A mother

A mother's reckoning Sue Klebold




Resenhas - O Acerto de Contas de Uma Mãe - A Vida Após a Tragédia de Colombine


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Roberta Harris 17/11/2017

Emocionante e necessário!
Aqui não se trata de uma mãe tentando explicar as motivações do ato violento do filho, nem uma tentativa de defende-lo jogando a culpa em outras pessoas, é apenas uma mãe, assim como nos, buscando entender os motivos que levaram um rapaz doce e bem criado a cometer um ato de barbárie junto a um amigo, na escola em que estudavam. Aqui ela vai mostrar como era o filho Dylan em sua personalidade, os momentos que passaram juntos em família desde o seu nascimento, ela também vai contar como foram seus dias (terríveis de dor e sofrimento profundo) minutos após o massacre, e até mesmo sobre o momento do próprio massacre. Ela levanta questões psíquicas de estudos que realizou, terapias que participou e como foi difícil tocar a vida quando ela deixou de ser a mãe de um adolescente comum, á mãe de um adolescente homicida suicida. Relatos fortes e sensíveis ao mesmo tempo.
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San... 15/07/2017

Livro dificil de ler, assunto ainda mais dificil de se posicionar. No inicio da leitura, senti compaixão tanto pela mãe quanto pelos demais integrantes da familia e foi com essa compaixão que li o livro todo. Embora seja um relato doloroso possibilita ao leitor um pequeno vislumbre do outro lado da moeda, coisa rara. Acredito que tenha sido necessária muita coragem para abordar o assunto e percebo, como leitora, que fui poupada dos detalhes mais sórdidos da narrativa, que tenho certeza ocorreu por parte da população através da comoção social, da imputação de culpa, da exclusão. Percebe-se também o esforço dessa mãe, obrigada a lidar com o horror público e com seu próprio horror intimo. Não me atrevo a condenar erros de concordância, prolixidade e outros pequenos deslizes que porventura o livro tenha, uma vez que a narradora se esforça para ser coerente e não se prende a lamentações. Em termos gerais, uma rara experiência, o lado feio da vida.
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cris.leal 26/06/2017

Impactante...
O livro narra uma das experiências mais terríveis que um pai e uma mãe podem suportar: a morte de um filho adolescente, agravada pela chocante percepção de que eles, os pais, não conheciam verdadeiramente o filho.

Em 20 de abril de 1999, Eric Harris e Dylan Klebold se armaram com pistolas e explosivos e entraram na Escola de Ensino Médio de Columbine, na pequena cidade de Littleton, Estados Unidos. Em questão de minutos, mataram doze estudantes e um professor e feriram outras vinte quatro pessoas, antes de se suicidarem. Uma tragédia que chocou o mundo.

Desde então, Sue Klebold, mãe de Dylan, convive com a dor de perder o filho e a vergonha indescritível pelo que ele fez. Uma verdadeira agonia. Como seu filho, o jovem promissor, de 16 anos, que ela criou com tanta dedicação, pôde ser responsável por tamanho horror? E como, convivendo com ele diariamente, ela não percebeu que havia algo errado?

Recorrendo a seus diários pessoais, aos vídeos e escritos que Dylan deixou e a inúmeras entrevistas com especialistas em saúde mental, Sue narra com honestidade rigorosa sua jornada para tentar lidar com o incompreensível. Seu livro é um tributo a Dylan sem ser uma justificativa, e um apelo comovente pela defesa da saúde mental e a pesquisa nesse campo. Todos os lucros com o livro serão doados a instituições de pesquisa e a organizações sem fins lucrativos com foco em saúde mental.

Em muitos momentos eu precisei parar a leitura para chorar. Tendemos a nos culpar pelo mal feito de nossos filhos, mas isso às vezes é uma grande injustiça. Foi o que aconteceu a Sue e Tom, os pais de Dylan Klebold. Eles não tiveram culpa pelo ato tresloucado do filho. Na verdade, a psicopatia por trás da tragédia pode vir à tona na casa de qualquer um. O luto de Sue Klobold gerou em mim uma enorme compaixão. Recomendo a leitura.

site: http://www.newsdacris.com.br/2016/07/eu-li-o-acerto-de-contas-de-uma-mae.html
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Lissa - @leiturasdalissa 21/02/2017

