O Desfiladeiro do Medo

O Desfiladeiro do Medo Clive Barker




Resenhas - O Desfiladeiro do Medo


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Davina.EleutArio 04/03/2023

O desfiladeiro do medo
Simplesmente o livro mais aterrorizante e perturbador que eu já li. Uma leitura muito pesada e de revirar o estômago. O autor tem uma mente muito sombria. É um livro muito bom,porém eu não pretendo ler novamente,não tenho estômago e nem mente pra ler tudo de novo. Mais para quem é fã de terror vale a pena ler.
Eduardo Rockwell 18/06/2023minha estante
Vende pra mim! hahaha




Rodrigo.Pimentel 23/03/2016

corre berg!
li até a pag 250, e não deu para continuar, acho o personagem principal sem carisma, e o outros personagens um bando de malucos.
Corre berg....cuidado com a fantasma tarada!!!!
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mimi0 19/05/2022

Ótimo livro com um conteúdo pesado
É importante avisar que é um livro bem pesado, por ser um livro de terror e ter muitas partes +18 existem momentos em que fica repugnante de se ler aquilo e essa é a intenção. Então estejam avisados que algumas partes são bem pesadas e nojentas e até mesmo eu tive que dar um tempo para assimilar certos momentos. Aconselho não ler se for sensível a temas sexuais abordados em terror.

O livro é muito bem escrito e o terror dele é muito bem construído, eu concordo com a maioria de que esperava um pouco mais no final mas não me arrependo nem um pouco de ter lido.
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Juliano Rossin 11/10/2010

Excelente
O livro começa com um pequeno aperitivo de sua boa estória. Depois entra em umas páginas mais lentas, onde detalha a vida de uma das personagens (acredito que a parte com o cachorro seja algo pessoal da vida do escritor, que ele tenha sentido necessidade de exteriorar de alguma forma, e esta foi nestes capítulos). Mas o livro fica bom mesmo quando Todd encontra Katya, daí em diante o livro se torna rápido, os eventos são tão surpreendentes que não dá vontade de largar o livro.

Fora que como sempre as personagens são muito bem construídas, de certa forma que parecem reais. Umas nos atraindo e outras no causando ódio. Bem construídas são também algumas cenas, com direito a muito sangue e sexo (leia-se orgias), como as estórias do autor costumam ser.

Porém a tradução do livro não parece muito boa, há algumas passagens confusas onde parece que o tradutor traduziu ao pé da letra, e não o seu sentido. Não digo que é a forma com a qual o autor trabalha pois já li outro livro dele e não havia essa confusão.

Livro recomendadíssimo pros amantes desse estilo. É uma pena seus livros não serem melhor trabalhados aqui no Brasil.
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Patrícia 19/08/2017

Terror pornográfico ou pornô de terror?
Tá... O título da resenha foi forte... O Clive merece muito mais do que isso. É um escritor consagradíssimo. Mas confesso que essa ideia passou pela cabeça lá pelas tantas do livro kkk. Que doideira... Tem uns capítulos que é só sexo. Mas quando você lê o livro todo vê a obra grandiosa que ele é. E que leitura fácil, gostosa... Não tô me referindo às cenas de sexo não ein?! É a escrita mesmo do Clive. Muito boa... História maluca mas bem feita! Adorei os personagens, cada qual com sua dose de defeitos. Difere dos tradicionalistas mocinhos e mocinhas perfeitos, livres do pecado. Clive Barker é mesmo tudo que li sobre ele, uma escrita para estômagos fortes. É capaz de causar repulsas no leitor, mas ao mesmo tempo prazer, aquele prazer escondido no submundo da mente humana... É muito estranho... Não sei nem explicar sem parecer psicopata kkk
Um exemplo: a cena do menino-bode ferido e a mãe torturando ele pra lhe dar prazer. Muito doido aquilo... Eu ficava só pensando "que porra é essa?.." rsrs mas claro que aquilo era porque eram filho e mulher do demônio né?.. justificável...
Enfim! Adorei o Clive Barker e gostei muito desse livro.
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Itchenco 24/09/2020

Cansativo
Livro é bom, porém, em alguns momentos estende demais a narração, o que se torna desgastante a leitura.
eliane.romeu.7 20/11/2020minha estante
quer vender? não encontro em lugar nenhum




Acervo do Leitor 02/02/2018

O Desfiladeiro do Medo – Clive Barker | Resenha | Acervo do Leitor
Porque somos tão fascinados pelo horror? Porque sentir medo pode viciar? Acredito que precisamos de nossa dose, segura, de adrenalina para nos tirar do estado letárgico que muitas vezes o cotidiano nos impõe. Um frio na barriga, a necessidade do choque em nossas terminações nervosas que uma só uma cena chocante ou violenta nos proporciona. O terror que assombra nossos corações podem possuir muitas faces, mas com certeza o autor Clive Barker conhece todas elas.

“O desfiladeiro está cheio de espíritos.
– Eu não acredito em espíritos.
– Você não tem que acreditar – retrucou ela – Isso não tem nada a ver com acreditar ou não. Eles estão aqui. “

O livro começa por volta de 1920 na Romênia quando a devassa atriz Katya Lupi, junto com seu amante Willem Zeffer, resolve visitar seus parentes em um vilarejo miserável. Durante a viagem Willem visita uma antiga fortaleza que serve de moradia para uma ordem religiosa. Negociando com o frei Sandru a compra de relíquias para presentear sua amada, ele acaba descobrindo uma antiga sala nas profundezas desta construção que o fascina. O salão é um grande mosaico de ladrilhos pintados a mão retratando uma misteriosa e obscena caçada. Negociando com o frei alcoólatra e falido, ele transporta toda a “obra” para sua mansão nos EUA. Seria o presente perfeito, caso não fosse um portal para o inferno.

“Eles estavam mexendo com mistérios que nem mesmo frei Sandru, que vendera as peças a Zeffer, compreendeu. Mas a carne ansiosa deles havia descoberto o que o intelecto de metafísicos não tinha conseguido entender. “

A história salta 80 anos no tempo para nos apresentar Todd Pickett, uma decadente estrela de Hollywood. Sentindo o peso da idade em suas rugas, ele se submete a uma cirurgia plástica mal sucedida. Desfigurado resolve se esconder da sociedade e mídia. Sua agente o hospeda na mansão abandonada que outrora foi o palácio dos prazeres de Katya Lupi e sua sala infernal. Sem suspeitar, sua breve estadia se tornará uma jornada inesquecível de prazer, dor, agonia.

“Na verdade, a despeito de toda linguagem bombástica e brutalidade de Katya, era o medo que lhe configurava a vida. Medo de viver, medo de morrer. Medo de ficar, medo de ir embora. Medo de lembrar-se e, sim, medo de esquecer. “

Morte, tortura, mutilações, masoquismo, sadomasoquismo, bestialidade, necrofilia, pedofilia, incesto, sexo entre mortos e animais e todas as possíveis deturpações da mente humana. Violento, pesado e cru. Clive Barker revira todas as camadas da devassidão e podridão humana até nos constranger e perturbar.

SENTENÇA

Divido este livro em “duas partes”. Na primeira metade temos o frescor e o ápice da escrita deste aclamado autor. Tudo que há de profano e assustador revelado de forma pornográfica nas pegajosas páginas deste tomo. Porem, na “minha” segunda parte, vi a história se perder um pouco, ficar muito prolíxica e repetitiva. O escritor esticando, desnecessariamente, ao máximo sua narrativa. Clive Barker sabe revirar seu estômago como ninguém, e quando ele se limita a destilar seu veneno é quase “encantador”. Este medonho livro encontra-se fora de circulação faz um bom tempo. Como um antigo manuscrito macabro proibido pela Igreja Católica só sendo possível encontra-lo em certos Sebos. Acredito que é mais sensato que permaneça assim… ou não? Leia, se enoje e tire suas conclusões.


site: http://acervodoleitor.com.br/o-desfiladeiro-do-medo-clive-barker/
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Andrea 05/04/2012

Falta algo
Na contracapa, Tarantino desfia uma série de adjetivos para o autor Clive Barker, que neste livro descreve através da propriedade chamada Coldheart Canyon toda a relação dos astros de Hollywood com a fama, com os fãs, com seus empresários, com os diretores dos estúdios e com eles mesmos.

Em um primeiro momento conhecemos Katya Lupi e seu empresário Zeffer, que para agradar a estrela, pelo qual é apaixonado, compra uma série de ladrilhos misteriosos na Romênia, que formam um conjunto de pinturas chamado de a caçada, e a transfere para uma sala especial na mansão da famosa atriz do cinema mudo.

Avançando no tempo, o leitor irá conhecer Todd Pickett, um homem bonito, que causa suspiro em muitas fãs e vê o tempo (e atores mais jovens) como o seu maior inimigo. Ao realizar uma cirurgia plástica que lhe causa mais danos do que benefícios, acaba por se esconder em uma antiga mansão e conhecendo a própria Katya, dona do local, que apesar de centenária permanece jovem, os espíritos que a cercam e a terra do demônio. Na companhia de sua anfitriã, verá antigos astros realizarem orgia e as estranhas criaturas por eles geradas.

A heroína da história é a fã obcecada Tammy, uma mulher infeliz com o casamento e com o próprio corpo, que se ocupa em acompanhar a carreira de Todd, e sai em busca do ator quando este desaparece. Ao mostrar sua coragem e bondade, acaba conquistando amigos improváveis.

Resenha completa em: http://literamandoliteraturando.blogspot.com.br/2011/12/o-desfiladeiro-do-medo.html
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Diogo Hilário 17/07/2018

Foram longos 7 meses para terminar essa leitura, mas o livro não é ruim. O autor sabe explorar uma escrita envolvente, mas acho que falha em alguns momentos de prolixidade bem desnecessária. Muitas vezes me deparei com diálogos bestas que, no final, apenas enrolam a ação. A descrição do processo de perda do cachorro é um exemplo algo muito detalhado e arrastado, e depois nem vemos tanto impacto para o personagem no decorrer da história (só no final que o tal do cachorro é citado novamente). Dessa forma, acaba que o ritmo da leitura oscilou bastante para mim, me prendendo bastante mas também me desmotivando várias vezes. Além disso, essa edição da Bertrand Brasil apresenta muitos ( muitos mesmo!) erros de revisão.

Fora essas problemas pontuais, o texto do Barker é bem interessante. Ele aproveita desse universo de Hollywood para criticá-lo sobre posturas hipócritas, disputas de ego e a constante necessidade de estar no topo da fama. A construção das personagens é muito boa, dou destaque à Katya Lupescu e seus jogos sensuais e sexuais. O autor também possui uma maneira bastante singular de desenvolver uma narrativa erótica atrelada à situações bizarras, grotescas e surreais, explorando o prazer estimulado por dor física e resistência psicológica à tentação, e assim trabalhando uma tênue linha entre a dor e o prazer.

Em suma, fiquei com a sensação que o livro poderia ser mais curto e possuir uma narrativa mais ágil, mas apresenta qualidades criativas bem interessantes.

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Lahlavrac 21/04/2024

Ocultismo, luxúria e outros pecados hollywoodianos. Só ficção mesmo?

O livro O DESFILADEIRO DO MEDO, de Clive Barker, mergulha nos bastidores de Hollywood, revelando segredos obscuros e assombrados. Todd Pickett, uma estrela em declínio, busca refúgio em Coldheart Canyon (o Desfiladeiro do Medo) após uma cirurgia plástica mal sucedida, onde descobre segredos sinistros envolvendo espíritos de astros falecidos de Hollywood e uma mansão cheia de mistérios.

A estrutura da narrativa oscila entre o mundo real e o sobrenatural, criando uma atmosfera de mistério e horror, buscando apresentar suspende e drama.

No que diz respeito às personagens, Todd representa decadência e redenção, Tammy simboliza a obsessão dos fãs, e Katya representa luxúria corrompida. Esses, assim como os demais personagens são bons e funcionam bem no desenvolvimento da história, que tem uma narrativa muito boa, diga-se de passagem, mas não totalmente cativantes.

O livro tem momentos interessantes de terror e uma mitologia intrigante, embora algumas partes sejam excessivamente eróticas (o erotismo é fundamental para a trama, sem ele, a trama não existiria, porém há algumas cenas em que o erotismo mais parece um fetiche da narrativa do que uma necessidade descritiva da história) e as personagens careçam de maior profundidade emocional. No geral, é uma leitura envolvente, mas poderia explorar suas camadas de forma mais profunda. Nota: 6,5.
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Ricardo 07/05/2016

Muito bom.
SINOPSE: O Desfiladeiro do Medo é um livro sem paralelo: uma descrição implacável e irresistível de Hollywood e seus demônios, contada com um estilo cru e o poder narrativo que transformaram os livros e filmes de Clive Barker em fenômenos mundiais.

Hollywood transformou Todd Pickett em um astro. O tempo, porém, está lhe cobrando um preço por isso. Ele não tem mais o rosto perfeito do ano anterior. Após uma cirurgia malfeita, Todd precisa de um lugar onde possa esconder-se durante algum tempo, enquanto as cicatrizes desaparecem. Querendo ser momentaneamente esquecido instala-se em uma mansão no Coldheart Canyon, um recanto da cidade tão secreto, que sequer consta nos mapas.

Tammy Lauper, presidente de seu fã-clube, chega à cidade de Los Angeles decidida a solucionar o mistério do desaparecimento de Todd.

