Resenhas - Cenas Londrinas

bonderbooks 25/01/2019

Cenas surpreendente em uma das cidades mais vibrantes do mundo
Este livro faz parte da coleção Folha Mulheres na Literatura, do jornal Folha de S. Paulo, ele ocupa a posição de número #5. É um importante livro de ensaios (conto? crônica?), escritas entre 1931 e 1932, as cinco primeiras narrativas descrevem minuciosamente os passeios de Virginia Woolf pelas docas de East Side, subindo o curso do rio para o sul, até a chegada ao cais de desembargue de Tibury, e também passa pela Oxford Street e a sua variedade de comércio popular. Virginia se detém a contemplar a catedral de St. Paul e a austeridade da abadia de Westminster. E o passeio prossegue, passando pelas casas de escritores ilustres e termina com uma visita reveladora até a ?sala dos homens? da Câmara dos Comuns. O sexto e último relato ?Retrato de uma londrina? é que faz desta publicação ainda mais especial, pois ele só foi incluído nesta obra em 1970, e só agora foi publicado no Brasil. Suspeita-se que a sua exclusão se deu pelo fato de ser o único personagem fictício criado pela autora. A mrs. Crowe foi criada em homenagem à vida cotidiana da mulher inglesa, Virginia, consegue exemplificar muitos dos aspectos culturais dos ingleses neste conto surpreendente.

Citação: ?Vejamos se a democracia que enche os recintos não pode superar a aristocracia que esculpiu as estátuas. Mas existem ali inúmeros policiais. Um gigante de azul permanece em pé ante cada porta para que não pressionemos com excessiva rapidez nossa democracia. [Entrada aos sábados somente das dez às 12 horas]. É o tipo de aviso que detém nosso progresso sonhador?. (Essa é a câmara dos comuns)

Curiosidade: ?Cenas Londrinas? foi escrito depois dos dois principais romances de Virginia Woolf, ?Mrs. Dolloway? e ?Orlando?. Todos os lugares descritos em ?Cenas Londrinas? foram visitados pela autora especialmente para escrever os ensaios, que foram inicialmente publicados em uma revista.

Por que ler?
É uma oportunidade de se iniciar na obra de uma das mais importantes escritoras do século 20 e de ser conduzido por ela pelas ruas de uma das cidades mais surpreendentes do mundo.

Eliane 10/03/2020

Retrato de uma londrina
Alguns relatos me chamaram a atenção mais do que outros: Casas de grandes homens; Retrato de uma londrina. Fiquei curiosa e quero conhecer mais dessa importante escritora.

Élida Mercês 31/03/2020

Passeio por Londres
O título da obra é autoexplicativo. Neste conjunto de ensaios, Virginia Woolf guia o leitor em um passeio por pontos turísticos de Londres, porém, apresentados por quem conhece o cotidiano da cidade.

May - @may.book.s 08/04/2020

Pra quem conhece bem Londres
Uma história interessante sobre a visão da autora dos vários lugares marcantes de Londres. Com precisão cirúrgica ela relembra fatos e lugares e narra seu enredo...

Rod. 06/05/2021

Uma ótima leitura para quem quer conhecer um pouco mais de Londres. Virgínia realiza suas descrições com maestria, fazendo com q a leitura seja muito agradável.

Lucas Canabarro 05/05/2022

É, escolher conhecer um autor por uma obra que não é a sua mais famosa pode ser algo meio complicado.
A escrita é bem boa, mas a história é ok. É só uma forma de se aprofundar na Londres em que ela morava, simples assim. A escrita me fez querer ler mais obras da Woolf.

carol 23/07/2022

Ai ai Virgínia...
Eu estou apaixonada por esse livro! Virgínia Woolf era uma britânico apaixonada por Londres, e a gente percebe tudo isso com ela contando coisas mais cotidianas sobre essa cidade. A beleza está mesmo no comum, e ela narra histórias sobre lugares comuns tão bem que me deu vontade de gritar. Quando ela disse que todas as casas tem estações do ano que se perduram, eu senti. Quando ela disse que não devemos passar tanto tempo no passado e nem dar tanta atenção ao presente, eu também senti. Fiz mais de 20 marcações nesse livro no kindle, mas sinto que o livro inteiro devia ser sublinhado. Um adendo para a passagem sobre a St.Clemence Dames Church...fui pesquisar e a igreja fica em um lugar tão comum e pode até não ser percebida por turistas mas já virou um lugar na minha lista pra conhecer. Deu pra perceber que amei, né?