Eric queria matar, Dylan queria morrer
Aos 16 anos, assisti desavisadamente ao filme "Elephant" de Gus Van Saint, que aborda de forma ficcional um massacre em uma escola americana - o Massacre de Columbine foi o ponto inicial para o desenvolvimento da trama em questão. A partir de então, me encontrei fascinada pelo assunto e hoje são mais de 10 anos de pesquisa a respeito dele.
É, parece macabro, e talvez pareça ainda mais dizer que o livro de Sue Klebold foi um dos itens mais valiosos e esclarecedores que chegaram em minhas mãos durante todos esses anos.
Me admira ver por aqui resenhas que classificam Dylan Klebold, um dos atiradores, unicamente como um monstro. É claro que essa é uma das melhores definições para o que ele se tornou, mas parece que algumas pessoas não leram muito bem a história contada por sua mãe nesse livro e esqueceram que antes de cometer um ato imperdoável ele foi, sim, humano.
A tragédia de Columbine é algo inexplicável e não acho que Sue tentou justificar ou mostrar o filho sob outras lentes. Pelo contrário, ela apenas o apresentou como ela mesma o via, passou a ver, e hoje enxerga, depois de tudo o que aconteceu.
Quem estuda a tragédia sabe que a frase que mais faz sentido no livro é o comentário que inclui o outro atirador, Eric Harris: enquanto Eric queria matar, Dylan queria morrer. E todo o material já reunido a respeito do assunto até hoje, seja sensacionalista ou não, caminha mesmo para essa conclusão (embora, a meu ver, sozinhos eles não teriam chegado a esse ponto; um levou o outro para o caminho e carrega igual parcela de culpa).
Acredito que Sue Klebold relaciona tudo o que aconteceu à prevenção do suicídio porque ela perdeu um filho, e da pior maneira possível: sabendo que ele era um assassino e que ela, de maneira nenhuma, fez parte da construção do que ele se tornou, ainda que seja difícil de se aceitar.
Enquanto uns apostam em "premeditação", a minha opinião consiste no fato de que Dylan planejou, mas só acreditou mesmo no que estava fazendo no momento em que tudo se concretizou.
Débora 03/03/2017minha estante
Amei sua resenha parabéns!!!!!! Me emocionou.


Lissa - @leiturasdalissa 06/03/2017minha estante
obrigada, Débora! :)




Catharina.Mattavel 09/02/2017

Resenha: O Acerto de Contas de Uma Mãe - Sue Klebold
Como diz acima na sinopse, em 1999, Eric Harris e Dylan Klebold fizeram uma chacina no colégio onde estavam prestes a se formar, o colégio Columbine. Foi um evento que marcou muito a história não só das vitimas e das famílias em geral que perderam seus filhos, mas também a história da pequena cidade Littleton.

Nesse livro, Sue Klebold, a mãe de Dylan, nos apresenta toda sua trajetória desde a tragédia em que seu filho matou diversos alunos e professores da escola e depois se matou. Sue nos mostra aqui como foi a criação de Dylan e sua tamanha indignação pelo filho ter feito tudo o que fez, sua culpa, remorso, saudade, angústia e pensamentos aflitos ao lembrar daquele dia, e principalmente seu arrependimento por não ter impedido aquilo, por mais que não estivesse ao seu alcance.

Essa é uma resenha muito difícil de ser escrita. Assim que vi esse livro, fiquei muito curiosa pois ouvi falar bem pouco sobre o acontecimento, mas com certeza quis saber mais, afinal, é uma história onde muita coisa pode ser explicada ou deduzida e é isso que Sue tenta fazer ao escrever seu relato que diga-se de passagem, me marcou e comoveu em inúmeros momentos.

É muito triste ler as palavras de Sue, pois me coloquei em sua pele na maioria das páginas. Imaginem só você criar perfeitamente bem um filho, com a melhor educação - tanto escolar quanto em casa - e sempre imaginando que está tudo bem com ele apesar de certos pontos que todo adolescente passa e de repente descobrir que seu filho acaba de matar pessoas á mão armada.

Sue conta com detalhes episódios da infância de Dylan e também do colégio, sobre suas amizades, seu comportamento e vivência no geral, ressaltando alguns acontecimentos que na opinião dela podiam ter sido sinais sobre o que ele viria a fazer. Descobrimos também no livro que Dylan sofria bullying e no seu diário mostra o quanto o jovem estava sentindo-se depressivo e com indícios de querer se matar.

