Eduarda.Silva 13/01/2022
Angustiante...
Esse livro foi escrito por Sue Klebold, mãe de Dylan Klebold, um dos autores do massacre de Columbine em 20 de Abril de 1999.
O livro mostra a vida de Sue pós massacre, ela conta que Dylan sempre foi um garoto amável e que ninguém imaginaria que uma coisa daquela pudesse acontecer algum dia, tanto que Sue mostra que, várias vezes, fantasiou sobre o possível motivo da partipação de Dylan no massacre, talvez ele estivesse drogado, talvez fora obrigado por Eric etc.
Com análises psicológicas, é provado que Dylan tinha um perfil de vulnerabilidade e que Eric era o psicopata, mesmo a Sue dizendo que não isenta a culpa de Dylan, várias vezes senti que ela jogou a culpa no Eric.
Mas ao passar do tempo, Sue descobre que Dylan expressava uma imensa vontade de morrer no seu diário, e Sue até hoje se culpa por não ter percebido isso antes, já que Dylan tinha vários planos para o futuro.
"Dylan queria morrer e não se importava se alguém morresse e Eric queria matar e não se importava se morresse." (Frase retirada do livro)
E isso mostra que ambos partilham da mesma culpa.
Após o massacre, ela teve uma vida muito difícil, ela tinha medo de utilizar seu sobrenome (e quando era nescessário dizer, ela simplesmente inventava um) e recebia diversas cartas, a maioria expressava ódio como se ela fosse o filho, mas também tinham cartas de apoio, jovens mostrando seus medos e até cartas de amor e que vangloriavam o Dylan.
E esse é um dos motivos dela se esquivar de reportagens até hoje, tem medo que se inspirem no seu filho e em Eric.
Sue também tinha o desejo de escrever para as famílias, tanto que escreveu as cartas, mas demorou para enviá-las, já que possuía a certeza de que os familiares das vítimas jamais iriam querer contato com ela.
Ela conta que chorava todos os dias, tanto por estar de luto pelo seu filho quanto pelos mortos por ele.
O livro também traz a presença de muitos profissionais, conta que o suicídio é a 3° maior causa de morte entre 10 a 14 anos e a 2° maior entre 15 a 34 anos, traz relatos de outras mães/pais que perderam seus filhos para o suicídio (inclusive a sua nova terapeuta havia perdido um filho de 12 anos há pouco tempo), fala dos sintomas de uma possível depressão e põe ênfase na importância da saúde mental.
Curiosidade: Stephen King foi citado na página 148, Sue diz que o romancista pediu para seu editor retirar o livro "Fúria" das livrarias depois que alguns atiradores de escola mencionaram os trechos dele.