A estrada

A estrada Cormac McCarthy




Resenhas - A Estrada


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Marcello.Buzon 20/08/2023

Tedioso
Comecei a ler o livro depois de assistir uma resenha, essa pessoa dizia que o livro trataria, de forma sutil, sobre coisas sobrenaturais. Bom, se este livro tem algo sobrenatural só pode ser a repetição que autor faz ao descrever a jornada dos protagonistas.
Bom, pelo menos me rendeu umas frases e reflexões interessantes, mas foi só.
Mike27 21/08/2023minha estante
Estava pensando em pegar ele pra ler! ?


Marcello.Buzon 22/08/2023minha estante
Eu achei péssimo rs


AdrianoBiLL 31/08/2023minha estante
Eu também achei muito ruim.




Mari Mirandinha 18/03/2024

Poético
Me interessei por esse livro pelo tema "sobrevivência", mas não esperava uma narrativa tão forte e triste e ao mesmo tempo com uma linguagem tão poética. Excelente. Não à toa, premiado.
Paulin 16/04/2024minha estante
Tô lendo. P. 186. Vi pouquíssima poesia. Pode desenvolver melhor sua visão, por favor?


Mari Mirandinha 18/04/2024minha estante
"Nenhuma lista de coisas a fazer. O dia providencial a si mesmo. A hora. Não existe o mais tarde. Agora é mais tarde. Todas as coisas graciosas e belas como as que se levam guardadas no coração têm uma origem comum na dor. Nascem do pesar e das cinzas. Então, ele sussurrou para o menino adormecido. Tenho você". A poesia tem como preocupação principal a estética do texto. Nesse trecho ele poderia dizer simplesmente que o menino era importante para ele, poderia, como fez em outros momentos, demonstrar atraves das ações do pai, mas ele escolhe as palavras, não de modo a rimar, mas, em conjunto a pontuação, creio que provoca um impacto maior. Se você tiver uma visão diferente ou complementar, ficarei genuinamente encantada em ouvir. :)




Gláucia 06/06/2012

A Estrada - Cormac McCarthy
O mundo foi devastado, restam apenas ruínas, a paisagem é cinza, inóspita e o clima gelado. Os poucos sobreviventes são molambos, restos de gente faminta capaz de qualquer barbaridade em troca de um trapo ou algo comestível. Entre eles um pai e seu filho caminham por uma estrada que os levará quem sabe para onde? Haveria salvação? Um final feliz seria possível? A leitura foi rápida pois precisava com urgência de respostas para tais perguntas.
O livro nos mostra como é forte o instinto de sobrevivência, como pode ser poderoso o vínculo gerado pelo amor e, principalmente, nos fala de esperança.
Kéren 21/07/2013minha estante
GOSTEI MUITO DO LIVRO. A NARRATIVA ME PRENDEU DO COMEÇO AO FIM.


Gláucia 21/07/2013minha estante
Eu também Kéreni; tanto que acabei comprando outros 2 livros do autor, mas ainda não li. O filme tb é bom.




Paiva 19/06/2021

Aflição e tristeza do início ao fim da leitura!
Apesar disso o amor entre pai e filho prevalece em um mundo devastado, sem esperanças, sem comida, sem abrigo, sem amanhã...
Ótimo livro p repensar no q realmente vale a pena
lumybea 19/06/2021minha estante
é tipo distopia? tenho o livro mas tô no debate se leio ou não


Paiva 19/06/2021minha estante
Lê sim, é muito emocionante e tão repleto de acontecimentos q vc não consegue largar




Carla Maria 16/05/2015

Impactante!
Estou chocada até agora... Que livro IMPACTANTE!... Cormac vem através de "A Estrada", nos narrar a história de um mundo apocalíptico, destruído pelo fogo. Um drama, onde pai e filho percorrem quilômetros a pé em busca da sobrevivência, enfrentando todo tipo de perigo (saqueadores, ladrões, canibais, tempestades, fome e e.t.c.). E em meio a tantas desgraças, ambos buscam forças entre si, para garantirem um mínimo de sanidade mental perante as atrocidades dos "homens maus"... Uma história extremamente FORTE e COMOVENTE, que deixará você um bom tempo, no mínimo, refletindo sobre o assunto... SUPER recomendo!
Vitor 19/05/2015minha estante
Só tem um livro? Achei interessante. Vou ler! :D


Carla Maria 30/04/2018minha estante
Esse não tem continuação Vitor.




