Histórias de Leves Enganos e Parecenças

Histórias de Leves Enganos e Parecenças Conceição Evaristo




Resenhas - Histórias de leves enganos e parecenças


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Ingrid Bays 21/03/2021

Encantada pelas escrevivências de Conceição Evaristo. Destaque para o conto Sabela e a profundidade de um mesmo acontecimento por olhares diversos - a "diversidade de fios".

"Sei que a vida está para além do que pode ser visto, dito ou escrito"
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Ana Paula 11/02/2021

Eu amo a Conceição Evaristo e amo livro de contos. CONTUDO, achei as histórias ou mto curtinhas e com mtas referências que não peguei ou mto longa (como a última, que se divide em 3 partes).
Ela tem uma escrita mto lírica e bastante envolta em metáforas com a água, que acho lindas, por sinal. Enfim, não foi meu favorito dela, mas sempre vale a leitura!
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Jana 12/01/2021

Livros de contos e uma novela, que prende a atenção do início ao fim. Amei!!
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ClaudiaMF 15/12/2020

A possibilidade da história-corpo-palavra
Em doze contos e uma novela, Conceição Evaristo eleva as vozes e as histórias de mulheres, meninas, mães. Eu gosto mesmo é do lirismo e da beleza em cada conto. Mas neste "História de leves enganos e parecenças" podemos testemunhar em "Sebela" a defesa da "escuta de outras falas". Em tempos de discussão sobre o apagamento de vozes negras, de contações e testemunhos populares, ouvir o "contar dos outros" é a prática das escrevivências. Não aceitamos mais o discurso único que se autointitula "universal". Os acontecimentos devem ser registrados levando em conta múltiplas falas, vozes plurais. Inspirador.
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Biblioteca Álvaro Guerra 18/02/2020

A amplidão que Conceição Evaristo dá conta é a do dia-a-dia que se faz com os pelos em riste, o arrasto das chinelas, a fome das estradas e a ciência dos quintais e baldios. Ela escreve o cozimento do cotidiano embebido e retesado por forças que não se pode ver mas que suam e ressoam de dentro, forças que se cultuva e que não se esgotam nas folhas do calendário que ruma apenas para um futuro.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788592736002
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liciahora 16/04/2018

Resistência e fé
Terminei agorinha. Antes de tudo, isso me tocou: "Uma paixão profunda é a boia que me emerge".
Quanta delicadeza, poesia, verdade, sofrimento, carência, luta e fé, muita fé.
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Krishnamurti 17/07/2016

Vozes engasgadas nas gargantas…
Acaba de ser publicado pela Editora Malê, a obra “Histórias de leves enganos e parecenças” de Conceição Evaristo. Trata-se da reunião de doze contos e uma novela da experiente autora que é também Mestra em Letras pela PUC-Rio, e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. Para além das diversas obras publicadas, Conceição detém considerável fortuna crítica que dispensa maiores comentários.
O livro trás à guisa de prefácio, um primoroso e oportuno estudo sobre a obra da autora, assinado por Assunção de Maria Sousa e Silva no qual são elencados e esclarecidos determinados aspectos da ficção de Conceição, sobretudo quanto à evocação da história dos afro-brasileiros, centrada no sujeito subalterno da sociedade, “consciente de sua condição e realidade, sempre em busca de resistir às pressões do status quo quo que engendram as relações de poder demarcadas pela herança escravocrata”.
Os contos de “Histórias de leves enganos e parecenças” são primorosos em inventiva e conteúdo simbólico. Transitam em um estilo que vai do fantástico ao sagrado – como ocorre nos contos “Nossa Senhora das luminescências” e em “A moça do vestido amarelo” -, e trazem em seu conjunto um conhecimento carregado de saberes e fazeres cognitivos da tradição e oralidade da cultura de matriz africana, que são valiosos mecanismos de aprendizagem. O nível do simbólico de que a autora se vale tem o poder de impulsionar com vigor o imaginário fantástico da literatura como ferramenta de aprendizado no viés do pensamento de Paulo Freire: “aprender é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito”. E como estamos carentes de aprender para mudar. Muito. Sobretudo na questão do racismo à brasileira, essa sujeira sempre lançada para debaixo do tapete.
O nosso 'racismo cordial' hoje, como aponta o economista Marcelo Paixão, é de caráter eminentemente estrutural, baseia-se em padrões de hierarquia racial na qual fortes diferenças separam as condições socioeconômicas de brancos, negros e mestiços. Fatores objetivos e subjetivos se irmanam não apenas para prorrogar as diferenças nas condições de vida entre portadores de cor de pele distintas, mas também para tornar tais diversidades naturais. Fatores objetivos e imediatos: A sempre intocada distribuição de renda, os eternos impasses do nosso sistema educacional, os aparatos policiais em completo despreparo, e tendo nos jovens negros alvos preferenciais – é de se ler com muita atenção o conto “Os guris de Dolores Feliciana” -, a nossa população carcerária, a terceira maior do mundo, e composta majoritariamente de pretos e pardos que nunca surrupiaram bilhões e bilhões dos cofres públicos; os empregos subalternos e com salário de fome etc. e etc.
Falamos em fatores subjetivos? Em nosso país como mais uma vez aponta o pesquisador Marcelo Paixão, “o olhar é educado para informar à consciência coletiva de que a cor da pele confere aos diferentes tipos de brasileiros, locais igualmente assimétricos em nossa pirâmide social”. É a naturalização das diferenças. A propósito, ler o conto “Mansões e puxadinhos”, um candente exemplo do 'realismo mágico', violento e injusto de nossa sociedade, para ficarmos num expressão literária.
Ainda hoje, Conceição Evaristo ouve um leve estalar de dedos que a convida a escrever sobre essas e outras questões, um estalar de dedos que provém de tempos imemoriais. É então que as incontidas águas da memória jorram os dias de ontem sobre os dias de hoje. E eis que na pequena casa de paredes amarelas, em Maricá, a 65 quilômetros do Rio de Janeiro, ela se desloca ao segundo andar da residência, e no percurso até a biblioteca, vai rememorando histórias ancestrais que ouviu de sua mãe, dona Joana; recorda também as vozes de Carolina Maria de Jesus, de Maria Firmina dos Reis, de Lino Guedes, de Oswaldo de Camargo, de Frantz Fanon e de tantos e tantos outros…
É uma guerreira de 70 anos Carolina Evaristo, que empenhou sua literatura nesta árdua luta para que não seja esquecido o passado de sofrimento físico e moral, individual e coletivo. Empenha sua literatura hoje (porque infelizmente ainda se faz muito necessário), nas demandas do presente pois continuam a ecoar as “vozes mudas e caladas, engasgadas nas gargantas” de milhões e milhões de brasileiros.
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