O fim do homem soviético

O fim do homem soviético Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - O Fim do Homem Soviético


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oerickaguiar 26/04/2024

Resenha
A extinta União Soviética é motivo de demonização pelo ocidente, com muitos "dizem que acontecia isso", sem fontes concretas. A ideia aqui é relatar a vida daqueles cidadãos e o caos que foi dormir e acordar no seguinte com outra bandeira, além de tudo que foi construído por anos e foi desmontando tão facilmente.
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BArbara283 16/04/2024

Brutal
Por já ter lido os outros livros da autora, achei que estava preparada para as histórias retratadas nesse livro. Me enganei. O ser humano é de uma crueldade ímpar e por transcrever histórias ocorridas nos anos de 1990 e 2000, parece ser tudo mais palpável e próximo do mundo em que vivemos.
Micaella.Ferreira 19/04/2024minha estante
????




Gilson 26/02/2024

O livro contém depoimentos sobre as mudanças ocorridas na Rússia com a Perestroica. Os depoimentos retratam os impactos psicológicos e econômicos das mudanças.
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Icaro 26/01/2024

Épico
O fim do homem soviético - Svetlana Aleksiévitch

Publicado pela Companhia das Letras e vencedora do Nobel de Literatura, a autora, por meio de relatos, constrói o que era e o que sobrou do chamado homo sovieticus.

A leitura auxilia muito a entender o contexto atual russo. Vale muito a leitura.

???
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Gabslareine 23/01/2024

Reflexos da alma humana?
Eu demorei pra terminar essa leitura. Não só por causa das obrigações cotidianas da casa e dos estudos, mas porque foi uma leitura sofrida. Não no sentido de tedioso, mas pela dor que se transmitia nos inúmeros depoimentos.

Esse livro que fala sobre como as pessoas encaram a mudança drástica da sociedade em que viviam na União Soviética, pode ser utilizado como um exemplo sobre as questões da alma do ser humano. Suas indecisões, seus medos, seus anseios, suas tristezas. Destrincha a alma como ninguém. Essa complexidade do ser humano se reflete na complexidade dos conflitos contemporâneos, ou seja, não existe solução fácil pra supera-los. Infelizmente?

No fim da leitura a reflexão que fica é que após o fim da União Soviética, como já decretava Hobsbawn em A Era dos Extremos, o mundo ficou ainda pior?
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Ju 22/12/2023

Memórias
Que delícia ler esse livro. Memórias daqueles que viveram os dois polos e a transição pra o capitalismo. As opiniões deles são válidas.
AndrAa58 22/12/2023minha estante
Que legal saber que gostou. Estava na minha mira ??




Alexandre Modesto 24/09/2023

"Os ideais são uma coisa fortíssima [...]"
"[...] espantosa, é uma força imaterial, que não se pode medir. Não tem peso... é algo feito com outra matéria... Alguma coisa fica mais importante que sua mãe."

Essa passagem traduz bem o que o é esse livro. De todo modo, o livro traz uma abordagem sobre o declínio do "homo sovieticus", um tipo de ser humano que nasceu, cresceu e viveu toda uma vida imerso sob a ideologia soviética e que, após o seu fim melancólico, hoje se sentem órfãos de pátria e cultura: não reconhecem a Rússia como seu lar e ao mesmo tempo desprezam os valores de uma sociedade capitalista.

