Livro que deve ser lido com o coração pois é no coração que se encontra Deus.
"Tarde de amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei...
Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha sudez;
Fulguranste, e teu fulgor incendiou minha cegueira;
Exalaste tua fragrância, e aspirei-a e estou suspirando por ti;
Provei, e tenho fome e sede de ti;
Tu me tocaste, e o desejo da tua Paz me queima".
(Confissões,X,27-28)
comentários(0)comente



ReiFi 13/08/2010

Confissões – Santo Agostinho
“É um grande da história que se confessa.”

Para quem busca o aprimoramento pessoal, quer se tornar uma pessoa melhor – falando em termos religiosos, quem busca a santidade – e para quem quer apreciar um mestre da retórica fazendo reflexões sobre diversos assuntos, as “Confissões” são um prato cheio.

No meu caso, prevalece a primeira razão, apesar de eu dar bastante valor ao estilo de Agostinho. Mas são os tesouros espirituais colhidos com a leitura deste livro que o fazem tão especial.

Há reflexões feitas pelo Bispo de Hipona que são verdadeiras pérolas:

...

Para saber mais acesse:
http://catalisecritica.wordpress.com/2010/07/10/confissoes-santo-agostinho/

Texto José Leonardo Ribeiro Nascimento
comentários(0)comente



197 encontrados | exibindo 181 a 196
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 13 | 14


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR