Como procurar um cachorro perdido

Como procurar um cachorro perdido Ann M. Martin




Resenhas - Como procurar um cachorro perdido


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Italo Teixeira 10/08/2016

Para se emocionar bastante
Histórias com mascotes sempre me chama atenção, é impossível não sentir empatia por esses "seres não humaninhos" mas esse livro é mais sobre uma história com cachorros. É um livro de buscas, de perdas e de desafios.

Rosa Howard é uma garota de 12 anos que vive com o pai e com a constante companhia do seu Tio Weldon. Ela foi diagnosticada com síndrome de Asperger, um tipo de autismo de auto nível, e por isso ela acaba por naturalmente ter problemas para se comunicar com outras pessoas. Como resultado, na escola Rosa não tem muitos amigos.

Rosa gosta muito de três coisas: Palavras(principalmente palavras homônimas homofonas), Regras e Números(especialmente os primos). Ela também gosta muito de sua cachorrinha, Poça. Poça tem esse nome por conta da forma como chegou até Rosa, em uma noite chuvosa, junto com o pai de Rosa, a cachorrinha estava tão molhada que estava formando uma poça d'água e por isso o nome.

A amizade e cumplicidade entre essas duas é algo muito nítido durante a leitura, porém essa amizade se abala quando há um furacão se aproximando e Poça se perde ao passear sozinha. Rosa terá que superar os estragos deixados pelo furacão e procurar sua cachorrinha perdida.

Ann M. Martin escreve de forma simples, sem extravagâncias ou cenas forçadas, e por isso fica impossível não se ligar aos personagens no decorrer da leitura. Rosa é um garota bem esperta e especial, mas devido ao péssimo pai que tem, acaba sendo reprimida por diversos motivos, principalmente por falar bastante em homônimos. Weldon ao contrário do pai de Rosa é bem compreensivo e faz de tudo para agradar a garota.

Como Procurar Um Cachorro Perdido pode até ter um público mais jovem, mas os valores e as mensagens do livro são tanto para adultos como para crianças.

O livro é extremamente lindo e emocionante em diversas partes. Rosa é uma personagem muito peculiar que vai entrar no coração dos leitores e mudar sua forma de ver o mundo - e, claro, as palavras homofonas também.
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Lorrane Fortunato 24/07/2016

Resenha - Como Procurar Um Cachorro Perdido / Dreams & Books
"Tinha uma dor dentro de mim, um sofrimento.
Será que é assim que uma pessoa corajosa se sente? Ou isso era solidão?
Talvez aquela dor fosse de tristeza."

Como eu já disse na resenha de Passarinha, a coisa mais incrível que a literatura pode nos proporcionar é nos colocar dentro da cabeça de uma pessoa totalmente diferente da gente, vivendo situações e inserida num meio totalmente diferente do nosso. Assim, só assim, podemos sentir na pele como é ser de tal maneira, viver aquela situação e vivenciar determinada realidade.

Nós, seres humanos, por mais empáticos que possamos ser, não temos a total capacidade de entender por completo o que o outro vive ou sente até sentir ou passar por aquilo. Por exemplo, eu posso lutar pelos direitos dos deficientes, ajudar de n maneiras, mas, só vou entender como um deficiente físico sente totalmente quando, por exemplo, quebrar a perna e tiver que usar moletas ou uma cadeira de rodas, entende? Quando eu vivo algo, eu enxergo a situação de uma forma bem mais ampla, com lentes mais focadas.

Infelizmente (ou felizmente, como preferir) não conseguimos vivenciar todas as situações e entender todas as vivencias e dificuldades que cada pessoa passa, seja por sua aparência, deficiência, raça ou situação econômica.

Foto por Dreams & Books.
Instagram @DreamseBooks

Mas, a literatura nos proporciona isso. Eu posso entrar na pele daquela pessoa e ser ela por algumas páginas, posso olhar a vida, os obstáculos e tudo ao seu redor com os seus olhos e só ai conseguirei entender plenamente.
E é tão doloroso! Porém, é tão incrível e sem igual que mesmo sofrendo e chorando e refletindo por dias a fio, a experiência entra pra lista de melhores. Um livro que te toca assim, vira um dos melhores da vida.
E foi o que aconteceu! Como Procurar Um Cachorro Perdido entrou para a minha lista de leituras favoritas e com certeza, é aquele livro que recomendarei eterna e incansavelmente!