Luciane.Gunji 24/03/2018

Repetir a fórmula do sucesso é para poucos escritores, mas acho que o caso de McCarthy é bem diferente dos best-sellers. A narrativa é atraente e tem um jeito único de prender o leitor: o que poderia ser um desconforto para muitos, como o fato de A Estrada ter somente dois personagens principais, é, na verdade, reconfortante. A presença dos coadjuvantes não tira a bela conexão que pai e filho (ambos sem nome) causam durante as páginas.

McCarthy também é um homem de poucos diálogos. Assim como o cenário, a escrita é fria. Pontos finais marcam o estilo literário e a habilidade de contar história sem parágrafos longos. Ao mesmo tempo em que o cenário é marcado pelo branco da neve e do frio, o cinza também parece disputar espaço para ser a cor predominante. A Estrada é, definitivamente, uma narrativa em preto e branco, cercada de destruição e esperança.

Enquanto assistimos a trajetória de pai e filho tentando sobreviver em meio à fome, frio e medo, descobrimos que todos os sentimentos, sejam bons ou ruins, são despertados em nós. A figura paterna criada por McCarthy é uma realidade que não esperamos, que não causa outro sentimento senão a compaixão. Nem mesmo o instinto assassino que a situação instiga é capaz de transformar a capacidade de um adulto e uma criança a sobreviverem sem violência, mesmo em condições extremas.

Cabe ressaltar que o final de A Estrada é um show à parte. Denominá-la como uma obra-prima parece uma expressão de fanáticos, mas a discussão é sobre o destino que McCarthy reserva para seus dois únicos personagens. É inesperado, assustador e triste, e talvez seja por isso que deixe a narrativa tão bonita e cruel.

site: http://www.pitacosculturais.com.br/2018/03/18/a-estrada-mccarthy-cormac/
Ryllder 24/03/2018minha estante
Muito bom.Próxima leitura do autor será Meridiano de Sangue.


Luciane.Gunji 24/03/2018minha estante
Está na minha lista também, Ryllder!




Ivandro Menezes 10/08/2020

Uma bela catedral gótica
Li em algum lugar que a literatura de Cormac McCarthy é uma catedral gótica entre os cânones pós-modernos da literatura estadunidense.

Penso que A estrada representa bem isso. É cru, brutal e, ao mesmo tempo, sensível e profundo.

Numa Terra arrasada, destruída por um cataclisma, cuja explicação resta ausente, ele apela para o amor paterno como amuleto para a sobrevivência. Um pai e um filho errantes, seguindo por uma estrada inóspita em direção ao sul, fugindo em meio a aridez, da desolação e do inverno que tomou conta do planeta e da alma humana. Os inominados pai e filho (aliás, o único personagem que revela o nome, um mendigo no mundo anterior, revela um nome falso) carregam a chama dos homens bons.

As cinzas, que remetem ao arrependimento bíblico, cobrem uma terra sem arrependimentos. A floresta devastada que margeia a estrada faz com que suas árvores desabem, as casas e cidades pilhadas revelam a insegurança e não servem de abrigo. Tudo que é sólido, sagrado, jaz liquefeito, violado. A certo ponto, o pai diz que o filho é Deus, ao que retruca seu interlocutor com nome de profeta, caminhar por aí com um pequeno deus é demasiado perigoso. Certamente, num mundo em que nada é absoluto, em que somos apenas gado uns para os outros, prontos para o abate, ter um absoluto pode até trazer esperança, mas também seus riscos.

