Silêncio

Silêncio Richelle Mead




Resenhas - Silêncio


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vivi.vieira.S.12 25/10/2016minha estante
É livro único?


vivi.vieira.S.12 25/10/2016minha estante
Adorei sua resenha


Lizi 25/10/2016minha estante
Sim, é livro único. Muito obrigada, Vivi *-*


vivi.vieira.S.12 25/10/2016minha estante
De nada vc merece


Cecilia.Alcantara 26/10/2016minha estante
Parabéns pela resenha!


Lizi 28/10/2016minha estante
Muuuito obrigada, Cecy *-*




Gil 11/10/2016

Muitos já contaram como se passa a história, então só vou dar a impressão que tive do livro. Confesso que houve momentos que mergulhei tão fundo na leitura que chegava a comparar com algumas situações politicas que estamos vivendo.
O que eu mais gostei neste livro é a idéia de que a ignorância dá vida ao medo.
Eles só tinham conhecimentos através de relatos antigos, todo o resto era desconhecido. E quanto mais medo sentiam mais escravizados ficavam. Assim era o sistema.
Até que um dia surgiu uma pessoa disposta a lutar com o desconhecido para que houvesse liberdade. No entanto é dificil quando você tem que lutar com a miséria, a fome, a ignorância e a incredulidade.
Então nesses momentos só sobram a fé e a esperança de que um milagre possa acontecer.
A história em si não é lá aquelas coisas, mas os sentimentos ou a idéia que nos desperta é interessante, só por isso eu continuei o livro até o fim. Nos faz pensar em todas as pessoas e até lugares que se mantém escravizados pelo medo.
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La Oliphant 17/09/2016

Silêncio é uma fantasia YA, escrita por Richelle Mead, autora das séries Vampire Academy e Bloodlines, lançada pela Galera Record em 2016. O livro acompanha a jovem Fei, que vive em um vilarejo no alto das montanhas onde, por alguma razão misteriosa, toda a população é surda. Fei é uma das aprendizes de artistas que tem como obrigação registrar os acontecimentos do vilarejo com suas pinturas, que mostrar situações como os mineiros trabalhando nas minas de metais preciosos, ou os carregamentos de comida que o vilarejo recebe, que são cada vez menores.

O vilarejo envia carregamentos de metais para uma cidade que existe ao pé da montanha, e em troca a cidade envia carregamentos de comida. Mas problemas começam a surgir, já que parte da população do vilarejo começa a perder a visão, o que os impede de trabalhar nas minas. Menos trabalhadores significa menos minerais, que significa menos comida. A população passa cada vez mais fome, e ficam a mercê do ser misterioso que decide o quanto de comida será enviado em cada carregamento.

Numa certa manhã, Fei acorda e descobre que recuperou sua audição. Apesar de não saber o que causou essa mudança, Fei está determinada a utilizar sua nova habilidade para descer a montanha onde vive, e ir até a cidade de onde vem os carregamentos de comida, o que era impossível já que a população surda do vilarejo não consegue ouvir os deslisamentos de pedras da montanha. Fei, junto com Li Wei, um mineiro revolucionário e seu amigo de infância, decidem então se aventurarem montanha abaixo, e descobrem que a realidade pode ser bem mais complicada do que imaginavam.

Eu tinha ouvido algumas criticas negativas sobre esse livro, lido algumas resenhas mais ou menos, assistindo alguns vídeos não muito positivas, então entrei nessa leitura com expectativas meio baixas. Ainda mais porque gosto bastante dos outros livros da Richelle Mead, principalmente os livros da série Vampire Academy, que eu gosto bastante. E acabou que o livro não foi a decepção que eu achei que seria. Mas também, isso não quer dizer que ele foi excelente. Na verdade, ele acabou caindo no meio termo.

O que me chamou a atenção nesse livro logo de cara foi o conceito. A ideia de um vilarejo em que todos são surdos há gerações, e ninguém sabe o porque, até que um dia, uma pessoa recupera a audição é bem interessante. E é muito legal ver um livro com tantos personagens deficientes, já que é bem raro ver esse tipo de representabilidade na literatura YA. Esse conceito foi um dos meus pontos favoritos do livro.

Outro ponto positivo é a escrita da Richelle Mead. Como eu já disse, gosto bastante dos livros dela, e Silencio foi mais uma prova de que ela escreve bem pra caramba. A minha parte favorita foi o momento em que Fei descobre que consegue ouvir, e precisa descobri novas maneiras de descrever os sons. É o tipo de coisa que nem passa pela minha cabeça, já que eu estou acostumado a ouvir, mas foi incrível ver uma coisa que eu experiencio todo dia sendo descrito de uma forma totalmente nova.

Mas é claro que nem só de positivos vive esse livro, né? E o primeiro ponto negativo é que, na minha opinião, é que ele, no geral, não é característico o suficiente. O tal vilarejo onde vive Fei não é diferenciado do resto do mundo, eu não sei dizer exatamente onde ele fica, só que ele fica no continente asiático. Partindo da mitologia, acho que ele seria na China, mas mesmo isso é um chute meu, e não uma certeza que o livro me passou.

Outra coisa que precisava de mais caracterização são os personagens. Fei é a que recebe mais caracterização, obviamente já que ela é a protagonista, mas mesmo ela não é tão explorada como eu gostaria. Li Wei e os outros personagens não são descritos ou explorados o suficiente para serem marcantes. Principalmente porque não existem tantos personagens asiáticos na literatura YA, teria sido uma ótima chance de trazer uma protagonista asiática marcante.

E o final também foi meio decepcionante. Depois de passar o livro inteiro seguindo os personagens e vendo o quanto eles estavam sofrendo, o final veio meio que de repente, do nada, sabe? Acho que esse é um daqueles livros que se beneficiaria muito de ter umas 50 páginas a mais, pra explorar mais os pontos que ficaram meio esquecidos.