O livro aborda diversas questões muito fortes, de um modo que me fez querer ler cada página com muita atenção, pois são assunto que sempre considerei que deveriam ser mais abordado em todos os lugares, discutidos e trabalhados com mais profundidade. Assuntos como depressão, bullying, suicídio e ansiedade, ou seja, doenças psicológicas que a autora faz questão de frisar que se fossem vistas como doenças biológicas - câncer, aids, entre outras - provavelmente o mundo seria melhor e o suicídio aconteceria bem menos do que acontece hoje em dia, principalmente entre jovens.

O livro conseguiu ter toda a minha atenção e reflexão sobre como devemos dar mais atenção as pessoas que convivem com nós, sobre como a tristeza pode se apoderar de uma pessoa e passar totalmente despercebida pela própria família, ás vezes intencionalmente e ás vezes por falta de interesse nosso.
Sue Klebold se mostrou uma verdadeira guerreira, assim como sua família, por ter superado esse episódio tão devastador, foi uma luta intensa que demorou a ser superada e talvez nunca seja superada de fato por ela e pelas famílias que perderam seu ente querido naquele dia, mas que com muita força de vontade, conseguiram seguir em frente. Sue foi julgada por muitos por ser mãe do assassino mas o mais comovente, foi ver quantas pessoas estavam lá a apoiando e imaginando a dor de uma mãe depois da tragédia.

Foi uma obra extremamente comovente e bem escrita em memória daqueles que se foram - inclusive Dylan e Eric - e que imagino ter feito muitos refletirem e levar mais a sério assuntos que estão presentes o tempo todo em nosso cotidiano, assuntos que devem ser tratados para evitar mais tragédias como essa. Foi um prazer ter conhecido Sue através desse livro e poder sofrer junto com ela e concordar com cada pensamento.

site: http://realityofbooks.blogspot.com.br/2016/07/resenha-o-acerto-de-contas-de-uma-mae.html
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Dicas Literárias 23/12/2016

#Resenha 83, O Acerto de contas de uma mãe - a vida após a tragédia de Columbine, da autora Sue Klebold.
SINOPSE:
Um livro forte e inquietante narrado pela mãe de um dos responsáveis pela a tragédia de Columbine.
Em 20 de abril de 1999, Eric Harris e Dylan Klebold se armaram com pistolas e explosivos e entraram na Escola de Ensino Médio de Columbine, na cidadezinha de Littleton, Estados Unidos. Em questão de minutos, mataram doze estudantes e um professor e feriram outras vinte e quatro pessoas, antes de tirar a própria vida. Desde então, Sue Klebold, mãe de Dylan, convive com a dor e a vergonha indescritíveis por aquele dia. Como seu filho, o jovem promissor que ela criou com tanta dedicação, pôde ser responsável por tamanho horror? E como, convivendo com ele diariamente, ela não percebeu que havia algo errado? Houve sinais sutis que ela não captou? O que ela poderia ter feito diferente? Essas são perguntas com que Sue se debate todos os dias desde a tragédia de Columbine.
Em O Acerto de Contas de Uma Mãe, ela narra com honestidade rigorosa sua jornada para tentar lidar com o incompreensível. Na esperança de que os insights e o entendimento que ela obteve ao longo dos anos possam ajudar outras famílias a reconhecer quando um adolescente está com problemas, Sue conta sua história na íntegra, recorrendo a seus diários pessoais, aos vídeos e escritos que Dylan deixou e a inúmeras entrevistas com especialistas em saúde mental.

#RESENHA

O livro, como o próprio título diz, é um relato sobre uma das maiores tragédias na história dos Estados Unidos em uma escola de Ensino Médio. O Massacre de Columbine resultou em mudanças drásticas nas leis e segurança das escolas americanas.



Este livro é narrado não pelo olhar de um jornalista, mas sim pelos olhos de uma mãe. A mãe de Dylan Klebold um dos responsáveis e executor do massacre em 20 de abril de 1999. Sue Klebold (foto acima) relata com perfeição tudo o que ocorreu antes e depois dessa tragédia que não mudou só a vida da sua família, mas também dos habitantes da cidade.

Sue relata como foi sua relação com o filho Dylan, e conta que ele era um jovem amoroso, educado e ótimo filho, porém, o que Sue não percebe, é que o filho estava deixando crescer dentro de si uma nuvem negra com pensamentos violentos.