Lá chegando, descobre segredos a respeito do Coldheart Canyon: os espíritos da "Lista A" dos astros e estrelas falecidos de Hollywood que vieram participar de orgias no canyon...

RESENHANDO: Este é um livro que de forma alguma é recomendado pra todos. E não me refiro somente a classificação etária. Clive Barker usa sua imaginação pra desfilar do terror ao drama, do suspense ao erotismo. E tudo isso regado a uma reflexão muito grande sobre os valores da nossa sociedade.

Na obra somos apresentados há uma Hollywood gloriosa e nefasta. Astros que – na vida real – somos fãs incondicionais, mas aqui, são pessoas extremamente poderosas, talentosas e podres. A busca implacável pelo sucesso faz com os “astros” fiquem míopes a todo resto focando-se apenas em ser aquele que irá estampar a próxima capa da Vanity Fair.

Sem muitos preâmbulos e rodeios, Clive trás um lado humano e negro das celebridades que parece até difícil de acreditar que possa existir seres assim na vida real. O cisma com uma aparência perfeita, um sorriso angelical e o ar de superioridade faz com os astros – nesta busca Samsarica – almejem estarem sempre entre os mais dos mais.

Saindo um pouco desse lado mais psicológico do livro e voltando a atenção para o lado sobrenatural, as criaturas criadas por Clive nesta obra mostram porque o Mestre do Terror, Sephen King, disse que “Eu vi o futuro do Horror… E seu nome é Clive Barker”.

São seres assombrosos e assombrados que fazem com que o leitor fique com medo de colocar os pés no chão, com medo que um desses seres ignóbeis agarrem seu pé e te puxem pra debaixo da cama pra um mundo onde só lágrimas e dor tem espaço. O clima te tensão é permanente e a cada página virada um assombro diferente nos espera.

E o que falar do erotismo. Se você leu 50 Tons de Cinza e achou que em algum ponto as coisas foram muito além, em Desfiladeiro do Medo, Clive Barker vai muito mais fundo. Ele evoca um instinto lascivo que trás sentimentos ambíguos de prazer e repulsa; desejo e negação de uma forma que poucas vezes vi na literatura.

Fantasmas do passado e do presente se juntam no Desfiladeiro do Medo sempre em busca de mais um pouco do “ópio” que eles, enquanto em vida, usavam e desfilavam pelos bastidores e holofotes da fama.

E quando parece que tudo está perdido, que não tem mais volta pra quem escolheu este caminho, Clive nos surpreende mais uma vez mostrando que mesmo num lugar assim, é possível se encontrar a redenção.

Livro recomendadíssimo, acima de tudo, pra quem tem estômago e não se choca facilmente.

Boa leitura.

site: http://ricardobernardo.blogspot.com.br/
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Priscilla 12/02/2018

Cansativo e bom ao mesmo tempo
O livro é bem escrito, cheio de orgias e descrições interessantes. Começa muito bem, mas fui até 70% dele e quando vi que os personagens e a própria história estavam hollywoodianos demais eu desisti. Talvez eu não tenha tido acuidade para entender que o lugar comum que os personagens insistiam em ocupar era justamente o da crítica do autor à esse tipo de subjetivação: o ator gostosão e infeliz, a fã feiosa e infeliz, a estrela decadente, infernal e infeliz? Neste caso perdoem minha impaciência!
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Priscilla 23/04/2012

Só quando deixam para trás as sombras ávidas demais do Desfiladeiro e voltam ao fulgor dos cartazes de Sunset Boulevard, é que enxugam as palmas das mãos grudentas de suor e se perguntam por que, em um local tão inofensivo, puderam ter sentido tanto medo.

A história começa com Zeffer, empresário de uma atriz famosa, Katya Lupi, em uma fortaleza na Romênia.

A Romênia é a cidade natal de Katya e eles estão ali para uma visita, lembranças dos velhos – mas não bons – tempos. A Fortaleza é morada da Ordem de São Teodoro e no momento Zeffer está acompanhando Frei Sandru que lhe mostra o local. A Ordem não está nos bons tempos e o Frei tenta vender algo a Zeffer, lhe mostrando tudo na Fortaleza, com a esperança de que ele compre alguma coisa.
De início, Zeffer parece não se interessar por nada, até que chegam a uma sala entulhada de móveis e tapeçarias, porém o que interessa Zeffer são os azulejos que a cercam. São todos pintados profissionalmente e mostram uma imagem, uma história. Toda a sala é coberta por eles, as paredes, chão e teto.

