O Menino no Alto da Montanha

O Menino no Alto da Montanha John Boyne




Resenhas - O Menino No Alto Da Montanha


235 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Maria Carolina 09/07/2017

Vulnerável e influenciável
São essas as duas palavras que definem pra mim Pierrot.
O livro mistura ficção e realidade; o autor insere uma personagem fictícia no centro do nazismo, dentro da casa de casa de refúgio de Hitler.
A história se passa em três períodos para nosso personagem principal: antes da 2ª Guerra, em Paris; durante a 2º Guerra, na Alemanha; e após a 2ª Guerra, novamente em Paris.
Pierrot é uma criança de 7 anos que mora em Paris, filho de mãe francesa e pai alemão, que tem como melhor amigo um garoto judeu. Seu pai combateu a 1ª Grande Guerra e, apesar de não ter morrido nela, foi ela quem o matou - como a mãe de Pierrot sempre disse no livro.
Desde o início da história me deparei com uma criança dócil, bondosa - principalmente pela educação que tinha de seus pais -, mas muito influenciável. Em algumas conversas que tinha com seu pai, me pareceu que Pierrot já tinha dentro de si um sentimento de necessidade de poder, de ser o melhor. Apesar de ser muito imaturo, seus pensamentos alienados e as influências que teve moldaram seu caráter durante toda a história.
Após a morte de seus pais, Pierrot passou um tempo na casa de Anshel, seu amigo judeu que sonhava em ser escritor. O passatempo favorito dos meninos era Pierrot contar uma história e Anshel escrevê-la, sempre com a ressalva de que apesar de ter sido Anshel quem escrevera, o autor era na verdade Pierrot.
No curto período em que passou na casa de seu amigo, já podemos perceber alguns pensamentos de fúria que Pierrot tinha por ser deslocado e sozinho.
Depois de ir para o orfanato, tinha esses mesmos pensamentos, mas lá encontrou uma colega que era mais forte que ele. Ficou a seu lado por interesse, por saber que com ela poderia dizer o que queria.
Quando foi para a Alemanha, sua primeira impressão foi de espanto, um mundo totalmente diferente do que ele já havia visto em Paris e no orfanato, até mesmo porque ele foi morar na casa de refúgio de Hitler, a mente do nazismo.
Nessa parte da história me chamou muito atenção como Hitler se passava de bonzinho, como se fosse a melhor pessoa do mundo, amoroso e preocupado com o futuro dos seus. Poucas vezes vimos sua mente doentia como de fato era. Aqui, precisamente, a ficção de mistura com a realidade.
Pierrot se torna Pieter, nome típico alemão e é forçado a deixar todo seu passado para trás. Podemos perceber que nesse ponto o menino perde sua identidade, não sabe mais quem é e o que pode ser tornar, só sabe que quer ter poder, para não sucumbir nas mãos dos mais fortes. Moldado por Hitler, cometeu indiretamente vários crimes e muitas injustiças, mas sempre estava perdido.
Me peguei pensando: Será que realmente não existiram meninos como Pirreot, que foram totalmente influenciados e moldados pelo próprio Führer?
Com o fim da guerra, Pieter volta à Paris e volta a ser o menino órfão que não tem para onde ir.
Nas páginas finais do livro vemos seu reencontro com Anshel e novamente seu passatempo favorito: um conta a história e o outro escreve.
"Acha que podemos ser crianças de novo?" (p. 223)
comentários(0)comente



Biahhy 10/06/2017

John Boyne simplesmente nunca decepciona!
Eu com este livro já é o terceiro livro que leio do autor, o ano passado li um conto dele que em mais ou menos 40 paginas foi fabuloso, e este livro simplesmente não consigo expressar tudo que sinto por ele em palavras e principalmente em poucas palavras, ouso dizer que gostei ainda mais dele do que o menino do pijama listrado, ouso dizer isso, todos os livros do autor são nestes climas de guerra e segunda guerra principalmente e neste pegou no meu ponto forte colocar uma criança, como protagonista e que vai passar por tudo de ruim e de difícil querendo ou não na vida, para só quando tiver chegando na vida adulta, realmente crescer e aprender com seus erros que cometera ao se aproximar cada vez mais de Hitler durante sua estadia nesta casa no alto da montanha.
comentários(0)comente