A autora e mãe relata que a amizade com Eric Harris, o outro autor do crime (e que teve bem dizer quase toda a ideia de fazer o atentado), não era muito bem vista pelos outros colegas do filho, mas ela nunca parou para perceber isso. E aos poucos essa amizade foi crescendo e permitindo que no dia 20 de abril eles mudassem o rumo da vida de muitas famílias.

Harris (a esquerda) e Klebold (a direita) relataram eu seus diários, conta Sue, que planejavam matar o maior número de pessoas ali, queriam fazer desse atentando algo ainda maior do que outro que aconteceu nos anos 90 nos EUA.

Sue conta com muita clareza o que ocorreu depois desse atentando, que terminou com a morte de mais de 12 pessoas, incluindo seu filho e o amigo. Mais de 21 ficaram feridos e a história de Columbine jamais foi a mesma.

A cidade odiou seu filho, se revoltou por aquilo ter acontecido, e durante todo esse tempo essa mãe tentou procurar explicações que servissem de fundamento para tal atrocidade. Sue perdeu sua família, pois seu esposo acabou pedindo o divórcio. Eles tiveram que vender os imóveis de aluguel que possuíam. Tiveram por completo suas vidas mudadas.
Sue Klebold decidiu escrever o livro para mostrar as famílias da tragédia e as demais pessoas que nunca achamos que conhecemos as pessoas. Ela achava que conhecia tão bem o seu filho, que não precisava ir na escola saber informações sobre ele. Bullying, depressão, medo, revolta e ódio foram os verdadeiros motivos dos jovens cometerem tal massacre.

Para quem curte um livro forte e profundo eu indico a leitura. Tenho certeza que não irão se arrepender.
Resenhado por Tony Ferr
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site: http://dicassliterarias.blogspot.com.br/2016/07/resenha-o-acerto-de-contas-de-uma-mae.html
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Erica.Lobo 18/12/2016

Perturbador...
Vê uma tragedia como Columbine pela óptica de uma mãe é perturbador...
Quando essa narrativa é da mãe de um dos assassinos é avassalador!
Todo esse tempo Sue Klebold tenta entender como seu filho amado foi capaz de cometer um ato monstruoso como esse.
Quantos sinais passaram despercebidos?
Será que ela poderia ter ajudado a evitar a tragedia?
O acerto de contas de uma mãe, é um livro denso.
Contamos com a honestidade de Sue e sofremos junto com ela.
Recomendo a leitura.
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Prof. Angélica Zanin 05/12/2016

Perdoando a si mesma
Uma família tradicional norte-americana, classe média, uma casa confortável, dois filhos, aparentemente, normais dentro de suas individualidades. Conforto, tradições, refeições em família, educação, amigos, trabalho, socialização. No entanto, Dylan, o filho mais novo, demonstrava sinais de irritabilidade, depressão, isolamento, álcool, sinais sutis de que algo não estava bem. Ele e um colega entraram com armas e explosivos, na escola de ensino médio de Columbine, e feriram 24 estudantes, mataram 12 alunos e um professor e, como desfecho, os dois adolescentes de 17 anos se suicidaram.
Sue Klebold, mãe de Dylan, conta sua história de sobrevivência à dor de perder o filho e ao fato de ele ser o responsável pela morte de 12 filhos de outros pais. Buscou as raízes do problema, não se apoiou em justificativas, explorou cada detalhe da vida de seu filho e relatou sua trágica experiência com o objetivo de ser um caminho para evitar que outras tragédias como essas aconteçam.
Jovens com transtornos cerebrais podem desencadear toda sua fúria e autodestruição quando expostos a fatores desencadeadores como bullying, jogos violentos, amizades dominadoras, etc. . Pais, professores, educadores, orientadores devem ler essa história, pois só com a percepção preparada poderemos detectar um sofrimento tão maligno. Sue luta contra a raiva de familiares das vítimas e contra sua própria raiva por não ter conseguido evitar a tragédia de Columbine. Trata-se de uma declaração de amor ao filho e às vítimas, o perdão que esta mulher busca como medida curativa é, sem dúvida, o perdão a si mesma.
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Thaisariel 26/10/2016

Todos deveriam ler
Estou estupefata. Arrebatador, sufocante, triste, esclarecedor... É um misto que no final consegue atingir o leitor em cheio. Sue é uma mulher admirável!
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Fer Kaczynski 04/08/2016

Denso!
Recebi este livro em parceria com o Grupo Editorial Record, pelo selo Verus Editora. Como sempre a editora arrasando em seus lançamentos, e como eu curto bastante esta temática, leio muito sobre psicologia e psiquiatria durante minhas pesquisas descobri livros, filmes e séries de TV ótimos para quem também gosta e estuda sobre transtornos mentais.