Rosa se tornou uma das minhas personagens favoritas! Ela me conquistou logo nas primeiras linhas com a sua explicação sobre homônimos e não precisou terminar de falar sobre regras e números para ganhar meu coração.

Rosa é uma garota incrível! Ela é inteligente, empática e muito corajosa. Ela nos empele a ser pessoas melhores e mais altruístas. E dá uma lição linda de amor, coragem e empatia. Eu fiquei muito emocionada e fiquei refletindo se fosse comigo, eu teria força de vontade suficiente para tomar a mesma decisão.

Rosa é autista, e o autismo, como muitos de vocês sabem, me fascina. Nesse livro somos apresentados a uma autista, mas, diferente dos livros como Passarinha, Tudo Menos "Normal" e Contato Visual, Rosa é uma menina mais madura e me pareceu que ela entende melhor a sua doença e sabe como lidar bem com ela em algumas situações. Talvez isso se dê pelo fato da protagonista ser um pouco maior que as crianças dos livros mencionados acima.

Apesar disso, o autismo é retratado de uma forma muito singela e sem muitos aprofundamentos, Como Procurar Um Cachorro Perdido é um livro voltado mais para o público infantil. É uma ótima maneira de conscientizar crianças e fazê-las entender melhor as atitudes e serem mais compreensivas com aquele coleguinha de classe autista.


Não espere um livro com alto teor psicológico ou um guia de autismo. Apesar de ter sido escrito com maestria e muitíssimo bem pesquisado, Como Procurar Um Cachorro Perdido é um livro de ficção, apenas isso. E isso tudo.

Continuando a falar da escrita, a escrita da autora é maravilhosa! O livro é tão leve e gostoso e envolvente! Você vai lendo e lendo e se promete, 'só esse capítulo, só mais esse, esse é o último' e quando percebe, está nas últimas páginas; com um sorriso no rosto, lágrimas nos olhos e uma vontade enorme de quero mais!

Concluo essa resenha dizendo que, se todas as palavras até aqui não te convenceram, leia a resenha novamente! Hahaha E leia até que fique com vontade de ler esse livro.

Leia, apenas leia Como Procurar Um Cachorro Perdido e se apaixone por Rosa e Poça, leia e chore e ria e se encante. Leia, tenho certeza que sempre irá se orgulhar dessa decisão.

"Ás tardes ficaram longas. Parecia que tinham muitos vazios. (...)
Não sei o que fazer com esses vazios. Minha cachorra, a Poça, costumava preenchê-los. Como se preenche um vazio?”

site: www.dreamsandbooks.com
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Cristiane 13/07/2016

Posso dizer que esse foi um dos livros mais fofos e lindos que já li. Com uma escrita muito leve e fácil de entender, conhecemos a fofa da Rosa, uma garotinha de 12 anos que foi diagnosticada com autismo de alto desempenho, podendo ser chamada também de Síndrome de Asperger.

Os assuntos preferidos de Rosa são: Palavras (principalmente homônimos), Regras e Números (especialmente números primos). Todo nome, palavra ou número ela sempre dá um jeito de classificar eles dentro duas categorias: se a palavra tem um homônimo ou se a palavra ou número é um número primo. Rosa tem muitas dificuldades para arrumar amigos. Seus colegas de classe geralmente não entendem bem as atitudes dela e o motivo de seus assuntos serem sempre os mesmos.

“- Qual é a diferença entre cometer um erro e desrespeitar uma regra? – perguntei.
- Cometer erros é acidental. Desrespeitar regras é intencional.”

Ela tem sua própria lista de homônimos e toda vez que ela descobre uma nova palavra, acrescenta na sua lista. Sempre que não há mais espaço para um novo homônimo na sua lista, ela é reescrita. Mas infelizmente não são todos que têm paciência suficiente para lidar com a garotinha.