No geral, Silêncio não foi a pior leitura desse ano, mas também não foi a melhor. Como eu já disse, tenho a impressão que esse livro precisa de mais páginas, de mais exploração dos personagens e da mitologia. Entre os livros da Richelle Mead, eu fico com Vampire Academy e Bloodlines. Silêncio é uma leitura rápida, mas infelizmente, não é nada memorável.

site: http://laoliphant.com.br/resenhas/silencio-por-richelle-mead
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Angel Sakura 13/09/2016

Resenha do Blog Eu Insisto.com.br
Essa é de longe uma das resenhas mais difíceis que eu fiz aqui no blog, como falar de um livro que foi bom e ruim ao mesmo tempo? A ideia foi excelente, já a execução… Não sei se foi eu, mas estou tentada a dizer que a culpa por não agradar é do livro e do ritmo dele mesmo. Temos todos os requisitos pra uma grande história, inclusive o enredo, mas a forma como foi contada matou o livro e as minha expectativas pelo caminho. Eu gosto da autora, adoro Vampire Academy, Bloodlines, Filha da Tempestade e até a saga da Súcubos, esse é meu nível de stalker com a Richelle. Então quando soube do novo livro já queria pra ontem, sabia que iria encontrar uma boa história ENTÃO PORQUE EU ME FRUSTREI TANTO AQUI? Peguem pipoca e se preparem pra catarem comigo os caquinhos do meu coração! #dramaQUEEN

“É por isso que as coisas nunca mudam, ele declara enfaticamente. Todos ficam apegados à maneira como as coisas sempre foram, e essa maneira está nos matando. Se vamos morrer de uma forma ou de outra, quero rumar para a morte me esforçando para ter feito alguma diferença: tentando salvar a mim mesmo e aos outros. Somente viver um dia depois do outro já não basta. Tem que haver algo mais nesta vida, algo mais que se possa esperar.”


A história nos conta sobre a vida de Fei num povoado que fica isolado no alto de uma montanha chinesa. A única forma de contato com o mundo exterior é através de uma tirolesa que envia comida em troca da extração de minérios na mina da montanha. Preciso informar que essa é a única forma que eles tem de obter comida, através das cordas que ligam a montanha ao mundo lá embaixo. Suas terras são inférteis e todos devem trabalhar para que o povoado possa comer. Nessa pequena comunidade temos algumas características que os tornam diferentes, a primeira delas é que todos são surdos. O povo antigo não era, mas com o passar das gerações a população foi perdendo o dom de escutar. O segundo ponto é a forma como o povoado se comanda, existem basicamente quatro tipos de funções que você pode exercer e terá privilégios de acordo com a que você executa. No topo estão os artistas, que desenham as notícias para o povo saber o que aconteceu e que servirá de legado para o futuro. Depois temos os serventes que estão ali para ajudar os artistas, depois os mineradores que trabalham o tempo todo para extrair o máximo de minérios e obter comida para todos e, por fim, os pedintes que não conseguem mais trabalhar e por isso só lhes resta viver de qualquer migalha que lhe forem oferecidas. É nessa hierarquia que basicamente seguimos no livro e a comida é dividida entre essas classes, mas a divisão é bem injusta se querem a minha opinião. Se os mineradores são os que mais trabalham para trazer a comida porque diabos são os que ganham menos na divisão? É um mundo injusto, mas que claramente lembra o nosso.

“Enquanto caminhamos, penso no que foi dito sobre equilíbrio e em como não temos alternativa a não ser fazer tudo o que o guardião nos disser. Estamos a mercê dele, e também do sistema da tirolesa.”

Fei é órfã, seus pais morreram de uma febre e eles eram mineradores. Apesar de tudo ela ainda tem uma irmã mais nova que ama mais que tudo, mais do que a si mesma. É por ela que Fei faz o seu melhor e toma as escolhas que por vezes não são as que a fazem feliz. A vida como aprendiz de artista é uma honra em seu vilarejo e Fei sabe disso, por isso que começa a ajudar sua irmã que não está conseguindo executar bem o trabalho. A verdade é que a irmã da nossa protagonista está perdendo a visão e esse não é um fato isolado no vilarejo. As coisas estão desandando uma atrás da outra, os mineradores não estão conseguindo retirar muitos minérios e por conta disso a alimentação foi reduzida, e antes da redução já era bem escassa. Além disso um surto de cegueira está seguindo os mesmo padrões da surdez, será que o futuro é um povo além de surdos, cegos? Com todos esses questionamentos Fei se depara com duas situações que a fazem questionar a sua vida: sua irmã é retirada do posto de aprendiz e sua audição retorna. A primeira quebra seu coração e a faz questionar sobre se as coisas estão certas, já a segunda a assusta e serve pra provar que algo tem que mudar. Tudo isso regado com sonhos de Fei com seres mágicos que se encontram apenas nos contos de fadas, ela precisa decidir o que fazer e em quem pode confiar. Então quando o pai de seu amigo de infância Li Wei, cof cara que gosta cof, morre nas minas ela parte com ele em buscas de respostas e melhores condições para o seu povo. Mas é uma pena essa jornada, quando o que eles encontram é uma dura verdade que muda tudo.

Leia a resenha completa no blog: http://euinsisto.com.br/silencio-1-richelle-mead/

site: http://euinsisto.com.br/silencio-1-richelle-mead/
Gil 11/10/2016minha estante
Bom pensar que não fui a unica a se decepcionar, a idéia é bem interessante, mas acho que ela se perdeu. Eu também sou fã de suas histórias, esperava mais.




Nathy 13/09/2016

Silêncio – Richelle Mead – #Resenha
Eu gosto muito dos livros da autora. Principalmente da série Academia de Vampiros. Então já pode imaginar a minha empolgação com o lançamento desse livro. Ainda mais depois de ver a capa. Tão linda e com uma sinopse bem instigante. Já estava esperando que fosse ser uma nova série. Algo sobrenatural e bem no estilo dos outros livros dela. Porém, acabei me decepcionando. Não tinha nada do que estava esperando e tudo ficou em torno do romance. Não parecia que a história estava andando. E na finalização eu achei muito rápida e sem um sentido. Por isso teria sido melhor se tivesse tido outros livros. Talvez o trabalho tivesse sido melhor desenvolvido.