?Qual a coisa mais corajosa que você já fez??, pergunta o menino, ao que o pai responde, ?Levantar da cama hoje de manhã?. Sobreviver é um ato de coragem, seguir adiante, em busca do Sul, em busca de algum lugar que os mantenha vivo. Parar, estabelecer-se, se conformar, é abraçar a morte, quer fisicamente, quer tomando-a como meio necessário para manter-se vivo. E ser um bom homem é manter-se agarrado a esperança, mesmo em um mundo em que isso soe antiquado. O pai agarra-se ao seu pequeno deus, e o menino ao pai a quem questiona continuamente, como a lembrar de que eles são os mocinhos, os homens bons, os que carregam o fogo, a chama, pequenas velas insistindo em lutar contra a escuridão que os cerca.

Nesse sentido, McCarthy é mesmo uma catedral gótica, um monumento erguido para revelar a pequenez humana diante do divino, com suas grandes janelas projetando uma luz do alto sobre os diminutos homens errantes em suas culpas, transgressões e sofrimentos agarrados a esperança de alcançarem o altar, de encontrarem o dia em que estarão reunidos na paz de um altar, cuja morte é a porta de entrada.

Não há atalhos, nem na estética, nem no enredo. Tudo é calculado, e cada pequeno fôlego nesse percurso claustrofóbico é feito sem sentimentalismo, arrodeio ou floreios. É demasiado ríspido, sem o menor aceno do autor, sob o controle de um narrador impassível, que nada opina, apenas conta, onipresente como numa vasta tradição literária. Em contraste aos pós-modernos, McCarthy acena que se mantém firme como âncora. E se uns se seguram nas marolas, ele descansa no fundo do oceano. Não à toa a coisa mais bela, o momento de deslumbramento em A estrada, é representado por um velho sextante escondido numa velha embarcação castigada pelas ondas.
Ri :) 11/08/2020minha estante
Este texto encerrou qualquer vislumbre de coragem, que já habitou em mim, para escrever uma resenha.


Ivandro Menezes 12/08/2020minha estante
Oxente! Escreva. Curioso pra saber a sua leitura.




Amanda Vaz 09/03/2024

Sobreviver a qualquer custo
Um mundo pós apocalíptico, completamente sombrio, gélido e a ausência total de esperança, onde o mais vil da humanidade impera. Mas seguir. Agarrar-se a algo. Alguém. E seguir. Pai e filho em uma jornada carregada de reflexões. 

Cada diálogo e circunstâncias repletos de tanto pesar, de desesperança e apreensão, que inúmeras vezes me peguei em lágrimas. Parece tudo muito repetitivo, descrições de cenários arrasados, de situações absurdas, cruéis. Mas o que se espera de um livro que narra um mundo onde praticamente nada sobrevive? Um mundo coberto de cinzas, que desafia constantemente aqueles que restaram, onde não se pode confiar em nada e em ninguém?

E o que o McCarthy faz aqui é transpor esse mundo arruinado de modo dolorosamente realístico, porque se parece com uma realidade muito possível quando se pensa em um cenário pós apocalíptico, no entanto, ao mesmo tempo, o autor escreve sobre o afeto, o cuidado, as preocupações entre pai e filho de forma tão sensível, com diálogos que carregam um mundo inteiro dentro de si, que tornam impossível não se apegar a eles. E o final desse livro? que final! Ficará comigo por um longo, longo tempo.


"Você é corajoso de verdade?

Mais ou menos.

Qual foi a coisa mais corajosa que você já fez?

Ele cuspiu na estrada um catarro ensanguentado.

Levantar hoje de manhã, falou."
Bernardo.Lameira 10/03/2024minha estante
Sua resenha me fez querer ler esse livro kkkk


Amanda Vaz 21/03/2024minha estante
Vale demais a leitura, Bernardo.