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2016/07/resenha-o-acerto-de-contas-de-uma-mae.html
Eunice.Vilares 30/08/2016minha estante
Tbm adoro. Vc leu Precisamos falar sobre o Kevin?


Eunice.Vilares 30/08/2016minha estante
Vc q está na sua estante como favorito. Se não leu ainda leia 19 minutos da Jodi Picoult e A lista negra


Fer Kaczynski 30/08/2016minha estante
Precisamos falar sobre o Kevin li sim, é baseado nessa história mesmo. Os outros que indicou vou procurar, obg


TatiLedo 27/02/2018minha estante
Fer, dá ima olhada na minha lista de livros e procura ?O Inimigo no Meu Quarto?. Você vai gostar muito.
Adorei sua resenha




Amiga Leitora 22/07/2016

O Acerto de Contas de Uma Mãe - A vida após a tragédia de Columbine
Em "O Acerto de Contas de Uma Mãe - A vida após a tragédia de Columbine", temos o relato da tragédia e pelos olhos de Sue Klebold, a mãe de Dylan Klebold um dos atiradores responsáveis por aquele dia de horror 20 de abril de 1999. É uma narrativa forte, que nós faz pensar sobre nossa vida e sobre nossas atitudes no trato com as pessoas.

Sue, conta as consequências da tragédia em sua família e na comunidade onde viviam, ela relata com detalhes tudo o que aconteceu naquele dia quando ela recebeu a ligação do seu marido para que fosse para casa, pois estava acontecendo algo na escola de Columbine, mas o que ela não imaginava é que seu filho mais novo Dylan, era um dos responsáveis pelo ato hediondo que estava sendo praticado naquele momento.

Acredito que como a autora mesmo fala em sua narrativa expor sua família escrevendo esse livro foi algo extremamente difícil, eu nunca li nada tão forte e verdadeiro, uma chuva de sentimentos conflitantes, Sue fala da negação em acreditar que alguém que ela criou com todo amor do mundo fosse capaz de um ato tão odioso, ela abre o coração para explicar o porque de não conseguir aceitar o fato de que seu filho era capaz de tamanha brutalidade e loucura. Sue e Tom eram pais presentes, que sempre acompanharam o crescimento dos filhos, uma família normal até o dia 20 de abril de 1999, Dylan o filho caçula, era um garoto tranquilo, amoroso, com circulo de amigos que frequentavam a casa da família e que eles conheciam as famílias também, como qualquer adolescente ele tinha uma rotina normal praticava esportes e saía com os amigos frequentemente. Não era possível que ele realmente estivesse envolvido em algo tão cruel, para Sue isso era um absurdo.

Nos relatos de Sue, ela mostra que os sentimentos mais presentes eram, a dor pela perda do filho, a humilhação pelo que ele fez, o desconhecimento dos motivos que levaram o filho Dylan a cometer tal ato de total ódio e loucura, o luto pelas famílias que perderam seus filhos pelas mãos do eu filho caçula.

É um livro que aborda temas fortes, sobre os quais não costumamos pensar no nosso dia a dia, mas talvez esse seja o maior erro nosso, não observamos os detalhes nos comportamentos das pessoas, o quão frágil é a mente humana. A autora deixa claro que abrir a história tão dolorosa da sua família é uma maneira de ajudar outras famílias para que não aconteça o que aconteceu com eles, pois através do conhecimento podemos muitas vezes ajudar e evitar perdas tão dolorosas e comportamentos destrutivos.

Com o relato dessa mãe eu entendi principalmente que a depressão é algo destrutivo e que muitas vezes passa despercebida, nem sempre notamos o quão doente a pessoa está, não percebemos o quanto ela esta sofrendo e precisando desesperadamente de ajuda, outro ponto também é o fato de que para os pais é muito difícil saber quando os filhos estão sendo vítima de bullying na escola, porque geralmente os filhos não contam isso para os pais, sofrem calados. Acredito, que ao ler o livro vocês vão entender o desespero pelo qual essa mãe passou, ao ter que lidar com o morte do seu filho, com a morte dos que ele matou e também com a descoberta de que o filho que ela conhecia era só uma parte daquele garoto, existia um lado sombrio que ela jamais imaginou existir, sem falar que ela não imaginava o quanto a vida escolar dele era complicada.