Thaís 28/09/2022

Londres pelos olhos de uma londrina
"Cenas Londrinas" traz uma nova cara de Virginia Woolf. Como ela mesma declarou, foi desafiante e saiu do estilo comum da autora. Prefiro ela assim, mais corriqueira e menos metafórica. Das obras de Woolf, exceto por "Mrs Dalloway", este foi o que mais me agradou.

Eduardo Mendes 30/12/2022

Reflexões sobre a sociedade
Para um primeiro contato com a obra de Virginia Woolf escolhi Cenas Londrinas, livro curtinho que reúne 6 crônicas da autora e retrata de forma observadora o dia a dia da capital inglesa, com suas ruas movimentadas, construções imponentes e bairros marcantes.

Em cinco das seis crônicas Virginia descreve a dinâmica de uma cidade moderna e abre mão de personagens para colocar Londres no centro da narrativa, com textos que tratam temas como capitalismo e consumismo, e que algumas vezes mostram traços elitistas no pensamento da autora.

No primeiro texto “As Docas de Londres” acompanhamos a rotina na região portuária da cidade, com suas embarcações que se por um lado trazem mercadorias e riquezas para abastecer a capital, por outro deixam a região do porto suja e deprimente no ponto de vista de Woolf.

Quase como numa continuação temos o segundo texto: “Maré da Oxford Street”. Aqui, Virginia direciona seu olhar ao popular centro de compras londrino, afinal, as mercadorias que chegam pelos navios e embarcações são o desejo de consumo das pessoas. O capitalismo fala alto e a autora descreve um lugar barulhento com clientes e vendedores negociando produtos numa cidade fervilhante.

Nos textos seguintes há espaço para se falar sobre a arquitetura de casas de algumas personalidades literárias importantes como Charles Dickens por exemplo. Woof escreve sobre antigas construções londrinas e discorre um pouco sobre política.

O último conto, “Retrato de uma Londrina” é um texto da autora que foi encontrado apenas em 2005 e o que mais me chamou atenção. É o único que tem uma personagem: Mrs Crowe. Aqui Virginia traz outra história sobre a cidade a partir de uma curiosa senhora que passa quase todo o seu tempo bebendo chá e recebendo a visita de amigos e vizinhos pra fofocar sobre a vida alheia.

Um livro curto que num primeiro momento se mostra despretensioso, mas que não deixa de apresentar algumas reflexões sobre a sociedade, e as mudanças de uma cidade em constante evolução.



site: https://jornadaliteraria.com.br/cenas-londrinas/

Fernanda3199 06/01/2023

Retrato de Londres
Cenas Londrinas é um retrato das paisagens mais conhecidas da cidade pelos olhos da autora. Com uma visão um pouco mais realista e um pouco menos romantizada, os capítulos praticamente narram acontecimentos momentâneos dos locais escolhidos pela autora para narrar

Cleany 26/01/2023

"Virginia Woolf era londrina. Adorava andar pela cidade e navegar por suas ruas. Observava anonimamente, admirava a história local e enxergava o 'encanto da moderna Londres' através dos olhos de grandes homens e londrinos comuns."

ler "cenas londrinas" é como passear por londres ao lado de virginia woolf. um livro simples, principalmente descritivo, sem algo especificamente chamativo, mas que se torna brilhante graças ao brio da escrita da autora.

Mari 15/07/2023

Impressionante como até a descrição de vários aspectos da cidade de Londres se tornam interessantes e nos levam à reflexão quando observados por Virginia Woolf!

arthurzito 29/07/2023

Foi meu primeiro contato com a autora, talvez não tenha sido a melhor opção, mas é um livro excepcional. Ela faz um caminho por Londres e descreve tudo que ela vê de forma bem orgânica e natural. Eu consigo fechar os olhos e imaginar ela fazendo os mesmo percursos e tomando nota. No entanto, mais que um folheto de turismo o livro pega as nuances de uma cidade velha e cheia de sombras. Lugares que pararam no tempo e lutam para se agarrar á tradição e história imperialista de um país tão protagonista na história mundial e lugares que abrem suas portas para uma nova era industrial.