Macabra Mente

Macabra Mente Vitor Abdala




Resenhas - Macabra Mente


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Ju - @jujueoslivros 26/06/2018

Que contos!
Em Macabra Mente do autor nacional Vitor Abdala somos apresentados á 8 contos de horror, suspense e terror, historias macabras e bizarras que nos deixam presos a leitura para ate então descobrir o triste de fim de cada um de seus personagens.

O autor teve essa ideia brilhante de pegar fatos, animais ou ate mesmo objetos cotidianos para que nos pudéssemos sentir esse medo peculiar da realidade, ou ate o suspense com o próprio personagem. Quem nunca morreu de medo da "Maria sangrenta" ou da tal "Loira do banheiro" no colegial não é mesmo meu caro? QUEM NUNCA? ..

Há dois contos que vale muito a pena ressaltar:

Zé do peixe quer seu voto: O famoso politico turista conhecido por nós eleitores, aquele que só aparece na época de eleição para obter seu voto. Para Zé do Peixe, não importa onde você mora, se tem um titulo de eleitor em sua casa, lá ele estará. Ate que no fim do dia Zé bate em uma casinha abandonada, com santinhos pendurados no telhado, e um homem misterioso lhe atende dizendo que um anjo lhe avisou que Zé bateria em sua porta. Mas seria um anjo verdadeiramente afinal? O fim de Zé é a famosa frase "Seria cômico se não fosse trágico".

Auto de Resistência - Dois policiais assassinam acidentalmente um jovem morador da favela. O que e bem visível para nós leitores e que um dos dois policiais sabe muito bem em como burlar a pericia, fazendo com o que o jovem tivesse trocado tiros com os policiais, montando assim uma cena de crime que não ocorreu, trazendo verdades que muitas vezes ignoramos, tentando ate então omitir o erro deles. O fim deste conto trouxe aquele sentimento de vingança, e se eu não tivesse lido não teria acreditado no fim destes policiais.

Se recomendo? SUPER! Soube que o autor tem mais um obra escrita, espero em breve ler, pois esta de parabéns!

site: https://www.instagram.com/jujueoslivros
Vitor.Abdala 16/11/2018minha estante
Obrigado, Ju! Tenho mais um livro de contos chamado Tânatos e acabei de lançar um romance que mistura suspense policial e terror, chamado CAVEIRAS - TODA TROPA TEM OS SEUS SEGREDOS.

https://www.amazon.com.br/Caveiras-Toda-tropa-seus-segredos/dp/8584611835

Abraços!




Jaque 01/08/2023

Extremamente bizarro
Terrores de todos os tipos. De coisas que eu nunca vi antes como: peixes e focas (em contos diferentes).
O livro é muito bom porque tem contos bem variados, que apresentam estórias únicas, e fáceis de se identificar. É brasileiro, então é legal "passear" pelos locais e pela forma de falar.

O último conto tem uma das cenas mais nojentas que já li... Fica entre as 5 mais nojentas. Não chega a ser perturbador, mas a imaginação do que está acontecendo é agoniante.
Vitor.Abdala 04/08/2023minha estante
Muito obrigado pela resenha, Jaque, te convido a conhecer Pesadelos Tropicais. Meu último livro de contos e Caveiras, meu romance de terror policial. Grande abraço!

https://www.skoob.com.br/livro/852841ED858571

e

https://www.skoob.com.br/caveiras-810565ed815008.html




Clau Melo 07/06/2023

Macabra Mente
Literatura nacional/RJ, 2016. Contos de suspense e terror.


1.O Barulho na Casa de Máquinas

2.Zé do Peixe Quer o Seu Voto

3.Auto de Resistência

4.Disco de Vinil

5.Beta

6.Túmulo de Aço

7.Ilha das Focas

8.Despachos
Vitor.Abdala 04/08/2023minha estante
Obrigado pelo comentário, Claudia!