O Wesley Howard o pai de Rosa não consegue lidar com o jeito dela. Ele tem que comparecer em reuniões mensais na escola para acompanhar o desempenho de sua filha. Como ela tem dificuldades para se concentrar e a escola não sabe exatamente o que fazer com ela, além da professora Kushel, Rosa tem uma acompanhante, a Senhora Leibler que é responsável por controlar seu comportamento sempre que ela acaba se alterando um pouco. Sempre que a Senhora Leibler toca no seu braço para aclamá-la, ela já sabe que é hora de ir para o corredor por uns minutos.

Às vezes quando tem trabalho, o pai da Rosa trabalha na Oficina J&R como mecânico. Quando não tem serviço, fica fazendo hora no Irlandês Sortudo bebendo com seus amigos.

Para tentar fazer com que a filha fique mais tranquila e tenha companhia, em um dia de chuva, o pai de Rosa encontrou uma cadela perdida e a levou para casa. A garotinha ficou encantada com a cachorra e decidiu dar o nome a ela de Poça. Mas por que Poça? Dois motivos fofos: a cachorra gosta de poças de lama e “Poça” tem o homônimo “Possa” que vem do verbo “poder”.

“Tinha uma dor dentro de mim, um sofrimento.
Será que é assim que uma pessoa corajosa se sente? Ou isso era solidão?
Talvez aquela dor fosse tristeza.”

Ah, e claro, vamos falar do tio Weldon irmão do pai da Rosa. Parece ser um dos únicos que entende a garotinha. Como ele a leva todos os dias para a escola antes de ir trabalhar, Rosa sempre conta para ele os novos homônimos que descobriu. Ela sempre esperava seu tio com a Poça ao seu lado e quando ele chegava, Rosa colocava a Poça para dentro de casa. Os dois se dão muito bem. Ao contrário do pai de Rosa, tio Weldon era paciente e até ajudava ela a encontrar novos homônimos.

Até que certo dia, Rosa escuta no rádio que uma tempestade muito forte estava a caminho da sua cidade. A princípio seu pai achou que era besteira, mas depois viu que era verdade e começou os preparativos para aguardar a tempestade.

Devido á tempestade ser muito forte, Rosa ia ficar uns dias sem ir para a escola e também não poderia sair de casa, o que para ela era ruim. Não gostava de sair da rotina. Seu pai para ajudar, perde a paciência com a ela e com a Poça e as manda para o quarto. As duas dormem juntas. Poça estava com mais medo dos raios do que Rosa. Uma confortava o medo da outra.

“A Poça tem um focinho inteligente – falou Flo, que fez carinho no focinho da Poça.
- Você é tão sortuda, Rosa – falou Parvani.”

Depois da tempestade finalmente ter diminuído, Rosa percebe que a Poça não está no quarto e então vai procurá-la. Ao perguntar ao seu pai onde a Poça estava, ele só diz que ela saiu para fazer xixi e que já devia ter voltado. Rosa sentiu um pressentimento ruim. Gritou várias vezes pelo nome da cadela e nada dela aparecer. Infelizmente, a Poça não reapareceu. Depois de alguns dias, Rosa decide então criar um plano para achar a sua cadela. Ela não aguentava mais de tanta saudade.

Gente, sério! Eu fiquei tão entretida com esse livro que eu não queria que ele acabasse. Gostei demais da história inteira. Rosa é uma garotinha tão encantadora que estou sentindo falta dela agora que acabou a história. A única pessoa que conseguiu me decepcionar e muito na história, foi o pai dela. Eu tinha expectativas para ele, mas nem sempre temos as nossas expectativas correspondidas. Fiquei com muita raiva dele e não sei como o tio Weldon não enfiou a mão na cara dele, mas tudo bem.

“Não queria fazer isso, mas regras são regras e eu tinha de obedecê-las.”

Para quem gosta de livros contados pelo ponto de vista de crianças vai amar, principalmente por ser uma criança tão especial como a Rosa é! Fico feliz que ela tenha conseguido ultrapassar certas barreiras que antes a impediam de ser totalmente feliz.

site: http://www.sugestoesdelivros.com/2016/07/resenha-como-procurar-um-cachorro.html#.V4Y50fkrJdg
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Fernanda 10/07/2016

Como procurar um cachorro perdido
Resenha no blog:

site: http://www.segredosemlivros.com/2016/07/como-procurar-um-cachorro-perdido-por.html
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