Caio 25/12/2023

Foi o melhor deste ano
Quando nós dizemos: Vou cair na estrada. Geralmente é uma coisa boa. É uma viagem, uma mudança, uma partida esperada ou a volta para um lugar querido. Quase sempre é associado a algo bom.
O livro A estrada está aqui para dizer que às vezes foi só o que restou. Pegar a estrada e seguir em frente. Não olhar para trás e quando o fizer for por cautela.
Sempre gostei de histórias que te jogam em um fim de mundo qualquer, não explicam nada e conseguem entregar tudo.
A escrita do autor é crua. Não é refinada e pode ser um pouco confusa, por este motivo pode não agradar algumas pessoas, mas eu gostei.
O enredo não é complexo, é até muito simples, entretanto os detalhes de cada passagem. A luta pela sobrevivência. Os questionamentos dos personagens. Tudo muito bem feito. Recomendo muito, sempre com a ressalva de gatilhos que a crueldade humana pode nos causar. Sempre que um livro consegue me arrancar lágrimas eu termino com aquele gostinho de que foi especial.
Livraço!
Núbia Cortinhas 02/01/2024minha estante
Parabéns pela linda resenha!! ?? ?? ?? Esse autor está na minha meta. ?


Caio 02/01/2024minha estante
Quero ler outros livros do autor. Acho que você vai gostar.




Oz 15/04/2017

Superestimado
Não tive a capacidade de entender o motivo desse livro ter a fama que tem. Fiquei extremamente decepcionado com a leitura. Os argumentos que li nas resenhas é de que ele retrata de modo muito tocante a relação entre pai e filho, fugindo de possíveis clichês dentro do tema. Além disso, muita gente destaca a forma narrativa do autor como direta e minimalista, como se fosse um grande ponto positivo dentro da obra.

Deve-se considerar que, por uma questão de gosto (no qual me baseio para fazer essa análise, já que não estudo literatura, letras e nem algo do gênero), não de questões puramente formais e técnicas, não consegui ver toda essa grandiosidade apontada pela maioria das pessoas. Esses diálogos simples me soaram simplistas, mesmo considerando que um dos personagens é uma criança, o que deveria servir de justificativa para a simplicidade da forma narrativa (imagino eu, na minha ignorância teórica) e ajudar a destacar a profundidade, a veracidade e a sutileza do tema, que para mim, nunca ocorre. Enfim, achei um livro superestimado. Espero que aqueles que ainda não leram consigam extrair da leitura uma experiência mais positiva que a minha.
Ricardo Rocha 03/05/2017minha estante
fiquei extremamente decepcionado com o comentário...


Deb 02/06/2017minha estante
Realmente você não conseguiu captar a essência do livro.




henri18 23/03/2024

Prometeu muito e entregou nada
Meio que me decepcionei. Estava esperando algo completamente diferente e foi bem frustrante. Não acontece absolutamente nada o livro inteiro, é um ciclo de eventos iguais. Pai e filho caminhando, encontrando comida e abrigo, às vezes algumas pessoas, há a descrição do mundo pós-apocalíptico e continua assim.

Apesar de gostar de como o autor foca na relação linda entre o pai e seu filho, achei os diálogos entre eles, e no geral, fraquíssimos. Gosto também de toda a ambientação do livro, um mundo triste, melancólico, sem muitas esperanças e a escrita do autor sobre isso foi interessante.

Final corrido, pouco aprofundamento real nos personagens e falta de detalhes importantes como a causa do apocalipse (eu, pelo menos, não consegui entender).
Enfim, devo ter lido errado já que as notas pra ele são altíssimas, mas é isso, um beijo ?
davi_bsiqueira 23/03/2024minha estante
paia ???


Paulin 16/04/2024minha estante
Tô lendo. P. 186. Tô achando o mesmo que você?