Ao meu ver esse livro serve como um alerta especialmente para os pais, pois mostra que é necessário ter um conhecimento maior sobre a vida dos seus filhos, tentar ao máximo conhecer o ambiente onde ele passa parte de sua vida (A Escola).


site: http://www.amigadaleitora.com/2016/07/resenha-o-acerto-de-contas-de-uma-mae.html
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Beatriz Almeida 13/07/2016

Acredito ser um livro pesado para muitos, principalmente quem não tem familiaridade com esse tipo de leitura. No mais, acredito ser uma leitura adequada não somente a pais de adolescentes, como disse a critica especializada, mas aqueles que querem se tornar pais, especialmente as jovens que são bombardeadas pela mentira de que a maternidade é algo pleno, perfeito e lindo.
Muitos podem não encarar desta forma, mas Sue deixa claro amar Dylan diversas vezes, e isso mostra a dor e os contrastes de se ter um filho. Amor incondicional é para poucos, e a maternidade pode ser fácil, muitas vezes ela pode ser quase que impossível de tão dolorosa, como é o caso de Sue e de tantas outras mães.
Outro aspecto interessante do livro é a maneira como é tratado o suicídio, o que pode ajudar muitas pessoas que lidam com outras com essa tendência, ou as próprias vitimas dessa tendência.
Acredito que mais do que este livro é muito mais do que uma simples leitura para curiosos sobre o caso, para amantes deste tipo de leitura. Este livro é um ensinamento sobre amor, maternidade e uma ajuda a saúde publica.
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Jeanne 16/06/2016

Leitura densa e dolorosa!
Finalmente terminei de ler o livro "O acerto de contas de uma mãe". Foi uma leitura densa, dolorosa e por vezes li e reli alguns parágrafos. Às vezes, precisava fazer pausas e retomar a leitura em outro momento. São muitos os sentimentos com os quais nos deparamos durante a leitura: inconformismo, raiva, pena.
Acho que passado dezessete anos da tragédia, essa mãe ainda busca respostas. Acho que no fundo, ela se culpa por não ter percebido os sinais de mudança no comportamento do filho. Os estragos que esses meninos fizeram foi devastador para todos, sobretudo para seus familiares. Essa mãe, além de perder o filho para o suicídio, teve que lidar com a questão dos assassinatos cometidos por ele. Trauma que no meu ponto de vista, não se supera jamais. Quantas perdas teve essa mãe? Luto pelo filho, assombro diante do ocorrido, medo, vergonha, humilhação, questões judiciais intermináveis, perdas financeiras e julgamento da sociedade.
Achei a leitura muito válida. Como mãe, senti que devemos ficar atentos a toda e qualquer mudança no comportamento dos filhos. Acredito que tudo o que nós pais, pudermos fazer, ainda assim será pouco para garantir uma vida feliz e saudável aos nossos.
É claro que esse tipo de tragédia não vai acontecer com qualquer jovem ou pessoa que sofra de depressão e também acho que dificilmente essa mãe poderia ter evitado a tragédia. Tampouco a considerei uma mãe relapsa, fria, distante. De tudo, sempre devemos tirar alguma lição!
Recomendo a leitura!
Nana 16/06/2016minha estante
Adorei a resenha Jeanne! Já vi que vou ter que me preparar psicologicamente para esta leitura..rss


Jeanne 16/06/2016minha estante
Vai sim Nana! Nenhuma mãe merecia passar por isso! Vou te enviar na próxima semana, mas lembrando que não tem pressa, pois não pretendo trocar.


Nana 16/06/2016minha estante
Obrigada Jeanne! Não precisa pressa pra enviar também, tenho tantos pra ler que está faltando horas nos meus dias..rss


Jeanne 16/06/2016minha estante
Então...vou ler "Os bebês de Auschwitz" e se você se interessar, mando os dois juntos. Combinado?


