Micha 08/11/2020Tenso, maravilhosoImmaculée narra sua vida num vilarejo em Ruanda, o de nasceu e cresceu aos lado dos pais e dos 3 irmãos, cercados de amor, entremeando com a história de Ruanda e do genocídio que começou em abril de 1994.
O genocídio iniciado pelos extremistas hútus e incetivados pelo presidente do país, queria matar todos os tútsis, uma outra etnia.
Ela narra como a família precisou se separar para tentar sobreviver e o tempo que passou escondida num banheiro junto com outras 7 mulheres e os momentos de terror que viveu ao ouvir os assassinos cantando que iam matar as baratas tútsis.
Conforme ia lendo, fui me lembrando o holocausto (que sempre associei ao nazismo e à II Guerra Mundial), mas ela também usa esse termo. A diferença que ao invés de perseguir judeus, eles perseguiam os tútsis, mas o terror foi semelhante. Onde as pessoas eram perseguidas, torturadas, mortas, pelo simples fato de pertencerem a uma etnia diferente da que estava no poder.
O lindo da história é a fé de Immaculée, como ela conversava com Deus, o encontro que tiveram. Livro maravilhoso, tenso, necessário para entender essa parte triste da História que foi ignorada, desconsiderada por aqui.
Eu já tinha um pouco de noção, e até por isso quis ler o livro, porque já tinha assistido ao filme Hotel Ruanda, há anos. E agora quero rever. Uma matança covarde, onde milhares e milhares de mortos ficavam empilhados na rua. Recomendo o filme também.
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