Lya 08/01/2022

Decepcionante
Faz tempo que ouço falar dos livros do Comarc McCarthy e queria muito ler alguma de suas obras, fui com muita sede ao pote e infelizmente me decepcionei. O livro é muito monótono, na maior parte dele nada acontece, é uma descrição infinita de paisagens iguais e de ações feitas pelos personagens do livro, como: andaram e acharam comida e acenderam uma fogueira e cozinharam a comida e comeram; perdi as contas que quantas vezes li que o personagem estava desatarraxando a tampa de uma garrafa. Existem sim alguns acontecimentos diferentes ao longo do livro, mas eles não levam a lugar algum e voltamos pra monotonia e as cenas se repetem de novo e de novo e de novo. O livro tem seu charme, mostra o empenho de um pai em proteger seu filho, mas poderia ter sido bem melhor, acho que a adaptação talvez seja mais interessante pois achei as descrições muito tediosas. Ainda bem que é um livro curto, se fosse maior acho que nem teria terminado, o que não faria grande diferença já que no começo nada acontece e o final parece o começo.
priscyla.bellini2023 08/01/2022minha estante
Eu amei "Meridiano de Sangue", mas não achei um livro fácil.


Lya 08/01/2022minha estante
quero ler ele também, mas agora vou com as expectativas baixas




Sr.Matsui 03/03/2010

Esse livro vai quebrar o seu coração
"A Estrada" é de uma beleza selvagem, impressionante e desencantadora.

A história se passa no inferno de um eterno inverno pós-apocalipse. McCarthy fala sobre um homem sem nome e seu jovem filho, vagando através de um mundo enlouquecido, desolado, frio e escuro; um lugar onde neva cinzas. Eles se arrastam para o sul, na direção do mar, procurando um lugar, qualquer lugar, por vida e calor.

Nada mais cresce nesse mundo destruído. As pessoas se tornaram canibais na luta pela sobrevivência. Nós, os leitores, não sabemos se estamos acompanhando a ressaca de uma guerra nuclear ou algum evento de extinção em massa (como um asteróide ou um cometa). O autor deliberadamente não nos conta, e ao longo da narrativa percebemos que isso não tem a menor importância: seja uma obra do homem ou uma vingança da natureza, o mundo está simplesmente morto.

A mãe do garoto é uma suicida. Incapaz de enfrentar um mundo onde tudo ficou cinza e morto, "mantenha-se vivo o suficiente e logo você será violentada ou assassinada - como todo o resto". É o que ela diz antes de se matar.
O homem e seu filho são "cada um o mundo inteiro do outro". Eles têm apenas um ao outro, eles vivem um para o outro e o intenso amor um pelo outro os ajudará a sobreviver.

Pelo menos por enquanto.

Mas sobrevivência neste mundo morto é uma perspectiva duvidosa, na visão mais otimista. O garoto e o homem são obrigados a presenciar coisa que ninguém jamais deveria ver. Todo dia é uma caçada no lixo por alimento, abrigo e segurança contra "os caras maus" - as gangues errantes que escravizam os mais fracos e usam canibalismo na ausência de outro alimento.

Nós somos os "caras bons", o homem constantemente lembra o menino.

Porém nas raras ocasiões quando encontram outros seres humanos, o homem regride para seus instintos de sobrevivência mais primitivos, se recusando a ajudar uma criança supostamente perdida e um homem faminto; vivendo apenas para ele mesmo e para o menino - que tenta desesperadamente se agarrar ao que ainda resta de humano dentro de si.

São nesses encontros casuais com outras pessoas, mais do que a interação um com o outro, que nós os vemos como realmente são. O garoto é uma criança radiante e doce, preocupada, altruísta, que quer e precisa encontrar outras pessoas, mesmo nesse mundo devastado - que é o único que ela conhece. O pai, por outro lado, é mais cuidadoso, amargo. Deixou a devastação o abraçar, até tudo o que importa é cuidar da criança e dele mesmo. E para o inferno com o resto das pessoas.

A jornada deles em direção ao sul é um pesadelo sem fim para as profundezas do inferno, e a única coisa que os mantém vivos é o amor um pelo outro. Quando um está quase para desistir, o outro se recusa a permitir isso. "Eu não vou deixar você entrar na escuridão sozinho", o homem garante ao seu filho. Mas no final, como o garoto vem a descobrir, cada um está por si, e tudo o que você pode fazer é continuar em frente.

McCarthy prova novamente que é um mestre do minimalismo. Com um estilo tão seco e desolado quanto o mundo onde os personagens são obrigados a andar, cada sentença é polida como uma pedra preciosa, e ele nos leva para a realidade de um mundo morto. O passado não existe mais, o horizonte morto os cerca em qualquer lugar, e o presente é a única realidade.

Não existe mais tarde, conforme McCarthy nos conta. Dentro do homem não existe nenhuma esperança de que mais à frente na estrada exista coisa melhor. Mas ele continua a manter ambos motivados continuamente, apenas para manter seu filho vivo. E nós tentamos nos manter motivados junto com eles, torcendo para depois da próxima curva, ou a 5 quilômetros adiante, talvez tenha alguma coisa, qualquer coisa, para tornar esse tormento da sobrevivência valer a pena.

Viver é o inferno, para quê alguém iria querer sobreviver? A mãe tomou sua decisão. Ela foi embora a muito tempo. Chegamos no final desse livro completamente secos, cansados, devastados, mas curiosamente mais leves. Porque enquanto existir o amor, segundo McCarthy, talvez exista algo para qual valha a pena viver; e como o livro nos mostra no final, talvez exista até mesmo um pouco de esperança.
Dominique 05/03/2010minha estante
Adoreiii! Terminamos de ler o livro praticamente juntos... sofri demais! Um livro fantástico.


Mariana 31/07/2012minha estante
Olá, adorei sua resenha. Eu nao li esse livro. Vi o filme. Mas estou querendo ler, acho que o livro é sempre mais rico. Imagino que seja de rachar mesmo. Sei que o filme mexeu muito comigo.


Helder 04/09/2013minha estante
Resenha bela e emocionante como o livro. Vê-se o quanto vc ficou tocado! Eu, fiquei sem palavras por enquanto.




And 28/01/2014

Muito Bom
Não há melhor título para este livro, confesso que "A Estrada" me decepcionou no princípio, ansiei pelas aventuras e assombros que um mundo pós-apocalíptico trariam, caminhei nesta estrada durante 1/4 onde não consegui saciar minha vontade por algo surpreendente, precisei saber se isso iria se perdurar pelo resto da estória, e as suspeitas se confirmaram.
Pensei se valeria a pena continuar na estrada; e continuei, havia a esperança de que me surpreenderia, e foi a partir deste momento que passei a lê-lo de outra forma, a entender que não foi escrito para ser mais um entre tantos outros que o estava a comparar, passei a compartilhar com aquele homem e seu filho a luta e o sofrimento encarados a cada despertar nas cinzas de uma estrada, onde o medo do amanhã e a sobrevivência de ambos eram suas únicas preocupações, pois não havia mais nada com que se preocupar no mundo, pois no mundo não havia nada.
Não foi o final que me surpreendeu, foi toda a estrada.
Gabriel 18/06/2014minha estante
Cara, confesso que fui na mesma 'vibe' tua.
Tipo, achei que seria ao estilo de 'Eu sou a Lenda', mas depois gostei muito dele, o livro tem uma relação muito forte, as vãs tentativas do pai de fazer o filho não perder a inocência são de cortar o coração, sem falar do final do livro - que surpreendente!




Maria Inês 21/09/2014

Sobreviventes
Achei muito fraco, pai e filho viajam pela cidade devastada a procura de sobreviventes e suprimentos. Nada de diferente, sempre na mesmice.Fiquei um pouco decepcionada.
Maria Inês 21/09/2014minha estante
Não gostei.




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