O livro conta a história de Fei e sua vila. Desde que se lembra nunca teve um ruído na vila. Todos são surdos. Alguns acreditam em lendas que eles foram punidos de algum jeito. Que fizeram algo de errado e por isso não conseguem ouvir nada. O único problema é que agora várias pessoas não estão conseguindo enxergar. E o destino delas não é muito bonito. Quando a irmã de Fei começa a perder a visão a menina se desespera. Fazendo de tudo para ajudar a sua irmã. Inclusive arriscando a sua vida. Para conseguir salvar a sua irmã conta com a ajuda de Li Wei. Um rapaz que trabalha nas minas e já perdeu pessoas muito importantes em sua vida. Então compreende o medo que Fei está sentindo. Então os dois embarcam em uma aventura para poder salvar a irmã de Fei. Antes que seja tarde demais.

A narrativa é em primeira pessoa. Mesmo sendo tudo na visão da Fei. Não fiquei instigada para saber o pensamento dos outros personagens. Ela conseguia descrever muito bem a situação de todos. De uma forma que o leitor sabe exatamente o que estão passando. Como estão se sentindo. A opressão que ocorre naquela vila. Eu gosto do modo de escrever da Richelle. No entanto, alguns momentos foram bem cansativos mesmo. Não tinha a necessidade de escrever cada um dos pontos. Porque já dava para se imaginar determinada cena/situação.

Minha irmã está em apuros, e tenho poucos minutos para ajudá-la.

Estava esperando demais dessa trama. Querendo saber o motivo do porque não escutavam e agora também estava perdendo a visão. Porque algumas delas estavam morrendo de forma bem rápida. E apesar da explicação ter sido bem plausível. E percebe-se que a autora pesquisou sobre o assunto. Não me agradou. Estava esperando por algo mais sobrenatural. Como se ela tivesse que lutar com várias pessoas. Algo bem no estilo dos outros livros dela. Não foi bem trabalhada essa trama que tinha tudo para ser excelente. Alguns pontos foram deixados de lado. E outros até que fez sentido. Como uma forma de crítica inclusive para a nossa sociedade.

Continue lendo a resenha no link abaixo:

site: http://www.oblogdamari.com/2016/07/silencio-richelle-mead-resenha.html
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Fernanda 26/08/2016

Silêncio
A obra “Silêncio” da autora Richelle Mead é muito interessante, mas bem diferente, quase peculiar. Obrigada a Galera Record pelo envio do exemplar. Quando comecei a ler Silêncio, minhas férias estavam começando, assim foi difícil largar a leitura até o fim. A história escrita por Mead marca muito e nos puxa fortemente para o universo criado por ela. Conhecida também por ter escrito os Best-sellers da coleção “Vampire Academy” (que confesso, não li, pois nunca me chamou atenção, rs). A obra nos traz uma abordagem totalmente nova sobre as dificuldades, e como superá-las, além da reflexão sobre os grandes defeitos do ser humano, aí inclusos a cobiça e tantos outros.
A história se passa em um vilarejo no alto de uma montanha, na verdade, a mais alta de todas da região. O povo do vilarejo vive preso lá em cima a gerações, já que a rota que poderiam usar para descer e prosperar sofreu uma avalanche, bloqueando qualquer passagem e não podendo ser recuperada por mãos humanas. Com as encostas desta montanha sendo íngremes e escorregadias, não há possibilidade de descida para este povo. Além disso, todos ficaram surdos sem explicação plausível muitos anos antes. E agora, a cegueira começa a se alastrar pelo vilarejo.
A única forma de comunicação com o exterior é um sistema de cabos com a cidade ao pé da montanha, que troca alimentos e produtos (já que não é possível cultivar nada no topo) pelos metais que são minerados pelo povo, que já estão ficando escassos, já que muitos não podem trabalhar por conta da surdez e da cegueira. Neste lugar é que vive Fei e sua irmã Zhang Jing, que tem um dos trabalhos mais renomados do vilarejo, o de artistas (havendo só dois trabalhos possíveis além deste: minerador e fornecedor de suprimentos), recolhendo observações sobre os acontecimentos do dia, e os pintando para que todos possam saber das notícias. A história inicia com a visão de Zhang Jing diminuindo e ela precisando da ajuda de sua irmã para pintar. Isto, no meio do caos do vilarejo, que cada vez recebe menos suprimentos dos cabos. A única pessoa que pode resolver tudo isso é Fei, que sem saber o motivo, tem sua audição de volta.


“A cada dia que passa minha audição se deteriora mais e mais. Os sons se tornam cada vez mais fracos, cada vez mais distantes. Logo, aquilo que hoje é simplesmente quietude vai ter se transformado em silêncio completo”


Essa obra encanta de todas as formas, seja com os personagens que são únicos e cativam de primeira, até os pequenos detalhes narrados por Fei quando sua audição retorna. Tem um lado totalmente reflexivo, já que vamos percebendo ao longo da história a importância (que quase não damos) da audição e da visão, sentidos tão presentes (para mim), que acabam, na correria do dia-a-dia não nos mostrando sua importância. Além disso, a linguagem, a comunicação também apresentada por Mead como uma necessidade incrível. Assim a história vai sendo tecida, de forma bem delicada, mas ao mesmo tempo abrindo nossos olhos para um mundo novo, pelas próprias experiências da protagonista.
Assim, “Silêncio” é o tipo de romance para aqueles que querem ação, suspense até a última página, e um amor avassalador, capaz de mudar o mundo.



“Contudo, algumas palavras se repetem por toda a parte: mentira, morte e comida. Está claro que a maior parte das pessoas ao meu redor não acredita nas coisas que disse. Parecem estar imaginando que inventei tudo para me safar, e isso deixa meu coração pesado; não por fazerem uma ideia tão mesquinha de mim, mas por terem sido escravizados de tal maneira por este sistema, que agora estão apavorados demais para se libertar.”


site: http://umreinomuitodistante.blogspot.com.br/
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Nikolle - Paradise Books 19/08/2016

Não foi o MELHOR da autora, mas também não foi ruim
No topo de uma montanha acompanhamos um povoado que vive mergulhado no silêncio desde que seus ancestrais perderam a audição muitas gerações atrás, por motivos desconhecidos. Mas agora além disso, algumas pessoas estão perdendo a visão também. Na mesma época em que a audição desapareceu, fortes avalanches bloquearam o acesso ao desfiladeiro na montanha, deixando o povo preso no vilarejo, impedindo que descessem a encosta para cultivar suas lavouras. Assim eles fizeram um acordo com o distrito localizado ao pé da montanha. Todos os dias a maior parte da população iria extrair metais preciosos para mandar por um cabo pela encosta, e em troca receberiam alimentos. Porém como parte dos mineradores começaram a perder a visão, ficaram sem trabalhar, resultando em pouco fornecimento de metal, o que significa menos comida enviada para o povoado.