É um erro interpretar esse livro somente como algo que remete a URSS. Ao longo da vida as pessoas internalizam e constroem seus ideias com base na cultura vigente, tomam isso como sua personalidade, honra e dificilmente rompem sua ideologia; muitos até matam e morrem por causa disso. No entanto, as pessoas são facilmente manipuláveis através do sentimento de ódio e medo, quando sentem que seus ideias estão sendo ameaçados (ou falsamente ameaçados), que é quando se cria uma polarização.
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Graça 14/08/2023

Ótima leitura! A verdadeira história da humanidade está no cotidiano, na vida de cada sujeito. Passei a ter uma visão mais realista, sobre os impactos do fim da URSS, na vida das pessoas. Recomendo.
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Cris.Aguiar 14/05/2023

Que testemunhos excepcionais!
Não conseguirei mais olhar com os mesmos olhos o que está havendo na Rússia (guerra com a Ucrânia) hoje.
Esse livro traz testemunhos do que viveram os idos de Stalin até as vidas de alguns jovens em 2014. Ele traz pontos de vista de gerações, ele traz testemunhos históricos de todos os lados e muitos povos. Ele não fala dos personagens históricos, ele fala OU melhor, permite que as pessoas comuns falem suas histórias nessa passagem do tempo.
Ele traça um perfil de quem é o Soviético (mesmo não existindo mais a URSS). Ele fala de quem se tornou um ex-soviético.
Me emocionei em muitas passagens, tem muita tristeza, atrocidades, suicídios, assassinatos, mas também tem muita alma (independente da sua ideologia) e tem muito amor.
Quem somos nós para julgar?

Recomendo a leitura!
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Lucas P. Gomes 22/03/2023

Sobre Vítima e Carrascos
O Fim do Homem Soviético, é muito mais que um compilado de relatos curados pela autora, uma vez que fica explícito os desafios inimagináveis que foi coletar cada um deles e o quanto isso afetou a própria Svetlana, que também se apresenta como uma personagem ao fazer questão de expor as vezes em que chorou e riu junto ou em que foi obrigada a desligar o gravador.

Os relatos contidos aqui são sobre depressão, devoção, fanatismo, violência extrema, traição, apatia, perseguição.
É o microcosmo da Perestroika, onde pessoas passaram pelas situações mais absurdas que alguém poderia passar, vítimas de tudo que esse momento histórico conseguiu proporcionar de pior, resultando na chegada do capitalismo, que fez com que ex presos quisessem voltar para os Gulags
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Robson.Abrantes 05/03/2023

Melhor livro que li em tempos. chorei pelo menos umas tres vezes lendo ele. é o meu tipo favorito, vc aprende enquanto lê, nesse caso historia, e ainda tem personagens, com história e arco de desenvolvimento.
o do menino judeu, romeo e julieta, da mulher que perdeu a casa e virou mendiga, da menina que nasceu cigana, e do soldado que se matou são as melhores. a do homem que sempre serviu o partido fielmente é talvez a melhor. a autora foi esperta, deixando a gente se identificar com ele, para depois ela mostrar um background. perfeito!
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Cléris 07/09/2022

Pra entender a Rússia e seu entorno.
Você não conhece um país por sua história geral, mas sim pelas histórias dos indivíduos simples, anônimos.
Um mergulho naquele povo que mesmo experimentando mudanças radicais de regimes políticos mantém uma essência (pra bem e pra mal).
São muito mais cultos do que eu imaginava, muito mais cruéis.
E tome vodka. Muita vodka.
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Leco 02/09/2022