Shirley Fernandes 07/09/2016

O Menino no Alto da Montanha
Uma leitura que prende a nossa atenção do início ao fim. Um garoto que experimenta o poder e por ter tido algumas injustiças vê naquele momento uma oportunidade de ter o poder. Mas infelizmente ele está perto de um louco que procura exterminar uma raça humana. Ele usufrui o poder mas em determinado momento ve o quanto fez errado. Se vê perdido diante de estar novamente na mesma condição de solidão que um dia já havia passado. Volta atrás afim de procurar encontrar se haverá um novo começo.
comentários(0)comente



Nathalia 30/04/2017

Intenso
Quando Pierrot fica órfão, precisa ir embora de sua casa em Paris para começar uma nova vida com sua tia Beatrix, governanta de um casarão no topo das montanhas alemãs. Mas essa não é uma época qualquer: estamos em 1935, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E esse não é um casarão qualquer, mas a casa de Adolf Hitler. Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Hitlerista. O novo mundo que se abre ao garoto é cada vez mais perigoso, repleto de medo, segredos e traição. E pode ser que Pierrot nunca consiga escapar.
O Menino no alto da Montanha é um livro maravilhoso, que nos mostra que infelizmente qualquer um pode ser corrompido, até mesmo uma criança pura e inocente. Nesse livro vemos gradativamente Pierrot um menino orfão, doce e inocente se transformar em Pierre o protegido do Führer.
comentários(0)comente



@plataformadolivro 04/03/2017

Pierrot Fischer tinha 4 anos quando seu pai Wilhelm Fischer morreu atropelado por um trem à caminho de sua cidade Natal Penzberg. Ele trabalhava como garçom. O livro se passa em 1936 até 1945 e Pierrot vive com sua mãe Émilie e passa a maior parte do tempo com seu melhor amigo Anshel Bronstein que nascera surdo. Anshel usa o sinal do cachorro para se referir a Pierrot e Pierrot usa o da raposa para se referir a Anshel. Anshel é judeu.
Após sua mãe morrer de tuberculose, Pierrot vai morar no orfanato das irmãs Simone e Adèle Durant, tendo que deixar seu cachorro D'Artagnan com a senhora Bronstein quando tinha 7 anos. Passa mais tempo no orfanato com Josette, pois as outras crianças não o aceitaram tão bem. Ela tinha sido adotada duas vezes mas havia sido mandada de volta.
Pierrot dera o azar de escolher a cama ao lado da de Hugo. Um menino de 11 anos que era considerado como a criança mais intimidadora do orfanato.
Até que um dia foi mandado para a Alemanha para morar com sua tia Beatrix. A governanta da casa do Alto da montanha tinha 36 anos e disse que, a partir de então, ele se chamaria Pieter. Antes de Hitler, Berghof era conhecida como Haus Wachenfeld. Katarina era sua mais nova amiga em sua nova escola e Pierrot nutre sentimentos por ela não correspondidos.
Aos poucos foi esquecendo quem era esquecendo Anshel e se tornando espelho de Hitler. Cometeu muitos erros ao longo da vida e isso o marcou para sempre.
comentários(0)comente



Luis.Felipe 23/02/2017

O menino no Alto da Montanha

Terminei o livro há alguns minutos e não consigo parar de pensar na história. Como o John Boyne consegue ser tão arrebatador em pouco mais de 200 páginas?