Nana 16/06/2016minha estante
Combinado!! Bjs


Jeanne 16/06/2016minha estante
Beijos




Talita762 15/06/2016

A vida após a tragédia de Columbine
Este livro é muito desconfortável. Geralmente a leitura nos dá a oportunidade de entrar em contato direto com outra pessoa, de conversar com ela ou pensar junto dela. Eu havia me esquecido disso quando achei que era uma boa ideia entender o massacre de Columbine pelo viés da mãe de um dos assassinos. Não é. Sue Klebold tenta tirar uma lição da tragédia: a de que saúde mental é um assunto muito mais complexo do que o senso comum consegue aventar. A partir daí, ela elabora uma espécie de inventário das normalidades de seu filho Dylan: ele foi uma criança iluminada, gentil, tímida, inteligente, amorosa e retraída. O que ninguém pôde perceber é que, na adolescência, ele virou um jovem deprimido e de temperamento autodestrutivo. Juntando essas duas facetas da mesma personalidade, a intenção da autora é desmistificar a monstruosidade do assassino que ela tinha em casa, sem negar a monstruosidade dos atos que ele cometeu no fim da vida.

Só que isso não acontece. Do meu ponto de vista, Sue Klebold tenta angustiadamente fazer o caminho inverso ao de todo o mundo. Ela quer crer que a normalidade da infância e os traços de bondade de Dylan possam emprestar complexidade ao perfil que se faz dele, mas, considerando que estamos falando de alguém que matou ou esteve envolvido na morte de 13 pessoas, o que acontece é bem o contrário: o ato final - um atentado injustificado, raivoso, racista, malvado, cruel - anula tudo o que veio antes. Não importa se o assassino foi um bom filho ou se tinha suas complexidades: atirar à queima roupa no rosto de crianças faz dele um monstro. Acho que, com exceção dos adolescentes que glorificam gente como Dylan Klebold e Eric Harris, todo mundo entende isso. Todo mundo menos Sue Klebold. Como uma mãe que acompanhou por dezessete anos uma criança comum e bondosa vai conseguir anular tudo o que testemunhou em troca da imagem que nós, o público, temos de Dylan? Como é que ela vai conciliar o menino das fotos de família com aquele das imagens da tevê, com aparato paramilitar, cara de mau, arma na mão? Essas duas partes são incombináveis.

Por isso, quando eu terminei o livro decepcionada, fiquei me perguntando o que é que eu esperava da mãe de um dos assassinos. Claro, em praticamente todo capítulo ela qualifica os atos do filho como abomináveis e impossíveis de se relativizar. Só que, mesmo sem querer, ela acaba sempre relativizando-os logo em seguida. Eu entendo a mensagem: toda mãe pode estar criando um monstrenguinho dentro de casa, não há condições especiais para se formar um Vlad - O Empalador em potencial, não houve sinais visíveis, àquela época, que pudessem ajudar a prever o tamanho da atrocidade que aquele menino seria capaz de fazer. Sue Klebold diz que passou a ver o filho morto como um suicida, e ela traz e comenta citações de especialistas corroborando essa visão. O problema é que a mensagem a favor da prevenção ao suicídio e do tratamento de problemas psíquicos esbarra a todo momento no drama das vítimas e de suas famílias.

Deixa eu tentar me explicar melhor: na minha opinião, um livro de conscientização sobre suicídio, querendo tirar lição de uma história pessoal, é válido e importante, mas jamais deveria vir de um evento como o de Columbine. O tiroteio em Columbine é um daqueles momentos decisivos em que a cultura dos Estados Unidos - e isso resvala no Brasil, vide o tiroteio na escola em Realengo - poderia ter aprendido logo uma lição, mas demorou demais para escolher fazer o certo. Columbine foi um circo fetichista. Os atiradores tentaram imprimir ares de ficção à realidade do que iriam fazer. Tudo foi cuidadosamente organizado para deixar vestígio, numa busca por notoriedade póstuma, desde os trajes ridiculamente fílmicos (eram mais para figurino, a bem da verdade) ao vocabulário dos assassinos repleto de termos de filmes violentos ou inspirados em gêneros cinematográficos. Até aí, estamos no território da loucura de gente que perdeu o contato com a realidade, mas a mídia comprou a ideia e foi acrescentando elementos espetaculares. Reproduziu incessantemente, como queriam os assassinos, até as frases de efeito que eles disseram às vítimas, adicionou coisas que jamais haviam sido ditas, colocou o Marilyn Manson na história, Dylan e Eric foram parar na capa da revista Time, os perfis psicológicos foram sendo montados enquanto os fatos ainda não haviam sido esclarecidos, ao gosto de quem estava falando. Dois assassinos viraram celebridades, inspirando fantasias de adolescentes bobos mas inofensivos (procure Dylan Klebold no Tumblr e tente não se estapear de raiva) e de outros malucos com potencial homicida. As vítimas foram despersonalizadas em troca da notoriedade dos assassinos, e mesmo os motivos por trás de Columbine adicionaram certa aura romântica a Dylan e Eric: este é o homicida, psicopata clássico que em seus diários só falava em matar; aquele é o suicida, sem amor à própria vida ou à dos outros, que só falava em amor e só queria ser aceito. Por causa do tamanho da repercussão de Columbine, e da extensão dos erros que foram cometidos no tratamento do caso, eu senti que boa parte deste livro foi na verdade outro golpe nas famílias vitimadas, outra mistificação.