Esta escassez de comida está deixando os moradores atordoados, e muitas vezes levando as pessoas a roubarem, que é um crime muito grave ali. Pois na aldeia só existe três trabalhos possíveis: artista, minerador ou fornecedor de suprimentos, portanto as pessoas que estão ficando sem visão se mostram inúteis para o povoado, onde acabam sendo esquecidos e se tornam mendigos, que acabam passando fome, e vivendo de pequenas ações.

É em um destes ofícios que conhecemos Fei, uma jovem que dedica sua vida á arte, que em conjunto de alguns adolescentes, faz registros do que acontece no vilarejo para que seja exibido em um palanque toda manhã, para as pessoas saberem o que está acontecendo ao seu redor. Por serem artistas, Fei e sua irmã, Zhang Jing, tem uma situação de vida um pouco melhor que a dos mineradores, mas o problema mesmo, é que Zhang Jing está começando a perder a visão, o que significa que não poderá manter seu posto, e já teria seu futuro previsto.

A protagonista vê uma oportunidade de mudar o futuro de sua irmã, quando seu amigo de infância, Li Wei, decide tentar descer a encosta para conseguir ajuda para as pessoas da vila, e Fei o convence a deixá-la ir junto a partir do momento em que revela, que alguns dias atrás ela começou a ouvir sons novamente. Sendo assim útil para acompanhá-lo nessa pequena jornada.

A partir daí vamos acompanhar Fei e Li Wei, em sua rota abaixo da montanha, e as pequenas descobertas que fazem, pois nunca haviam deixado o povoado. E também a determinação dos dois de ajudarem as pessoas a sua volta. Fei foi uma protagonista forte e intrigante, é muito interessante como a autora descreveu cada som, quando ela passa a ter o sentido da audição novamente. Li Wei é simplesmente encantador, um jovem minerador que dedicou sua vida por todos do vilarejo, mas já estava cansado de ver a diferença entre as classes, e a dificuldade que o povo estava passando, porque estavam a mercê do distrito ao pé da montanha. Além de sempre ter sido apaixonado por Fei.

Richelle Mead traz sua escrita cheia de detalhes para nos introduzir em um mundo com uma cultura totalmente diferente. Por mais que a história seja super interessante, eu me encontrei em uma leitura um pouco arrastada, pelo fato de não termos tantos diálogos. Então muitas vezes em quatro páginas havia simplesmente três gigantescos parágrafos, mergulhados nas descrições e pensamentos de Fei, que fazia o livro ser cansativo. Confesso que foi um pouco difícil de finalizar, mas a curiosidade sobre os mistérios da Vila e como seria o final, me levaram durante as páginas.

É um livro único, que a autora escreveu em homenagem a seu pai que perdão a visão, que é por sinal linda. Para quem gosta de fantasia, um pouco de folclore Chinês, e também da cultura de Taiwan, vai gostar muito da leitura. Muitas vezes imaginei o cenário do seriado Marco Polo, tanto quanto seus personagens, para incentivar na imaginação.

site: https://paradisebooksbr.blogspot.com/
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Moonlight Books 17/08/2016

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, www.moonlightbooks.net


Mead nos apresenta uma história cheia de mistérios para serem desvendados e uma protagonista delicada, sensível e cheia de coragem. A principio você pode achá-la fraca, mas coloque-se em seu lugar e vai entender melhor. Vi em Fei um traço marcante de outras personagens femininas da autora que é a capacidade de adaptação e mudança quando necessário. Embora vivam regidas por regras de condutas rígidas e sigam obedientemente tais regras o senso de justiça e humanidade falam sempre mais alto e elas não relutam na hora de ir contra tudo e todos na busca pelo melhor. Nem sempre suas atitudes são bem vistas ou aceitas e ainda assim elas seguem em frente na luta.

Pelo lado masculino a autora não decepciona ao trazer como par de sua heroína um rapaz forte e de grande coração, disposto a sacrificar a vida pela amada. Um cavalheiro em todos os sentidos, cheio de gentileza e charme.

Esbanja delicadeza e uma sensibilidade para ver o mundo que não temos muito em outros livros e assim o ritmo é lento em muitos momentos, mas nem por isso deixa de ser interessante e intrigante. Apreciei cada minuto desta leitura, me deixando envolver por este universo ímpar criado por Mead.

Para quem procura uma história diferente, com uma pitada de fantasia, romance e antigas lendas não pode deixar passar. Ótima oportunidade para conhecer a autora ou para quem já conhece matar a saudades. Recomendo.

site: Leia o restante da resenha em http://www.moonlightbooks.net/2016/07/resenha-silencio.html
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Sofia Trindade 08/08/2016

Fei é uma artista incrível. Seus desenhos tem a missão de mostrar para seu povoado as notícias do dia, pois por serem surdos essa é uma das poucas comunicações que lhe restam. Há muitas gerações que seu povoado não ouve e para desespero de todos alguns estão ficando cegos. Como boa parte das pessoas do povoado precisa trabalhar nas minas, para garantir a troca de comida por minérios, enxergar é mais do que necessário.

O que surpreende Fei é que no meio de tantos acontecimentos algo estranho e extraordinário acontece com ela... Fei consegue ouvir. Com essa novidade a moça decide descer a montanha até a cidade e conversar com os responsáveis pela comida de seu povoado. Junto com um antigo amor de infância, Fei descobre que as coisas não são como eles imaginavam e a partir daí ela terá que tomar inúmeras decisões que irá mudar não só sua vida, como a de todo seu povo.

Silêncio é meu primeiro contato com Richelle Mead. Já havia ouvido falar de outros livros da autora, mas calhou que essa acabou sendo minha primeira "aventura" com Richelle. O livro começa muito tranquilo e detalhado com a personagem principal, Fei, explicando como tudo funciona em seu povoado. Por ser um livo onde sua grande maioria é surda os diálogos são diferenciados do que costumamos ler, mas isso em nenhum momento foi um empecilho para realizar a leitura.