Karine.Maco 06/01/2023

Perfeito...queria ler mais
O único defeito desse livro é que ele acaba. Os contos me lembraram o estilo de Poe, pois situações cotidianas que nornalmente passariam despecebidas dão início ao horror. Recomendo a leitura para quem curte histórias de terror. Meus preferidos são o Zé do Peixe e o Túmulo de Metal mas, todos os contos são maravilhosos.
Rodrigo Scarabelli 08/01/2023minha estante
dica anotada! :-)




Tauami 06/01/2017

Malditos pensamentos
Uma ideia é como uma semente que cresce mediante o modo como ela é regada na mente daquele que a possui. Quanto mais regadas forem as ideias, maiores serão as raízes. Nutridas e bem desenvolvidas, dão para a mente a necessidade de pô-las em prática. Entretanto, nem todos as raízes são boas e algumas podem, inclusive, causar muito mal para si mesmo e ao seu redor. O novo e bem construído livro de Vitor Abdala, Macabra Mente, trata sobre essas raízes malditas em seus oito contos.

Em O Barulho na Casa de Máquinas, o síndico de um prédio precisa lidar com uma situação pouco usual durante a madrugada devido uma inquilina detestável. Um som desagradável não para de reverberar pelo apartamento da queixosa vindo de um local que deveria estar completamente vazio. Ciente de suas obrigações nada aprazíveis, o síndico irá ao lugar tentar resolver a situação. Chegando lá, ele se depara com aquilo que pode ser o final de sua própria vida. O final inesperado desse conto, que remete ao início do próprio, cria uma narrativa assustadoramente bem estruturada e apavorante quando refletimos sobre as possibilidades que ela cria dentro do universo de seus personagens.

Com Zé do Peixe Quer o Seu Voto somos levados a um conhecido cenário de nosso país: um político que desaparece durante todo o período em que esteve eleito, vai em busca de votos durante os meses que precedem as eleições. Ele segue visitando as residências de seus eleitores mais humildes, aqueles que ele sabe que pode engambelar facilmente com mais promessas vazias. Entre eles está um homem que o recepciona em sua casa com um sorriso malicioso e perguntas sobre anjos. O político, capaz de fazer qualquer coisa para garantir mais um voto, responde de modo automático às questões, dando ao seu querido eleitor a deixa que ele precisava para seus propósitos superiores. O leitor, enquanto membro de uma sociedade regida pela corrupção, tem nesse conto seus desejos mais obscuros saciados, desvelando para o mesmo sua natureza mórbida e vingativa muitas vezes ignorada devido as durezas do dia-a-dia que o impede de refletir.

Auto de Resistência segue na mesma toada que seu antecessor e expõe outro aspecto cruel de nossa realidade. Dois policiais precisam encontrar uma forma de encobrir o assassinato acidental de um jovem morador de favela. A falta de treinamento de um deles e o conhecimento das formas de burlar a perícia do outro contrastam brutalmente, trazendo aos olhos verdades inconvenientes e muitas vezes ignoradas. Ao final, os esforços dos policiais são frustrados com o inesperado, com o inexplicável. Aqui, assim como o conto anterior, a faceta jornalística do autor toma conta e constrói uma história que mescla ficção e realidade com primor. Não há como não se sentir vingando, de uma forma bárbara e primal, pelo desfecho.

O conto Disco de Vinil contará a infelicidade de um homem que possui uma vida pacata, ainda que bem estruturada. Seus dias são repletos da monotonia do trabalho e suas noites preenchidas pela música de seus discos de vinil. Um dia, enquanto garimpava mais artigos para a sua coleção, por mero acaso (ou será que não?) encontra um estranho vinil que contém apenas uma música. Sem entender bem o motivo, ele leva o disco para casa e se permite ouvir a bizarra melodia. O som macabro passa a abarrotar seus pensamentos e empurrar sua sanidade até os limites. Esse conto me remeteu à lenda urbana que assombra a canção “Glommy Sunday” , também conhecida como “a canção húngara do suicídio”. Aqueles pouco familiarizados com a história por detrás dessa lenda, sugiro que a pesquisem e criem suas próprias conexões.

