A Legião Estrangeira

A Legião Estrangeira Clarice Lispector




Resenhas - A Legião Estrangeira


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Diego 17/08/2020

Coragem para encarar o outro que sempre fui
Sou um adorador, gosto de ter sempre um livro de contos por perto. Passei algumas semanas em companhia de A Legião Estrangeira e - como podia esperar - Clarice me trouxe nesses dias muitas epifanias sobre o que sinto e de onde vem tudo isso. Muito mais perguntas do que respostas, mas não consigo descrever o quão bem-vindas foram essas reflexões.

Questões sobre de onde vêm as paixões que sinto ou sobre quais pequenos gestos se tornam grandes características do meu eu permanecem um mistério, mas depois deste livro, um mistério analisado com carinho.
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paolalalala 22/07/2020

Clarice sendo Clarice...
Alguns contos de "A Legião Estrangeira" estão também em "Felicidade Clandestina", que é um pouquinho maior. Apesar de ter gostado mais do segundo, "A Legião Estrangeira" não decepciona, e apresenta uma Clarice em toda sua maturidade e grandeza como mulher e escritora.
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Lelê 19/07/2020

Lispector de Buenas
Clarice é um desafio para mim. Não consigo ler sem sofrimento. Maaaaaas esse livro, não doeu.
Nem parecia a minha Clarice perdida em fluxo de consciência.
Parecia que poderíamos ser amigas.
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Ibrittos 01/07/2020

Eu amo essa mulher
Não sei porque demorei tanto pra finalizar a leitura desse livro, simplesmente o meu novo queridinho de Clarice. Uma mensagem que mistura a tristeza, a crítica e a esperança de uma forma genial que me deixou surpreendida a cada conto. Meus favoritos foram Evolução de uma Miopia e Perfil de Seres Eleitos, mas me apaixonei pela singularidade de cada um e um dia sonho em um pós-vida em que eu possa perguntar a própria apontando algumas frases enigmáticas: ?mulher, o que você queria dizer com isso? Não entendi, mas achei lindo e amei?
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Frankcimarks 18/06/2020

O maravilhamento das coisas simples
A escrita de Clarice tem alguma coisa que eu não sei explicar. Ela me tira do meu lugar comum, me enche de poesia e inspiração. As frases dela são tão estranhas e únicas que me provocam perplexidade.

Este livro é sobre a capacidade de maravilhamento que normalmente perdemos ao nos tornamos adultos, pelo menos essa foi minha impressão, haja vista muitas das personagens serem crianças. Uma se maravilha com o professor que a elogiou por sua boa redação, outra, com um cachorro ruivo igual a ela, e outra, com o piar de um pintinho. Esse último conto dá título ao livro e ao meu ver, foi o melhor da coletânea. Tive a sensação de que a legião estrangeira seria uma novela ou um romance, e como eu teria gostado se tivesse sido. Ele nos deixa com aquela vontade de quero mais.

Que jamais percamos essa capacidade de maravilhamento diante da vida. Que nossos olhos sejam sempre infantis e talvez ao nos depararmos com um ovo, diremos: meu Deus, um ovo!
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Gabriel 31/05/2020

Genial
É difícil descrever de forma precisa os acontecimentos de um livro escrito por Clarice, acho que é nisso que consiste a sua genialidade: a sua capacidade de narrar momentos inarráveis, de fazer poesia com O Nada e mostrar a intimidade e a subjetividade das coisas que não parecem ter significado algum. Neste livro há por exemplo o conto "O ovo e galinha", o qual nas próprias palavras de Clarice ela mesma não entendeu! Porém é fantástico entender que há contos que não foram feitos para serem simplesmente entendidos, acho que nisso se consiste a genialidade de Clarice.
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Débora Prii 26/04/2020

Sentimentos
Foi uma leitura cheia de intensidades sentimentais, fiquei em êxtase lendo Clarice Lispector, e quero conhecer mais ler outras coisas dela.
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Fillipe 22/04/2020

Não sou leitor de contos, nem fã de Clarice
Antes de comentar sobre o livro acho importante frisar que não sou um leitor de contos. Quero dizer com isso que ler contos me é bastante desconfortável, pois sinto falta da linearidade do enrendo de um romance. E ler os contos de Clarice então, mais do que desconfortável, foi, pra mim, maçante. Não pela autora, claro. Não faço aqui uma crítica a ela, jamais teria essa pretensão.