O livro é um trabalho jornalístico fantástico em que a autora conta histórias de diversas pessoas que passaram pelo momento de abertura político-econômica da URSS. Essas histórias formam um mural que abrange grande parte da história soviética do século XX. Alguém que teve um pai que lutou na Segunda Guerra, outro que foi mandado para os campos de trabalhos forçados, ou cresceu em um orfanato, passou pela desestruturação e fim do Estado na Perestroika, conflitos surgidos entre os muitos e diversos novos Estados que surgiram, as alegrias, tristezas, tragédias, fome, ódio, esperança, amor, etc.
No início do livro há uma linha de tempo apresentando os principais fatos históricos do período, mas quem não conhece a história russa pode se sentir perdido muitas vezes.
Logo de cara, o livro já me lembrou muito o 1984 de George Orwell. Toda essa coisa de controle, repressão e o constante estado de alerta procurando os inimigos internos da pátria fazem lembrar a clássica distopia de Orwell.
Não foi uma leitura fácil. Por um lado há uma confusão de tentar entender os momentos em que as pessoas relatam suas vidas, sem conhecer aqueles momentos históricos ou personagens. Mas a dificuldade principal foi a densidade dessas histórias. Histórias essas de pessoas que viveram em um Estado em constante estado de guerra, repressivo, ditatorial, que perseguia e condenava qualquer um a diferentes tipos de punição sem julgamento, com tortura, trabalhos forçados, separação dos filhos e muitos outros horrores. Pessoas eram denunciadas por algum motivo qualquer como inimigas da pátria. Podia ser o vizinho, o colega de trabalho ou o filho. Trabalhos forçados em regiões remotas como construir uma estrada férrea na Sibéria. Relatos de pessoas que viveram em situações em que estavam sempre à procura de comida, como uma mulher que quando menina viveu em um orfanato onde apanhava todos os dias e estava sempre olhando para o chão à procura de graminhas, raízes ou farelos para comer. Por outro lado há relatos de pessoas que sentiam orgulho da pátria que venceu a guerra, orgulho do ideal comunista em que todos davam o seu melhor pela sociedade.
Mas o foco do livro, como o título sugere, é o momento de ruptura, a abertura ao capitalismo. A esperança de muitas pessoas com o fim do Estado repressor, de dias melhores, de oportunidades de mudanças, surgimento de novos produtos contrastava com a apreensão do sentimento do fim da grande pátria provedora, a mercê de oportunistas com seus organismos sendo apropriado por oligarcas e onde tudo começava a girar em torno de quem tinha dinheiro. Havia ainda o desgosto de ver ruir a grande pátria construtora de tanques de guerra, navios, aviões e foguetes rendendo-se a produtos como calças jeans, perfumes, Coca Cola e McDonalds.
Dentro deste cenário são contadas histórias individuais que mostram o ser humano em sua essência, sendo influenciado ou não pelo sistema vigente. O amor, a esperança, a crueldade, o ódio, a ambição, se apresentam de forma pura nesses momentos de instabilidade, na ausência do Estado, de um poder moderador, onde todos buscam sobreviver ou ter sucesso. Conflitos terríveis dentro da sociedade e entre povos que outrora eram parte de uma única nação mas que de uma hora para outra deixaram de ser.
Enfim gostei muito do livro mas me senti muito triste com a apresentação do ser humano sem filtro. Foi um tapa na cara que me lembrou a essência da humanidade quando busca poder e como essas pessoas são valorizadas de acordo com o poder que tem.
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Ludmila 07/07/2022

Fantástico
Através de relatos em diferentes pontos de vistas, a autora narra o fim da URSS e seu impacto sobre o homem soviético. Termina-se um império, mas como acabar com a ideologia de uma vida. Dolorozo demais o vazio das pessoas, principalmente as mais velhas, diante da evaporação de verdades que marcaram toda sua essência.
O livro é dilacerante em várias dimensões dada as contradições do próprio sistema, seja do socialismo real seja do capitalismo. Desde campos de trabalho forçado e dominação e violência aos povos das regiões anexadas, ao mesmo tempo, um espírito de coletividade e solidariedade que nos deixa boquiaberto. E do sonho capitalista de liberdade, e do fetiche por opções variadas de consumo e a verdade nua crua do sistema: pobreza e miséria. Neste caso, liberdade de que?

Mais indissiocrático que o povo russo, acho que não tem!!
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Alex.Santos 24/05/2022

O povo russo viu com espanto à queda do império soviético.
O governo de Gorbatchóv causou uma mudança drástica na estrutura social, no cotidiano e na direção ideológica da população.
Em o fim do homem soviético Svetlana examina a vida das pessoas afetadas por essa transformação.
Com depoimentos de russos de todas as idades que sobrevivem com a possibilidade de uma vida diferente da sociedade que conhecem.
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