Na inventiva trama de Beta, um rapaz tem seu destino selado no momento em que decide comprar um peixe-beta. Embora esse tenha sido o conto que menos agradou dentro do livro, ele é de longe o mais original. As circunstâncias em que o terror se instala na narrativa surgem de modo gradual, mostrando como os dias do protagonista vão se tornando mais e mais repletos de desespero. O ponto que me deixou desgostoso talvez tenha sido o objeto escolhido pelo autor para disparar o gatilho do medo. Entretanto, acredito que essa escolha tenha sido feita de modo admirável, tornando amedrontador algo que antes era visto como inofensivo.

Vemos em Túmulo de Aço o desespero de um tripulante de uma estação petrolífera ao ser acordado aos gritos por outro membro de sua equipe. Em meio às desnorteadas declarações de morte de todos os demais que estavam na estação, os dois engenheiros começam a ouvir batidas constantes contra a porta de metal que os separam do exterior da plataforma de extração. O medo se instala e tudo piora quando se torna evidente que tudo está prestes a afundar. Esse conto, com seu desenvolvimento rápido e atmosfera claustrofóbica, invoca elementos lovecrafitanos de modo magistral. Isso ocorre não só no desfecho, mas também no modo como as personagens estão lidando com a situação que lhes é apresentada. A sanidade delas vai se esvaindo no mesmo ritmo que a conclusão arrematadora da trama se torna inevitável. De longe, o meu conto preferido do livro.

Em Ilhas das Focas, o conforto que muitas religiões trazem aos seus crentes é arrancado de modo amargo. Um homem descrente de vida após a morte sofre um acidente que termina com a sua existência. Pelo menos, com a existência como ele a concebia. Novamente, a inventividade do autor nos chama a atenção. O tema reencarnação na maioria das vezes é utilizado na literatura como algo que acalenta as personagens. Ela justifica ódios, processos de vingança e aspectos da personalidade. Nesse caso não. Aqui o trabalho do autor torna a perspectiva de vivermos novamente após essa vida algo incerto, terrível e muito provavelmente sem qualquer propósito. A ausência de sentido em estar vivo se manifesta até mesmo ao final de nossas histórias.

Concluindo o livro, Despachos contará a infelicidade de um jovem que, em meio a sua saudável rotina de atividades físicas, acaba violando a santidade de uma oferenda feita para uma entidade e agora deverá pagar o preço por isso. Essa é uma história perfeitamente executada que traz elementos sobrenaturais da cultura brasileira e uma finalização tragicômica excelente.

No início dessa resenha, falei sobre o efeito que ideias com raízes profundas possuem. Esses efeitos podem ser vistos na ambiguidade que cada um dos contos carrega. As histórias são tão bem construídas que não somos capazes de afirmar que os acontecimentos que elas narram de fato ocorreram. Leituras alternativas de cada conto podem ser feitas e todas elas, em algum momento, deverão passar pela ideia de que suas personagens enlouqueceram. Isso não é algo simples de ser feito e mostra a fantástica capacidade literária que a escrita de Vitor Abdala possui.

Com uma escrita tão sintética e clara quanto o seu antecessor Tânatos – Contos Sobre a Morte E O Oculto, Macabra Mente é um livro curto, divertido e aterrorizante que propicia muito mais em cada uma de suas páginas do que uma única leitura é capaz de captar.

Ficha Técnica:

Macabra Mente
Vitor Abdala
2016
Editora do Autor

site: https://101horrormovies.com
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Euflauzino 15/03/2017

O horror que nasce do cotidiano

Tenho um pouco de medo de falar sobre obras de autores nacionais, receio de afugentar o leitor ou um autor talentoso. E podem ter certeza, Vitor Abdala é um novo talento, um alento ao terror nacional.