E mesmo incorrendo no risco de ser apedrejado por não gostar da 'diva', venho aqui expressar o que achei do livro. Eu não entendo de contos ou da literatura de Clarice, mas entendo um pouco sobre mim, pelo menos o suficiente para saber o que gosto ou não.

O livro possui treze contos, dos quais consegui me interessar apenas por um, que foi 'Viagem a Petrópolis'. Os outros trazem temáticas até interessantes, como questões familiares, infantis, solidão, entranto as temáticas parecem ser trabalhadas profundamente pelo prisma da vivência da autora, parecendo ser importante acompanhar a trajetória dela para que os contos façam mais sentido. Não sei, foi minha impressão.

Como tenho preferência por romance e por histórias 'redondinhas', isto é, que apresente certa linearidade, e que mesmo com processos subjetivos a gente possa entender aonde está, acabei ficando boiando quase o tempo todo na leitura de 'Legião Estrangeira'.

Se for o seu primeiro contato com contos, que foi praticamente o meu caso, aconselho a buscar um autor mais 'leve'.

Pra mim não foi uma leitura agradável, mas, talvez, importante.
Acredito que ainda lerei outras obras da autora, porque entendo ser imporante sair da zona de conforto. E consegui perceber bastante profundidade na escrita dela, mesmo que sua forma de escrever não tenha me tocado neste momento.
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Andre.28 26/03/2020

Os Retratos Intimistas de Clarice Lispector
“Amor é quando é concedido participar um pouco mais.”

O modelo diverso e autêntico de escrita da Diva Clarice Lispector é a marca em A Legião Estrangeira. Esse livro publicado em 1964 é uma pequena coletânea de contos da Clarice. Esses contos tem a mais variada temática: estão voltados para temas como: a análise psicológica, filosofia, amor, medo, angústia existencial, melancolia e etc. Esses contos também demonstram a vastidão da Clarice, passagens autobiográficas de uma vida que foi feita por perguntas, angústias existências em meio a uma escrita rasgada, complexa, sensível e verdadeiramente autêntica.

Logo no primeiro conto; “Desastres de Sofia” nós temos uma escrita bem complexa de uma mulher (Clarice?) relatando suas angústias da menina que foi e sua vida escolar (em Recife), como se colocava a garota que vivia sua infância, e que depois de adulta se defronta com a complexidade dos sentimentos do passado, coisa da qual obviamente ela não tinha consciência na época. Marcou-me também o conto “A Mensagem”, em que a vida de um casal de amigos adolescentes se defronta com a complexidade conflitante de seus sentimentos, em uma mistura de sonho e realidade, desejo e desapego.

Sem dúvidas esses contos evidenciam uma narrativa que passa a mostrar como Clarice não estava preocupada em propor enredos sistemáticos, mas sim expressar seus sentimentos e angústias através de uma escrita livre e sem modelos preestabelecidos. Simplesmente deixar fluir a mente e o coração. Uma escrita que ultrapassa a nossa necessidade de contar uma história organizada. Escrever é o meio pelo qual nos exercitamos a nossa complexa forma de existência nesse mundo.

A escrita no vazio de Clarice nos exige a maior atenção e o senso de sensibilidade mais apurado. Clarice brinca com a palavra, volta a si mesma para reconhecer o seu mundo interior tão vasto, inconstante e sincero. Ela ri e chora, reflete e se joga. Escrita rasgada que com toques de 'filosofia engraçada', como no conto “O ovo e a galinha”, onde Clarice brinca com as palavras, divaga, exalta a prolixidade da alma, vê e revê a si própria, exalta a necessidade contraditória de escrever e existir.

À Clarice Lispector só posso prestar as mais sinceras homenagens de um fã declarado. Ler Clarice é uma experiência sensorial, em que o leitor precisa sentir e estar aberto a isso que chamamos de sensibilidade do ser. Por último aqui aponto o conto “Legião Estrangeira”, onde o caráter autobiográfico da Clarice escritora, mãe e ser humano iluminado, que está atenta os retratos diversos da vida através de uma “sensibilidade do observar” apuradíssima, fica mais evidente. A mulher e a menina, a vida diária e o vazio que rasga o peito. Clarice abraça o mundo, deixa-o.

