Tícia 11/12/2022
No início de 2022, prometi ser uma alma indulgente e serena mediante as cagadas literárias que porventura atravessassem meu caminho.
Falhei miseravelmente.
Mas em minha defesa, alego a impossibilidade de manter qualquer compostura e benevolência, pois fui ludibriada pelas sinopses que prometiam o Christopher Hemsworth, mas entregavam o Caneta azul.
Contudo, juro que tentei com Quarto 502.
Sério.
Tanto que, mesmo percebendo já na primeira página o amadorismo da escrita muitíssimo expositiva, prossegui com bravura.
O livro é de todo ruim?
Não. Tem seus méritos. Por exemplo, achei legal a história se basear em uma lenda já conhecida, de um lugar real. Fiquei agradavelmente surpresa, pois conhecia o tal sanatório de Waverly Hills e as capetada que por lá capetam em forma de espírito zombeteiro.
Muito bom também foi o loop infinito. Entendedores, entenderão.
Porém, ainda que tenha sido uma boa sacada, a ideia foi mal executada.
O terror/suspense precisa SUGERIR mais do que MOSTRAR. Cenas, descrições e introspecções que não acrescentam devem ser estropiadas pra se manter a tensão e apreensão do leitor. Tive isso? Não. Fora aqui e ali em toda a narrativa, sofri um ou outro imperceptível sobressalto, mas foi só isso mesmo.
Nem vou tentar fazer um resumo porque a história é curtinha e, com toda a certeza, eu seria a tia dos spoilers por conta de minha incapacidade de manter a boca fechada.
Enfim...
Quem quiser, que encare.
;)