hellovenus 16/09/2022Fascinante, porém não é perfeitoSou apaixonada por uma boa distopia e Feios era a promessa de uma nova trilogia digna de futuras adaptações. Com a aproximação do seu lançamento estrelado pela Joey King decidi finalmente dar início à leitura que venho prorrogando desde 2018. Até a página 300 eu devorei o livro, mas demorei 2 meses para finalizar a leitura. O motivo? Bem, ficou um pouco chato.
Tally é a típica personagem que transforma a sua maneira de enxergar o mundo no decorrer da história. Bem estruturada e com posicionamentos muito fortes, ela é o centro da trama e responsável por tudo o que acontece, seja bom ou ruim. Sua franqueza foi um ponto que chamou minha atenção e sua relação com Shay, sua melhor amiga, me lembrou como relações podem ser bem descritas e criadas.
David é o famoso par romântico que não pode faltar em toda história, independente do seu gênero central. Esse é a personagem que mais me incomodou em todo o livro. Acho sua relação com a Tally extremamente broxante e é evidente que ela teve mais química com o perfeito responsável por salvá-la do incêndio durante 5 minutos do quê metade da história com David. Achei suas motivações e opiniões forçadas e sua ingenuidade digna de um revirar de olhos constante.
Apesar dos pontos negativos, eles não mudam em nada o maravilhoso cenário criado por Scott Westerfeld. Suas descrições são perfeitas e fazia tempo que não via universos tão belos. A trama é bem consistente, com explicações e tomada de decisões lógicas para cada personagem. O final tem sua parcela de forçamento para ser justa, mas nada que não dê para olhar pros lados e acreditar que o roteiro não está sendo escrito a favor dos protagonistas.