Viver e existir! Clarice em retratos variados, autênticos, reais.
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Renata 17/03/2020

Recomendo muito. Lindo demais.
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Lobinha Sincera 01/03/2020

Leiam apenas isso
Ovo e galinha kkk
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AmadosLivros 13/10/2019

Resenha do Blog Amados Livros
"As palavras me antecedem e ultrapassam, elas me tentam e me modificam, e se não tomo cuidado, será tarde demais: as coisas serão ditas sem eu as ter dito."

Você, caro leitor, já deve ter ouvido falar de Clarice Lispector. Seja em memes, seja em legendas de fotografias no instagram que não têm nada a ver com a frase dita pela escritora, seja lendo uma de suas obras, Clarice Lispector é um nome que praticamente todo brasileiro conhece. Mas muita gente não sabe de sua devida importância para a literatura nacional. Ela foi uma escritora, jornalista, romancista, cronista, contista e colunista (ufa!) nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira, considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras do século XX. Sua obra é caracterizada como modernista, e na maioria das vezes, são tramas que refletem o cotidiano simples e o psicológico de seus personagens, recheados de epifanias (quando alguém, de súbito, percebe e compreende a essência de alguma coisa).

O primeiro livro de Clarice que li na vida (e único, até chegar neste sobre o qual resenharei hoje) foi A Hora da Estrela, e foi uma leitura simples, porém um tanto complicada, pequena, e ao mesmo tempo impactante, que é um belo retrato da típica escrita da autora - inclusive, sugiro começar por ele, caso você nunca tenha lido algo da mesma, em vez de ir primeiro em A Legião Estrangeira.

Em A Legião Estrangeira, publicado em 1946, nos deparamos com 13 contos/crônicas que, muitas vezes, são difíceis de se compreender sua mensagem numa primeira leitura. Um dos contos, o último, é o que dá título ao livro. Todos eles abordam temas psicológicos relativos ao cotidiano familiar, a solidão, a relação homem-animais, ao egoísmo, enfim, situações que nos levam ao íntimo dos personagens. Não sei se é uma percepção e interpretação minha apenas, mas no final da leitura eu meio que atribuí o título do livro a todos os contos, como se em todos eles houvesse personagens "estrangeiros", ou seja, estranhos às situações/lugares em que se encontravam, personagens diferentes do comum. E aí por isso a escolha do título do último conto para título da obra inteira. Posso estar viajando, mas foi o que entendi. Vou falar um pouco sobre alguns dos contos (adianto que acho que contei uns spoilers), que considerei mais importantes, cujos títulos dos 13 são:
Os Desastres de Sofia
A Repartição dos Pães
A Mensagem
Macacos
O Ovo e a Galinha
Tentação
Viagem a Petrópolis
A Solução
Evolução de uma Miopia
A Quinta História
Uma Amizade Sincera
Os Obedientes
A Legião Estrangeira

O primeiro deles, Os Desastres de Sofia, fala sobre uma menina e seu professor, a quem ela nos relata amar platonicamente, com um fascínio, mas que ao mesmo tempo ela o trata mal, algo como um "disfarce", para que ele não perceba o que ela sente de verdade, sendo constantemente repreendida pelo professor. Após uma redação sobre o verdadeiro tesouro do homem, o professor finalmente a elogia, e a aluna têm então um choque e fica sem reação. Então, ela percebe que causara uma mudança no professor só em ter escrito um texto com uma opinião completamente diferente de todo mundo, um texto que não foi "mais do mesmo" - uma epifania. Tenho pra mim que este conto retrata uma autobiografia (não necessariamente que Clarice tenha sido apaixonada pelo professor), pois Sofia nota o poder de seus textos e como ela poderia mudar a vida das pessoas com sua escrita, mesmo aqueles que ela considerasse ilusões. Eu gostei bastante desse conto.

"Ele matava em mim pela primeira vez a minha fé nos adultos: também ele, um homem, acreditava como eu nas grandes mentiras."