O livro é divido em três partes, de 1936 até 1945, e conta a história de um pequeno menino chamado Pierrot Fischer. Filho de um pai alemão e de uma mãe francesa, Pierrot foi criado em Paris e desde cedo percebeu, pelo olhar inocente de uma criança, o quanto a guerra pode ser devastadora, pois seu pai, que lutou durante a primeira guerra ainda sofre com todas lembranças do passado.

Com uma escrita leve e uma narrativa própria do autor, John Boyne nos leva de maneira magistral a sentir todas as experiencias vividas pelo protagonista, desde inseguranças, medos, impotência, saudades e remorsos. Um fato interessante do livro é que ele faz uma pequena menção a outro personagem, do livro "Fique onde está e então corra", Alfie Summerfied. (Recomendo a leitura também, o foco principal é a primeira guerra)

O livro também faz uma conexão com fatos históricos e com personalidades reais. Quem gosta de literatura sobre a segunda guerra, esse livro é muito interessante, pois ele traz um lado obscuro da guerra, o lado do ódio coletivo, involuntário, dos perdedores que sobreviveram. Afinal de quem é a culpa?.

"Você ainda é jovem, tem só dezesseis anos. Tem muitos anos pela frente para ficar em paz com sua cumplicidade no que foi feito. Mas jamais convença a si mesmo de que não sabia. - Ela soltou o rosto dele. - Seria o pior crime de todos." p. 205

Enfim, recomendo o livro, ele é MUITO BOM, um dos melhores do Boyne.
comentários(0)comente



ELB 31/01/2017

Every Little Book
Em O Menino do Alto da Montanha temos mais uma história contada por John Boyne através de uma criança. A história se desenrola durante a Segunda Guerra Mundial e o holocausto, basicamente acompanhamos o crescimento de um garoto e os efeitos da guerra sobre sua personalidade e/ou história. A narrativa é sempre em terceira pessoa e os fatos nos sãos apresentados divididos em três partes: Os anos pré-Segunda Guerra Mundial, durante a Guerra e o pós-guerra.

Nosso personagem principal é pequeno Pierrot, uma criança de 7 anos, filho de mãe francesa e pai alemão, que vive em Paris, tem um melhor amigo metade judeu, metade francês que gosta de escrever histórias; na primeira parte o autor nos apresenta um retrato de uma criança feliz na medida do possível, pois seu pai tem problemas com álcool, por conta do que viveu nas batalhas da primeira guerra mundial, algo com estresse pós-traumático. Durante as primeiras páginas, acompanhamos os esforços da mãe de Pierrot em manter o casamento, porém, em algum momento, o mesmo se torna insuportável; a mãe, após apanhar vai viver só com o garoto, e o pai, atormentado com o que viveu na guerra e como trata a família, acaba cometendo suicídio. Pouco tempo depois, a mãe contrai tuberculose e Pierrot fica órfão [ isso não é spoiler rsrsr está na sinopse].

No segundo período de tempo, Pierrot, agora órfão, tem que deixar o amigo e as memórias para trás, e vai viver por um pequeno espaço de tempo num orfanato, até que é encontrado por sua tia Beatrix que o leva para morar em Berghof, no alto de uma montanha onde ela é a governanta; o dono dessa casa é ninguém mais, ninguém menos que Adolf Hitler, e é ai que as coisas começam a tomar outro rumo, agora Pierrot deverá responder por Pieter...

Por favor, confie em mim. Você pode continuar sendo Pierrot no coração, claro. Mas, no alto da montanha, quando houver outras pessoas por perto e, principalmente, quando o senhor ou a senhora estiverem lá, você será Pieter."

Tanto no pequeno espaço de tempo que passa no orfanato e durante o período de adaptação na casa do alto da montanha, Pierrot passa por situações onde o pré conceito contra os judeus segue numa escala crescente; em várias cenas o pequeno se questiona o porquê das diferenças, o porquê de alguns se acharem superiores e exalarem maldade.