A obra tem uma carga muito boa de informações que poderiam ser mais exploradas. Entendo que o foco da autora pode ter sido Fei e seu povo, mas a impressão maior que ficou foi de que muita coisa poderia ser desenvolvida em outros livros e não ter encerrado daquela maneira.

Em sua maioria a leitura foi muito parada, sem nada de importante acontecendo para elevar mais a emoção de quem está lendo e quando acontecia era algo muito rápido, confuso e não tão desenvolvido como deveria ser. Epílogos sempre são os pontos altos em uma história, para mim, só que nessa situação acabou se tornando algo estranho que transpareceu uma pressa em terminar a história mais rápido do que deveria.

Algo que se tornou estranho na história também foi a forma como foi introduzida a mitologia para "explicar" algumas coisas do enredo. Do nada temos seres mágicos e protetores para colocar ordem em tudo e mudar a história, o que acabou se tornando uma pequena bagunça que contribuiu para minhas dúvidas e suposições do que se desenrolou no fim da trama.

Quanto a diagramação do livro minha única reclamação é em relação ao tamanho da fonte, em algumas partes meu único problema era o tamanho da letra que estava muito pequena. A capa está divina e a modelo escolhida foi perfeita para passar as características de força que Fei apresenta.

Mesmo tendo aquela facilidade de ler o livro faltou muito para que Silêncio fosse o livro que marcaria minhas leituras do mês e me mostraria algo novo que eu nunca havia lido. O livro é bom, não na medida e expectativa que eu carregava, e isso foi em partes decepcionante.

site: http://formula-amor.blogspot.com/2016/08/resenha-silencio.html
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Nanda 01/08/2016

Conheci a escrita da Richelle com o spin-off de Academia dos Vampiros, Bloodlines, e fiquei muito empolgada com a escrita da autora. Ainda não cheguei a terminar a série, mas quando vi Silêncio na lista da Galera fiquei curiosa pela história, e também porque essa é uma das poucas capas da autora que eu gostei (sim, julgo pela capa mesmo).

Comecei a leitura com uma expectativa de leve, que não foi de tudo suprida. O ritmo dos acontecimentos, assim como o marasmo do início, não conseguiu prender minha atenção, motivo pelo qual demorei muito para concluir a leitura. O livro é muito descritivo, e isso não é de todo ruim, pois dá uma ambientada bem boa para a narrativa, porém a meu ver algumas partes foram excessivas, o que dificultou a fluidez da trama.

Eu gostei muito de como a autora trabalhou a questão da surdez e da utilização dos outros sentidos. Fei, assim como todos os personagens, foi muito bem construída e passa realmente a aura de uma mulher forte. Porém, me incomodou bastante que fosse preciso de um cara forte e com espírito rebelde para que ela pudesse se colocar à prova. E me incomodou ainda mais quando boa parte das cenas foram em função de criar um romance entre os dois. Peço perdão a quem shippa, mas para mim a química ali passou longe.

Um dos melhores pontos do livro é o relacionamento de Fei com sua irmã Zhang. Mesmo com todas as dificuldades, ela nunca se deixou abalar por saber que existia alguém que precisava dela. E a recíproca é verdadeira. Achei lindo como Mead retratou a força que uma dava à outra.

A premissa do livro é excelente, porém penso que a autora se perdeu um pouco no caminho. O início lento deu lugar a um desenvolvimento rápido, que tornou difícil acompanhar os acontecimentos mais para o final. Acredito que ela inverteu as posições de "menos é mais" e isso fez o conceito cair um bocado.

A crítica social ao sistema de castas é claramente visível na narrativa, assim como um foco político que aparece na medida certa. Richelle mostrou como é fácil manipular a população, principalmente os menos instruídos, e como a posição social reflete na multidão. Esse é outro ponto excelente de Silêncio, a quebra dos padrões e uma desconstrução muito boa dos preconceitos. A própria protagonista tem embrenhado nela esse preconceito, mesmo que ela não se ache melhor. E eu achei ótimo ver como ela reflete sobre isso e amadurece ao longo do enredo.

Silêncio é um bom livro da Richelle, mas não considero o melhor dela. Depois que são superadas as primeiras "estranhezas" é até possível fazer uma leitura proveitosa. Porém, recomendo a leitura, pois é válida principalmente no quesito de desconstrução.

site: http://www.entrelinhascasuais.com/2016/08/resenha-silencio-richelle-mead.html
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Camila Lobo 29/07/2016

Resenha: Silêncio (Por Livros Incríveis)
Fei é uma jovem aprendiz de artista que mora em uma vila onde todos são surdos. No topo de uma montanha, as pessoas sobrevivem em uma relação com a cidade no pé da montanha, onde trocam minérios por mantimentos. Entretanto, a cegueira chega para assolar os moradores, o que faz com que a quantidade de minérios extraídos diminuam e com isso, a quantidade de suprimentos diminua também. Énesse momento que, misteriosamente, Fei recupera a visão. E vai embarcar em uma aventura para descer a montanha e conversar com as autoridades, acompanhada de Li Wei, minerador, conhecido e antigo amor.

Como é de praxe em suas histórias, Mead novamente nos apresenta uma história recheada de ação, fantasia e romance, baseada em mitologia, dessa vez, a chinesa.
A história de Fei parte da premissa de que há muito tempo, os pixius, criaturas míticas que tomavam conta da montanha, foram dormir e por isso, todo o povoado ficou surdo. Ninguém vivo na vila lembra-se de conhecer uma geração que ouvia, prova de que há muitas gerações eles viviam em silêncio. Até que Fei começa a ouvir, e vai virar a peça para conversa entre os surdos e a cidade no pé da montanha.

Silêncio tem uma história instigante, começando com os personagens, já que livros que retratam os asiáticos não são muito traduzidos aqui, ao meu ver. Entretanto, sua narrativa é extremamente rápida, e nesse caso, considero algo negativo porque com isso, tudo na história acontece rápido e fácil demais. Não há tempo de sentir qualquer tipo de emoção com os perigos que os personagens enfrentam, porque começa e na página seguinte já acaba, sem que haja um frenesi.
Ainda assim, a escrita da autora ainda é maravilhosa, deixando o leitor curioso para descobrir o que vai acontecer com os personagens, já que tudo é novidade, e por isso, são muitas descobertas, algumas óbvias, outras nem tanto.