Na mesma proporção tenho medo de resenhar contos porque nem sempre é possível encontrar algo que os unifique e falar de todos fica cansativo para quem lê.

Mas e quando os dois – contos e autor nacional? Bom, aí o medo cresce exponencialmente rumo ao pânico. De qualquer forma não poderia me furtar de dizer o que senti ao ler o livro Macabra mente (Ed. Do Autor, 102 páginas) do amigo Vitor Abdala.

Minha dificuldade com contos vem de longa data, desde livros do velho mestre Stephen King, a probabilidade de eu me apegar a todos é quase nula. Para minha grata surpresa, todos, eu disse todos os contos deste livro prenderam minha atenção, me fizeram virar as páginas rapidamente até seu final.

Evocando o terror de coisas improváveis – um disco de vinil, um peixe beta, uma foca – Vitor Abdala se coloca como um Clive Barker tupiniquim, cheio de criatividade, sem abrir mão da surpresa pelo que reside debaixo de nossa cama: medo, meDO, MEDO...

No primeiro conto, uma velhinha presciente e inofensiva leva o síndico, após muita insistência, a verificar um barulho (de cavar) na casa de máquinas acima da laje de seu apartamento. E lá vai ele pra lá (é como olhar se o bicho papão está escondido dentro do armário).

“Não havia porteiro depois das 22h naquele prédio, o que significava que, quando havia problema depois desse horário, era o próprio síndico que tinha que resolvê-lo”.

No segundo conto a coisa ameaça ficar um pouco mais apavorante. Um candidato que só aparece em tempos de eleição encontra um provável eleitor e não se acanha em pedir seu voto. Mas hoje é dia do ajuste de contas e em tempos de Lava Jato, isso pode custar muito caro, rs. Este é o conto de que mais gostei – visceral e arrepiante.

“O dono da casa sorriu com seus dentes metade amarelos, metade pretos. — Prazer, João. Um anjo me disse que o senhor vinha hoje.”

No terceiro conto, dois soldados da polícia, após uma abordagem mal sucedida, resolvem forjar um cenário em que um jovem passa de vítima a réu. Só se esqueceram de combinar os detalhes com ele.

“— O que a gente faz agora, caralho?
O soldado Eurico suava sob sua farda azul...
— O que a polícia sempre faz, porra. Pega a merda daquele revólver! – gritou de volta o sargento Nélio com quinze anos de polícia e dezenas de tiroteios no currículo.”

No quarto conto, um garimpeiro de discos resolve comprar um vinil sem identificação...

site: Leia mais em: http://www.lerparadivertir.com/2017/03/macabra-mente-vitor-abdala.html
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Bia 17/04/2017

Resenha publicada no blog Lua Literária
Macabra Mente é uma coletânea de contos do autor nacional Vitor Abdala. Conheci sua escrita através do livro Tânatos, já resenhado aqui no blog.

Começo minha resenha expondo o quanto a leitura foi prazerosa. Se em Tânatos eu senti falta de um envolvimento maior com os contos, neste livro o ponto alto foi justamente o meu envolvimento com o livro como um todo.

Nele, temos contos de terror que, apesar de terem a presença constante de elementos sobrenaturais, tem como cenário o nosso próprio cotidiano. É muito fácil dar vida às situações propostas pelo autor, e acredito que é isso que faz com que o medo fique tão presente.

São oito contos de leitura rápida, porém não se enganem achando que se trata de um livro leve. Todos os contos causam impacto e trabalham o tempo todo com a emoção e o horror do leitor.

Vocês já conhecem minha dificuldade em resenhar livros de contos. A melhor dica que darei é ler o livro realmente sem saber muito sobre o enredo de cada conto, pois assim a surpresa e o medo ficarão ainda mais intensos.