A Repartição dos Pães é também interessante, pois me lembrou A Santa Ceia, de Jesus Cristo. Acredito que o principal foco da história foi justamente falar sobre generosidade, de "repartir o pão" com o próximo, "amar ao próximo como a ti mesmo". O conto retrata um banquete servido por uma dona de casa a um grupo de diferentes pessoas. O narrador queria estar em qualquer lugar, menos ali, até se deparar com a mesa do "almoço de sábado": comida boa e em abundância. Surpreende-se então quando percebe que aquele banquete era para ele e para todos os outros convidados, e que a anfitriã havia preparado tudo aquilo para todos eles, sem distinção de classe, cor, credo, sexo.

"Então aquela mulher dava o melhor não importava a quem? E lavava contente os pés do primeiro estrangeiro. Constrangidos, olhávamos. (...) Pão é amor entre estranhos."

Sobre A Mensagem, não sei bem o que dizer. Foi um dos contos deste livro que não saquei justamente "a mensagem" que ela quis passar. Sei que se trata de uma história sobre a amizade entre um homem e uma mulher, ambos jovens, e sobre suas angústias e sofrimentos. Quando os dois notam que sentem as mesmas coisas, que são semelhantes, passam a se relacionar. Ainda assim, não foi um dos meus preferidos.

"Assim continuaram a se procurar, vagamente orgulhosos de serem diferentes dos outros, tão diferentes a ponto de nem se amarem. Aqueles outros que nada faziam senão viver."

Macacos é bem curto, mas é bonitinho. Mostra bem a relação entre os homens e os animais. Também achei que Clarice quis nos fazer perceber que animais silvestres devem permanece silvestres. A macaquinha não sobreviveu em meio urbano (olha o spoiler!) por que lhe falou oxigênio, segundo o veterinário. Curioso, não? O conto também fala sobre o amor.

Vamos ao O Ovo e A Galinha (quem veio primeiro?). Eu não faço a menor ideia do que dizer sobre esse conto. Se alguém o entendeu por favor, me explique. Eu preciso fazer a prova do vestibular da UESB (foi por isso que li esse livro), e não entendi patavina deste conto, me ajudem a não errar uma questão! rs A sensação que tive ao ler este conto foi que se tratava de um monte de palavras conectadas aleatoriamente. Poucas frases me fizeram sentido.

"Quanto a quem veio antes, foi o ovo que achou a galinha. A galinha não foi sequer chamada. A galinha é diretamente uma escolhida. A galinha vive como em sonho. Não tem senso da realidade."

Em Tentação, mais uma vez retomo a interpretação que tive do livro como um todo, de uma legião de pessoas estrangeiras em todos eles. Aqui uma menina ruiva, que vive numa cidade de pessoas morenas, um belo dia dá de cara com um cachorro de pelo ruivo. Então ela sente que não era mais a única, que não estava mais sozinha. E o cachorro, do qual também ficamos conhecendo seus sentimentos, percebe a mesma coisa.

"Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. (...) Mas ambos eram comprometidos. Ela com sua infância impossível (...). Ele, com sua natureza aprisionada."

Viagem à Petrópolis foi outro conto de que gostei muito; e também achei bem triste. Fala sobre uma senhorinha que, por onde passava, mal era notada. Vivia de esmolas, que sempre eram poucas, porque as pessoas achavam que ela não precisava de muito. Um dia, vai morar no quartinho dos fundos na casa de uma certa família. Depois de certo tempo, os moradores acham que é hora de se livrarem da velha, que nem lembram mais porque ela estava ali. Resolvem mandá-la para a casa de um parente em Petrópolis, onde ela é mal recebida e posta pra fora. Desde a véspera da viagem, a velhinha se sentia estranha, como se notasse que a ajuda que recebia das pessoas era feita mais como uma obrigação do que boa vontade. E isso vai se intensificando com o decorrer da viagem, tanto que depois de ser mandada embora de volta para a casa de onde tinha vindo, ela resolve contrariar e fazer o que mais gostava: passear.

A Solução conta sobre duas amigas bem diferentes. Almira era gorda e queria acreditar que Alice, magra, era sua melhor amiga. Já Alice tolerava Almira e na verdade mal lhe dedicava amizade. Um dia, ao almoçarem, Almira insiste em querer saber porque a "amiga" estava angustiada, e então Alice, chateada com a insistência da outra, a chama de gorda e pede que a deixe em paz. Almira, perplexa, enfia um garfo na garganta da amiga, que vai parar na UTI. Enquanto isso, Almira, já na cadeia, descobre que lá ela se sente muito mais feliz do que jamais fora em outro lugar.

