@camillaeseuslivros 14/03/2017
"Há sempre uma classe social interessada em que as coisas permaneçam como estão, e que a verdade sobre suas motivações mais profundas não seja dita." (Virginie Despentes)
pra mim, essa frase resume bem o que senti com essa leitura... eu gostei da leitura com algumas ressalvas, entendi totalmente os apontamentos feitos por Virginie, e entendo que ela quis botar por terra toda hipocrisia que envolve alguns temas como maternidade, casamento, prostituição e pornografia do ponto de vista de uma mulher feminista liberal.
no entanto, ela trata alguns outros temas mas estes em especial foram os que eu não concordei por completo apesar de compreender o seu ponto de vista considerando suas vivências; e aqui explicito que não concordei por conta das minhas vivências e meus valores, não posso deixar de considerá-los de forma alguma.
acredito que maternidade e casamento são escolhas (se não para todas as mulheres, dependendo de sua cultura e da sociedade que estão inseridas, para mim foi) e como tudo na vida tem prós e contras, não temos como generalizar que sejam totalmente bons ou totalmente ruins, o que deve acontecer é o direito de escolha da mulher em querer estar com ou estar sozinha, impor seus limites, não perder de vista seus desejos profissionais e sexuais e o primordial, ter no parceiro um companheiro e não um "empregador" esperando que a mulher lave, passe, cozinhe, não pense e nem tenha vontade própria, tendo sempre que se esconder para não sobressaí-lo, e estou ciente de que educo meus filhos com argumentos e empoderamento para viver numa sociedade machista, racista, capitalista e excludente, jamais me deixando usar pelo Estado para seus meios facistas de controle e manipulação.
enfim... estas foram só duas das reflexões que fiz acerca do livro e trouxe como exemplo, pautados pela da minha realidade de mulher, esposa, mãe e profissional mas volto a dizee que a autora apresenta muitas outras questões como a ditadura da beleza, estupro, etc.
indico a leitura, vale a reflexão sempre!