Se por um lado, a inteligência a respeito do assunto se beneficia de um relato em primeira mão de uma das vítimas da tragédia (pois é, a família de um assassino também é vítima), por outro o livro de Sue Klebold raramente traz insights valiosos. Ela estava muito distante do filho, a ponto de não fazer ideia das coisas que compunham seu universo íntimo, e tudo o que faz é afirmar repetidas vezes que não conseguiu interpretar os sinais de que Dylan não estava mentalmente saudável. Que ela não consiga dizer pontualmente onde errou, tudo bem, já que um dos argumentos do livro é que não há experiência traumática ou criação errada o suficiente para causar uma tragédia do tamanho da que aconteceu; o problema é quando Sue Klebold começa a elencar o que entende por normalidade e adequação familiar. Às vezes ela se trai e começa a fazer julgamentos de outros estilos de vida, às vezes mostra que estava totalmente despreparada para entender o que andava pela cabeça de um adolescente no final da década de 1990. Como só poderia acontecer, 16 anos depois da tragédia ela ainda está perplexa e não tem respostas. Quando, da metade do livro para a frente, ela resolve encarar o que tem sido sua causa desde que começou a refletir sobre o que aconteceu com o filho, o tema da conscientização ao suicídio fica eclipsado pelo que parece ser um exercício de relações públicas. Ela tenta, como é compreensível, advogar em favor de sua família e da criação que deu aos filhos, buscando sair do semianonimato e emergir como figura pública disposta a debater os temas que envolvem sua experiência. Infelizmente, apesar de ter sido pessoalmente afetada, ela está aquém da tarefa.

Partindo de O acerto de contas de uma mãe pode-se imaginar ser impossível que uma pessoa muito próxima de um acontecimento trágico possa interpretá-lo de maneira objetiva. Outra coisa: talvez não exista nada a se deduzir de pessoas como Dylan Klebold, a não ser do ponto de vista da inteligência policial, como argumenta o norueguês Karl Ove Knausgård em texto sobre Anders Breivik (link no blog). De Columbine, em 1999, para cá, as sociedades criaram mais consciência e mais capacidade para lidar com atentados em massa (apesar de os números serem assustadores nos Estados Unidos), mas as motivações e a complexidade do assassinos simplesmente não importam. O tema é outro e Sue Klebold não pôde encontrá-lo.

É desconfortável estar com ela quando ela vê ambiguidade onde só havia cinismo, quando ela prefere se concentrar no desespero de Dylan enquanto o que mais chama a atenção nele é a premeditação cruel. Não é um livro fácil. Ao mesmo tempo, como um efeito colateral, talvez O acerto de contas de uma mãe seja uma forma de trazer de volta à realidade quem se encantou com o romantismo de um ato extremo. Depois daquilo que Dylan via como uma catarse pelo sangue, sobraram os pais dele perplexos, cheios de dívidas, dores físicas, preocupações com segurança. A mãe dele começou a cuidar obsessivamente do gato velho da família. É triste.

site: https://ninguemdeixababydelado.wordpress.com/2016/06/15/o-acerto-de-contas-de-uma-mae-a-vida-apos-a-tragedia-de-columbine/
Lili 19/06/2016minha estante
Quando vejo um jovem cometer um crime absurdo,como o narrado no livro,eu sempre me pergunto:os país desses assassinos juvenis ,são vítimas ou têm alguma parcela de culpa ?Sempre fico na duvida.


Tamara 11/09/2016minha estante
Resenha perfeita, muito sincera, quero ler o livro para conhecer, mas adorei tudo o que falou


Fernanda 19/03/2017minha estante
Perfeita tua descrição sobre esse livro!




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