Leituras da Rafa 30/08/2020
Resenha do livro O navio das noivas - IG Literário @leiturasdarafa
O livro se divide em 3 partes e conta a história de várias noivas que deixaram suas vidas confortáveis com suas famílias na Austrália e embarcaram no grande navio Victoria rumo a Inglaterra para encontrar seus maridos com quais se casaram antes da guerra e agora que a guerra acabou, está na hora de um final feliz ao lado de seus amados. As personagens centrais desse livro são Margareth, grávida e que vive uma vida na fazenda com seus irmãos, pai e sua tia; Avice, patricinha mimada, filha de família rica e que não conhece outra vida se não a do luxo e da alta sociedade; Jane, uma garota de 16 anos, que não tem um pingo de juízo e se comporta de maneira inadequada para uma dama casada, mas ela não está nem aí pra isso e por último, Frances, uma enfermeira calada, discreta e que tem um passado muito triste. Ao longo da viagem de 16 semanas elas interagem umas com as outras e amores, ódio, inveja, lágrima, perdas e muita confusão acontece nesse navio deixando o comandante louco. O livro fala de amor, de saudade e nos mostra que naquela época as mulheres eram tratadas como objetos, qualquer comportamento fora do padrão elas já ficavam mal vistas e muitas vezes perdiam o casamento, as 4 noivas tinham vidas diferentes, mas foi fascinante ver elas interagindo, uma hora elas se odiavam e em outra elas ficavam amigas, claro que a Avice me rendeu mais raiva do que pena ou vontade de rir. Várias tiveram o seu final feliz interrompido ao longo da viagem, o que mostra que em tempos de guerra nem todo homem é verdadeiro, muitos eram casados ou se casaram no calor do momento, foi bem triste ver várias noivas partindo do navio e tendo seus sonhos destruídos. A história é contada por uma das noivas e conta muito mais do que tristezas, ela achou seu verdadeiro amor naquele navio, fez amizades que nunca pensaria em fazer é viveu muitos momentos felizes a bordo do Victoria. O livro mostra que não importa o quanto planejamos algo, a vida sempre nos surpreende e que muitas vezes, um amor desfeito não é perda, é livramento, não somos obrigadas a casar, ter filhos, temos que ser felizes da nossa maneira e que o nosso passado, não nos define, aprendemos, superamos e seguimos.