Após alguns dias na casa do alto da montanha, as coisas começam a mudar e as situações começam "moldar" o desfecho. Boyne começa a mágica da sua escrita, transformando a criança ingênua e amedrontada que chega no alto da montanha, que foi instruída a nunca, jamais dirigir-se ao Fuhrer, a abandonar de vez as memorias de sua infância, a jamais pronunciar que seu melhor amigo é judeu (tudo para segurança de todos); em uma criança que, contrariando o esperado, fez com que o próprio Hitler desenvolva interesse pelo pequeno, tornando-o um protegido, demonstrando, por vezes, atos que poderiam até ser considerado como afeto; chega ser insano como Hitler transforma o garoto em um projeto do que ele gostaria que a juventude Hitlerista tivesse se tornado. Os fatos são apresentados como se todo o plano de uma raça superior fosse completamente aceitável e dentro dos padrões considerados como normal.

Pieter, que já passou por alguns momentos bem difíceis e adora a atenção que recebe do Fuhrer, teme desapontá-lo. Começa a perceber que é mais fácil estar do lado dos que oprimem do que do lado dos que são oprimidos. A mudança de valores do garoto é invertida sutil e gradativamente, sem que possamos nos dar conta de onde toda aquela aproximação pode dar.

Talvez seja da natureza humana que todos, enquanto crescemos, deixemos de ser ingênuos e passamos a desejar o controle sobre algumas coisas, mas fica claro que a sede pelo poder faz uma grande diferença quando passamos de omissos a cúmplices em situações que vão muito além de nós; Pieter vive situações e toma decisões nas quais gostaríamos de esbofeteá-lo, se isso não se tratasse de uma obra de ficção.

— Cada uma será construída para parecer uma sala de chuveiros — explicou Himmler. — Mas não sairá água do encanamento. Pieter levantou o rosto e franziu as sobrancelhas. — Com licença, meu Reichfuhrer — ele disse. — Peço desculpas mas devo ter ouvido errado, pensei ter ouvido o senhor dizer que não sairá água dos chuveiros. — Os quatro homens olharam para o menino e, por um momento ninguém respondeu.

No terceiro período de tempo, o menino, agora rapaz, deve lidar tanto com a derrota da Alemanha, quanto com o final que já conhecemos sobre Adolf e ainda com todas as consequências de seus atos e pensamentos nos anos vividos no alto da montanha. Com um texto enxuto e direto, o leitor tem o dedo enfiado na ferida sem medo. Qual seria a nossa posição vivendo aquelas situações?

Quando o livro acaba a pegunta que fica é: Quantos Pierrot/ Pieter não existiram de verdade? Qual é a culpabilidade dos que sabiam o que acontecia durante o governo Ariano e eram coniventes e porque não até simpatizantes? Diferente do livro O Menino do Pijama Listrado (outro sucesso de Boyne) onde eu torcia para que o fim fosse exatamente como foi, apesar dos desfechos trágicos, o fim de O Menino do Alto da Montanha termina e parece que o acerto de contas ainda não foi suficiente.Apesar de querer um final mais punitivo, continuo curtindo a maneira como John Boyne sabe fazer o livro, que mistura ficção com personagens reais, que nos emociona e nos revolta fazendo do livro um dos títulos mais impressionantes que já li do autor.


site: http://www.everylittlebook.com.br/2016/11/resenha-o-menino-do-alto-da-montanha.html
comentários(0)comente



Analu 22/10/2016

“O menino no alto da montanha”, John Boyne
O livro de John Boyne (mesmo autor de O Menino do pijama listrado) conta a história de Pierrot, um menino que mora em Paris e tem mãe francesa e pai alemão. Tendo seu pai, um soldado já falecido que lutou a primeira guerra, como um grande ídolo, o menino almejava constantemente se tornar um homem poderoso quando crescesse, e isso é a chave de toda a narrativa, que fala principalmente sobre o desejo de reconhecimento e poder e sobre como as pessoas podem acreditar piamente em alguma coisa sem nem saber exatamente o que elas significam. [...] Continua no link!

site: http://revistapolen.com/o-menino-no-alto-da-montanha-john-boyne/
comentários(0)comente



Gustavo.Radi 11/06/2024

O Menino no Alto da Montanha
"[... a história de um menino com o coração cheio de amor e decência, mas que acabou corrompido pelo poder."