Mead detalha a história com muito cuidado, para que não haja falhas na narrativa. Fei volta a escutar, mas não tem ideia de como definir os nomes, tipos e volumes de sons que ouve. Ao descer na cidade, ela não entende o que falam, permanece na linguagem de sinais. Acho que esse cuidado deixou a história muito mais real e convincente, considerando o quão a ideia me parece original.
Outro detalhe a se destacar é que há diálogos, mas não da forma convencional. Todos são em forma de “pensamento”, destacados no livro em itálico, para que o leitor não esqueça em momento algum que eles falam na linguagem de sinais, e não em voz alta. Eu não tenho certeza se teria tanta consciência disso caso não fosse bem demarcado como foi.

“E o grito de dor ou de raiva... Bem, esse é inteiramente diferente. Ele vem de um lugar mais obscuro, das profundezas da nossa alma, e, quando gritamos nesses momentos em que estamos tristes ou com muita raiva, existe uma constatação terrível que acompanha esse ato: a de que estamos dando voz a uma emoção que é simplesmente grande demais para caber no nosso coração.”

Todos os personagens são bem construídos, apesar de eu não sentir tanta ligação com nenhum deles. Assim como nas outras personagens de Mead, Fei é uma garota forte, corajosa e independente, fazendo algumas coisas até meio difíceis de se acreditar, que julguei meio irreais. Ela possui muita química com seu interesse amoroso, Li Wei, e foi um casal que torci desde o início. A coisa que mais achei fofa é o cuidado que fei tem com sua irmã, Zhang Jing, fazendo o impossível por ela. Ela resolve passar por todos os perigos para salvar a irmã, que era uma aprendiz como ela, mas que foi atingida pela cegueira, perdendo seu posto.


As cenas finais são maravilhosas, e deixa um gostinho de quero mais. Entretanto, trata-se de um volume único, então a história de Fei não vai continuar. As mensagens de crueldade do ser humano são importantíssimas, me fazendo parar para prestar atenção e perceber o quão isso é normal em nosso mundo, e o quanto a mensagem da autora é real.
Apesar das coisas que me desagradaram, Silêncio mostra-se uma leitura divertida, ágil e diferente e apesar de eu não considerar o melhor trabalho de Richelle Mead, é uma leitura totalmente válida


Leia mais resenhas em:

site: http://porlivrosincriveis.blogspot.com.br/2016/07/resenha-silencio-richelle-mead.html?m=1
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helmalu 26/07/2016

Resenha Silêncio [Leituras&Gatices]
Mergulhei nessa leitura sem conhecer a escrita da autora, totalmente sem expectativas e me surpreendi positivamente. Silêncio é um livro que mostra muito mais do que uma história de amor que não se concretiza por razões hierárquicas, mas também aborda questões políticas, sociológicas e até mesmo linguísticas. Claro que sem tanto aprofundamento, mas, mesmo assim, são temas importantes, que fazem o livro não ser completamente bobinho e mostram que a autora se preocupou em fazer um pouco de pesquisa para enriquecer o romance.

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A história se passa num povoado chinês isolado do resto do mundo, lá, eles vivem uma vida muito pobre e são escravos de um sistema de escambo: mandam todo o minério que extraem de suas minas, por meio de uma tirolesa para a cidade que fica logo abaixo da montanha em que vivem, em troca de comida. Além disso, todos que moram lá são surdos, há muitos anos que a surdez estava ali e, para eles, já era algo trivial. Contudo, a cegueira estava começando a se espalhar e, com isso, o desespero também, já que, surdos e cegos, as pessoas não poderiam mais se comunicar, muito menos oferecer sua força de trabalho para que os minérios sejam extraídos e trocados por comida.

Fei é a protagonista da estória. Logo no início da narrativa, o leitor já se depara com os problemas pelos quais ela sofre: a irmã Zhang Jing está perdendo a visão. Isso é muito ruim, já que ambas são artistas, conseguiram escapar da vida dura nas minas por conta do talento que possuíam na pintura, contudo, se Zhang Jin ficar cega, não poderá mais pintar e, consequentemente, será mandada para as minas, ou pior, terá que virar pedinte nas ruas. As pinturas que são feitas no povoado, longe de serem para apreciação artística - já que a arte não tinha valor ali, onde tudo precisava ser prático - serviam para informar os habitantes, uma espécie de jornal. Desse modo, os artistas, que eram considerados uma classe superior por não exercerem trabalho braçal, observavam durante o dia e relatavam por meio de pinturas tudo o que viam, para expor na manhã seguinte.

Fei sempre foi conformada com a vida que levava ali, pelo menos até o momento em que a cidade começou a mandar cada vez menos comida e os casos de cegueira começaram a ficar mais graves. Então entra em cena Li Wei, sua paixão de infância e minerador, do qual ela foi separada no momento em que decidiu se tornar artista, consequentemente, as diferenças hierárquicas fizeram com que ela e ele não pudessem jamais ficarem juntos. Li Wei acaba de perder o pai que, quase cego, sofre um acidente letal dentro das minas. Revoltado, ele decide descer a montanha, um empreendimento muito perigoso, para tentar encontrar uma maneira de garantir mais suprimentos ao povoado. Logo, Fei decide que vai junto com ele, já que, misteriosamente, recuperou sua audição e, assim, pode ajudá-lo caso haja algum deslizamento de rochas. Ele aceita a ajuda dela e ambos partem ao destino incerto, em busca de justiça para as pessoas que amam. Porém, ao chegar na cidade, não encontram nada do que esperavam e é aí que a verdade começa a aparecer e estarrece Fei e Li Wei.

"Daqui a quanto tempo as pessoas vão começar a se voltar contra as outras por puro desespero? Foi para isso que meu pai morreu? Quantos outros vilarejos a cidade já dizimou desse jeito?" (p. 113)

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Silêncio tem uma boa premissa, e foi isso que me chamou a atenção e me fez optar pela leitura, porém, sinto que a autora poderia ter desenvolvido mais alguns aspectos, por exemplo, a mitologia. Se você quer ler Silêncio na esperança de encontrar uma estória rica em cultura e mitologia chinesa, esse não é o livro mais adequado, ele foca demais nas mazelas dos personagens e na questão política, eu esperava que houvesse um aprofundamento maior nesse sentido. Acredito que, se tratando de um romance YA, seria muito mais interessante trabalhar os elementos fantásticos, como as criaturas pixius que surgem só nos últimos capítulos e deixam a impressão de que SPOILER só foram colocados ali na narrativa para salvar a pele dos habitantes já que, obviamente, a população sozinha jamais seria capaz de se livrar da situação de servidão, precisando da ajuda de seres mágicos para conquistarem sua libertação. FIM DO SPOILER.

Apesar disso, a narrativa é muito descritiva, embora eu tenha lido com muita fluidez e de modo algum achado o livro enfadonho. Acho que o fato de a autora ter abordado bem as questões políticas e linguísticas fez o livro ganhar pontos comigo, já que são temas centrais no meu entendimento e que movem as atitudes dos personagens. Algo que achei interessante foi a autora abordar a variação linguística dentro da linguagem de sinais, o que mostra para muita gente que existem várias formas de linguagem e que a variação não é um aspecto somente das línguas orais, já que cada língua representa uma cultura e cada grupo social tem suas idiossincrasias.

Sobre o romance entre Fei e Li Wei, acho que apareceu na medida certa, não foi muito meloso, e achei até plausível, já que a autora faz boas descrições de como era a vida deles antes de Fei se juntar aos artistas. Por fim, recomendo a leitura desse livro, embora com as ressalvas acima. Apesar de tudo, foi uma leitura gostosa e que me entreteve bastante, fiquei ansiando pelo futuro do povoado e do casal e, embora não tenha gostado do desfecho, imaginei que seria daquele modo. Além disso, fiquei muito aliviada ao saber que o livro é volume único.

site: http://leiturasegatices.blogspot.com.br/2016/07/silencio-richelle-mead.html
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Karini.Couto 24/07/2016

Hoje o livro da vez é Silêncio da conhecida Richelle Mead. A história é um tanto diferente da famosa série de vampiros da autora. Fiquei muito animada quando soube desse lançamento, já que acompanho ela faz anos e curto muito sua escrita.

Silêncio é uma história que nos traz um povo sofrido, que enfrenta muito trabalho nas minas em troca de comida e alguns itens indispensáveis. As pessoas "das montanhas" (cerca de 300) são surdas desde sempre, e agora há uma nova ameaça, pois alguns estão ficando cegos. O povoado recebe provisões através de um sistema de tirolesa, único meio que possuem para se comunicar com o resto do mundo. Eles enviam minérios e recebem provisões. Mas como os mineradores estão ficando cegos, o envio de minérios reduziu muito, então eles estão recebendo menos provisões. O que recebiam já era pouco então essa redução assusta as pessoas e cria um certo medo e desespero.

"Enquanto caminhamos, penso no que foi dito sobre equilíbrio e em como não temos alternativa a não ser fazer tudo o que o guardião nos disser. Estamos a mercê dele, e também do sistema da tirolesa."

Fei é uma jovem que cresceu na miséria com sua irmã e pais e desde sempre apresentou aptidões artísticas, sendo assim em dado momento ela e sua irmã fizeram teste para entrarem para o quadro artístico do povoado, que são aqueles que observam e desenham o que ocorre como forma de noticiar e registrar tudo que acontece. Com esse posto, vem também alguns privilégios, enquanto o seu amor de infância (Li Wei) seguiu caminho tornando-se minerador; um trabalho árduo e eles não se falaram mais depois disso, pois existe uma certa hierarquia e "etiqueta" a seguir. Até que as coisas mudam.. A irmã de Fei está perdendo a visão e logo é rebaixada ao posto de servente, enquanto o pai de Li Wei morre devido a falta de visão e trabalho constante nas minas. Acaba que Fei e Li decidem juntos descer a montanha e encontrar o guardião da tirolesa com intuito de ajudar seu povo. A ideia surge de Li Wei, e na intenção de ajudar sua irmã, pois quando a mesma perder por completo sua visão se tornará pedinte na praça eles se unem em busca de uma solução ou respostas do motivo pelo qual as pessoas do povoado estão ficando cegas. Misteriosamente Fei se descobre ouvindo e tudo é muito novo, com a audição ela espera ajudar Li Wei na descida, já que a falta de audição é perigosa, pois não se pode ouvir um deslizamento, por exemplo.

"É por isso que as coisas nunca mudam, ele declara enfaticamente. Todos ficam apegados à maneira como as coisas sempre fora, e essa maneira está nos matando. Se vamos morrer de uma forma ou de outra, quero rumar para a morte me esforçando para ter feito alguma diferença: tentando salvar a mim mesmo e aos outros. Somente viver um dia depois do outro já não basta. Tem que haver algo mais nesta vida, algo mais que se possa esperar."

E nessa descida em busca de respostas e com suas vidas em risco Li Wei e Fei irão se conectar novamente reacendendo todo sentimento que a muito sentem um pelo outro enquanto farão descobertas que jamais esperavam a respeito do povo que vive lá embaixo. E isso vem acompanhado de novas sensações bastante íntimas e tocantes sobre poder escutar os sons do mundo pela primeira vez e aprender a se comunicar com seu novo sentido.

"Sim Fei. Amor. Amo você desde aquele primeiro olhar de desafio que me lançou do meio dos escombros no galpão. Amei você ao longo de todos os aos em que crescemos juntos. E amei você quando me contou que iria embora para ficar com os artistas. Durante tudo isso, no meu coração sempre só existiu espaço para o nome de uma pessoa: o seu. E pode dizer o que quiser sobre as posições sociais e tudo o que existe para impedir que fiquemos juntos, mas sei que me ama também."

Bom, o que eu achei do livro?