É realmente difícil apontar o conto que mais me agradou. Em “Beta”, temos um personagem que é completamente atormentado por seu peixinho-beta. Eu sei que pode parecer até engraçado ao dizer isso, mas vocês realmente não imagina todo o sufoco que nosso personagem enfrentará. Não foi o meu conto predileto, mas o que me chamou atenção nesse em específico, foi o terror psicológico presente. Eu tenho um palpite muito particular a respeito, mas não poderei revelar (infelizmente) já que seria um spoiler.

“Disco de Vinil” foi um dos meus favoritos. Trabalhando com a “maldição” de um objeto , o autor provoca medo, suspense e horror no leitor. A dose de todos esses elementos foi sob medida, gerando um enredo realmente surpreendente, sem pontas soltas.

Sendo breve, ressalto que adorei a leitura e recomendo o livro para todos os apreciadores de terror.

site: http://lua-literaria.blogspot.com.br/2017/04/resenha-macabra-mente-vitor-abdala.html
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Jackie Sabino 09/06/2017

Bastante inferior à Tánatos. Parece até que Macabra Mente é o primeiro e Tánatos é o segundo e melhorado. Achei os contos de Macabra Mente muito vagos. Alguns até começam interessantes, mas acabei achando que esfriam até chegar num final sem muita empolgação. Não sei se era o foco como Tánatos, mas não senti que eram de terror não. Uma cena ou outra causa asco, nojo ou surpresa, mas não chegou a me empolgar como o primeiro livro do Vitor. Presenteei um amigo com ambos livros e ele teve a mesma opinião que a minha.

Mas na vida as coisas são assim mesmo. Isso me fez lembrar do primeiro livro do Joe Hill que li, "Estrada da Noite" , e que me deixou cheia de arrepios e super empolgada para ler mais obras do autor, como ocorreu quando li Tánatos. Quando li o segundo livro do Hill, "O Pacto", fechei o livro bem decepcionada. Porém, sigo ainda fã e acompanhando o trabalho do Vitor!
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Maurício da Fonte Filho 24/01/2018

Uma viagem macabra pela mente de um dos melhores autores de terror da atualidade!
Em "Macabra Mente", Vitor Abdala nos apresenta oito contos assustadores. Escritos em uma linguagem fluida, prendem a nossa atenção, nos deixando ansiosos pelo próximo calafrio.

Destaque para "O Barulho na Casa de Máquinas", que trabalha muito bem com a questão do medo do desconhecido. Também gostei bastante de "Beta", que me deu uma sensação de repugnância com sua narrativa desconcertante.

"Zé do Peixe Quer o Seu Voto" e "Auto de Resistência" merecem menção, por representarem histórias que não só assustam, como também promovem reflexão sobre a nossa sociedade.

Recomendo bastante!
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iammoremylrds 06/12/2023

Uma coletânea com 8 contos bem criativos, trazendo elementos bem curiosos e que raramente são utilizados em obras desse tipo, uma obra bastante original, que acaba fugindo do óbvio, uma leitura diferente e muito gostosinha e q te prendem
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Carol 01/02/2019

Contos!
São contos variados que te prendem a atenção do início ao fim!
É um livro curto, ms que me surpreendeu.
Indico!!!
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Aninha | @pactoliterario 18/05/2019

Macabra Mente do autor parceiro Vitor Abdala nos traz 8 contos curtos de terror.

O Barulho Na Casa de Máquinas nos traz a história de uma senhora que está escutando um barulho estranho em cima de seu apartamento, aonde se localiza a casa de máquinas, ela tem certeza que não é o motor do elevador que está fazendo esse barulho, ela liga para o sindico e diz que parece ter alguém querendo cavar o teto para entrar dentro de seu apartamento. A contra gosto, o síndico vai ver o que está acontecendo naquele lugar, sem luz no local, o síndico Arivaldo nem sabe o que está lhe esperando naquele lugar.

Zé do Peixe Quer Seu Voto nos fala a respeito de Zé do Peixe, um vereador que veio de uma família humilde, mas que só vai atrás do povo quando é época de eleição, depois que passa, Zé esquece o povo. Sendo assim, em época de eleição, Zé já está nas ruas, mas se surpreende ao ver que tem uma nova pessoa morando na cidade. Ele vai na casa daquela pessoa para conversar com ela e tentar convence-lo a votar nele nas eleições, quando o candidato entra dentro do casebre ele não imagina o erro que cometeu ao bater naquela porta.

Ilha das Focas nos apresenta uma pessoa que não acredita em reencarnação, mas que após um acidente de ônibus ele morre e reencarna em um corpo diferente. Um animal diferente. Ele reencarna no corpo de uma foca, e terá que se adaptar a viver no corpo daquele novo ser e viver longe da sua família que ele deixou quando ainda era humano.

Despachos nos traz Rafael, um garoto de 18 anos que desde pequeno sempre foi um atleta e participou de competições, mesmo sem ganhar nenhuma, ele continua competindo e sempre mudando os esportes. Até que em uma madrugada em que ele sai para correr, Rafael acaba mijando em um despacho que tinha na rua. Só que agora o santo que era dono daquele despacho está com muita raiva dele e fala que ele tem que fazer uma coisa para ele, se não, Rafael irá sofrer graves consequências.

Esses são respectivamente os dois primeiros e dois últimos contos do livro. Os que eu mais gostei estão aqui, que é o conto do Zé do Peixe, que confesso que me deixou com um pouco de medo no final e eu parei um pouco a leitura, já que estava de madrugada, o conto realmente me deu alguns calafrios.

E também gostei bastante de Despachos, o final me deu muito nojo, quando descobri o que o santo queria de Rafael eu quase vomitei, e pior, quando ele fez o que o santo pediu, misericórdia, Deus que me livre só de imaginar uma cena horrível daquelas.

Mas teve alguns contos que eu também não gostei muito, como o Beta, que é sobre um peixe que passa a comandar a vida de seu dono, e se ele irrita o peixe, o peixe aparece do nada em sua garganta tentando asfixia-lo, achei meio bizarra essa ideia de um peixe mandar em uma pessoa.

Ilha das Focas foi um conto que eu também não gostei muito, fui um pouco contra a ideia que o autor teve, pois imagino algo um pouco diferente. Mas confesso que ri no final pelo que aconteceu com a reencarnação dele pela segunda vez.

A narrativa do Victor é fluída, e com a junção do livro ter poucas páginas, em poucas horas é possível ler o livro. Recomendo o livro para quem quer um passatempo que dê um friozinho na barriga. Eu já havia lido outro livro que também é de contos de terror do autor e havia gostado, Vitor tem grande potencial e uma imaginação incrível, espero ter a oportunidade de ler outros livros do autor...

Resenha postada originalmente no blog Pacto Literário.

www.pactoliterario.blogspot.com.br
www.instagram.com.br/pactoliterario
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Ana 19/01/2021

O terror contemporâneo
Vitor Abdala é um escritor primoroso. Seus contos de horror se passam na época em que vivemos, utilizando situações cotidianas pelas quais qualquer um poderia passar, claro, com um toque de fantástico: um bicho de estimação assombrado. Um barulho no prédio. Uma entidade brava porque teve sua oferenda profanada, etc. Etc. Os contos são muito bem escritos e eu devorei o livro todo em algumas horas. Vale muito a pena, especialmente pra quem curte horror, fantasia, mistério. Nota mil.
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Flavinha 04/04/2021

Livro curtinho, com contos muito bons de ler. Para quem gosta do tipo de leitura, vale muito a pena.
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ana 07/04/2021

Livro de contos de terror!
Não tem muito o que ser falado, esse livro é bom pra quando você não tem nada pra fazer e não sabe o que ler, ou até mesmo, intercalar entre leituras.
Em particular, gostei mais do conto do Disco de vinil, de fato tem um terror sobrenatural legalzinho. O único que não curti foi Ilha das focas, de resto, contos interessantes.
Recomendo!
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