Apesar de não ser o livro mais famoso do autor, gostei bastante da história narrada por Pierrot. O desenvolvimento do personagem principal é no mínimo curioso, a parte interessante é a respeito de como a influência do poder e a opressão levam pessoas que antes eram boas a humilhar aqueles com quem ela convive. Acredito que tenha sido a primeira vez que li um livro que não gostei do personagem principal, entendo as influências negativas que ele teve e o que o autor quis expor com a história. No geral um livro bom.
comentários(0)comente



@APassional 20/12/2016

* Resenha por: Samantha Culceag * Arquivo Passional
“O Menino No Alto da Montanha” é um livro que fala sobre inocência e transformação, como uma criança pode ser moldada a partir da criação que recebe e das coisas que ouve, como um jovem rapaz pode fazer coisas ruins sem se dar conta disso... É um livro triste, porém reflexivo, que te faz desaprovar algumas ações dos personagens, mas entender o porquê delas. No geral, tive uma ótima experiência com este livro e pretendo ler mais obras de John Boyne.

Confira a resenha completa no blog Arquivo Passional.

site: http://www.arquivopassional.com/2016/08/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha.html
comentários(0)comente



Vanessa França 23/09/2016

Me surpreendeu
É 1936 em sete anos de idade Pierrot Fischer está vivendo em Paris com sua mãe francesa e pai alemão de Pierrot, que foi atingida pelo serviço da Grande Guerra, deixando a família logo após o quarto aniversário de Pierrot. Embora ele sinta falta do pai profundamente, Pierrot está contente com sua vida em Paris com sua mãe, em particular ele tem seu melhor amigo, Anshel, para lhe fazer companhia.

Um dia, a mãe de Pierrot tosse sangue e em poucas semanas, ela está morta. Pierrot é agora um órfão, sozinho no mundo. Ele permanece com Anshel e sua mãe por um tempo, mas a mãe solteira não ganha dinheiro suficiente para sustentar dois filhos, e Pierrot é finalmente enviado para um orfanato.

A vida é difícil para Pierrot no orfanato. No entanto, a sua estadia é de curta duração, logo ele vai morar com sua tia de Beatrix, que ele nunca conheceu. Ela vive na Áustria e é uma empregada doméstica no Berghof, que está localizado nos Alpes da Baviera. A vida de Pierrot está prestes a mudar irrevogavelmente, como é a trajetória do mundo.

Em preparação para o primeiro encontro de Pierrot com o dono da casa, Beatrix veste Pierrot de acordo com o vestuário alemão tradicional, informando que ele agora será chamado Pieter e o instrui a não mencionar sua vida em Paris, especialmente seu amigo Anshel. Assim percebe que Berghof é a casa de campo de Adolf Hitler.

De primeira, Pieter não sabe o que fazer com o Fuhrer, e Fuhhrer, que tem muito pouca experiência com crianças, não sabe o que fazer com Pieter. No entanto, não demora para que os dois se tornam companheiros e confidentes.

O menino no alto da montanha conta a estada de Pieter em Berghof até 1945. Durante os nove anos em que Pieter está familiarizado com Hitler, a influência do Fuhrer sobre ele cresce. Esta influência altera os pensamentos de Pieter, molda suas crenças e, em última instância, determina suas escolhas e ações.