Teve momentos de amor completo e momentos de tédio puro! Pois é! A história tem uma premissa muito interessante e uma capa maravilhosa e é da prestigiada Richelle Mead mas.. Gostei muito do "mistério" em torno de as pessoas não escutarem e estarem perdendo a visão (eu imaginei os motivos) toda dúvida por parte de Fei em se entregar ao sentimento que tem por Li Wei por conta da divisão de castas, a vontade de ajudar sua irmã a todo custo; e toda a paixão que Fei tem pela pintura, a forma como ela descreve os sons é simplesmente perfeito!

Li Wei tem todo o ar prático e decidido e convicções reais a cerca de precisarem ir atrás de respostas ao invés de se prostrarem e esperar pela morte e isso é algo que me conquistou de cara! Além da certeza de querer ficar com Fei a ponto de fazer sacrifícios por ela. Mas... (coloque aqui um enorme Mas...) os diálogos e divagações são imensos e tornam-se cansativos até que algo realmente aconteça e nos prenda. Eu fiquei com dúvidas do que dizer dessa leitura; eu juro!

Demorei a escrever a minha resenha por este motivo, pois não queria ser odiosa ou amorosa demais em relação ao enredo. Eu esperei mais desse livro e da Richelle Mead e me decepcionei pela lentidão com que tudo ocorre.. não me pareceu tanto a autora que eu conheço! Porém Silêncio tem seus pontos positivos e tirando a expectativa que eu criei antes de iniciar, deu para curtir alguns momentos da leitura. Me empolguei mesmo, acho que da página 160 em diante (se não me engano), tendo em vista que são 223 páginas...

Ao final da história podemos entender melhor alguns acontecimentos relatados no decorrer da leitura com relação ao povo das montanhas e isso é bastante esclarecedor em se tratando da mitologia chinesa inserida no enredo.
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Karen Sales 24/07/2016

instagram.com/kahbooks
Fei mora em um vilarejo isolado no alto de uma montanha. Lá todos são surdos e o motivo da perda do sentido é um mistério rodeado de lendas entre os moradores locais. Vivendo à mercer de um sistema onde a hierarquia social é dividida entre os artístas, os mineradores e os pedintes, o povoado vem sobrevivêndo da troca dos minérios extraídos da mina local por alimentos vindos da cidade através de um sistema de cabos.

Fei é uma artísta e junto com a irmã, observa a rotina do vilarejo a fim de retratar nos em suas pinturas. É então que testemunha o declínio do seu povo, em virtude da fome e da cegueira que vem atingindo cada vez mais pessoas. Com a perda de mão-de-obra e a diminuição da produção, a cidade diminui a remessa de mantimentos, instalando uma crise na região.

O desespero toma conta de Fei quando sua própria irmã mostra sinais de perda de visão, e a fome e a miséria que atinge seu povo desperta na jovem o desejo de mudança. E para isso ela contará com dois aliados indispensáveis: Li Wei, um minerador amigo de infância há muito afastado em função da hierarquia social e do som, pois da mesma maneira misteriosa que a perda da audição atingiu o povo, o sentido retorna para Fei e se torna sua principal arma.

Que livro original! Digo isso pelo fato de toda a narrativa ser muda. O livro é narrado em primeira pessoa pela visão da Fei e não possui nenhum diálogo falado. Na troca de sinais característica da linguagem muda, o diágolo é destacado em itálico na diagramação do texto, o que não me incomodou em nenhum momento.

A ambientação da história foi o principal motivo de eu ter gostado tanto do livro. Toda a cultura e o folclore asiático me encanta e ver esses temas retratados na bela escrita da Richelle Mead me fez sentir como se eu também estivesse naquele lugar. O ritmo de leitura é morno, mas ao meu ver, foi proporcional a proposta do livro. Uma narrativa mais equilibrada, em virtude da conhecida calma e auto-controle asiático.

Silêncio foi uma grata surpresa, sobretudo por ser o primeiro livro que li da autora. Uma história de aventura e sacrifício, onde a honra e o amor estão presentes em cada atitude e a necessidade desperta a vontade de lutar por igualdade e uma sociedade mais justa.
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Samu in Oz 23/07/2016

Richelle é sem dúvidas minha autora favorita!
Última leitura: Silêncio

Publicado pela @galerarecord

"Sim, Fei. Amor."

Silêncio é um livro bem diferente do que estou acostumado a ler, e é bem diferente de tudo o que a Richelle Mead já escreveu, pois esse faz uso do folclore chinês. Eu o comprei com um pequeno receio, pois vi algumas críticas negativas, mas não tenho vergonha em dizer que eu não me arrependo de forma alguma por te-lo comprado. E cara, eu amo a Mead.

"Amo você desde aquele primeiro olhar de desafio que me lançou do meio dos escombros do galpão."

Em Silêncio, Mead nos apresenta Fei, que assim como Rose e Sydney, é apaixonante e muito corajosa. O trama se passa em um vilarejo no topo de uma montanha, onde não existe som, e assim as gerações seguiram sendo surdas. O povoado está sofrendo com a escassez de alimento, o que motiva Fei e Li Wei arriscarem a vida para descer a montanha e buscar por melhores condições para seu povo. E é aqui onde tudo se inicia de verdade. ??????????
"Amei você ao longo de todos os anos em que crescemos juntos."

Silêncio, conta com romance, ação e aventura. Enquanto morremos de curiosidade sobre o destino do povoado e o desenrolar amoroso dos protagonistas. O livro também aborda a corrupção humana na exploração de seus iguais e aborda temas como a desigualdade social. Um outro fator inovador é o fato de ser um livro mudo. Todos os diálogos do livro não se dão de forma oral, mas por sinais.

"E amei você quando me contou que iria embora para ficar com os artistas."

No geral, eu gostei muito do livro e de todos os artifícios usado pela Richelle. É uma trama envolvente e por ser narrado em uma perspectiva de primeira pessoa ele se torna relativamente rápido. E por último, é um ótimo livro tanto para quem deseja ter um primeiro contato com a escrita da Richelle, quanto para quem já é fã. É um livro único, então quem tem medo de se meter com série, mas não dispensa uma boa fantasia ou um bom romance, garanto que vai gostar de Silêncio.

"Durante tudo isso, no meu coração sempre só existiu espaço para o nome de uma pessoa: o seu."

para mais é resenhas confira meu instagram: @ragnor.fell
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