A Quinta História é um conto divertidíssimo, que gostei muito também. Clarice explora as diversas formas que um escritor pode narrar uma história, ao reescrever cinco vezes o caso de uma mulher que resolveu matar as baratas que apareciam em sua casa (gostei principalmente da receita para matar as ditas cujas rsrs).

"A quinta história chama-se 'Leibnitz e a Transcedência do Amor na Polinésia'. Começa assim: queixei-me de baratas."

Por último, mas não menos importante, A Legião Estrangeira. A personagem-narradora da história, começa o conto relembrando-se de Ofélia, uma menina de família estrangeira e soberba que foi sua vizinha durante certo tempo, os quais ela não via há anos. Ela se lembra das pessoas ao ver um pintinho em sua casa nas vésperas do natal. A garota era muito madura para sua idade e sempre ia visitá-la, querendo ditar como a narradora devia fazer as coisas (guardar as compras, cuidar da casa, etc). Chata e ao mesmo tempo certeira, pois sempre acertava no que dizia. Até que um dia, a garota percebe-se criança ao ver um pintinho que a narradora havia trazido para casa e começa a brincar com o animalzinho na cozinha. Depois de um tempo, a menina reaparece na sala dizendo que ia para casa. A narradora tem um pressentimento e vai até a cozinha, onde encontra o pintinho morto. Depois disso, nunca mais a menina voltara em sua casa. Mais um conto que nos traz o mistério da intimidade humana, e suas sensações e reações em relação a objetos, pessoas, sentimentos e animais.

"Eu só podia servir-lhe a ela de silêncio. E, deslumbrada de desentendimento, ouvia bater dentro de mim um coração que não era o meu. Diante de meus olhos fascinados, ali diante de mim, como um ectoplasma, ela estava se transformando em criança."

Esses foram os contos de que mais me recordo para poder falar alguma coisa. E também foram os que mais me chamaram atenção. A resenha ficou grande, mas, mesmo sendo um livro pequeno, falar sobre 13 contos (ainda mais escritos por Clarice Lispector) não é tarefa pouca. É um livro denso e complicado, mas que deve ser lido. Confesso que só me interessei para ler por causa da prova do vestibular da UESB, mas não foi uma leitura perdida. Alguns deles foram republicados com modificações em outra coletânea da escritora, de 1971, chamada "Felicidade Clandestina". Pretendo ler os outros três livros indicados pela universidade e resenhá-los aqui, então quem quiser saber um pouco sobre as obras, só ficar de olho no blog. Boa leitura!


site: http://amadoslivros.blogspot.com/2017/11/livro-legiao-estrangeira_22.html
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Lipe 05/09/2019

Clarice Lispector é, para mim, uma das mais enigmáticas escritoras da literatura brasileira. Seus textos, que têm o plano psicológico como mais importante do que a sequência de fatos, tocam nas nossas feridas ao abordarem temas, como: abandono, velhice, amor, amizade, memórias, etc. Somos jogados de forma brusca e repentina no cotidiano de suas personagens, que no geral são provocadas por algum acontecimento -aparentemente irrelevantes- que os leva a epifania, onde interiormente eles são desestruturados. Essa desestruturação os leva a (re)pensar sua existência. Isso torna a Clarice Lispector uma grande educadora existencial, já que ela mergulha no interior da existência humana. Como costumo dizer, 'Clarice exige muito dos seus leitores.'
Alana N. 06/09/2019minha estante
Algumas vezes acho os escritos da Clarice falsamenrmte prolixos, como se ela forçasse demais para que algumas coisas agregassem significado
Tanto que ela usa e abusa do artificio da epifania, sendo que algumas não são bem contextualizadas o bastante para serem intensas e verossímeis.
Claro que é inegável a importância dela na literatura, mas só isso não conta para que os escritos sejam verdadeiramente bons.




Jess 23/01/2019

Se eu já li o livro 3 vezes, isso significa que ele deve ser bom né?!
Ps: cada vez que você lê, você se apaixona mais.
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Leituras do Sam 17/09/2018

eu tento, mas o que Lispector escreve não bate comigo não.
Agora só vou ler algo dela se for obrigação acadêmica ou profissional.
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