Assim como Boyne faz em O Menino do Pijama Listrado, ele examina os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto através dos olhos da criança ou um inocente. No entanto, ao contrário de O Menino do Pijama Listrado, este livro assume uma postura muito mais crítica sobre o que significa ser inocente e quem é culpado pelas atrocidades cometidas durante este período de tempo. De muitas maneiras, Pierrot / Pieter representam todos aqueles que tomou conhecimento das ações de Hitler ao longo do tempo, mas não fez nada para detê-los. Pierrot entra no Berghof uma criança inocente desconhecendo as diferenças entre as pessoas, mas Pieter nove anos mais tarde está bem ciente das supostas diferenças entre "povo" e os passos que o Fuhrer levou para purificar seu povo e eliminar essas diferenças.

O menino no alto da montanha, assim como Boyne faz em O menino do Pijama Listrado, acrescenta um ponto de vista novo e importante sobre a Segunda Guerra Mundial e do Holocausto para leitores de todas as idades. Mas, como todos a grande literatura, as perguntas surgem de acordo com o transcorrer da história. E são, em muitos aspectos, tão relevante, se não mais relevante, aos dias de hoje do que na época em que ocorre a história desse livro.


site: https://geeklivroseresenhas.blogspot.com.br/2016/09/o-menino-no-alto-da-montanha-de-john.html
comentários(0)comente



Maria1691 22/11/2016

O Menino no Alto da Montanha, por John Boyne
Neste livro vamos conhecer Pierrot Fischer e acompanhá-lo de sua infância até sua vida adulta; ele sempre viveu em Paris junto com sua mãe e seu pai, que serviu na primeira Grande Guerra e acabou com sequelas psicológicas irreversíveis; um dia, quando Pierrot tinha apenas quatro anos, seu pai saiu de casa e não voltou, alguns dias depois chegou a noticia de sua morte.
Mesmo sentindo muita falta de seu pai, Pierrot seguiu sua vida ao lado de sua mãe e de seu melhor amigo Anshel; até que chega um momento muito delicado em sua vida: sua mãe começa a tossir muito e a expelir sangue e, após apenas algumas semanas, acaba falecendo.

Pierrot, agora sozinho no mundo, fica alguns dias com a mãe de seu amigo, mas acaba tendo que ir para um orfanato, já que ela é mãe solteira e não tem condições para criar mais uma criança. A vida do garoto no orfanato não é nada fácil, ele é constantemente maltratado pelos demais órfãos.

Mas, para seu alivio, ele fica pouco tempo no lugar, pois recebe uma carta de sua tia Beatrix dizendo que ficaria muito feliz se ele fosse morar com ela numa casa onde é governanta, e essa mudança vai mexer drástica e definitivamente com a vida do garoto, pois o patrão de sua tia é nada mais nada menos que Adolf Hitler.

Resenha Completa Em:

site: http://palavrasradioativas.com/o-menino-no-alto-da-montanha-por-john-boyne/
comentários(0)comente



Fabiana 27/09/2016

Sensível
Embora tenha uma "pegada" juvenil e seja uma leitura bastante simples (por vezes rasa), mostra o quanto um jovem pode se envolver com uma ideologia.
comentários(0)comente