Frei Sandru se mostra relutante no início em vender os azulejos a Zeffer, de acordo com ele, foram encomendados pela própria Lilith, a mulher do demônio. Zeffer, porém está encantado, hipnotizado pela obra de arte, que ganha o nome de A Caçada, pois existem homens em cavalos seguidos por cachorros sob um sol eclipsado, tudo isso em um cenário grotesco, onde existem falos em todo lugar, mulheres sendo estupradas, animais que parecem ter saído direto do inferno. Tudo em uma riqueza enorme de detalhes, que dá uma forte sensação de realidade.

Zeffer vence e compra os azulejos que são levados como presente para Katya, para sua casa em Los Angeles.
Somos então levados mais à frente – alguns bons anos à frente – e conhecemos Todd Pickett. Todd é ator, um super astro de Hollywood, bonitão, musculoso, com um sorriso maravilhoso. Bom, ele era tudo isso. Agora a idade está chegando e ele começa a sentir o peso. Não é mais um super astro, seu tempo passou e outros astros bonitões estão surgindo. Ele, porém não quer dar o seu lugar a eles. Tenta desesperadamente voltar ao topo. Tem uma idéia de filme e quer muito fazê-lo, mas não consegue. Os chefões de Hollywood não vêem mais Todd como uma máquina de fazer dinheiro e grande sucesso.

Conversa com Eppstadt, diretor da Paramount, e esse sugere que Todd faça cirurgia plástica. Todd em um primeiro momento não aceita a idéia, mas ao lembrar-se de seus tempos de glamour, procura, o que dizem ser, o melhor cirurgião de Los Angeles.

Só que a cirurgia dá errado...

Todd sofre uma reação alérgica e tem a pele da face queimada, deixando-a com um vermelhão feio, algo que pode ser curado, mas o rosto do ator nunca iria ser o mesmo.

Ele não quer de maneira alguma que a imprensa e posteriormente, o público, fiquem sabendo da terrível tragédia que está o seu rosto. Ele procura um lugar calmo e isolado para se recuperar. Maxine, sua empresária, encontra um lugar próximo a um desfiladeiro, uma casa enorme, bem decorada com o terreno além da vista.

Todd se dirige rapidamente para o local, desconhecendo o fato de que ele antigamente recebia o nome de Coldheart Canyon, nome dado em referência a sua antiga dona, Katya, que era uma mulher completamente fria.

Mal sabe ele que no porão da casa, há uma sala especialmente construída, cercada de azulejos que ganhou o nome de Terra do Demônio.

Não sabe que ali, bem no jardim, em meio ao matagal extenso, vivem criaturas nunca antes encontradas.

E que na casa próxima, a casa de hóspedes, vive Katya Lupi, tão bonita e atraente como sempre foi e ainda fria e temida.

O livro pode assustar de início pelo tamanho – 700 páginas – porém a leitura é rápida e desenvolve muito bem.

Algumas cenas são bem fortes e detalhadas, como as das orgias que acontecem no decorrer do livro e das atrocidades vivenciadas na Terra do Demônio. Seres híbridos, espíritos e demônios juntos em uma só massa de carne, onde o objetivo é obter o máximo prazer.

Uma das coisas ruins no livro é a edição, que parece corrida, com algumas pequenas trocas de letras, há também uma tradução desleixada deixando frases soltas no ar.
As passagens onde há sexo são muito comuns, pois Katya é nada mais nada menos do que uma grande puta – ela mesmo reconhece – que é capaz de fazer tudo, absolutamente tudo para atingir o clímax. É o tipo de mulher que tem as fantasias nunca ditas ou imaginadas e que faz os homens tremerem e ficarem completamente excitados por ela.
A profundidade que Barker dá aos personagens é incrível. Você passa a gostar deles e em seguida odiá-los e alguns o contrário.

Ele mostra com clareza como é o mundo da fama, por trás das mansões e vestidos caros, um mundo egoísta, frio, cruel, onde o mais importante é estar sempre belo e no topo. São pessoas que não dão a mínima para o que acontece ao seu redor e aquelas que não estão em seu círculo de amizade – leia-se aquelas que não tem fama – são meramente lixos.

Muitas das vezes me impressionei pela falta de caráter de muitos personagens, pelas atitudes egoístas que nos fazem pensar até onde a fama e o dinheiro influenciam na moral de cada um.

Prepare-se mentalmente para ler um terror nojento, excitante e cruel quando tiver O Desfiladeiro do Medo em mãos.

Prepare-se para entrar na Terra do Demônio onde nunca há garantia de volta.
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Policial da Biblioteca
http://policialdabiblioteca.blogspot.com/2012/03/resenha-o-desfiladeiro-do-medo.html
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