@livrodegaia 07/03/2017
Não achei tão bom quanto o primeiro.
“The Heart Of Betrayal”, segundo volume da série “Crônicas de Amor e Ódio”, escrita por Mary E. Pearson e publicada no Brasil pela Darkside, é uma boa leitura, mas não empolga tanto quanto o primeiro livro, “The Kiss Of Deception”.
.
Nesta continuação, Lia e Rafe estão presos no Reino de Venda, mas graças a artimanhas, mentiras e, no que diz respeito a Lia, a intervenção de Kaden, eles não ficam necessariamente trancafiados em celas. Os dois estão sempre sendo monitorados, mas ao contrário do que imaginei que fosse acontecer, eles gozam de certa “liberdade” entre as paredes do Sanctum. Se levarmos em consideração que eles são dois forasteiros em um reino inimigo, a coisa fluiu de forma muito light, achei que os vendanos fossem barbarizar mais.
Lia, nossa protagonista, está insuportável no segundo livro da série. Fiquei muito incomodada com as atitudes dela, tipo, se ela sabia que algo era imprudente, perigoso e todo mundo avisava, inclusive o bom senso, para ela não fazer, adivinha? Sim, ela ia lá e fazia para depois ficar choramingando (ah, tenha dó!). Outra coisa que me fez revirar os olhos e interromper a leitura várias vezes foi o fato dela agir como se fosse de casa, como se não estivesse entre inimigos, como por exemplo, durante os jantares em que ela se sentia superconfortável para se meter a fazer a oração antes das refeições. Até fazer um cinto de ossos igual ao dos locais ela fez de bom grado.
Poxa, os caras arrastam a criatura para um reino hostil e mais distante que o do Shrek, matam o irmão e a cunhada grávida, de quebra ameaçam matar também o namorado que foi resgatá-la, e a louca está lá “de boas” fazendo um cinto de ossos? Entendo que ela e Rafe precisavam encobrir a verdade enquanto aguardavam ajuda, mas muitas de suas atitudes foram genuínas e surpreendentes até mesmo para o Rafe. Aliás, apesar do final, o triangulo amoroso continua. O interesse amoroso de Lia mais uma vez não ficou definido. Ela não convence nem com Rafe, nem com Kaden. A ponta ficou solta e tudo pode acontecer no próximo volume.
Sei que geralmente o segundo livro de uma série costuma ser mais explicativo e, por via de consequência, mais lento que o anterior, mas achei que a autora deu voltas desnecessárias e a tal explicação ficou um tanto quanto confusa e perdida no meio do caminho. Ela não conseguiu me surpreender como no primeiro volume.
Instabook: livrodegaia