Mila F. @delivroemlivro_ 27/09/2016

Fantástico! Perfeito!
Para início de "conversa", O Menino no Alto da Montanha tem como contexto histórico a época da Segunda Guerra Mundial e a história é dividida em três partes. Durante as três partes vamos acompanhar a história de Pierrot.
Na primeira parte acompanhamos Pierrot, uma criança de sete anos vivendo com sua família na França e tem como melhor amigo um judeu. Pierrot em sua imensa inocência e ingenuidade não consegue compreender as constantes brigas de seus pais: um alemão (que lutou na guerra) casado com uma francesa. Há muitas coisas que Pierrot não consegue entender, inclusive a questão do preconceito contra os judeus, tanto que sua amizade com um judeu surdo é um dos exemplos de sua inocência e pureza. A amizade é retratada com demasiada delicadeza, é impossível não se encantar com essa parte.
No entanto, já na segunda parte do livro começam a acontecer muitas mudanças na vida de Pierrot, sobretudo quando fica órfão e vai parar num orfanato até que encontram sua tia Beatrix - a qual ele sempre ouviu falar, mas nunca tinha conhecido - e ela manda buscá-lo para morar com ela numa casa no alto da montanha chamada Berghof em que ela trabalhava como governanta. Essa parte do livro é bem complexa, pois Pierrot vai conviver com os alemães e aprender coisas nunca imaginadas, terá que perder um pouco sua identidade e suas memórias e isso começa a partir do nome, quando sua tia Beatrix o troca por Pieter, para que soe mais alemão. Pierrot não entende muitas coisas, no entanto, aos poucos vai se transformando e mudando seu comportamento, sobretudo quando conhece o dono da casa que aceitou sua presença nela: Adolf Hitler. Pierrot está numa fase de crescimento e se vê exposto a uma série de ideologias que contradiziam seu passado, mas que Pieter aceita e passa a seguir de maneira achar que a crueldade é o que há de normal e certo.
Já na terceira e última parte vemos Pierrot - agora totalmente Pieter - completamente seguidor das ideias de Hitler e completamente diferente de quem era quando chegou no alto da montanha, Pieter não é puro e inocente, fazendo coisas inimagináveis para sua tão tenra idade. Confesso que precisei de força para ler esse livro, porque é cruel e tão real... ver uma criança ingenua e pura se tornar algo tão monstruoso por pura influência de Hitler. É doloroso ver como se desenvolve essa parte do livro, inclusive depois da derrota da Alemanha na guerra, a morte de Hitler e a invasão de Berghof.
Sim, há um epílogo onde podemos conhecer ainda mais que fim levou Pierrot e como anda seus sentimentos em relação a culpa, arrependimentos ou não, como ele está lidando com a consciência. Essa parte é fabulosa, sim, mas ao mesmo tempo dolorosa, ver um personagem que aprendemos a amar (na primeira parte) e a depois odiar (na segunda e terceira partes) dizer seus sentimentos e responsabilidades diante das escolhas que fez. Pierrot perdeu tanto de sua inocência e caráter que ao final da obra só conseguimos ver um lastimável, solitário e desolado Pieter independente do que tenha ou venha a construir.
Como sempre, acho incrível como John Boyne constrói suas histórias em contextos tão trágicos e ao mesmo tempo faz com que o leitor além de se emocionar possa refletir sobre o que está lendo, sobre a pior "face" do homem.
Ao terminar a leitura de O Menino no Alto da Montanha fiquei inquieta, uma parte eufórica por ler algo tão bem escrito e outra parte triste, porque é uma história triste - não há nada de feliz em uma guerra - e é extremamente angustiante acompanharmos a transformação de uma criança com sua mente fraca/pura/inocente sendo corrompida por ideologias devastadoras e cruéis, transformando um bom coração em algo tão cheio de maldade a ponto de considerar aquele caminho aquela forma de ver a vida a correta, já que foi o que lhe ensinaram - um caminho trilhado por outros o qual foi "forçado" a percorrer.
Em suma, meu coração se despedaçou com essa leitura, novamente, Boyne, foi um escritor destruidor e ao mesmo tempo magnifico. Sem dúvida, Boyne, nasceu para escrever e continua no topo dos melhores escritores que já li. Sem dúvida alguma você, leitor, deveria dar uma chance a esse livro, certamente não haverá arrependimentos, no entanto, caso não o leia, está perdendo a oportunidade de ler algo bem escrito, com uma história fabulosa e envolvente.

site: www.delivroemlivro.com.br
comentários(0)comente



Virgílio César 08/11/2016

Primeiro livro que leio do autor e achei sensacional. Emocionante do início ao fim. Com certeza irei ler outros da obra dele que apenas conhecia pelo filme O Menino do Pijama Listrado.
comentários(0)comente



235 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR