A estrada

A estrada Cormac McCarthy




Resenhas - A Estrada


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Marc 11/05/2024

Esse livro aparenta ser uma ficção científica pós-apocalíptica e a descrição dos dias dos poucos sobreviventes lutando pela vida e tentando chegar ao sul dos EUA, onde, supostamente, ainda existe algum resquício de civilização ou de vegetação e fauna. O mundo está arrasado, o ar contaminado, a vegetação parece ter sido queimada ou destruída de alguma outra maneira. Não existe explicação e ficamos tentando descobrir o que poderia ter causado tanta destruição ao ambiente. Apenas o pai e o menino, ainda pequeno, vagando por essa desolação, buscando um pouco de comida, água e utensílios que lhes permitam vencer a jornada ao mesmo tempo que se defendem das pessoas pelo caminho.

Isso é o que o livro aparenta ser, mas ele é muito mais.

Na verdade, só entendemos do que o livro fala quando o terminamos. Até à última página estamos entretidos com essa luta pela vida. Torcemos pelos dois e ficamos angustiados com seus desafios. Mas o livro fala do que é ser pai.

Uma descrição da paternidade, da solidão que toma a vida de uma pessoa ao se tornar responsável por uma outra. O mundo, de colorido e belo, se torna ameaçador, cinza; o desespero domina pois esse pai sabe que não vai viver para sempre, sabe que o filho é ingênuo e fraco demais para o mundo. E qualquer erro pode ser fatal, qualquer decisão pode levar à ruina e à morte daquele pequeno ser. E, como se não bastasse, ter que ser o exemplo, mantendo um nível de bondade e moralidade em cada um de seus atos, mesmo com a vida sendo muito mais fácil se ele cedesse e ultrapassasse esses limites. Mas assim, deixaria de criar uma pessoa boa e que pode conter a centelha da mudança do coração dos homens.

Nessa jornada, o homem vai perdendo suas forças, enquanto o filho continua, a eterna criança, inocente e despreparada. Mas, no fim, reconhecer que essa é a força do filho, porque mesmo não tendo visto tudo que ele viu, mesmo não conhecendo a maldade de que os homens são capazes, há a esperança de que ele seja melhor e não se deixe corromper, conservando aquilo que o pai tentou transmitir. O pai sempre pensando que o melhor é acabar com o sofrimento do filho e imaginando o que mais poderia vir. Esse é o terreno em que o amor paterno circula, vendo o filho sem a maldade necessária nessa vida árida, que nada tem a oferecer, desejando a vitória do filho e temendo que ele seja massacrado e maculado. Se um pai pensar sobre o que aguarda seu filho, certamente vai se desesperar. Assim, se não houvesse amor, mas apenas lógica fria, não haveria motivo algum para criar uma vida. A partir do momento que se torna pai, o homem descobre que suas forças não são suficientes para encarar o mundo; ele se vê fraco, com a tarefa mais importante, que é criar uma vida, e sabe que um dia não estará mais presente e esse filho terá que se virar. Eis como se cria um filho para o mundo e como se deseja que tudo que foi transmitido possa ajudá-lo até na escolha das pessoas com que vai conviver.

Não me parece necessário mostrar como momentos do livro podem ser compreendidos dessa maneira. A paternidade é a tarefa de equilibrar a criação de uma pessoa, tentando proteger sua ingenuidade e bondade do mundo cruel e, paradoxalmente, tentar preparar para que não seja engolido e consiga dar a resposta necessária quando o mal tentar atingi-lo. Em resumo, é tentar realizar o impossível, proteger e tornar forte ao mesmo tempo, isso tudo enquanto vê suas forças se esvaindo, no ciclo natural da vida.

A paternidade não é só medo da vida destruindo seu filho. Mas esse é o sentimento que o autor quis abordar aqui. Existe alegria, esperança. Esses momentos aparecem no livro, como uma das vezes em que encontraram comida e o pai sabe por mais que as probabilidades estejam contrárias, ele deve continuar a jornada. Isso torna o livro muito bonito, a maneira como a esperança mantém o pai na luta, mesmo com tanto sofrimento. Mas a maneira como o autor escreve escamoteia todo essa complexidade de sentimentos.

E talvez o grande mérito do livro seja criar uma atmosfera que não seja piegas. A verdadeira “função” masculina não pode tentar reduzir o mundo a sentimentos, ela é prática, precisa agir. Captar tudo isso nesse livro talvez não seja fácil, não sei; mas o fato é que não poderia haver descrição melhor de como o pai entende o mundo a partir do momento em que tem um ser tão frágil sob sua responsabilidade.
Débora 12/05/2024minha estante
Que resenha magnífica!!!?




Delma 09/05/2024

A estrada
Ficção pós-apocalíptica que narra a jornada de um pai e seu filho por uma lugares devastados. O ponto alto da história é a bela relação de pai e filho. O autor dedicou o livro ao seu filho.
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Mylena.Esteves 03/05/2024

Livro muito rápido de ler, mas tem que prestar atenção nos diálogos porque dá para se perder facilmente. Eu senti que ele não detalha muito as coisas, ele vai contando a história mas não aprofunda, difícil explicar. Mesmo assim eu gostei muito da experiência! Apesar de ser uma leitura sem nenhuma reviravolta e até mesmo monótona em certo sentido, eu não conseguia parar de ler, primeiro porque o próprio tema pós-apocalíptico já me interessa demais, segundo porque mesmo com os diálogos simples e rápidos, com muitas cenas fortes e de dar nó no estômago e uma sensação de desesperança constante, no meio daquela obscuridade toda é MUITO tocante ver o relacionamento entre pai e filho e o tanto de amor que transborda. Essa troca entre pai e filho me pegou muito na leitura...Espero que todos nós, pais e mães, saibamos incentivar o fogo dentro de nossos filhos.
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Mateus.fariadc 09/04/2024

A estrada é um livro que retrata um mundo pós apocalíptico onde um homem e o seu filho tentam sobreviver a fome, sede, aos homens maus e a todo tipo de dificuldade que existe naquele lugar. Tanto o pai quanto o filho são muito bem desenvolvidos nessa história, por um lado o pai que viu o mundo praticamente acabar, e teve que lidar com a perda da esposa e de todo mundo que ele conhecia, por outro lado, o filho que cresceu já nesse mundo desolado, que não conhece, e provavelmente nunca vai conhecer tantas coisas que existiram naquele mundo, e experiências que uma criança deveria ter como brincar, ir a escola, passear com seus pais etc. E é interessante como o pai tenta a todo custo impedir que seu filho saiba da enorme crueldade do ser humano, e o que eles são capazes de fazer em tempos assim para sobreviver, mas em determinado ponto ele não pode mais privar o garoto disso, e entende que o garoto precisa aprender a ser forte para ele continuar sendo a esperança daquele mundo devastado, o fogo que mantém a fogueira acessa.
Mesmo não tendo muito foco na trama em si, e não se preocupar em contar o que de fato aconteceu ali, o autor consegue nos prender apenas pela torcida de que aquele dois consigam se salvar e alcançar o misterioso objetivo do pai. Uma leitura rápida, mas difícil para quem não gosta muito de detalhes e aprecia mais os diálogos.
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Alessandro Heverton 02/04/2024

Longa e sinuosa
A Estrada, através de uma narrativa muitas vezes corrida, consegue passar muito bem a angústia e o senso de vazio de quem apenas busca sobreviver. Justificativas heroicas dão lugar a instinto e vontade, em um cenário desolado, inexplicado e possível. Vale a pena ler (e ver o filme).
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henri18 23/03/2024

Prometeu muito e entregou nada
Meio que me decepcionei. Estava esperando algo completamente diferente e foi bem frustrante. Não acontece absolutamente nada o livro inteiro, é um ciclo de eventos iguais. Pai e filho caminhando, encontrando comida e abrigo, às vezes algumas pessoas, há a descrição do mundo pós-apocalíptico e continua assim.

Apesar de gostar de como o autor foca na relação linda entre o pai e seu filho, achei os diálogos entre eles, e no geral, fraquíssimos. Gosto também de toda a ambientação do livro, um mundo triste, melancólico, sem muitas esperanças e a escrita do autor sobre isso foi interessante.

Final corrido, pouco aprofundamento real nos personagens e falta de detalhes importantes como a causa do apocalipse (eu, pelo menos, não consegui entender).
Enfim, devo ter lido errado já que as notas pra ele são altíssimas, mas é isso, um beijo ?
davi_bsiqueira 23/03/2024minha estante
paia ???


Paulin 16/04/2024minha estante
Tô lendo. P. 186. Tô achando o mesmo que você?




JM_ 20/03/2024

É
Esse livro é a melancolia própria, um ciclo constante de felicidade e desespero, mas que se torna previsível no meio. Ele me ganha pelo significado, que é com certeza seu ponto alto. Ele está cheio de significado, de símbolo. A mistura entre os personagens, a aspereza do mundo, o sentimento do pai pelo seu filho, essas coisas, que são a coluna vertebral do livro, são muito bem feitas. Porém é o que eu disse, depois do segundo ciclo de felicidade e tristeza é possível entender que se repete.
Além disso não acontece muita coisa durante a história, não temos muita luz sobre o ambiente e também não conhecemos exatamente os personagens se não por abstrações.
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Mari Mirandinha 18/03/2024

Poético
Me interessei por esse livro pelo tema "sobrevivência", mas não esperava uma narrativa tão forte e triste e ao mesmo tempo com uma linguagem tão poética. Excelente. Não à toa, premiado.
Paulin 16/04/2024minha estante
Tô lendo. P. 186. Vi pouquíssima poesia. Pode desenvolver melhor sua visão, por favor?


Mari Mirandinha 18/04/2024minha estante
"Nenhuma lista de coisas a fazer. O dia providencial a si mesmo. A hora. Não existe o mais tarde. Agora é mais tarde. Todas as coisas graciosas e belas como as que se levam guardadas no coração têm uma origem comum na dor. Nascem do pesar e das cinzas. Então, ele sussurrou para o menino adormecido. Tenho você". A poesia tem como preocupação principal a estética do texto. Nesse trecho ele poderia dizer simplesmente que o menino era importante para ele, poderia, como fez em outros momentos, demonstrar atraves das ações do pai, mas ele escolhe as palavras, não de modo a rimar, mas, em conjunto a pontuação, creio que provoca um impacto maior. Se você tiver uma visão diferente ou complementar, ficarei genuinamente encantada em ouvir. :)




Uhtred of Piracaia 10/03/2024

Sobre solidão, esperança e paternidade
Um livro pesado, porém belo em sua maneira. O ambiente é cinzento, pós-apocalíptico. Mas a narrativa se concentra na relação entre pai e filho rumando ao sul, na esperança de encontrar algo melhor, apesar dos percauços inevitáveis pelo caminho.
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Amanda Vaz 09/03/2024

Sobreviver a qualquer custo
Um mundo pós apocalíptico, completamente sombrio, gélido e a ausência total de esperança, onde o mais vil da humanidade impera. Mas seguir. Agarrar-se a algo. Alguém. E seguir. Pai e filho em uma jornada carregada de reflexões. 

Cada diálogo e circunstâncias repletos de tanto pesar, de desesperança e apreensão, que inúmeras vezes me peguei em lágrimas. Parece tudo muito repetitivo, descrições de cenários arrasados, de situações absurdas, cruéis. Mas o que se espera de um livro que narra um mundo onde praticamente nada sobrevive? Um mundo coberto de cinzas, que desafia constantemente aqueles que restaram, onde não se pode confiar em nada e em ninguém?

E o que o McCarthy faz aqui é transpor esse mundo arruinado de modo dolorosamente realístico, porque se parece com uma realidade muito possível quando se pensa em um cenário pós apocalíptico, no entanto, ao mesmo tempo, o autor escreve sobre o afeto, o cuidado, as preocupações entre pai e filho de forma tão sensível, com diálogos que carregam um mundo inteiro dentro de si, que tornam impossível não se apegar a eles. E o final desse livro? que final! Ficará comigo por um longo, longo tempo.


"Você é corajoso de verdade?

Mais ou menos.

Qual foi a coisa mais corajosa que você já fez?

Ele cuspiu na estrada um catarro ensanguentado.

Levantar hoje de manhã, falou."
Bernardo.Lameira 10/03/2024minha estante
Sua resenha me fez querer ler esse livro kkkk


Amanda Vaz 21/03/2024minha estante
Vale demais a leitura, Bernardo.




Leonardo1263 07/03/2024

Nesta longa estrada da vida!
“A Estrada”, escrita por Cormac McCarthy em 2007, é uma obra que mergulha nas profundezas da desolação humana em um mundo pós apocalíptico implacável. A narrativa acompanha a jornada angustiante de um pai e seu filho em meio a um cenário terrível, onde a natureza está morta, recursos são escassos e a esperança quase nada.

O autor não explica a causa dessa destruição, deixando-a envolta em mistério, mas sugere indiretamente a possibilidade de uma explosão nuclear, por vezes referenciada como o “clarão”. Nesse mundo desolado, a mãe da criança, antecipando o sofrimento que aguarda as mulheres nesse ambiente brutal, decide abandonar a família, deixando ao pai a responsabilidade de proteger o filho.

Com recursos escassos e a ameaça constante de violência, o pai e o filho seguem em direção à costa, na esperança de encontrar um transporte possível para outra realidade em meio ao desespero. Ao longo da jornada, eles encontram outros sobreviventes, muitos dos quais perderam a humanidade em sua luta pela sobrevivência.

A ausência de esperança é uma constante na narrativa, refletida na paisagem monocromática e no frio constante. No entanto, mesmo diante de tanta desolação, a relação entre pai e filho representa um ponto de luz em meio às trevas, uma fonte de esperança e humanidade em um mundo que parece ter perdido ambos. A decisão da mãe de deixar a família ilustra a dura realidade desse mundo distópico, onde as escolhas muitas vezes se reduzem a sobreviver a qualquer custo. A ameaça constante de violência paira sobre os personagens, tornando cada decisão uma questão de vida ou morte.

No entanto, apesar das adversidades, “A Estrada” também apresenta momentos de beleza e humanidade, lembrando-nos que, mesmo em meio ao desespero mais profundo, a vida continua a encontrar uma maneira de florescer. É essa dualidade entre desespero e esperança que torna a obra tão poderosa e comovente.

O menino que veio ao mundo já imerso nessa distopia pouco sabe sobre a realidade pré-catastrófica. Cresceu sem familiaridade com os conceitos sociais, privado de educação formal e da convivência com os de sua idade. No entanto, sua inocência resplandece em meio à escuridão, e seu universo se resume ao seu pai, fonte primordial de todo seu entendimento moral (na mente do menino). A pureza infantil o orienta para o bem, enquanto ele busca incessantemente confirmar que ambos, ele e seu pai, permanecem do lado correto, incapazes de conceber a maldade em um mundo já tão desolador.

Num ambiente de escassez extrema, onde a fome e a sede são constantes ameaças, alguns recorrem ao canibalismo em um impulso desesperado de sobrevivência. Nessa luta desumana pela vida, os códigos sociais se dissipam diante do instinto primordial de preservação, colocando a moralidade em segundo plano.

O autor habilmente insere elementos sutis no desenvolvimento dos personagens. Inicialmente, em diálogos com sua esposa, o pai se revela mais emotivo, imaturo e preocupado com o futuro. No entanto, ao longo da trama, ele amadurece aos poucos, enfrentando seus medos e se mostrando corajoso e determinado a ser o pilar de apoio que seu filho necessita.

Essa evolução é essencial em desventuras como essa, e encontramos exemplos semelhantes em outras obras com o mesmo contexto, como o filme “Logan”, o jogo “God of War” de 2018 e a série/jogo “The Last of Us”. Todos esses apresentam um cenário onde um pai e seu filho(a) enfrentam desafios, com o pai inicialmente sendo uma figura distante e brutalizada, que pouco conhece a criança. Porém, ao longo da jornada, eles se adaptam um ao outro e a relação amadurece. Os filhos crescem e os pais começam a enxergar o mundo através dos olhos deles.

Portanto, “A Estrada” se apresenta como uma poderosa metáfora da vida, uma jornada pela sobrevivência, um movimento do ponto A ao ponto B. O pai, dedicando-se intensamente, busca ser um modelo, ensinando a superar os maiores desafios. Cada palavra e ação são ponderadas, cientes de seu impacto na mente da criança. Ele compreende profundamente que cada passo moldará o futuro de seu filho.

Não me recordo da última vez que me deparei com algo tão pessimista, porém tão real e plausível. O livro é excepcional, embora exija uma atenção especial aos detalhes devido à sua lentidão. Em 2009, foi adaptado para o cinema, com o talentoso ator Viggo Mortensen (Senhor dos Anéis) no papel principal. A adaptação se mantém fiel ao livro, oferecendo uma experiência repleta de simbolismo, embora eu tenha observado uma redução nas referências ao canibalismo presente na obra original.

A editora de quadrinhos Pipoca & Nanquim já anunciou que também lançará uma adaptação em quadrinhos por Manu Larcenet (prestigiado por sua também adaptação para os quadrinhos “O Relatório de Brodeck” lançado no Brasil pela editora PN em 2018). Agora teremos mais uma opção de experimentar essa desesperança gélida e canibalista.

site: https://espacols.com.br/livro/a-estrada/
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Bird 03/03/2024

Um mundo esquecido por Deus...
Minha segunda empreitada em um livro do Cormac McCarthy e devo admitir que me pegou de surpresa. Este livro possui um plot bem simples e direto. Um pai e um filho devem atravessar o país em um cenário pós apocalíptico. É literalmente uma sequência de eventos de sobrevivência em um mundo esquecido por Deus. Infelizmente pra mim isso acabou me decepcionando de certa forma. O livro teve poucas surpresas nesse sentido, apenas a mesma repetição de elementos, tornando o ato da leitura em si um pouco maçante.

Mesmo a leitura sendo penosa, eu me peguei refletindo muito sobre alguns elementos do livro. Alguns eventos ficaram presos em minha mente, principalmente a cena do bebê (que vou me poupar de escrever sobre, aqui). A narrativa e prosa do McCarthy é poética e encanta pela sutileza. As partes mais perturbadoras do livros são apenas sugeridas pelo autor, mas mesmo assim ficam presas em nossa mente. E acima de tudo, o que mais me prendeu neste livro foi a relação entre o homem e seu filho.

Não existe esperança neste mundo. O que resta é apenas um universo predatório análogo ao inferno. Este cenário apocalíptico é a representação da depressão e a cura pra isso é o sentimento mais puro possível, o amor de um pai por um filho. A única coisa que os mantém de pé seguindo pela estrada é um ao outro. A frase que mais me pegou neste livro foi "(...) e cada qual era o mundo inteiro do outro.", ela resume o aspecto mais importante da obra. Mesmo no pior dos males, o amor de um pai por seu filho persiste, e é capaz de mover o mundo.

Uma obra impactante que infelizmente se tornou penosa durante a leitura, mas que se mostrou envolvente na construção dos personagens e nas relações humanas.
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m_mesquita 03/03/2024

Recomendo o filme ...
Quando um filme é melhor que o livro, tem algo errado no livro.
O tema é interessante, mas se arrasta demais. Algumas poucas cenas são significativas e suficientes pra mostrar a relação de medo e afeto que unia os personagens. E quase todas as cenas foram devidamente captadas pelo filme de Hillcoat de 2009.
Recomendo o filme.
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